Capítulo 12: Fim de festa

Capítulo 12: Fim de festa



CAPÍTULO 12: FIM DE FESTA

Harry estava atordoado.

Por que ela sempre tem que se trancar comigo nos lugares? Será que ela gosta de me torturar? (...) Ela ficou linda com esse cabelo...

- O que você pensava que ia fazer? – Gina se virou tirando Harry de seus devaneios.

- O quê? – ele ainda estava atordoado.

- O que você estava prestes a fazer?

- Ah... Acho que ia arrebentar o Snape...

- Ficou doido foi? Ele não te fez nada...

- Como não fez? – explodiu ele – E todos os anos em Hogwarts? E Dumbledore? E...

- Eu sei Harry. Mas ele conseguiu a confiança de todos aqui. Foi peça chave na destruição de Voldemort... Além do mais, ele não fez nada com você hoje!

- Ah, lá vem você defendendo o padastro do seu namoradinho! – e caminhou decidido para a porta, mas esbarrou com Gina que lhe barrava o caminho.

- Eu não acredito que você está dizendo isso! Realmente você ficou doido! – ela empurrava o dedo indicador no peito dele, fazendo-o caminhar para trás e cair sentado em uma cadeira – Isso não é hora para ciúmes ridículos, Harry!!! Você ia estragar a festa do seu aniversário! A festa que o ministério organizou pra você!

- Exatamente! A festa que o ministério organizou para mim! Eu o odeio e sei que ele me odeia! Ele e sua família feliz não deviam estar aqui. Sim, porque eu vi o enteadinho dele passeando por aí... Quanto à Narcisa... Bem, ele não faz muita questão de esconder né?

- Eu não acredito! – Gina passou a mão pelos cabelos – Sinceramente Harry, isso não combina com você! Pare de falar bobagens! Você nunca foi do tipo mimado... Pare com esse discurso de criança!!! Não combina nem um pouco com sua história de vida!

- Minha história! Minha vida! Eu sei muito bem o que estou sentindo e sei muito bem o que quero fazer: tirar o Snape daqui de qualquer jeito! – E novamente se levantou, antes que desses dois passos, Gina o empurrou novamente para a cadeira.

- Harry, me ouve!

Ele quis se levantar, mas ela o segurou pelos ombros. Ele não queria machucá-la e tentou livrar-se. Ela não esmorecia, tinha muita força. Harry novamente tentou sair dos braços dela, conseguiu tirar as mãos delicadas de seus ombros, mas só por um momento. O suficiente para Gina levantar a saia, passar as pernas pelas dele e sentar em seu colo. Qualquer movimento que ele pensava em fazer morreu nesse momento.

Definitivamente, ela quer me matar!

- Me ouve, por favor!

Ele ficou mudo.


Oh, Merlin... O que eu estou fazendo! Pensou ela.

Isso era mesmo necessário? Claro que era. Tinha que pará-lo de alguma forma. Mas aquilo... Merlin! Aquilo trazia lembranças...

Sem lembranças Ginevra... Sem lembranças!

- Me escuta... Quando eu cheguei, vi o Draco e falei com ele...

Somente à menção do nome daquele louro aguado fez crescer uma súbita raiva dentro de Harry. Lá vinha ela novamente falar da mudança pela qual Draco Malfoy passara. Sinceramente, ele não estava disposto a ouvir essa história de novo! Sentiu-se enojado e quis levantar furioso. Mas Gina mantinha todo o peso do seu corpo sobre ele. E ainda mais essa! Será que ela não percebia o efeito que causava nele? Se não estivesse com tanta raiva, com certeza estaria passando um vexame! Precisava mudar aquela situação.

- GINA, ME DEIXA SAIR!... – mas a mão macia dela pousou suavemente em seus lábios.

- Não fala... Por favor, me deixa terminar – pediu ela, ele suspirou e fechou os olhos – Eu perguntei o que eles estavam fazendo aqui. Segundo Draco, foram ordens do ministério. Snape é embaixador na França, não podia “desobedecer”. Vocês lutaram juntos pela Ordem, todo mundo acha que se dão super bem... Harry, ninguém a não ser nós, que estamos muito próximos, sabemos do ódio mútuo que vocês sentem. Para toda a sociedade bruxa vocês, no mínimo, se dão bem... – ela suspirou – Draco acredita que o Ministro esteja querendo ver você pelas costas. Que Scrimgeour quer ver você fazendo alguma besteira e assim prejudicar sua nomeação. Por isso exigiu que Snape viesse. Snape também não queria estar aqui, tanto que nem lhe cumprimentou ainda. E o Draco... Ele não vinha, mas achou melhor acompanhar o casal, para evitar maiores aborrecimentos, para tentar controlar os ânimos caso precisasse. – ela retirou a mão da boca do amigo – Se controla, por favor... Eu sei que você não acredita nas boas intenções deles... Mas precisamos de suas boas intenções – deslizou a mão pelo rosto dele, que novamente suspirou – É só fazer de conta que eles não existem... Snape fará o mesmo, eu garanto... Os seus amigos estão aqui Harry.

Harry olhou para ela. Seus olhos novamente voltaram ao tom esmeralda que lhe eram peculiares. Gina sorriu para ele. O moreno colocou as mãos na nuca dela e a trouxe para perto. Ela hesitou. Ele encostou sua testa na dela e ficaram assim até raiva desaparecer por completo, até a respiração normalizar. Ele precisava disso, precisava da paz que ela lhe transmitia.

- Me ajuda... – murmurou para ela.

- Eu estou aqui.

Gina gostou de ficar assim... Há muito tempo não tinham um momento desses. De silêncio, de tranqüilidade. A festa podia acabar naquele exato momento que ela não estava nem aí.

O que eu estou pensando?

Tinham que voltar para o salão... E imediatamente!

Ela sentiu que ele se movimentava... Aproximava os lábios dos seus! Ele ia beijá-la! Gina abriu os olhos assustada, mas sem perder o contato. O que a estava assustando não era a tentativa dele... Mas o fato de estar sentindo uma “comichão” nos seus lábios... Uma vontade de permitir que ele prosseguisse... Sentiu o leve roçar...

