Capítulo 10: Um dia na toca
CAPÍTULO 10: UM DIA NA TOCA
Hermione observava atenciosamente a cena. Todos estavam sentados na sala discutindo o que seria o aniversário de Harry Potter. Ao grupo que lhe recebeu, uniram-se Gui, Fleur – com a pequena Louise, filha do casal, no colo – e Carlinhos (este tinha uma noiva, mas ela estava na casa dos pais). Percy havia pedido desculpas à família, mas neste dia estava na casa dos sogros com sua esposa e dois filhos.
- Não vejo pra quê o Ministério dar essa festa... – pronunciou-se Rony.
- Fama meu filho, eles querem mais fama em cima da figura do Harry – respondeu o Sr. Wesley.
- Ele odeia estas atitudes do ministério! – irritou-se Gina.
- Todos nós odiamos – disse Carlinhos.
- Façamos a festa assim mesmo! – falou Fred.
- O ministério que se f...
- Nem continue mocinho! – disse a Sra. Wesley a George.
- Ora mãe, eles não são a família do Harry. Nós somos!
- Gui meu filho, muitos bruxos de fora do país comparecerão – explicou Arthur – não podemos fazer todos irem a uma festa onde o aniversariante não estará.
- “hem-hem” – começou Hermione, e todos olharam para ela – Que tal fazermos a festa durante o dia? Assim todos poderão ir às duas festas... Sra. Wes.. Er, Molly, será num sábado... Ele virá almoçar aqui, não?
- Sim, querida.
- Ele virá almoçar... Claro, saberá que é um almoço especial por causa da data... Mas chegará aqui e terá uma surpresa. Em vez do almoço, façamos uma festa! Á noite iremos todos ao Ministério e tentaremos aproveitar ao máximo a intenção deles.
- Será um dia inteiro de comemoração! – disse Rony.
- Hermione! Nosso cérebro!!! – brincou George.
- Oh! Podemus fazerrr uma fessst bem bonite... Com carrrdápio sofisticade... – opinou Fleur
- O Harry não gosta de coisas sofisticadas! – cortou bruscamente Gina – Mas de coisas bem simples. – e deu um sorriso amarelo para a cunhada.
- Que tal fazermos uma festa de criança? – sugeriu Fred. – Eu acho que ele nunca teve um aniversário assim...
- E qual seria o tema? – animou-se Gina.
- Quadribol? – Arriscou Rony.
- Isso!!! Ele vai adorar! – disse Gui.
- Nada de Cannons! – Gina apontou o dedo indicador para Rony.
- Certo... Certo... Eu não disse nada – ele respondeu levantando as mãos em sinal de rendição.
Passaram então, à organização da festa. O que era necessário e quem chamariam. Era uma discussão animada, as idéias fluíam. Hermione mais uma vez observou... Aquela família... Sua segunda família. Levantou-se de dirigiu-se para o jardim. Amava aquele jardim! As lembranças dos meninos fazendo a “desgonomização” eram divertidíssimas. Caminhou mais um pouco e sentou em um balanço que ficava no galho de uma frondosa árvore. Fechou os olhos e sentiu uma brisa suave acariciar seu rosto, mover seus cabelos...
- Hermione? – uma voz masculina chamou atrás de si. Ela virou-se e encontrou Carlinhos segurando uma corda do balanço – Você está bem?
- Sim – sorriu fraquinho.
- Você e o Rony brigaram de novo? – Ele a balançava devagar.
- Não. Por quê?
- Vocês estão estranhos... Mal se olham.
- É? Não reparei nisso. Não brigamos não... –
Ele sorriu.
- Vocês são engraçados... – ela olhou para ele intrigada – Talvez seja hora de rever algumas atitudes... – e balançou a cabeça – Ah, porque você não está lá dentro nos ajudando com a festa?
- Como não ajudei? Eu dei a idéia – eles sorriram – Além do mais, eu não entendo nada de quadribol. Não posso ajudar com a decoração.
- Sentimos sua falta. – confessou ele. Hermione não se conteve mais e lágrimas brotaram de seus olhos – Oh, desculpe... Eu não quis...
- Não – disse ela em meio aos soluços – Não foi você... É que eu já estou me segurando há algum tempo... Só agora eu percebi o quanto senti saudades de tudo isso. Das reuniões, das brigas, da confusão... De vocês. Oh, Merlin... Eu perdi tanta coisa!
- Não Hermione, você não perdeu nada. Ainda estamos aqui, e que bom que você está revendo essa atitude. Confesso que a idéia do Rony foi brilhante. Ele te adora, por isso fez isso. Nós te adoramos, e por isso você sempre será uma Wesley honorária – Riram – Quer dizer... Todos queríamos que você passasse a assinar Hermione Granger Wesley em seus documentos, mas parece que os seus planos e os do Rony não foram os mesmos.
- Vocês achavam mesmo...?
- Tínhamos certeza. E ainda temos esperança.
- Ora, vamos Carlinhos... Sabemos que...
- “Nunca daria certo”. Vocês fazem questão de deixar isso bem claro. – Ele sorriu amigavelmente – Vamos entrar agora?
- Vamos sim.
Caminharam lentamente de volta para a casa. Quando entraram viram que Harry já havia chegado e bebia um copo deágua.
- Mione, onde você estava? – perguntou Gina – Sentimos sua falta.
E antes que ela pudesse controlar, as lágrimas voltaram aos seus olhos. Ela escondeu o rosto nas mãos. Rony voltou sua atenção para ela e tencionou ir abraçá-la, mas deteve-se quando viu sua mãe fazendo isso.
- Ora querida, o que houve? – perguntou preocupada.
- Vocês me desculpam... – pronunciou entre as lágrimas – Oh, Merlin... Desculpa por ter passado tanto tempo longe...
- Ahhh, Mione! – e Gina também foi abraçar a amiga. Fred, George, Carlinhos e Gui fizeram o mesmo, soterrando a morena em um abraço coletivo.
- Vamos garotos – interrompeu Arthur – Ou vocês irão sufocar nossa Mione. – ele pegou a mão dela e a retirou debaixo dos filhos – Você não tem que pedir desculpas de nada, você sempre terá lugar entre nós – ela sorriu.
Rony se adiantou e trouxe a amiga para perto de si. Passou a mão esquerda no rosto dela, limpando as lágrimas e disse olhando-a nos olhos:
- Obrigado por voltar para casa.
Ela sorriu e se atirou nos braços dele que a apertou com força. Todos os outros, inclusive Harry, se adiantaram para cima dos dois envolvendo-os mais uma vez em um abraço coletivo.
