O Lacre de Amor
Harry chegou ao quarto sendo apoiado por Gina, bastante cansado, esgotado do esforço, caiu na cama e apagou.
Parecendo que tinha se passado apenas uns segundos ele abre os olhos, mas estranhamente ele se sente descansado e disposto, olhando para o lado vê Gina meio sentada, meio deitada e meio caída, dormindo ao seu lado, descansando na cabeceira, uma bandeja contendo chá e alguns biscoitos. Harry ia se servindo de um pouco de chá quando percebeu mais a frente pendurado em um cabide a capa que ele usava no dia da abertura do testamento de Dumbledore.
Ele levantou aproximando-se devagar, como se o que ele tinha esquecido ali lhe trouxesse uma dor que ele queria realmente deixar para trás, mas ele não podia fugir não mais.
Colocou a mão dentro do bolso e lá estava a carta de Alvo Dumbledore, ao tirar a carta do bolso sentiu que um calor agradável subiu pelo seu braço.
- Está na hora – pensou alto Harry
- O que está na hora meu amor? – Fala Gina acordando e passando as mãos no rosto.
- A carta que o diretor tinha deixado para mim, está na hora de abrir.
- Você quer ficar sozinho? – pergunta Gina.
- Na verdade acho que não conseguirei abrir a carta sem você aqui do meu lado. – responde o jovem.
Gina se aproxima de Harry, sentando ao seu lado, segura a mão direita de Harry com sua mão direita enquanto o seu braço esquerdo enlaça as costas do jovem que descansa a cabeça na curva do pescoço da namorada.
- Eu sempre estive do seu lado e sempre estarei. – fala a ruiva dando um beijo na testa de Harry.
- Obrigado. – sussurra Harry, faz uma breve pausa e fala novamente em sussurro – por tudo, por existir, por me amar e por nunca ter desistido de mim.
- Acalme-se Harry, você tem que se concentrar, tem uma reunião com a ordem hoje. – comenta Gina.
- Falar com a ordem vai ser fácil, difícil será falar com sua mãe. – responde Harry.
- E o que você tem para falar com meus pais?
- Sobre não te deixar para trás. Bem você estará lá, mas agora temos que abrir esta carta.
- Sei Harry, mudando de assunto, mas todo bem abra a carta.
Harry pega a carta e tenta puxar uma das pontas, mas nada acontece, ele tenta novamente, mas agora de outro lado, e nada ocorre novamente, ele tenta rasgar a carta em uma das pontas e nada acontece.
- Harry ela deve estar protegida. – comenta Gina.
- Parece que sim – Fala Harry postando a mão sobre a carta, com a palma virada para a carta e mantendo alguns centímetros de distância.
- Mas como vamos abrir a carta?
- Acho que sei como, é bem a cara de Dumbledore.
Ao terminar de falar Harry olha apaixonadamente para Gina, dando um beijo na carta e entregando, a mesma, à namorada.
- Agora pode abrir meu amor. – Comenta o jovem.
Gina olha apaixonada para o namorado, olha para a carta, e a carta começa a exalar um delicioso perfume de flores do campo e delicadamente puxa uma das pontas da carta, abrindo completamente o pergaminho e espalhando o perfume por toda a casa.
- Como você fez isso? - Pergunta Gina.
- O diretor usou um lacre de amor. – responde Harry – Não conheço os princípios deste feitiço apenas o nome, mas depois perguntamos à Hermione, vamos ler a carta.
Olá Harry e Gina.
Se deduzi corretamente vocês estão juntos, bem isso já era de se esperar, já que existe uma profecia que fala sobre a união do sangue dos quatro fundadores antes do confronto final, bem mais isso é outro assunto, se quiserem saber mais a transcrição conhecida desta profecia está na carta que deixei para Arthur Weasley.
Creio que os dois juntos é melhor, por anos eu vi a devoção de Gina por você Harry, além de que será necessário que os dois estejam juntos para adentrar no “Coração de Merlin”, vocês devem estar se perguntando o que seria este coração, bem o “Coração de Merlin” é uma fortaleza criada fora da esfera do tempo, e serviria para o treinamento dos Paladinos do mundo através do tempo. Apenas um adendo, segue anexo o mapa que se tem de sua provável localização.
Se vocês encontrarem o “Coração de Merlin” aprenderão muito em pouco tempo, porém quero pedir a você que voltem a Hogwarts quando terminarem o treinamento, pois desconfio que haja um séquimo de Voldemort escondido na escola, além de que os alunos devem ser protegidos e guiados para não desviarem de curso, como aconteceu com o jovem Tom e alguns dos meus velhos alunos.
Antes de terminar deixo um conselho a você Harry Potter, apesar de algumas coisas nós termos que fazer sozinhos, ninguém consegue nada sozinho, até o individualista do Voldemort precisou de um aliado para ter seu corpo de volta.