Não! Não! Não! Seu pensamento gritou.

Rapidamente ela desviou os lábios, dando um beijinho delicado no rosto dele, que mais uma vez suspirou (mas desta vez, de frustração), e o abraçou.

- Fica comigo... – pediu baixinho ao ouvido dela.

- Eu sempre estarei com você Harry... – respondeu e levantou-se arrumando o vestido um pouco amassado – Agora vamos. Todos devem estar procurando por você...

- Me perdoa...

- Harry... – ela sabia que mais uma vez iam entrar naquele terreno perigoso: o fim da história deles.

- Me escuta... Eu tinha que fazer aquilo... Perdoa-me...

- Harry, eu entendo o que você fez...

- Eu preciso de você...

- E eu estarei sempre do seu lado... Somos amigos, não somos? – ele ficou calado – Vamos voltar para a festa.

- Pode ir na frente. – disse ele com a cabeça inclinada para trás – Eu vou já.

- Tem certeza?

- Tenho.

- Certo... Então... Não demora tá? – e saiu.

Assim que a porta se fechou, ele novamente lacrou o lugar. Apoiou os cotovelos no joelho e abaixou a cabeça. Ela quis! Ele pôde sentir que ela quis aquele beijo tanto quanto ele...

Você é um idiota Harry Potter!!!

Seu heroísmo idiota! E agora estava assim... Ela tinha medo, tinha medo dele. E ele não podia culpá-la por isso.

Sentia-se frustrado em relação ao seu amor! Snape e Draco estavam lá fora! E ainda tinha que fazer um papel bonito para todas aquelas pessoas do Ministério, que nada sabiam de sua vida!

Droga de noite!

Pelo menos Gina tinha sido sensata suficiente para não desejar “Feliz aniversário”... Olhou para a mesa e viu um tinteiro de vidro. Sem pensar atirou o objeto na parede, a fim de descontar um pouco da sua raiva. Contou até dez, tentou ajeitar seu cabelo (praticamente impossível), arrumou os óculos no rosto, preparou seu melhor (e mais falso) sorriso e saiu da sala. Ao levantar os olhos, Harry viu Draco fitando o local de onde saíra.

O que ele está fazendo aqui?

- Divertindo-se Malfoy? - o sorriso falso ainda estava em seu rosto.

- Muito Potter. - o louro retribuiu o gesto.

- Então continue aproveitando a festa... Este é o desejo do Ministério.

- Obrigado. – Harry virou as costas e caminhou para o salão – Ah, a propósito – chamou o louro, Harry voltou-se para ele – Feliz Aniversário Potter.

- Obrigado Malfoy. Ah... Eu não sabia que meu estilo havia virado moda – Draco olhou intrigado para ele – Seu cabelo... – Harry apontou para a cabeça do louro – Está completamente bagunçado – e saiu.

Droga! Pensou Draco enquanto tentava baixar alguns fios louros em sua cabeça.

- O que você ainda está fazendo aqui? – Luna havia saído do banheiro.

- Não é da sua conta Lovegood. – e saiu com sua postura aristocrática.

- E as coisas voltam ao seu lugar – murmurou a moça – Ou não...

- Luna? Onde você se meteu? – Collin vinha em sua direção – Estava te procurando... Temos fotos e entrevistas para fazer.

- Ah... Claro. Vamos voltar.

- Você está bem?

- Estou ótima – disse com um sorriso fraco e caminhando para a multidão.

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Gina caminhava entre as pessoas sem ao menos notar quem estava lhe cumprimentando.

Porque o Harry faz isso comigo?

Passou por Hermione na pista de dança. Esta, logo percebeu que a amiga não estava bem.

- Com licença Anthony... Tenho que ver uma amiga – disse para o parceiro de dança.

- Claro, fique á vontade – a moça sorriu para ele e seguiu a amiga.

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- Gi? – perguntou caminhando ao lado da ruiva – Você está bem?

- Tô... Tô ótima – respondeu baixo.

- Certo... E eu vou pedir demissão de Hogwarts para trabalhar nas lojas dos seus irmãos – ironizou Hermione, Gina deu um risinho fraco – Vem, vamos para os jardins... Tomar um ar.

Saíram do salão e foram para um jardim muito bem iluminado. O Ministério não havia poupado esforços na ornamentação do lugar. Tochas estavam suspensas no ar, por magia. Fadinhas dançavam ao redor das flores. A grama estava esplendorosamente verde. Muitas pessoas estavam por ali. Conversando, namorando... As duas amigas buscaram um banco mais reservado, próximo a uma tocha.

- Agora me diz – começou a morena – o que aconteceu? Você não parece muito animada.

- Ah, Mi...

- Foi o Harry? – a ruiva suspirou.

- Ele queria arrebentar o Snape – disse finalmente.

- Eu também queria fazer isso.

- E você acha que eu também não queria? Claro! Mas não aqui... Bom, eu tive que segurar ele...

- Ele tava com muita raiva?

- Furioso.

- Então como você conseguiu manter ele quieto? Tascou um beijo nele?

- Não... Eu sentei no colo dele...

- Coitado!

- E ele quase tascou um beijo em mim...

- Claro né Gina!

- E eu quase deixei...

- O quê?! Como assim...?

- Ah, Mione... O Harry é bonito... É impossível não sentir o mínimo de atração por ele...

- Gi...

- Aí ele vem falando daquele jeito... Me pegando daquele jeito... Eu confesso que é tentador.

- Gi, ele é louco por você... Deve ser muito difícil para ele.

- Eu sei. Mas... Não dá. Ele me magoou muito Mione – Gina disse com a voz carregada de mágoa. – Se ele tivesse me dado um pé na bunda, mas não tivesse feito o que fez...

- Você não teria aceitado a decisão dele.