***************************************************
- Mamãe, venha cá – disse George se levantando da mesa e indo para perto da mãe.
- O que foi meu filho? – antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa o filho puxou suas mão e as beijou.
- Depois de passar uma semana comendo em restaurantes... Vir em casa e provar desse alimento dos deuses... É perfeito! – Completou ele.
Todos riram. Molly tentou fazer uma pose modesta, mas não conseguiu.
- Eu concordo plenamente Molly – disse Hermione – Depois de tanto tempo só comendo do que os elfos preparam...
- Hermione!!!! – assustou-se Rony, que estava sentado em frente a ela – você vai falar mal dos pobres elfos de Hogwarts?
Ela sorriu amarelo e jogou um bolinho de queijo no amigo. Ele, num reflexo, segurou a bolinha no ar, sorriu, murmurou um “obrigado” e a colocou na boca. Hermione revirou os olhos.
- Eeeeeeee mais uma defesa extraordinária de Wesley!!! – disse Fred rapidamente fazendo uma imitação perfeita de Lino Jordan – Temos aqui a presença ilustre de Harry Potter como comentarista do jogo: o que você diz sobre a movimentação do nosso goleiro, Potter?
- Bom, - Harry entrou na brincadeira – eu acho que apesar de estar muito tempo sem jogar e parecer um pouco acima do peso (N/A: Não, ele não é o Ronaldinho!!!), Wesley ainda tem reflexos capazes de deixar qualquer garotinho com inveja.
- Acima do peso?! Eu?! – indignou-se Rony – Eu estou em ótima forma! Tenho o percentual de gordura baixíssimo, não é verdade Mione?
- É verdade Mione? – Gui perguntou em tom debochado. Todos os Wesley, exceto Rony que só agora se dera conta da mancada, riam meio torto. Após um silêncio em que se via uma Hermione corada e tentando achar palavras, ela pronunciou.
- É – disse com cautela – Ele faz questão de andar sem camisa pela casa para comprovar isso.
- Ora meu filho! Não seja exibido!!! – ralhou Molly.
- Mãe! – disse ele.
Todos caíram na gargalhada. O casal em pauta estava mais vermelho que os cabelos dos donos da casa. Harry, percebendo o constrangimento dos amigos, resolveu mudar um pouco o assunto.
- O fato de você estar em forma, não indica necessariamente que você ainda seja um exímio jogadora de quadribol.
- Harry meu caro, essas coisas não se esquecem – rebateu Ronald.
- Que tal um jogo de quadribol depois do almoço? – disse Carlinhos.
- Só depois de vocês descansarem um pouco. – interrompeu Molly.
- Uma partida de quadribol depois do descanso? – Completou George.
- Certo – disse Rony.
- Por mim, ótimo – respondeu Harry.
- Claro!!!! – empolgou-se Gina.
- Fechado – disse Gui.
- Agora!!! – falou Fred.
De repente todos ficaram olhando para Hermione, que fitou a todos desconfiada.
- Mione? – perguntou Gina.
- O quê? – respondeu ela inocentemente após tomar um gole de seu chá.
- Nós somos sete. – disse Harry.
- E?
- Precisamos de mais um para ficar justo – completou Rony.
- Já não temos jogadores suficientes... Vamos jogar de improviso – terminou Harry.
- Vocês querem que eu jogue? – assustou-se ela. Os sete deram um sorriso engraçado e balançaram a cabeça afirmativamente ao mesmo tempo – A Fleur pode jogar...
- Non, non, non... Tenho que ficarrrr com Louise.
- Mas eu não sei jogar quadribol...
- Claro que sabe, você já deve ter lido algo a respeito – Fred deu de ombros.
- Sim, eu li “Quadribol através dos séculos” mas isso não quer dizer que eu saiba jogar.
- Hermione, você sempre assistia os nossos treinos – disse Harry.
- Tá, mas assistir não é jogar!
- É fácil... E agora que você tá voando super bem – falou Rony.
- Sério? – perguntou Gina.
- Andei dando aulas a ela – respondeu Rony.
- Voar bem já é jogar – disse Gina.
- Êeeeee! Hermione vai jogar quadribol com a gente! – gritou George.
- Por livre e espontânea pressão – concluiu Arthur.
- Tá bom – disse a morena depois de um suspiro.
*******************************************
- Podem sair daí! – disse Molly expulsando as meninas de perto da pia. – Hoje a Fleur vai me ajudar a arrumar a cozinha.
Gina e Hermione responderam prontamente e saíram rumo ao quarto da ruiva com a desculpa de colocar uma roupa mais apropriada para o jogo em Hermione que estava com uma calça apertada. Ao passarem pela sala, ouviram os rapazes gritar “nem pense em desistir, Mione!”. Ela apenas suspirou e continuou subindo.
- Eu pensei que você tinha um apartamento – disse Hermione se jogando na cama da amiga.
- E tenho. Mas ele é para ocasiões especiais sabe? Quando fica muito tarde para voltar para casa – a morena deu um sorriso malicioso – Ora, Mione! Eu tenho meus plantões no hospital...
- Sei...
- E também – continuou ignorando a interrupção – se eu sair de casa de vez, sem estar casada, acho que mamãe tem um treco! Toma, veste isso. – e estendeu uma calça de tecido preto, bem folgadinha, para Hermione – É bem confortável e dá liberdade aos movimentos.
- Ah, obrigada. – e começou a vestir a peça.
- Mi?
- Oi.
- Você e o Rony estavam brigados hoje de manhã?
- Não... E você não é a primeira pessoa que me pergunta isso hoje. – disse sorrindo.
- Foi a mamãe?
- Não. Carlinhos.
- Ah. Porque vocês estavam meio...
- Estranhos.
- É. O que aconteceu?
- Nada. Você sabe... Somos eu e seu irmão. Não podemos estar bem sempre...
- Ele tá sendo legal né?
- O tempo todo. É estranho sabe...
- Eu sei. Nós fizemos um bom trabalho... Eu e a Luna.
- É. A Luna...
Gina deu um sorrisinho de compreensão, mas preferiu não levar o assunto adiante. Sabia que a amiga ainda não tinha digerido bem a presença da Luna na vida do irmão.
**************************************
Arthur procurou seu filho mais novo dentre os outros que discutiam animadamente táticas de quadribol na sala, mas não o encontrou ali. Caminhou para fora e viu uma cabeleira ruiva de pé no quintal, próximo ao local onde ocorreria a “partida”.
- O que está fazendo aqui sozinho meu filho? – disse aproximando-se do filho que sorriu ao ouvir a voz do pai.