Ao terminarem a leitura ambos estão com os olhos marejados, uma tristeza invadiu o casal (saudades do mentor), porém o odor de flores reacende ao mesmo tempo uma enorme alegria (lembranças dos momentos felizes) e a alegria de pouco em pouco vai se apoderando da alma deles deixando a tristeza de lado.
- Venha Gina vamos descer para tomar café.
- Vamos, mas você vai com calma, ainda está se recuperando.
Eles conversavam enquanto desciam à cozinha.
- Sim, sim, mas estou pensando em outra coisa agora.
- Pensando em que Harry?
- Você não achou estranho seus pais deixarem você passar a noite toda no meu quarto?
- Achar eu achei, mas desde que Lupin foi te buscar na casa de seus pais, eles parecem ter deixado as coisas fluírem, eles nem reclamaram quando eu quis ficar contigo no hospital. – Conta Gina.
- Desconfio que tenha algo a ver com a tal profecia. Vamos falar com seus pais depois da reunião.
Chegando à cozinha vêem algo inusitado, apesar de a família Weasley ser carinhosa eles não eram dados a demonstrações efusivas em público, o que não ocorria hoje, Hermione estava sentada numa cadeira com Rony em pé atrás dela fazendo massagens em seu ombros, o Sr. e a Sra. Weasley valsavam pela cozinha, Neville estava admirando uma fotografia, o casal Longbotton acompanhava a valsa dos donos da casa, os gêmeos pulavam abraçados e cantando (bem isso já era normal).
- Vocês estão bem felizes hoje. – comenta Gina
O comentário de Gina chama atenção de Carlinhos, que corre na direção dos recém chegados abraçando ambos.
- Minha querida irmã, meu cunhado. – Praticamente grita o segundo filho dos Weasley ao ouvido da irmã mais nova.
- Calma Carlinhos, o Harry ainda está se recuperando. – responde Gina.
- Sra. Longbotton, o que aconteceu aqui? – pergunta Harry dirigindo a Avó de Neville.
- Pode me chamar de Augusta, querido, e o que aconteceu aqui? Não sei, mas estou muito feliz, todos estamos.
- Hermione? – Harry chama pela amiga
- Sim, Harry.
- O que você sabe sobre Lacre de Amor?
- Por que fazer esta pergunta agora Harry? Não é melhor perguntar para Mione sobre isso depois? – Diz Gina ao ouvido de Harry.
- Meu amor (responde Harry bem perto e num tom baixo para só Gina ouvir) acho que não é coincidência termos aberto a carta e eles estarem assim.
- Mione você conhece algo sobre o Lacre de Amor? – reintera a pergunta Harry.
- Bem Harry, é um feitiço de proteção bastante complexo, somente um bruxo muito poderoso e tendo muita pureza poderia criar um lacre deste, mas esta é só a parte mais fácil, o difícil mesmo é romper o lacre, que necessita duas pessoas de um poder incalculável e cujo sentimento entre eles deve ser o mais puro amor...
Enquanto Hermione falava o que sabia sobre o Lacre, Gina ia ficando da cor dos cabelos.
- Além de que as pessoas num raio de 30 metros do ponto onde o lacre foi rompido são invadidas por uma alegria inebriante que age por algumas horas. – conclui Hermione.
- Obrigado Mione, (diz Harry, antes de virar para a namorada) venha Gina vamos aguardar o efeito passar.
Harry conduz a namorada para a sala de estar, eles sentam num sofá e Harry vira para Gina e fala.
- Bem pelo menos agora sabemos o que está se passando, temos algumas coisas a resolver antes da reunião meu amor, primeiro temos que decidir o presente para o casamento de seu irmão e Fleur, depois aonde vamos todos morar até a guerra acabar, não acho muito seguro morar separados e a Toca já é um alvo.
- Você quer minha ajuda para escolher o presente do meu irmão? - Pergunta Gina
- Claro que quero sua ajuda afinal será um presente nosso.
- E o que você está pensando em dar para eles? Um faqueiro, um conjunto de chá? Pergunta curiosa Gina, mas sabendo que o namorado era dado a gastos quando queria realmente dar um presente a alguém.
- Bem na verdade pensava em dar a eles uma casa.
- O que? – pergunta surpresa Gina.
- Uma casa, que você acha? – responde Harry
- Bem Harry é um presente um tanto caro.
- Dinheiro não é problema, além de que seu irmão sempre me ajudou, assim como toda a sua família.
- Não é só minha família, ela é nossa família Harry, eles te adotaram antes de nos ficarmos juntos.
- Verdade Gina vocês Weasley são a família que eu não tive, mas temos que achar uma casa Bruxa que eles gostem, então vamos ao trabalho.
- Como vamos decidir isso?
- Vamos pedir ajuda profissional.