- Certo. Não teria mesmo! – exasperou-se ela – Agora me diz: o gesto nobre dele adiantou alguma coisa? Eu fiquei mais protegida por acaso? Eu não estava lá com vocês na batalha final? Eu não estava lá... Perto dele quando Voldemort foi destruído? A atitude dele só serviu para nos afastar... Nada mais que isso! Ele não tem envergadura moral para me exigir alguma coisa.

- Nós todos sabemos disso. A atitude dele foi canalha! Mas foi a única forma que ele encontrou...

- Tudo o que eu sou hoje, é por causa dele. Eu sou medibruxa hoje, por causa dele. Porque passei meses lendo livros e mais livros de medicina quando ele estava lá, na cama do hospital, exaurido da última batalha contra Voldemort. – lágrimas rolavam por sua face – Eu ficava pesquisando formas de tirá-lo daquele estado vegetativo... Toda a minha vida está ligada à de Harry Potter... E eu tô cansada disso! Por que as coisas não são diferentes?

- Porque ele te ama Gi... Um beijo seu seria o maior presente que ele poderia receber hoje – Hermione olhou nos olhos da amiga – Por que as coisas não são diferentes?

- Porque dói – ela disse simplesmente enxugando as lágrimas – Ainda dói muito Mione.

- Gina? – a voz arrastada de Draco foi ouvida pelas moças – é você que está aí?

- Sou eu sim Draco.

Ele andava apressadamente em direção ás duas.

- Ah, oi Granger! – cumprimento ele.

- Olá Malfoy – respondeu a professora.

- Meninas, venham rápido... Vocês precisam ver uma coisa!


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Harry saiu da conversa com Gina com sua cabeça girando e o corpo fervilhando. Foi até a mesa de bebidas e pegou um copo de whisky de fogo. Como a ruiva podia fazer aquilo com ele? Se pedisse qualquer coisa daquele jeito, ele com certeza faria. Mas sabia que a culpa não era dela. Se ele tivesse sido mais flexível, ela não precisava ter sentado no colo dele daquela maneira... Mais um copo de whisky... Não precisava ter colocado a mão fina e delicada sobre os lábios dele... Metade do copo em um gole só.

Culpa minha! Uma ova!!!!

Mais um copo de whisky. Ao desviar os olhos do líquido amarronzado, ele viu Scrimgeour conversando animadamente com um grupo de bruxos num canto do salão.

Idiota! Só perde pro Fudge!

Ele podia sentir que todas aquelas pessoas que sorriam quando ele passava, na verdade queriam vê-lo pelas costas. Gina tinha razão. Ela sempre tinha razão! Agora ele sabia realmente o que Rony sentia perto da Hermione.

Por que as mulheres sempre têm razão?

Será que essas pessoas imbecis não têm idéia do que ele tinha feito? Podiam ao menos ser gratos. Tipo... Ele passou toda sua infância sendo maltratado pelos tios sem saber quem era... Sem o carinho de um lar... Por causa de quem? Voldemort! Então descobriu que era um bruxo famoso e que sua vida nunca seria normal por causa de um tal bruxo das trevas... Seu nome? Voldemort! Depois passou toda sua adolescência em alerta porque um bruxo do mal o perseguia... Que era quem? Voldemort! Depois descobriu que somente ele poderia derrotar esse tal bruxo capaz de destruir todo o mundo... Seu nome? Voldemort! E ele derrotou, quase morreu, mas derrotou... Quem? O desgraçado do Voldemort!

Nossa! Esse whisky de fogo tá muito fraco... Bem que Scrimgeour poderia ter comprado algo melhor!

Certo... Onde estávamos? Bem, ele derrotou o tal cara que não-devia-ser-nomeado, mas o qual ele sempre nomeou de... Voldemort! Certo, isso foi realmente um ato lindo! Heróico! Ele ganhou honras e glórias por isso... Agora vamos para lado negro da história: o lado ruim (fora o já mencionado antes). Passou quase três meses em coma depois de uma batalha quase inacabável contra... Voldemort! Formou-se mais de um ano atrasado, pois Hogwarts precisava de reparos devido aos ataques de... Voldemort! Nunca conheceu seus pais, mortos por... Voldemort! Perdeu a mulher que ele ama, para protegê-la de... Voldemort! Ah! Também perdeu o padrinho, e Dumbledore, mortos graças aos planos de... Voldemort!

Agora chega de enumerar as coisas ruins. Ele não estava a fim de ficar um bêbado chato que chora nos ombros alheios. O mundo estava livre do tal Voldemort agora. O que mais eles queriam?

Sinceramente, eles podiam se ao menos gratos!!!

Não que ele quisesse seeeer o Ministro da Magia. Mas armar pra ele não ser! Isso era demais. Mas ele não ia deixar isso por menos! Ah, não... O Ministério todo podia explodir que ele não estava nem aí!

Tá bom, esse pensamento foi exagerado...

Na verdade ele estava tão “aí” que não deixaria nunca o Ministério ser explodido. Provavelmente iam chamá-lo para novamente salvar o dia se algo assim ameaçasse acontecer. Sabe, como um daqueles super heróis inventados pelos trouxas?

É um pássaro? É uma vassoura? Não!!! É o Potter!!! Estamos salvos!!!!

Ele riu com esse último pensamento. Definitivamente o whisky de fogo não estava tão fraco assim. Olhou para outro lado da sala e viu seu alvo. Ele definitivamente não ia fazer mais uma das vontades do Ministério! Agora seria o contrário, o Ministério iria fazer suas vontades! Deixou o copo em cima da mesa e deus dois passos... O chão pareceu se mover!

Droga de salões enfeitiçados!

Detalhe: o salão não estava enfeitiçado.

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Hermione e Gina, conduzidas por Draco, correram para o salão principal e não puderam acreditar no que os seus olhos viam: entre os flashes da máquina fotográfica de Collin, Harry Potter e Severus Snape se cumprimentavam cordialmente e posavam para fotos. Os três se olharam assustados.

- Algum de vocês pode me explicar o que está acontecendo? – Rony se aproximou do trio que fitava a cena, estático.

- O Potter só pode estar com febre! – Draco deu um sorriso sarcástico. – E o Snape enlouqueceu!!!