- Tô observando o clima. Vendo se tá bom pro quadribol, se não vai ser perigoso voar hoje. Mas o vento parece estar favorável. Eu não ia deixar a Hermione voar se não estivesse, ela não tem experiência...
- Ah, Hermione... Meu filho, vocês estão convivendo bem? – Rony olhou com cara de interrogação para o pai – Sabe, vocês brigavam tanto – explicou Arthur – e agora estão morando sozinhos em uma casa... Hoje estavam meio estranhos de manhã... Andaram brigando?
- Não! Estamos convivendo muito bem... Está sendo muito divertido... É que... Sabe, estamos praticamente sozinhos lá em casa... Às vezes tenho medo de estar invadindo espaços.
- Eu sei, você só morou com suas namoradas... E deve ser estranho morar com uma amiga.
- É. Isso... Eu nunca me senti tão à vontade com a Mione e isso é meio... Estranho.
- É meio complicado quando sentimentos adormecidos são despertados. – Rony franziu as sobrancelhas – Vocês eram muito imaturos... Ambos de personalidade forte. Naquela época talvez não estivessem preparados para um sentimento tão entorpecedor. Mas hoje, eu vejo que esse quadro pode ter mudado...
- Não fale bobagens papai... – disse Rony desconcertado.
- Tudo bem. Um dia talvez você pense melhor sobre isso. – e foi saindo.
- Pai? – Arthur se virou novamente para o filho – Ela é bonita... É linda – começou meio sem jeito – É... – limpou a garganta – É... Bem, é natural que eu tenha sentido... Assim... Uma certa vontade... Bem... Vontade... De... De beijá-la não é?
- Para um bruxo heterossexual, isso é completamente normal – respondeu o pai.
- Certo – e Rony caminhou apressadamente para dentro da casa deixando seu pai, com um sorriso orgulhoso, atrás de si.
*************************************
- Hora de tirar os times!!!! – anunciou Carlinhos.
- O Harry e o Rony não podem ficar juntos, seria injusto. – disse Gui – Eles serão os capitães. Podem escolher os jogadores.
Hermione olhava para os amigos meio desconfiada.
- Nem o Fred e o George, se não um time fica sem batedor – afirmou Gina.
- Nem você e o Harry – completou Fred – são apanhadores natos.
- A Gi fica no meu time, então – disse Rony e Gina foi saltitante para o lado do irmão.
- Eu fico com o George – disse Harry
- Sério que você quer ficar comigo? – George aplicou um tom afeminado à voz – Ai, Harryzinho, você ainda não tinha mostrado esse lado... – todos riram.
- Então o Fred tá comigo... E eu quero a Mione. – ela olhou para ele e sorriu sem graça.
- Nossa que surpresa! – cochichou Fred com Gui, este segurou uma risadinha.
- O que eu vou fazer? – perguntou Hermione com voz angustiada.
- Ora meu bem, - disse Ron – eu sou o goleiro; a Gi é a apanhadora; o Fred é o batedor... Portanto você vai ser a artilheira!
- Oh, Merlin! Vamos perder... – disse ela desanimada.
- Vamos não estrelinha, você vai ver – e deu um beijinho no rosto dela. Logo depois puxou Gina para um canto – Rosa, você sabe que eu adoro a Mione... Mas pega aquele pomo o mais rápido possível, por favor – ela riu.
- Pode deixar, eu não pretendo entregar esse jogo pro Harry...
Vassouras ao ar e a partida começara. Arthur Wesley era o juiz; Molly, Fleur e Louise eram expectadoras animadas. O campo improvisado possuía aros conjurados por Harry e Rony.
Gina procurava a bolinha dourada por todos os lugares, mas acompanhando sempre os movimentos de Harry. Ele fazia o mesmo, muitas vezes se detinha mais nos movimentos da ruiva, para logo depois sacudir a cabeça e tentar se concentrar novamente no jogo. Os aros de Rony sempre estavam em perigo. Gui, que era o artilheiro do outro time, arremessava a Goles de todas as formas possíveis se imagináveis, mas o ex-goleiro do Chuddle Cannons fazia “das tripas coração” e agarrava todas. Hermione estava voando bem. Realmente ela estava manobrando a vassoura de forma magistral. Agora pegar na goles... Isso era outra história.
A função de Fred, segundo Rony, era proteger Hermione acima de tudo e a de George, segundo, Harry, era assustá-la, mas somente isto! Carlinhos, estava mais ou menos tranqüilo em seus aros. Ele observava todos no campo e ria da situação de Rony e Fred... Eles estavam trabalhando dobrado... Reparou que Rony ainda estava em ótima forma. Segurar aquelas bombas de Gui o tempo todo não era pra qualquer um! Qualquer time teria prazer em empregar seu irmão novamente...
De repente ele viu Hermione, segurando uma goles, vindo em sua direção. Ele endireitou-se entre os aros, não ia humilhar a amiga. Ela tinha um olhar determinado no rosto. Levantou a goles com a mão esquerda... Mas hesitou um pouco e a trocou de mão. Carlinhos imediatamente percebeu a movimentação dela e dirigiu-se para o aro direito. Mas ao contrário do que ele pensava, ela passou a goles por trás do corpo e novamente segurou-a com a mão esquerda atirando-a no meio do aro central.
- Hermione... – falou ele.
- Oh, meu Deus!!! – gritou ela rindo com as mãos na boca – Eu fiz...
- Pára o jogo!!! – a voz de George foi ouvida – A Hermione fez um gol!!!!
Todos no campo pararam automaticamente, na verdade eles já haviam parado no momento em que Hermione avançou para o gol de Carlinhos. Nesse momento a respiração de Rony estava pesada. Vai Estrelinha! Vai Estrelinha! Gritava em seu pensamento. Todos, sem exceção, vibraram com a finalização do movimento.
- Eu sabia!!! – disse Molly para Fleur – Quadribol está no sangue dos Wesley, sabe?
- Êla não ê uma Wesley, Mollí... – respondeu a nora.
- Eu tenho certeza que é... Ah, eu tenho certeza que é.
No campo, Gina já estava ao redor de uma Hermione paralisada. Todos davam parabéns pela manobra maluca, mas que tinha funcionado muito bem, inclusive Carlinhos. Rony se aproximou dela, a abraçou e disse Dá-lhe minha Estrela!!! em seu ouvido.
- Vocês não querem terminar a partida? – Gritou o Sr. Wesley – O pomo de ouro ainda está por aí!