- Ajuda de quem? - Pergunta Gina
- Bem, um instante Gina, vamos resolver isso. Nala, Dobby.
Os elfos aparecem imediatamente fazendo uma reverência ao jovem.
- Sr. Harry Potter chamou? – Falam juntos os elfos
- Sim chamei, eu gostaria que vocês me fizessem um favor.
- Qualquer coisa que me pedires Sr. – responde Nala
- É só pedir que Dobby faz.
- Nala será que você poderia trazer aqui o Gnomo Grapo? Ele trabalha no Banco Gringotes, e você Dobby poderia ir a uma imobiliária bruxa e trazer um catálogo de casas?
- Sim Senhor - respondem em uníssono os dois elfos e desaparecem no ar
- Bem meu amor agora é só esperar. – Comenta Harry
Os elfos voltam e desta vez Grapo está junto, depois de uns 20 minutos de escolha e discussão ficou acertado que comprariam uma casa próxima à Toca com um grande quintal (para as crianças quando vierem falou Harry quando escolhia a casa) o Duende ficou de acertar a parte financeira e os elfos se comprometeram a deixar a casa toda em ordem e mobiliada.
- Antes de vocês irem embora preciso de outra coisa, Grapo você tem ai a lista das minhas propriedades?
- Sim senhor Potter.
- Ótimo tenho que escolher uma para morarmos, a Toca não é segura, e quero um lugar seguro para todos nós morarmos por enquanto.
- Bem Sr. existem mais de 150 propriedade em seu nome, tanto bruxas quanto trouxas, mas suas propriedades mais seguras são 3 sendo que duas delas estão protegidas pelo feitiço fidelus, uma a primeira é a propriedade do Largo Grimauld que estava protegida pelo fidelus também, mas agora não está mais, a segunda é uma grande propriedade situada em Godric’s Hollow que está protegida por fidelus, mas no registro não consta o nome do fiel, a terceira e mais bem protegida é um pequeno palácio situado em Hogsmead cujo os terrenos são vizinhos aos de Hogwarts e próximo a famosa casa dos gritos, que também faz parte da propriedade, o fiel desta casa é o Patriarca dos Potter, o feitiço é especial passando automaticamente para o próximo Potter, ou seja, o Sr. é o fiel desta casa.
- Perfeito Grapo. Deixe-me as informações sobre a casa, mas me diga como você tem estas informações? - Pergunta preocupado Harry
- Quando fui contratado pelo senhor, tive autorização para ler os documentos sobre suas propriedades, mas não se preocupe, somente o proprietário pode ler os documentos e a magia que impede outras pessoas de terem acesso é muito antiga e poderosa ninguém além de mim e o senhor podem ler os documentos.
- Obrigado – fala Harry mais aliviado, depois completa – obrigado a todos.
Passado mais algumas horas que tinham resolvido os problemas de moradia e do presente Harry e Gina voltam para a cozinha onde estão todos bastante alegres ainda, mas visivelmente cansados.
- Gina, onde vocês estavam? E por que vocês dois estavam tão tranqüilos enquanto nos estávamos inebriados? – Pergunta Hermione
- Quem falou que não estávamos inebriados? – responde de forma ríspida Gina
- Calma Gina – fala Harry pondo a mão no ombro da garota. – Bem Hermione estávamos falando com a Nala para decidirmos qual o presente que daríamos ao Gui e a Fleur, e estávamos falando com Grapo para decidirmos o melhor lugar para morarmos (neste momento Harry faz um gesto amplo com as mãos indicando todos na cozinha) por enquanto.
- E com relação a ficar inebriado (continua falando Harry) você lembra o que te perguntamos?
- Vagamente. - responde Hermione
- Algo sobre selo do amor – Comenta Rony
- Não era selo, era Lacre – fala Fred se metendo na conversa.
- Isso Lacre do Amor – completa Jorge.
- Exato – responde Gina
Todos na sala passam a prestar atenção no jovem casal deixando os dois extremamente envergonhados.
- Vocês criaram um Lacre do amor? – pergunta meio interessado meio impressionado Lupin.
- Bem... (Começa a falar Harry).
- Na verdade nos rompemos um Lacre. (Termina Gina)
Gina aperta a mão de Harry como se pedindo forças para passar pelo vexame que está por vir, ambos olham para baixo achando os próprios pés muito interessantes.
- Molly, precisamos falar com eles agora - diz o Sr. Weasley apontando para Gina e Harry.
- Sr. Weasley temos sim que conversar, mas vamos fazer isso depois da reunião da ordem, que já deve estar chegando. (responde Harry com uma expressão decidida).
Os integrantes da ordem começam a chegar e em poucos minutos a Toca está realmente lotada de gente, tanto que a reunião tem que ser feita no jardim da casa.
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Obrigado a todos que leram e comentaram sobre a minha fic, um abraço a todos e por favor continuem fazendo as criticas para eu poder melhorar
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