- Não. – interveio Hermione – Meu amigo apenas ouviu o bom senso chamando... E Snape, não é burro.

- Eu não sabia que você tinha trocado de nome minha ruiva!

- Dá um tempo Draco!

- Do que vocês estão falando? – perguntou Rony confuso.

- Se toca Wesley! – Draco falou depois de um suspiro – O bom senso aqui, é sua linda irmãzinha.

- Ele não tá bem – disse o ruivo ignorando o comentário do sonserino.

- Ele já está ficando sufocado – Gina continuou.

- Eu vou lá salvar ele – Rony brincou.

- Que é isso Wesley! Ele parece bem... Está sorrindo e tudo! – Draco alfinetou.

- Cala a boca Malfoy! Você não conhece o Harry – e virou-se para sair.

- Realmente, vocês devem se conhecer muito bem, e se gostar muito né? – Draco falou, Hermione olhou para ele como se fosse azará-lo, Gina apenas suspirou – Isso ficou bem claro na segunda prova do Torneio Tribruxo, ninguém esquecerá do Potter salvando a coisa mais importante para ele: um Wesley.

Rony se virou calmamente. Olhou para Draco. Deu um sorriso zombeteiro. Colocou o peso do seu corpo todo em uma perna só, fazendo seus quadris “quebrarem”. Colocou a mão esquerda “desmunhecada” sobre o queixo e a outra sobre o peito.

- Droga! – o tom de voz dele era afeminado – Eu sempre pensei que nós éramos tão discretos... Fomos pegos! Tenho que avisar pra minha “Esmeraldinha” – depois se recompôs, revirou os olhos e saiu onde o amigo estava.

Gina tentou segurar uma risadinha, mas não conseguiu. Hermione estava rindo, surpresa com a atitude de Rony. Draco estava sem jeito. Queria provocar o rapaz, e não levar um “tranca” desse.

- Boa sorte com o Potter - murmurou e se retirou em seguida.

As duas amigas engoliram o riso e acenaram afirmativamente com a cabeça. Quando o louro virou as costas, as duas se olharam espantadas e caíram na gargalhada juntas.

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Depois de um bom tempo junto de Harry, Rony procurou sua irmã e sua amiga que conversavam animadamente num dos cantos do salão.

- O Harry tá bebendo muito – disse Rony preocupado – Eu tava tentando acompanhar, mas desisti. Acho que somente um de nós bêbado já basta...

- Tem razão – falou Hermione em tom severo.

- E o pessoal do departamento tá querendo conversar... Fazer planos, me apresentar uns patrocinadores. Eu tentei argumentar que não era hora disso, mas infelizmente eu sei que é. Temos que fazer a média. Eu não posso ficar na cola do Harry o tempo todo.

- Vai resolver seus assuntos que a gente toma conta – disse Gina.

- Assim que eu conseguir me livrar venho ver como ele está.

- Certo. Vai tranqüilo – disse Hermione.

Rony seguiu para uma direção e elas para outra. Encontraram Harry conversando animadamente com Cho Chang.

- Vaca chinesa! – murmurou Gina entre os dentes – Aposto que quer se aproveitar dele...

- Calma Gi... Oi Cho! Como está?

- Bem Hermione! E você? – ela aparentava impaciência pelo fato de elas terem chegado.

- Estou ótima!

- Oi Gina! – a oriental cumprimentou.

- Oi. – respondeu desatenciosamente.

- E então – Hermione tentou emendar uma conversa – Está gostando da festa?

- Oh, sim... Muito! Dessa vez o ministério caprichou.

Enquanto isso, Gina puxou Harry para dois passos de distância. Ela percebeu que ele se desequilibrou um pouco.

- Não acha que já bebeu demais Harry? – cochichou.

- Relaxa ruiva! É meu aniversário. – a voz dele estava pastosa.

- Jura? Eu não tinha percebido! – ironizou ela. – Já está na hora de parar com o whisky de fogo.

- Não estou a fim de parar.

- Mas vai.

- Você não tem influência nenhuma sobre mim Ginevra... Abdicou deste direito. – e fez menção de sair. Gina baixou os olhos.

Como ele ainda lembra dessas frases?

- Harry, por favor... – disse ela segurando seu braço.

- Não faz isso Gina... Não joga charme pra cima de mim. É golpe baixo. – ela não acreditou no que ele havia dito. Respirou fundo e continuou.

- É que... Que... O papai tá te chamando. – inventou – Você não vai querer que ele te veja assim né?

Harry permaneceu em silêncio, Gina havia tocado no seu ponto fraco: Molly e Arthur. Faria qualquer coisa para não decepcioná-los. Aproximou-se de Hermione e Cho. Despediu-se desta dizendo que com certeza ligaria, para marcarem um jantar. Ela deu um sorriso insinuante. Hermione revirou os olhos. Gina fechou a cara.

- Mione, fala com o Ministro... – Gina cochichou para a amiga – Diz que o Harry tá cansado, sei lá! Inventa uma desculpa, que eu vou levá-lo pra casa.

- Certo.

Gina saiu atrás de um Harry cambaleante. Hermione foi à procura do Ministro da Magia.

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Rony já tinha conseguido a simpatia de alguns patrocinadores. Após uma desculpa qualquer, ele partiu em busca dos amigos. Andou um pouco pelo salão, mas não os encontrou. Avistou um rosto conhecido perto da porta e caminhou até ele.

- Priscila? – ela se virou para ele com um sorriso estampado no rosto – Você viu a Gina, o Harry ou a Mione?

- Não. Não os vi... Onde você esteve? Pensei que ia embora sem lhe ver.

- Você já vai?

- Tenho que ir agora... Mas o que aconteceu? Você parece preocupado...

- É que o Harry resolveu colocar whisky de fogo demais em sua corrente sangüínea.

- O Harry tá bêbado?

- Fala baixo – disse ele entre os dentes – Ele tá com a Gi e a Mione, está seguro.

- Certo então. Eu só não vou procurá-los com você porque tenho que ir embora agora...