Todos voltaram às suas posições iniciais. Hermione se sentia mais segura depois daquilo. Agora ousava mais nos movimentos, que muitas vezes não davam certo... Mas ela não se importava. Estava se divertindo e era isso que importava. Depois disso ainda fez mais alguns gols.
Gina avistou o pomo. Pensou rápido e decidiu fazer a mesma coisa que a amiga tinha feito. Voou na direção contrária, para tentar despistar Harry. E conseguiu, ele estava vindo em seu encalço, mas antes que ela pudesse completar seu raciocínio o moreno desviou e partiu na direção onde o pomo realmente estava, deixando uma ruiva revoltada atrás de si. Sem maiores esforços, ele agarrou o pomo.
Seu time comemorou indo de encontro ao capitão. Fleur fez a maior festa por causa do marido.
- Eu usei esse truque com o Malfoy uma vez! – Gritou ele para Gina, esta respondeu com uma careta e depois um sorriso.
- Venham fazer um lanche meninos! – disse Molly – Devem estar famintos.
- Vocês perderam por minha causa – disse Hermione se encostando-se ao ombro de Rony.
- Pare já com isso mocinha! – respondeu ele – Você foi perfeita... E é porque nunca tinha se arriscado no jogo!
Entraram e foram direto para a cozinha, onde havia uma mesa preparada para eles.
- Realmente você está voando muito bem Mione! – elogiou Harry.
- Ah... Obrigada Harry. Digamos que eu tive um ótimo professor!
- É mesmo Gatinho! Você poderia até ser professor de vôo em Hogwarts!
- Sinceramente, eu acho que a McGonagall não ia gostar muito de me ver novamente em Hogwarts... Passa o suco de abóbora Fred?
- Como se você tivesse sido um dos piores alunos! – disse Hermione.
- E não foi? – completou Gui, que recebeu um guardanapo no rosto.
- A perdição dele foi ser “o melhor amigo de Harry Potter” – riu o moreno.
- E a salvação foi ser “o melhor amigo de Hermione Granger” – brincou Carlinhos.
- Coitada da Hermione! – falou Fred – Teve perdição dos dois lados!
- Ser melhor amiga de Harry Potter e de Rony Wesley... Que azar heim?! – completou George.
- Na verdade, os dois foram minha salvação! Se não até hoje eu seria um “pesadelo” – disse Hermione com uma expressão debochada.
- Você não é um pesadelo meu bem, é um sonho! – disse Rony em tom zombeteiro, mas logo depois fez uma careta de dor e apoiou os cotovelos na mesa colocando as mãos sobre os olhos.
- O que foi Gatinho? – perguntou sua irmã preocupada.
- Tô meio tonto... Uma dor de cabeça – respondeu – de repente minha garganta começou a arder...
- Yes!!! – os gêmeos apertaram as mãos.
- O QUE VOCÊS FIZERAM DESSA VEZ? – perguntou Gina, deixando seus irmãos assustados.
- É apenas mais um dos nosso inventos. – começou George.
- Uma poção de gripe instantânea – terminou Fred.
- Uma o quê?! – perguntou Hermione.
- “Po-ção de gri-pe ins-tan-tâ-ne-a” – disseram juntos – precisávamos de uma cobaia...
- Estava no suco do nosso querido Roniquinho. – Fred terminou de explicar.
- Sempre eu... – disse Rony desanimado se recostando na cadeira.
- Vocês ficaram loucos? Não vão comercializar isto, eu não vou deixar! – Esbravejou Gina – Vem Rony, deixa eu te examinar... – e ajudou o irmão a ir para sala, seguida de uma Molly furiosa.
- Vocês dois não tem mesmo noção de nada né? Francamente! – brigou Hermione se levantando e indo atrás das outras mulheres.
- Eu acho que agora... – Começou Gui.
- Vocês estão ferrados de verdade! – Completou Carlinhos.
- Vão ser alvo da fúria das três mulheres mais fortes do mundo mágico – terminou Harry.
- O efeito dura apenas dois dias. Além do mais, ele é um homem saudável. - Os gêmeos apenas deram de ombros.
**************************************
- Não há muito que fazer – disse Gina – A gripe não é virótica... Não podemos dar uma poção a ele para curá-la. Temos que esperar o efeito da poção acabar... Já que não temos um antídoto. Ele apenas precisa de descanso.
- Eu quero ir pra casa... – murmurou o enfermo.
- É melhor levá-lo pra casa logo... – disse Hermione enquanto media a temperatura dele com a mão na testa.
- Nada de aparatar... Nem de flú, por causa do pó. Vamos fazer uma chave de portal pra vocês.
- Ele está febril... Talvez seja melhor ficar aqui e eu tomo conta dele – disse Molly aflita.
- Acho melhor ele ir com Hermione, mamãe. Pra casa dele, pras coisas dele...
- Aqui é a casa dele!
- Eu sei, eu sei mãezinha...
- Molly – interveio Hermione – eu o levo e tomo conta dele. Caso alguma coisa aconteça e o trago de volta... Certo?
- Vamos querida – o Sr. Wesley se aproximou da esposa – ele vai ficar bem. Nosso menino estará em boas mãos. Foi só uma travessura dos gêmeos...
- É, travessura que não ficará sem punição! – e a matriarca caminhou em passos pesados para a cozinha.
- Depois será a minha vez – sorriu Gina para o pai e para a amiga. – Mione, como já disse não podemos ministrar poções. – a voz de Molly é ouvida vinda da cozinha, ela parece furiosa – O que se pode fazer é: banhos frios, bem frios, para baixar a febre; muito líquido e alimentação reforçada. Se ele não quiser comer, obrigue! A gripe me parece inofensiva – agora as vozes dos gêmeos tentando se explicar – mas se ele não se alimentar pode ficar fraco e suscetível a uma virose de verdade. No mais, amanhã eu passo lá para vê-lo.
- Sua mãe está uma fera! – disse Harry entrando no recinto – Então amigão, como está se sentindo?
- Não muito bem... Eu acho – respondeu o ruivo.
- E isso é só o começo, aqueles dois ainda vão ter que se explicar para mim! – disse Gina - Vamos preparar a chave de portal antes que mamãe volte.
- Pra quê chave de portal? Eu vim de carro e posso levá-los. Será menos cansativo para o Rony.
- Certo então. Vão logo, se mamãe chegar aqui pode mudar de idéia.
- Vão embora sem se despedir? – disse Carlinhos.
- Temos que ir agora – disse Harry.
- Tchau Hermione, nos veremos em breve?
- Claro que sim Arthur – ela o abraçou.
- Cuide bem do nosso irmãozinho viu? – disse Gui.
- Pode deixar, ele estará em boas mãos – sorriu a morena.
- Tchau pra todos. – disse Harry.
- Eu vou com vocês até lá fora. – disse Gina.
- Eu vou ver como estão as coisas lá dentro – disse Arthur.
Harry e Hermione andavam ao lado de Rony que estava abraçado com a irmã. Ela o ajudou a entrar no banco de trás e ele imediatamente se deitou, permanecendo em silêncio.
- Deve estar com a sensação de ter o corpo pesado. – disse Gina – Isso é normal no estado dele. Mione, o faça comer viu?
- O seu irmão? Sem fome? Isso parece impossível! – riu a professora.
- Bem, sempre pode acontecer né? – ela beijou a amiga e depois abraçou o moreno. – Tchau! Amanhã eu passo lá.
Eles entraram no carro e deixaram as terras d’A Toca. Houve um momento de silêncio. Onde só se ouvia a respiração pesada de Rony no banco de trás. Hermione constantemente checava para ver se estava tudo bem com ele. Mas ele permanecia na mesma posição: de olhos fechados e meio que encolhido. Parecia estar com frio. Hermione conjurou um cobertor em cima dele. Ainda assim nenhum movimento foi visto.
- Ele realmente parece abatido... – começou Harry.
- É... e não faz nem vinte minutos que isso começou... eu devia ter ficado e batido naqueles dois crianções!
- Calma Mione...
- Calma! – levantou um pouco a voz, mas olhou para trás e logo abaixou o tom – Eles querem vender aquilo. Imagina os alunos de Hogwarts usando essa tão poção... vai ser um pandemônio!
- A Gina não vai deixar...
- É, eu sei. – alguns minutos de silêncio...
- Mione?
- Hã?
- Eu pretendo passar lá amanhã pra ver o Rony... Que horas você acha melhor?
- Você quer saber que hora a Gina pretende ir? – viu o amigo ficar rubro, não pôde deixar de sorrir.
- Er... Bem...
- Eu acho que ela vai ao fim da tarde, depois do plantão. Você pode ir... E jantaremos juntos.
- Tem certeza?
- Absoluta. – ele sorriu para ela. – Você acha que ele dormiu? – perguntou fazendo um sinal com a cabeça em direção ao banco de trás.
- Não dormi não... – veio uma voz meio embolada do pacote ruivo no banco de trás – Eu ouvi todo o complô de vocês dois contra minha linda irmãzinha – tossiu – Só não quero falar... Minha garganta dói, minha cabeça dói... Vocês estão fazendo muito barulho...
- Desculpa bebê – disse Hermione como se estivesse falando com uma criancinha, isto produziu um bufo do doente e risos dos amigos.
*******************************************
Harry os deixou dentro de casa. Ajudou a um Rony trêmulo subir as escadas. Era realmente uma poção bem forte. O menino-que-sobreviveu se despediu dos amigos e foi embora.
Hermione voltou para o quarto e viu mais uma vez Rony encolhido na cama. Foi até ele e colocou sua mão no pescoço e na testa dele. Ele estava ardendo em febre! Pálido... Os gêmeos realmente não tinham noção do que faziam.
- Rony... – chamou ela – A Gi disse que um banho frio era bom pra baixar a febre.
- Banho frio? “cof, cof” Eu estou morrendo de frio Mione. É capaz de eu pegar uma pneumonia se seguir este conselho! “cof, cof”
- Sua irmã sabe o que diz. Trate de ir para o banheiro mocinho, chega de manha!
- Você é má Hermione... – suspirou – Definitivamente, você é cruel. – pausa para recuperar o fôlego – Será que você não tem uma caveira tatuada no braço não? – ela revirou os olhos.
- Sem manha mocinho... Ou eu terei que te dar o banho.
- Você não faria isso...
Hermione não pensou, apenas agiu. Puxou Rony pelo braço e o levou para o banheiro. Ele sentou no vaso levantou a cabeça para ela, jogando-a exageradamente para trás, e disse em tom choroso:
- Não Mione... Não quero!!!
- Mas vai!
Ela foi até o boxe e regulou a temperatura da água. Estava gelada. Voltou para o amigo e despiu sua camisa. Sentiu o corpo dele tremer. Ele a puxou entre suas pernas e envolveu a cintura dela encostando sua cabeça na barriga da amiga. Hermione não esperava esta reação, estremeceu ao toque do amigo. Ele estava tão quente... Parecia tão aconchegante... Rony não disse nada, apenas a abraçou forte. Deve ser o frio... deve não, é o frio! Pensou ela.
- Entre... Agora debaixo desse chuveiro – disse com dificuldade.
- Não quero...
- Mas vai. Enquanto isso, eu vou pedir pra Dafne fazer uma canja...
- Não quero canja... Não tô com fome!
- Quem é você e o que fez com meu amigo? – Brincou ela soltando-se do abraço dele que lhe fez uma careta engraçada – Vai comer sim! Ordens da Dra. Gina. Quando eu voltar, quero encontrá-lo de banho tomado viu?
Ela saiu do quarto deixando um Rony desanimado para trás. Se estivesse em plenas condições físicas, teria arrebentado a cara dos gêmeos. Mas estava doente demais para isso. Sorriu ao lembrar que sua mãe e sua irmã estavam fazendo o “trabalho sujo” por ele. É... eles estão pior com elas! Uma risadinha escapou com esse pensamento. Despiu-se lentamente e encarou a água... devia estar muito fria. Ele já batia os dentes... mas se queria sentir-se melhor, devia seguir as ordens da irmã.
Até que estava sendo bom ser paparicado por Hermione. Ter toda a atenção dela para si. Pensaria em uma forma de agradecer os gêmeos por isso sem dar muita bandeira... De repente um botão estalou dentro dele. O que estava pensando? Não ia agradecer coisa nenhuma! Eles lhe causaram uma doença... E Hermione estava apenas sendo prestativa.
Um... Dois... Três! Entrou de uma vez debaixo da água. Se seu corpo não doesse tanto, ele pularia para espantar o frio. Havia perdido o controle do seu queixo que batia desesperadamente. Todos os pêlos do seu corpo estavam eriçados. Maldita febre! Desligou o chuveiro e apanhou o roupão felpudo que estava pendurado. Vestiu-o rapidamente e saiu em direção ao guarda-roupa. Procurou seu pijama mais quentinho. Só após ter vestido a calça, se tocou que estava sem cueca. Ah, eu estou doente, me sentindo agoniado... Mereço liberdade! Estava se cobrindo com um edredom bastante espesso quando ouviu batidas na porta do quarto.
- Posso entrar?