- Sem problemas – disse Rony a abraçando.

- Rony? – ela falou no ouvido dele.

- Hum?

- Você tem certeza que está solteiro?

- Tenho – ele sorriu confuso e se afastou para olhar melhor a moça.

- Certo.

Então ela pressionou seus lábios contra os dele. Ele a abraçou mais forte e retribuiu o beijo. Priscila finalizou o gesto com um beijinho estalado e sorriu para ele.

- Até breve então!

- Até – Rony respondeu sorrindo.

Ele saiu e ele voltou a procurar seus amigos. Enquanto caminhava passou o dedo nos lábios para verificar se havia ficado com alguma mancha do batom cor de cobre que a ex-namorada usava. Percebeu que não, seus lábios estavam limpos.

Essas maquiagens modernas... São uma benção!

De repente um pensamento cruzou sua mente. E se Hermione tivesse visto aquilo? O que ela diria ao vê-lo beijando uma ex-namorada? Virou a cabeça em várias direções procurando por ela, mas simplesmente não achava. Enxergou seus irmãos num canto do salão. Resolveu perguntar para eles se não sabiam notícias de quem procurava. Caminhou até eles que pareciam se divertir bastante com alguma coisa.

- Olá! – disse Rony se aproximando.

- Olá Ron – disse Carlinhos rapidamente, depois se voltou para Fred e Jorge – Eu digo que dura 15 segundos.

- Não acho que ele seja tão forte assim – retrucou Gui, e disse em tom decidido – 1 minuto.

- Do que vocês estão falando? – perguntou Rony confuso.

- Uma aposta meu caro irmão – explicou Fred.

- Tá vendo o Anthony Goldstein ali? – apontou Jorge, Rony assentiu – Ele está fuzilando alguém com o olhar... Estamos apostando qual o tamanho do poder dele.

- Mas...

- Estamos apostando em quanto tempo ele vai conseguir derrubar, só com o olhar, - Gui enfatizou esta última parte – aquele cara que tá dando em cima da Hermione.

- Quem é o cara que tá dando em cima da Mione? – Rony perguntou abruptamente quando viu ao longe um homem e Hermione conversando.


- Eu o conheço – disse Carlinhos – É viúvo, perdeu a esposa na guerra. O filho dele, Luke, estuda em Hogwarts, está no terceiro ano e pertence á Grifinória.

- Quem ele pensa que é pra ter tanta intimidade com ela? – disse Rony ao reparar que os dois sorriam e as mãos dela estavam nas dele.

Jorge sorriu maroto para os irmãos.

- Agora é um duelo! Vamos, vamos... Qual dos dois consegue derrubar o cara primeiro: Anthony ou Rony? Só com esse olhar matador!

- Eu aposto no nosso Roniquinho! – disse Fred.

Rony lançou um olhar mortal para os irmãos. Suas orelhas estavam vermelhas.

- Não Rony... – repreendeu Jorge enquanto virava o rosto dele em direção ao lugar em que Hermione estava – É pra ele, pro cara que está conversando com a Mione que você tem que olhar. É ele que você tem que derrubar e não a gente.

- Vocês são patéticos! – ele disse e caminhou para perto da amiga.

- Ei cara! Deixe a Mione se divertir um pouco – disse Gui segurando o braço dele. Rony não respondeu, apenas livrou-se do irmão e caminhou decidido para onde Hermione estava.

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Hermione procurava atentamente pelo Ministro, mas não conseguia achá-lo. O salão estava cheio demais... Assim não conseguiria encontrar mais ninguém.

- Hermione? – uma voz masculina fez com que ela se virasse sorrindo.

- John? – um homem alto, de pele clara, olhos e cabelos castanhos, pegou sua mão e a beijou delicadamente.

- Que bom encontrá-la por aqui Hermione! – ele era realmente muito “garboso”.

- Realmente é muito bom vê-lo. Está gostando da festa?

- Sim está belíssima... Você está belíssima – Hermione corou com o comentário – Vi a diretora McGonagall ela parece muito bem.

- Eu nem tive tempo de cumprimentá-la ainda, de tão corrida que foi esta festa. Mas passamos a tarde juntos hoje. Fizemos uma festinha mais íntima pro Harry...

- Que bom! – ele sorriu um sorriso lindo e charmoso – Como está Hogwarts?

- Sinceramente, não posso lhe responder – ela sorriu sem graça – Faz três semanas que não vou lá. Estou passando as férias aqui em Londres, na casa de um amigo.

- Você está em Londres e não me avisou?

- Não tive muito tempo de entrar em contato com ninguém, sabe?

- Vamos resolver esse problema imediatamente! Jantaremos juntos essa semana... Quinta-feira à noite! Luke fala muito de você... A professora preferida dele.

Hermione ponderou um pouco sobre o convite. O que Rony diria? Ele queria que ela se divertisse não é? Não tinha nada demais um jantar com um amigo... Tá, “amizade colorida”, mas isso certamente a faria relaxar...

- Combinado... Já que Luke sente minha falta, e eu também a dele... Tem problema se eu passar a tarde com ele?

- Claro que não! É perfeito! – sorriu o homem.

- Hermione? – ela sentiu a mão de Rony em seu ombro.

- Rony!

- Eu estava te procurando.

- Já achou! – sorriu para o amigo – John Fontaine, esse é meu amigo Ronald Wesley. Ronald, esse é meu amigo John.

- É um prazer conhecê-lo! – o homem estendeu a mão para o ruivo, este retribuiu com um gesto rápido.

- Igualmente... Hermione, preciso falar com você. A sós.

- O que houve? Algum problema? – perguntou preocupada com o tom de voz do amigo.

- Você viu o nosso amigo?

- Ah! Claro que sei onde ele está... John, eu tenho que ir agora.

- Claro Hermione... – respondeu enquanto novamente levava a mão dela aos lábios – Então nos vemos quinta-feira?

- Quinta-feira. – confirmou ela com um sorriso – Tchau! – e saiu acompanhando o ruivo.