- “brrr” Pode... (N/A: esse brrr devia lembrar o queixo tremendo... não sei se consegui passar a idéia. Se não, aqui está a explicação ^. ^).
- Dafne está preparando a canja. – disse Hermione entrando no quarto – Sente-se melhor?
- “brrr” Ainda estou com muito frio... Mione, faz de mim um “saquinho de batata”?
- O quê?
- Me cobre empurrando as cobertas para debaixo do meu corpo... Mamãe fazia isso quando eu era criança, assim eu ficava termicamente isolado.
- Saquinho de batata?! – ela riu.
- Eu era criança “brrr” e agora estou doente... Faz isso por favor, Estrelinha – fez olhar de cachorrinho abandonado e Hermione nunca resistiu a isso.
- Ron... – disse ela enquanto fazia dele “um saquinho de batata” – Por que você me chama de Estrelinha?
- Ora, Mione... É tão óbvio “cof, cof”. Porque você é brilhante em tudo o que faz. – ela não pôde segurar um sorriso.
Rony adormeceu em seguida. Hermione foi até seu quarto, tomou um banho e trocou de roupa. Foi até a cozinha, Dafne disse que a canja já estava pronta, então a bruxa disse que ela podia ir dormir. A elfo obedeceu. Hermione subiu para o quarto do amigo. Ia passar a noite ali, para caso ele precisasse de alguma coisa. Acomodou-se confortavelmente na poltrona laranja e adormeceu.
************************************
Uma forte pontada na cabeça fez com que ele acordasse. Devia ser madrugada e todo o seu corpo doía. Ainda sentia que estava com febre... Maldita febre! Olhou ao redor e viu Hermione encostada de qualquer jeito na sua poltrona laranja. Isso não vai ser bom pras costas dela.
- Mione? – chamou baixinho – Mione?
- Hum? – ela respondeu – Ah, você acordou... Está com fome?
- Não. Pode ir para o seu quarto... Eu vou ficar bem.
Ela levantou e se aproximou dele, novamente mediu sua temperatura e soltou um muxoxo.
- Essa febre que não cede... Ainda sente muito frio? – ele afirmou com a cabeça – Vou buscar algo pra você comer.
- Não Mione... Minha garganta dói e eu não sinto fome.
- Ao menos tome um chá. Se não a Gi me mata... Sua mãe vai dizer que eu não sei cuidar de você direito...
- Certo, certo – sorriu ele – Eu tomo um chá.
Ela desceu e em poucos minutos voltou trazendo uma xícara com um líquido fumegante dentro dela. Entregou-a a Rony, este sorveu o conteúdo rapidamente antes que esfriasse. Devolveu a xícara à ela e acomodou-se novamente entre as cobertas. Hermione mais uma vez foi em direção à poltrona.
- Mione?
- Hum?
- Você vai mesmo ficar aqui?
- Vou.
- Então vem cá... – e apontou para a cama – Ficar aí pode machucar suas costas.
Ela foi, hesitante, e deitou-se ao lado do ruivo. Ele levantou as cobertas e a puxou para perto de si.
- Eu ainda estou com frio. Me esquenta.
Ela sorriu e envolveu o amigo. Ele encostou a cabeça no ombro dela. Oh Merlin... Estamos mais uma vez aqui, juntos. Ele tá doente, tá delirando. Ela ficou acariciando os cabelos dele, como ele mesmo havia feito alguns dias antes. Aos poucos a respiração do ruivo tornou-se profunda e ritmada, sinal de que tinha adormecido...
***********************
Uma movimentação brusca fez com que a moça despertasse. Percebeu que já não estava mais abraçada ao amigo. Na verdade estava deitada de costas para ele. Virou-se devagar e percebeu que ele, ainda dormindo, tentava se livrar das cobertas. Olhou mais atentamente e percebeu gotículas de suor em sua testa. A febre está passando. Levantou-se e tirou o pesado cobertor de cima dele. O pijama de flanela estava encharcado. Ela abriu os botões com cuidado para não o acordar. Instintivamente, ele mexeu-se ficando de bruços. Isto permitiu que ela lhe despisse a camisa com mais facilidade.
Ele estava em um sono ferrado e não percebia a movimentação da amiga. Ela tinha aprendido quando criança, que se a febre estivesse indo embora, era necessário permitir o suor, como uma forma de desintoxicação do organismo (N/A: meus caros leitores, eu acho que isso é uma viagem minha... licença poética ^.^). Também lembrava do quanto era incômodo e quanto menos roupa usamos, mais confortável ficamos. Ela pensou um pouco e decidiu. Já havia visto seu amigo de cueca uma vez... não custava nada tirar a calça dele também... Deslizou a mão suavemente pelas costas molhadas dele. Pensamentos calmos, Hermione... Calma Hermione... Parou com os dedos no elástico e o puxou delicadamente para baixo. Pôde então, ter uma visão perfeita do bumbum bem desenhado de Ronald Wesley. Imediatamente colocou a calça de volta no lugar. Seus olhos arregalados e a respiração ofegante.
Merlin, ele não está usando nada por baixo! Era uma miragem... só podia ter sido. Ele não ia fazer isso e chamar você pra dormir com ele. Mas ele está doente, talvez nem tenha lembrado... Talvez ela fosse uma pervertida que estava vendo coisas. Ou melhor, deixando de ver... Não teria coragem de conferir de novo. Então num impulso, como que para comprovar, deslizou a mão por cima da calça e sentiu a pele nua por baixo do tecido. Oh, meu Merlin! Oh, meu Merlin! Oh, meu Merlin! Oh, meu Merlin! Oh, meu Merlin!
Ficou um tempo ali parada. Via as costas do amigo subirem e descerem no ritmo da respiração. Sua mente dava voltas. Ele tem o bumbum tão bonitinho... Dá uma vontade de apertar... Hermione! Pare já com isso! Ficou doida? É o Rony... Lembre-se sempre disso. Resolveu voltar para seu quarto. Ele já estava bem... a febre tinha passado. Se precisasse de alguma coisa iria chamá-la, ela sabia disso. O que não dava era pra ficar ali depois de... Ora, depois!
***************************************
No dia seguinte ele já estava melhor embora se queixasse que a garganta doía, ainda tossia e espirrava muito, pelo menos a febre não voltara. Também não queria comer, mas Hermione o obrigava a isso. Ele não estranhou o fato de ter acordado sem a amiga do lado. Mas perguntou a ela que tinha tirado sua camisa.
- Você deve ter feito isso enquanto dormia – disse no tom mais natural do mundo.
Por volta das 17h00min Harry chegou trazendo kiwís. Ele sabia que o amigo adorava essa fruta.