- Foi uma luta me livrar daqueles caras... – começou ele mal humorado – Cadê o Harry?

- Gina está tentando levá-lo para casa...

- Assim, no meio da festa?

- Minha missão é falar com o Ministro.

- Já fez isso?

- Ainda não. Estava procurando o Ministro e encontrei o John, ele é pai de um aluno da Grifinória, o garoto é brilhante...

- Então esqueceu o que ia fazer, enquanto se derretia pra cima daquele cara?

- Eu não esqueci o que ia fazer! E não estava me derretendo pra cima de ninguém! Simplesmente não podia deixar o John falando sozinho! Não nos vemos desde a última reunião de pais e mestres.

- Alguém já lhe disse que é antiético flertar com o pai de um aluno?

- Eu não estava flertando com ele!

- Ah não? Conta outra Hermione!

- Escuta aqui Ronald – ela parou de frente pra ele com o dedo indicador apontado para o nariz sardento – Eu não deixei minhas responsabilidades para ficar “flertando”. E não tem nada demais paquerar com o pai de um aluno, contanto que não se misture as coisas. E acredite, eu nunca misturo as coisas!

- Minerva sabe disso? O que ela diria se soubesse?

- Ela diria: “aproveite querida! Você é jovem e tem que aproveitar a vida. Ele é um bom homem, bonito, tem a cabeça no lugar e parece realmente interessado em você”. Foi isso exatamente o que ela me disse no natal! – e voltou a caminhar pesadamente.

Rony ficou um tempo parado, processando as palavras de Hermione. Então Minerva aprovava o comportamento da professora... Isso era absurdo! Ela devia ser a primeira a mostrar o quanto aquilo era ridículo. Correu atrás dela antes de perdê-la de vista.

- Então você vai encontrá-lo quinta-feira?

- Vou!

- Ótimo!

- Ótimo! E quer saber? Você não tem nada a ver com quem eu saio ou deixo de sair... Eu nunca me meti em suas “relações de trabalho” – disse essas últimas palavras em tom de deboche.

Rony se calou. Hermione tinha razão. Droga! Mais uma vez ela tinha razão.

Encontraram Scrimgeour próximo a uma janela. Ia ser realmente difícil falar com ele, já que ele estava cercado pelos mais importantes bruxos da Grã-Bretanha. Importantes, leia-se “ricos” e influentes. Avançaram mais alguns metros e ficaram de frente para o Ministro da Magia. Rony sorriu. Scrimgeour fez um gesto para que os dois se aproximassem. Eles o fizeram.

- Vocês devem conhecer Hermione Granger e Ronald Wesley. – Scrimgeour para os bruxos que o cercavam – Grandes amigos do aniversariante e peças fundamentais na Segunda Guerra.

Rony e Hermione se olharam. Ele deu um sorriso falso, ela tentava demonstrar simpatia.

- Precisamos dar uma palavrinha com o senhor – começou Hermione.

- A sós – completou Rony.

- Lógico – e o Ministro caminhou com eles para um lugar mais reservado.

Os dois amigos se entreolharam. Alguém devia começar a falar. O quê, eles ainda não sabiam.

- Bom, - começou Rony – é que o Harry não estava se sentindo muito bem e teve que ir para casa.

- Mas o que há com nosso garoto?! – assustou-se o Ministro.

Idéia brilhante Ronald! Pensou Hermione.

- Na verdade não é nada grave... – emendou ela – É que nós fizemos uma festinha hoje à tarde, onde ele comeu um pouco demais... Já experimentou a comida da Sra. Wesley? – ela falava rápido, assim não dava tempo para Scrimgeour pensar – É um pecado Ministro. Bom, então acho que é um pequeno mal estar, mas Gina Wesley já está cuidando dele.

- Não há como ele voltar?

- Ora senhor... Ele está muito cansado. Achamos melhor não – Rony disse enfático.

- Tudo bem... Falarei com os convidados. Tudo o que queremos é a saúde do nosso herói. – e se retirou.

- Sim. Eu sei... – Rony falou pelas costas do Ministro.

Hermione não pôde censurá-lo, já que pensava o mesmo.

*****************************

- Harry, vem comigo! – disse Gina com a voz dura, conduzindo-o para fora do salão.

- Onde está o seu pai? – ele perguntou.

- Está no jardim. Quer lhe apresentar umas pessoas... Me dá esse copo! – e tomou o copo da mão dele.

- Ei, onde você está me levando? – ele parou no meio do jardim.

- Pra casa – segurou a mão dele e aparatou.

CRACK!

- Você não podia fazer isso! – disse ele já em sua casa.

- Podia sim! Agradeça depois! – disse ainda segurando a mão dele para que não fugisse. – Dobby! Dobby!

- O que está acontecendo? – disse o elfo esfregando os olhos – Senhorita Wesley?! O que está fazendo aqui... E o meu senhor neste estado!

- Pois é Dobby, Harry bebeu um pouco. Ajude-me a levá-lo para cima.

- Eu não quero ir para o quarto! – protestou Harry.

- Vai sim!!! – Dobby interrompeu – Que coisa mais feia! Ficar bêbado dessa maneira... Meu senhor deveria se envergonhar!!! Feio, muito feio mesmo!

Subiram as escadas com cuidado. Quando chegaram ao quarto, deitaram o moreno na cama. Enquanto Gina o segurava, para que ficasse quieto. Dobby ia tirando os sapatos e o terno do patrão.

- Ele precisa de um banho frio, pra ficar um pouco lúcido – disse o elfo.

- Você pode fazer isso Dobby? Pode colocar Harry debaixo do chuveiro?

- Claro senhorita!

- Enquanto isso eu vou fazer um chá... Ou melhor, vocês têm café aqui?

- Temos um pouco senhorita – Dobby tentava arrastar Harry para o banheiro – no armário. Meu senhor não gosta muito... Mas é sempre bom ter em casa não é?

- Claro Dobby, claro...

Gina desceu em direção à cozinha.

Tomara que Hermione tenha conseguido enrolar Scrimgeour.

Seria um escândalo se Harry fizesse alguma besteira. Sua promoção poderia estar em risco, caso as pessoas percebessem que ele estava bêbado. Sabia que apesar de toda a “puxação-de-saco”, muita gente no Ministério não queria ver Harry no mais alto posto.

Cobra, comendo cobra.

Procurou pelos armários e encontrou um pacote de café. Apesar de não ser uma bebida muito consumida da Inglaterra – eles preferem o chá – Gina leu alguma coisa sobre ela. Tinha propriedades magníficas! Uma delas era diminuir o efeito do álcool no sistema nervoso. Preparou meio bule de café bem forte, pegou uma xícara e voltou para o quarto.

Harry estava saindo do banheiro, acompanhado do elfo, vestindo um roupão verde escuro. Estava tão “grog” que nem percebeu a presença da ruiva. Deitou-se, ou melhor, caiu na cama.

- Tentei fazê-lo vestir uma roupa senhorita, mas ele não quis.

- Não tem problema Dobby... Agora, pode ir descansar, eu tomo conta do Harry.

- Estarei lá embaixo senhorita...

E saiu do quarto. Gina sorriu. O coitado estava morrendo de sono. Olhou para a cama percebeu que o homem nela deitado fitava o teto com os olhos estreitos. Ela teve a impressão de que ele estava com a vista embaçada. Talvez por estar sem os óculos... Talvez seja efeito da bebida... Talvez seja a junção das duas coisas! Pegou uma coberta e colocou sobre ele com cuidado.

- Harry? – chamou baixinho, ele voltou os olhos para ela – Beba isso, eu preparei pra você... Vai lhe fazer bem – e estendeu uma xícara para ele. Olhou para a mesinha de cabeceira e viu o presente que havia dado a ele lá, um CD de uma banda trouxa que ele adorava.

- Gina? – ela sorriu para ele, este tentou retribuir o gesto. Pegou a xícara das mãos da ruiva e levou á boca. – Isso é horrível! – reclamou devolvendo à Gina.

- Eu sei que não é saboroso... Mas beba tudo sim?

Harry não mostrou mais resistência e bebeu tudo. Gina não pôde deixar de sorrir da careta que ele fazia a cada gole. Pegou o recipiente vazio da mão dele e colocou na mesinha de cabeceira. Ele voltou seus olhos verdes para a figura dela. O olhar dele queimava.

- Durma – ela quebrou o silêncio – Eu vou ficar aqui até você dormir.

- Vai velar meu sono? – perguntou brincalhão.

- Vou – ela devolveu o sorriso.

Harry fechou os olhos, pegou a mão da ruiva, delicadamente, e depositou um beijo na palma. Os lábios dele ainda estavam quentes por causa do café. Então ele segurou a mão dela sobre o peito. Gina hesitou um pouco, mas inclinou-se e beijou a testa dele. Este gesto obteve uma rápida reação do moreno. Enquanto ainda estava debruçada sobre ele, a mão que segurava a dela foi para a face delicada, trazendo-a para mais perto. Ele abriu os olhos novamente e a fitou por alguns segundos.

Levemente ele aproximou os rostos. Gina sentiu os lábios dele tocarem os seus levemente... Para depois sentir a pressão aumentar um pouco. Era a segunda vez naquela noite que seus lábios se encontravam. Era a primeira vez em anos que ela permitia que isto acontecesse. Permitiu o toque suave. Permitiu que seus lábios brincassem um pouco, como há muito, muito tempo não faziam. Afastaram-se suavemente. Harry permaneceu de olhos fechados e repousou a cabeça no travesseiro.

- Feliz aniversário Harry... – Gina murmurou.

- Obrigado, meu amor. – ele respondeu.

Uma lágrima solitária escapou dos olhos da moça, que permaneceu sentada ao lado do amigo. Alguns minutos depois, ela percebeu que ele realmente estava dormindo. Ajeitou o cobertor sobre o corpo dele de desceu.

- Dobby, ele está dormindo... Dormirá a noite toda. Eu tenho que ir para casa agora. Ele vai ficará bem amanhã... Com muita dor de cabeça – o elfo riu – mas estará bem.

- Tudo bem senhorita Wesley, pode ir sossegada.

- Até logo Dobby!

- Até logo senhorita!

Gina aparatou em seu quarto e jogou-se na cama. Aquele momento no quarto de Harry não saía de sua cabeça. Será que havia feito o correto? Um beijo delicado.... Não foi uma coisa desesperada. Não houve línguas sedentas... Apenas lábios se tocando, foi doce... Quais seriam as conseqüências daquele momento? Quais os efeitos de ela ter obedecido aquela vozinha insana em sua cabeça? Lembrou das palavras de Hermione:

Um beijo seu seria o maior presente que ele poderia receber hoje”.

Mas será que estavam preparados para um presente deste?

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Olá pessoal!
Primeiramente gostaria de dizer que a história do café é mais uma das minhas viagens. Se tem fundamento científico, então eu acho que possuo o “dom”.

E aí? Será que eles estavam preparados? Eu não sei não... Queria informar que o próximo capítulo será todo em flashback e finalmente o que Harry fez será revelado. Como eu quero que seja todo em um único capítulo (acho que não dá certo quebrar flashbacks no meio), creio que será longo. O que quer dizer que pode demorar um pouco... Sorry! É que minhas aulas já começaram... Mas eu prometo muitas emoções viu? Será uma explicação de tudo o que aconteceu após o enterro de Dumbledore e os rumos da guerra contra “vocês-sabem-quem”.

Beijos a todos e comentem tá?

Claire Black S.: Mulher... o Rony pode… ele é gato! Kkkkkkkkkkkk Agora, a Luna não acabou com ele por ciúmes não, eu garanto! Ele é um bom menino e fiel! Pode deixar que já dei o beijo no Draco e no Ron viu? Kkkkkkkkkk Beijos!

Sally Owens: Que legal! Vou agradecer a Priscila… ^.^ Obrigada, fico feliz que esteja gostando. Tudo pelos queridos leitores! Apareça sempre tá? Beijos!