- E aí cara, como se sente?
- Melhor... Ainda não estou 100%, mas sinto-me melhor.
- Hermione é uma boa enfermeira?
- A melhor, meu amigo... Ela é brilhante! À propósito... Minha irmã ainda não chegou.
- Rony!!! – disse Hermione – Agradeça, o Harry veio lhe fazer uma visita.
- Claro que eu estou feliz pelo fato de meu melhor amigo ter vindo de me ver. Mas nós nunca tivemos arrodeios... Sei que o fator “Gina” também foi decisivo no horário.
Harry apenas sorriu. Não conseguia mentir para o amigo. Passara o dia inteiro pensando no momento de ver aquela imagem perfeita, a seu ver, que era Gina Wesley. Tinham perdido um pouco do contato por causa do trabalho... Por causa de tudo.
Ter passado o dia ao lado dela ontem não fora suficiente. Precisava da presença dela o tempo todo. Nesse exato momento ele deveria estar em um encontro com uma auror belíssima do departamento. Quem sabe sairiam depois para uma “esticada”. Mas mandou-lhe uma coruja dizendo que precisava visitar um amigo muito doente. Sabia que havia sido dramático... Mas tudo era dramático e passional quando de tratava de certa ruiva que ele não conseguia arrancar do seu coração.
Perdera a conta das vezes em que tinham conversado. Em que tinha pedido perdão. Seu peito apertava por pensar no que tinha feito. No que tinha causado a ela. No que tinha causado a si mesmo.
Levantou os olhos para reparar em mais uma discussão dos amigos. Ela queria que ele tomasse um chá particularmente ruim. Ele dizia que não queria, a garganta era dele e só ele sabia o quanto estava doendo. Ela pedia para ele deixar de ser criança e obedecer. Ele dizia que não tinha que obedecer às ordens dela, ela não era sua mãe... Etc. Harry só conseguia rir. Mais uma discussão besta... Eles realmente não mudam!
- Oi! – uma voz chamou na porta – Caramba! Dá pra ouvir a discussão de vocês dois lá de fora. Ah, oi Harry!!!
Olhou para a porta e a viu. Linda. Sorridente. Feliz. Gina estava vestida de branco, uma roupa bem simples, mas ainda assim estava perfeita.
- Er... Oi! – respondeu meio sem jeito. Sempre ficava assim perto dela.
- Como anda meu doentinho? – disse a ruiva se aproximando do irmão.
- Mal... Tudo dói... A Hermione me obriga a fazer coisas que eu não quero...
- Não seja ridículo Ron! – bufou a morena.
- Você parece melhor... – continuou a ruiva – Está sem febre... Está comendo direito?
- Não. – interrompeu Hermione.
- Ela perguntou a mim...
- Você é sempre suspeito pra falar...
- Chega vocês dois! Rony, a Hermione está certa. Sabemos que você não se sente bem, mas agir como uma criança mimada não vai resolver a situação. Conversei com os gêmeos e eles disseram que os efeitos só duram dois dias. Amanhã você já estará bem. Você falou com a mamãe hoje Mione?
- Falei sim... Disse que estava tudo bem e que logo o Ron estaria curado – respondeu a morena – Ela ficou mais tranqüila.
- Ótimo. – Gina deu uma pausa de reflexão – Eu tô com fome.
- A gente pode pedir uma pizza! – disse Harry.
- Ótima idéia – sorriu Gina.
- Isso... Peçam uma pizza. Torturem-me... – disse Rony em tom magoado.
- Mas você disse que não estava com fome! Que não queria comer... – falou Hermione.
- E mesmo que quisesse não podia. Minha garganta não deixa. Vocês são maus! Tem certeza que...
- Não tem uma caveira tatuada nos braços de vocês não? – disseram os três ao mesmo tempo.
- Ah, Gatinho... – disse a ruiva – inventa outra – e todos riram.
- Isso... Podem rir de um enfermo...
– Eu vou ver o que a Dafne está fazendo lá dentro. – Gina disse.
- Quase moribundo... – Harry deu uma desculpa de que queria ver um livro e foi para a sala ao lado.
- Indefeso... - Hermione que estava atrás dele e já não agüentava tantas lamúrias, tapou-lhe a boca com uma das mãos e disse no ouvido dele.
- Deixa de drama Gatinho!
O que devia ter soado como uma gozação teve um efeito devastador dentro dele. Sentiu o corpo estremecer com o hálito quente de Hermione em seu ouvido. Inconscientemente a puxou para seu colo e sussurrou no ouvido dela:
- Cuidado Hermione... Eu sou sensível...
Hermione ficou imóvel. Fechou os olhos para sentir as palavras dele. Ele era sensível... E ela era o quê? As mãos dele que a prendiam... Oh, Merlin... Aquelas mãos! Oh, Merlin... Aqueles lábios! Oh, Merlin... Ela só podia estar maluca... Ouviu passos e tentou se levantar. Na verdade, ela se mexeu de forma desajeitada e caiu sentada no tapete.
- Eu falei com a Dafne... O que aconteceu? – Gina entrou na sala e encontrou Hermione no chão e Rony tentando ajudá-la a levantar. Tentando. Porque parecia tão desajeitado quanto ela. Harry deu uma piscadela e ela finalmente entendeu. Ignorou a “sem-gracisse” dos dois e continuou – Bom, a Dafne vai fazer uma sopinha bem saudável e todos vamos comer uma refeição de doentes.
Uma hora depois, todos estavam tomando a “deliciosa” sopinha preparada por Dafne. Gina, Hermione e Harry estavam em uma discussão animada sobre o que o ministério estaria preparando para o aniversário de Harry Potter. Rony falava pouco, ou melhor, ele se abstinha de falar alegando dor na garganta. Apenas ria de um ou outro comentário. Na verdade sua mente estava pensando no que acontecera há uma hora. Eu sou sensível... De onde ele tinha tirado esse comentário idiota! Cuidado Hermione... Cuidado com o quê? Por acaso ia atacá-la? O que ela estava pensando dele? Idiota! Iditota! Idiota!
- Gatinho... Você se sente bem? – perguntou Gina preocupada.
- Sim, sim – respondeu – apenas um pouco cansado...
- É melhor você subir mesmo... E eu já tenho que ir. Amanhã vou pro hospital bem cedo. Vou para meu apartamento hoje...
- Quer uma carona? Eu te levo... – disse Harry.
- Obrigada, mas eu tô de carro. Vamos então?
Despediram-se. Harry e Gina saíram juntos da casa em direção aos carros estacionados na frente.