Emiliana Rosa: Que bom que você gostou de trabalhar no Ministério e de dançar (tá, não somente dançar... ^.^) com esse ruivo lindo! Eu que agradeço a todas vocês que lêem, comentam e me dão novo ânimo para continuar com a história. Beijos!

Dayse Cássia: Obrigada mesmo! Fico feliz por você ter feito parte da vida do Ron e consequentemente da fic. Meu Deus! O povo da sua casa deve me odiar kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Diz pro seu irmão que não é doidera não, é sensibilidade. Eu sou assim, me envolvo realmente com as histórias que leio (sorrio, choro, grito...). Quanto à surpresa, se estresse não... Eu também costumo ficar viajando sobre o rumo que as outras histórias vão tomar, vou tentar fazer com que o dia na praia deles seja inesquecível! Ah, transmimento de pensação é ótimo né? Também adoro vocês, beijos!

Paula Eliza Granger: Usei seu nome sim! Espero que não vá me cobrar direitos autorais kkkkkkkkkkkkkk Que bom que você gostou do capítulo! Pois é... a Luna é bem saidinha... e o Draco que se deixou levar! Pois é... ninguém resiste ao ruivo lindo! Acho que vou colocar meu nome também em algum capítulo kkkkkkkkkkkkkkk Você acha que a Hermione pode ficar com ciúmes? Eu tenho certeza que ela ficou totalmente enciumada, é assim que as coisas começam a esquentar! Minha viagem foi tudo de perfeita, obrigada. Eu até descansei muito, só que as aulas voltaram... Mas vou tentar manter sempre o ritmo da fic! Beijos!

Nayara: Como eu não usaria seu nome? Eu tinha que lhe dar seu ruivo superior kkkkkkkkkkkkkkk Pois é, na vida real tudo é muito real, então deixa acontecer... Sejamos felizes sempre! Beijos!

India: Gostou mesmo? Estou feliz por isso! Você gosta de quadribol? Nem perguntei... mas que bom que você gostou de fazer parte do Cannons. Luna e Draco... bom, eu nunca tinha visto nada deles antes... mas tudo tem uma razão de ser, está tudo amarrado viu? A cena não foi aleatória. Se eles vão ficar de novo? Não posso dizer o futuro deles agora, mas todos os personagens terão sua história desvelada. Siiim! Com certeza o Harry e a Gina vão se acertar, espera e lê! Beijos!

Priscila: kkkkkkkkkkkkkkkkkkk Meu Deus! É tão bom fazer o natal de uma criança feliz! Kkkkkkkkkkkk Sua reação foi mais empolgante do que eu esperava. Por isso acrescentei a cena com você nesse capítulo! Eu sei que você recebeu maior destaque, até me desculpo com as outras leitoras, mas é que você é a que mais se empolga! Impossível não se contagiar com isso!!! Pois é, você teve o corpão do Rony pra você... Que bom que você entende o lado da Hermione. Tadinha, ela ainda é muito reprimida... e enrolada também. Ei, eu acho que seu marido me odeia! Mas diz pra ele que é só ficção... não é nada pessoal contre ele tá? Kkkkkkkkkkkkk Você gostou da Luna e do Draco? Pois é, a festa rendeu pra eles... e pro Harry e a Gina também né? Até pra você! Infelizmente não pude deixar você ficar mais... =( A fic ainda é R/H kkkkkkkkkkkkkkkkk Ah, todo mundo gosta muito de você, até a Molly viu? ^.^ Besos, besos, besos!
Ps: obrigada por trazer leitores pra minha fic (ver comentário da Sally). Você realmente merece participação especial por aqui!

Raiza: Menina, obrigada... eu também gosto de reler minhas fics preferidas. É sempre bom para pegar os detalhes. E então, gostou do restante da festa? Relaxem, G/D não está entre meus shipers favoritos... eles são passado (na fic), e a Luna... decidida né? Eu adoro ela... kkkkk Bom, Harry e Gina... explicações no próximo capítulo. Estou escrevendo o mais rápido que posso, mas ás vezes minha vida corrida não deixa... Mas tento postar sempre nos finais de semana. Quando isso não ocorrer, acredite, será um caso excepcional! Beijos.

Leo Potter: kkkkkkkkkkkk seus comentários são ótimos! Bom, vamos deixar o Draco ser um pouco feliz né? ;) Quanto á Gina e Harry... tá respondido! Beijos...

Amanda Regina: Sabe, tudo é especialmente planejado para que vocês fiquem curiosos e voltem para ler o capítulo seguinte... é assim que fazem os autores de novelas! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Mas e aí? Gostou da seção H/G? Sei que faltam respostas, mas o próximo capítulo virá responde-las certo? Hermione e Rony... eles não tem tempo de dançar... preferem brigar, estranho né? Kkkkkkkkkk Beijos!

Uanda: Loucura é o sobrenome de Luna Lovegood! Kkkkkkkkkkkkk Realmente, ela e Draco foram algo muito intenso! Eu acho que eles dão um contraste bem bacana. Rony mulherengo? Magiiiiina... kkkkkkkkkk Mas também, na minha imaginação ele é liiiiiindo! Então ele pode né? ^.^ Sabe, eu não ia escrever a cena da Hermione com o amigo dela não... mas seu comentário me fez perceber o quanto estava sendo injusta com ela, então escrevi aquela ceninha de ciúmes (outras poderão vir...), o que achou? Eu até gostei do resultado final, a briga foi surgindo em minha mente com por mágica! O encanto do Rony pela Luna... assim, o fato de ele gostar muito dela não vai mudar... mas a maneira de gostar já está mudando não acha? Ficou satisfeita com H/G deste capítulo? No próximo, tudo será esclarecido viu? Ahhh, eu tô lendo sua fic sim, ainda não comentei lá porque ela já está muito adiantada, e eu só queria comentar quando terminasse de ler toda... mas saiba que estou gostando muito! Beijos!



Até breve!
Nox

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Comentários (1)

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