- Tchau Harry – Gina o abraçou. Ele afastou o abraço e olhou nos olhos dela.
- Gina... Er... Eu... Será que nós...
- Harry... – ela baixou a cabeça – não. – olhou para ele novamente – Essa conversa de novo...
- Eu quero lhe dar uma coisa... – conjurou uma rosa vermelha e estendeu para ela.
- Oh, Merlin... É linda! Mas... Harry...
- Apenas aceite.
- Obrigada.
Ele, com o já conhecido aperto no peito, beijou-lhe suavemente o rosto e foi em direção ao seu carro. Gina ficou para trás com aquele mesmo aperto no peito... De quem tinha certeza de algo, mas sofria pelo outro.
********************************************
Olá meus queridos!!!
O que acharam do capítulo? Queria ter postado ontem, mas sinceramente não deu...
Tenho um aviso: vou viajar... Passar esse fim de semana fora (sabe, fingir que tenho férias...). Pretendo postar assim que voltar viu? O que será na segunda ou terça.
Hermione heim? Quem diria... Se soltando, querendo arrancar a roupa de Rony... kkkkkkkkkkkkkkkk Infelizmente ele estava doentinho, conseqüentemente , desanimado. Realmente Fred e George não aprendem... A família Wesley toda reunida... Planos e mais planos para homenagear o Harry... Por falar em Harry, tenho recebido muitos comentários perguntando o que aconteceu com Harry e Gina. Prometo para vocês que dentro de três capítulos vocês saberão. Dedicarei um capítulo inteiro aos acontecimentos pós enterro de Dumbledore. Tenham mais um pouquinho de paciências, please... É que ainda algumas coisas precisam acontecer para desencadear as memórias. Prometo tentar fazer com que minha explicação seja boa...
kk: Oba!!! Leitora nova comentando! Que bom... Obrigada, espero continuar agradando a todos vocês! Estou postando o mais rápido que consigo... Beijos...
Paula Eliza Granger: Ô... Obrigada. Adoraria ter postado ontem, mas minha beta acabou de chegar de viagem e só agora pode revisar. E então, gostou? Pois é... o sétimo ano foi meio corrido para eles (maiores explicações virão). Eu gosto de pensar como eles pensariam... por isso tantos diálogos internos. Bom, a tensão está só no começo... Beijos!!!!
Índia: Pois é, o Rony tinha que se soltar algum dia! Kkkkkkkkkkkk A Hermione também, não acha? Beijos!!!
Emiliana Rosa: Menina, por enquanto só tá morno... O negócio promete ferver, entrar em erupção! Kkkkkkkkkkkkkkkkkk Mas eu discordo, as consqüencias de uma paixão adormecida que explode não são drásticas, mas sim deliciosas!! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Ah, os rodeios fazem parte da história deles (J.K. nos matou em o Enigma do Príncipe), mas um dia eles aprendem... né possível!!! Obrigada querida, leitores como você me inspiram cada vez mais! Beijos...
Dayse Cássia: Pois é menina, se você procurar vai achar muita história boa com meu casalzinho do coração!!! Quanto á dica... Vou estragar uma surpresa, mas é preciso dizer: eu já tenho um capítulo assim programado. Ele está bem mais na frente. Pra mim, férias lembra praia, então foi uma das primeiras coisas que pensei. Mas valeu! Como diria minha amiga, foi “transmimento de pensação.” Kkkkkkkkkkkk Beijos pra ti, e continue aparecendo viu?
Sâmya Carvalho: Ei, brigadinha... Assim, muita coisa vai acontecer. Continua acompanhando ;) Besos!!!
Priscila: Fica triste não... Deixa eu dar uma dica: esse tipo de coisa sempre acontecia comigo, eu sempre perdia comentários. Quando eu ia deixar recados no orkut e meu pc não tava lá muito bom... Aí uma amiga sugeriu que eu usasse a maravilha tecnológica do “Ctrl-C”. Pois é, agora sempre que eu escrevo um recado eu copio pra depois enviar. Já salvei muita coisa assim kkkkkkkkkkkkkkkkkkk Tipo... muchas gracias sempre... seus comentários sempre me dão fôlego novo! Kkkkkkkkkk Siiiim, você gostou de imaginar o Rony de cueca boxer? E o que achou do bumbum dele? Conseguiu visualizar? Kkkkkkkkkkkkkkkkk Eu consegui (sou pirada mesmo!)!!!! Besos e mais besos... Ahhh, ia esquecendo: você gosta dos Beatles? *Sorriso maroto*
Leo Potter: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Momento revolta nos comentários!!! Você foi o primeiro a fazer um comentário desse tipo... E eu gostei de sua reação sincera. Tipo, obrigada pelo elogio. Como disse antes, dentro de três capítulos o mistério será revelado. Quanto à Draco e Gina... Rapaz... Eu confesso que gosto um pouco do Draco. Na minha fic ele tá tentando se entrosar no mundo bruxo novamente. Na minha imaginação ele é gato e charmoso (eu gosto de vilões ^.^) e um bom profissional, não é comensal e quer apagar sua ligação com Voldemort do seu passado... Gina tinha que refazer a vida depois de Harry... Na verdade eles só tiveram um rolo, e definitivamente não vão voltar viu? Pode ficar sossegado! Beijos!!! Pode comentar sempre!!!
Ellessar: Calminha... Eu vim em missão de paz ^.^ Deixe-me explicar: eu tinha atualizado sim. Mas nem sempre as atualizações na Floreios saem como a gente quer. Depois eu tive que fazer umas correções, mas o nome continua lá na lista. E eu fiz as correções o mais rápido possível, dez minutos depois o capítulo já estava lá... Relaxe, estresse mata kkkkkkkkk Brincadeira! Beijos.
Claire Black S.: Vou continuar sim! Continue acompanhando e obrigada!!! Ps: nós amamos o Ron kkkkkkkkkkkkkk.
Uanda ElvePotter: Aqui está a atualização!!! Obrigada, espero que continue gostando!!! Beijos...
Amanda Regina Magatti: Como não estou a fim de carregar a culpa da morte de ninguém (kkkkkkkkkkkkkkkkkkk) aqui está mais um capítulo. Nossa, todo mundo gosta do meu Rony!!! Que bom ^.^ Fique tranquila que ele e Hermione serão realidade!!! Continue lendo e comentando! Beijos...
Até a próxima!!!!
Nox
Comentários (1)
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii cada capitulo mais perfeiiiita *---------------------------------------------* Relações de Mione Ron ,Harry e Gina estão boas *--------------------------------------------*
2011-10-01