Do quarto andar à Ala Hospital

Do quarto andar à Ala Hospital



Pelo dia seguinte ser domingo, não havia problema de Líly dormir até mais tarde, então ficou deitada em sua cama a manha inteira, enquanto Helena tratava de “atualizar” Sirius sobre sua nova descoberta.

-... Quarto escuro? – perguntou o garoto quando ela terminou de lhe contar o ocorrido; os dois andavam pelo jardim, um tanto afastados do castelo.

- É. Bem, é o que ela ficou repetindo... Parecia falar com alguém, e não queria fazer o que a tal pessoa propunha.

- Ela mencionou se era garoto ou garota?

- Bem... Hei... Agora que você está falando, ela mencionou o nome de Malfoy.

Sirius parou de andar na mesma hora.

- Quê!?

- Bem... ela só disse no meio dos muitos “não posso contar!”.

- Mas o que Malfoy tem a ver com isso?

- E você pergunta pra mim?

- Hum... Isso é muito estranho. Depois eu conto ao Tiago, quem sabe ele entenda o que Malfoy tem a ver com isso.

Ele se virou novamente para o castelo.

- Tenho que ir agora. Melhor tentar descobrir algo – ele deu um rápido abraço em Helena. – Obrigado, e continue a tentar descobrir.
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Quando Sirius chegou, Tiago ainda estava no mesmo estado em que ele o deixara para ir caminhar com Helena: mexendo seus ovos mexidos.

- Hei Tiago... Eu tenho uma coisa pra te contar sabe... Mas o que que é isso?

Ele apontava para os ovos mexidos de Tiago que, apesar de estar bem mal escrito, era possível ler-se as letras “L” e “E”.

- Nada – apressou-se a dizer, engolindo metade do “L” enquanto desmanchava o “E”.

- Nada, ahn... Tudo bem, depois discutimos isso. Tenho coisas mais urgentes para dizer.

E ele contou o que descobrira. Claro que não disse que fora ele quem mandara Helena pesquisar. Apenas disse o que aconteceu ontem, com Líly, e o que ela falara.
Quando terminou, não pode deixar de reparar que Tiago fechara os punhos.

- Se eu descobrir que ele tem algo a ver com nossa separação...

-... Você não vai fazer nada, ou vai pegar uma detenção – disse Sirius. –

Tiago, acho pouco provável que Malfoy consiga alguma coisa com a separação de vocês dois. E também...

- Malfoy não, mas o Conner sim – disse Tiago. – E talvez Malfoy queira algo do Conner.

- Isso soou estranho...

- E então os dois se juntaram para trocar “favores”.

- Isso soou mais estranho ainda...

- Mas eu tenho que impedi-los!

- Ta legal, agora já ta parecendo desenho animado – disse Sirius. Então fez uma voz fininha: - Eu sou o Super-Tiago, pronto para proteger a donzela em perigo e salvar o mundo dos vilões!

Tiago continuou a encarar o amigo sem dizer palavra.

- Tudo beml, eu exagerei, mas ainda sim não consigo ver o que Malfoy quer de Conner.

- É isso que vou descobrir – Tiago se levantou e já ia se afastando da mesa.

- Onde é que você vai?

- Tentar falar com a Lílian.

- Ela não vai te ou...

- Vai ter que ouvir.

Sem dizer mais nada, deixou Sirius sentado na mesa.
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- Vai, é melhor assim. – Malfoy e Conner estavam em um corredor deserto. – De que adianta ela continuar comigo se nem me trata como namorado. Mas lembre-se! Ela não pode namorar ninguém, absolutamente ninguém!

- Eu já entendi Rogger – disse Malfoy fazendo cara de impaciente. –

Quando quer que eu a procure?

- Agora.
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Como era de se esperar, Lílian acordou com uma baita dor de cabeça de manha. Tomou um banho, vestiu uma roupa confortável, e decidiu descer para tomar café-da-manha; quem sabe a dor de cabeça não melhora?
Ela estava no quarto andar, e andava um pouco desengonçada, devido à moleza que estava sentindo. Ao passar por uma determinada porta, sentiu-se puxada pra dentro, e reprimiu uma exclamação quando percebeu que era a mesma sala em que já estivera uma vez, ano passado...

- Saudades Evans? – uma voz maléfica riu sem piedade a frente de Líly.

Mesmo sendo de dia, a sala estava um verdadeiro breu, e, como uma vez já aconteceu, Líly só enxergava um rosto extremamente pálido e maligno a sua frente, iluminado por um fraco feitiço de “lumus!”.

- Não, você não... – Lílian estava em tremendo estado de pânico. Para que

Malfoy queria lhe falar novamente? O único motivo que insistia em vir a sua cabeça era o de que ele queria romper seu pacto, e matar Tiago...

- Sim, eu sim! – ele riu mais uma vez. – Quero lhe “atualizar” da situação.
Seu namoro com Conner acabou. Mas ainda sim terá de se submeter às certas condições...

- Que condições? – perguntou Líly desesperada; uma lágrima rolou de seu olho verde-vivo direto para sua face.

- Não poderá mais namorar Potter. E ninguém! Sua única opção é namorar Conner, mas tratá-lo como um verdadeiro namorado. Ou ele, ou ninguém!

- Ta! Ta! – disse Líly desesperada, fechando os olhos. Já não bastava ter vivenciado essa cena uma vez, duas já eram insuportáveis!

- Entendeu? É bom que sim Evans! – disse ele rindo e apertando mais os punhos da garota.

- Entendi! Entendi! – disse ela desesperada, agora, definitivamente chorando.
Queria poder fugir, gritar... Mas, espera. Malfoy não tinha calado Lílian com um feitiço! Esquecera-se! – Socorro! Socorroooooo! SOCORRO!

Malfoy, vendo a burrada que fizera, tentou calar a garota. Mas é claro, agora que podia gritar, ela debateu-se, e ele acabou-a jogando no chão.
Uma mesa estava no “caminho” da queda de Lílian, e ela acabou batendo a cabeça nela...
Uma luz, um estrondo... Vozes agitadas, feitiços voando... Um lampejo, e tudo ficou escuro...
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Líly abriu os olhos. Uma luz amarelada de um candelabro refletia no teto acima de sua cabeça. Como se a dor da ressaca já não dominava toda a parte de trás da sua cabeça, agora a “mesada” se juntara, dominando a parte da frente. Ela piscou várias vezes atordoada, e percebeu que estava na enfermaria. Ela olhou para os lados e localizou Sirius e Remo conversando, ao seu lado.

- Líly, meu amor! – disse Sirius. – Como está se sentindo?

- O que aconteceu? – perguntou ela atordoada.

- Bem, nós que te perguntamos – disse Remo. – Tiago e Malfoy estão no escritório de Dumbledore nesse momento, parece que se meteram numa briga feia, a qual incluía umas... Azarações mais fortes.

- Ele quis dizer maldições – disse Sirius revirando os olhos. – Estávamos
Remo e eu, andando felizes pelo corredor do quarto andar, que nessa hora não estava muito cheio sabe, porque a maioria das pessoas estava tomando café-da-ma...

- O que Sirius quis dizer é que encontramos Tiago e Malfoy duelando em uma sala, e chegamos no mesmo momento que a Professora McGonnagal, então ela separou os dois (com dificuldade, devo acrescentar), e mandou-nos trazer você aqui. Bem, a gente não sabia o que havia acontecido com você, por estar desmaiada no meio de um duelo como aqueles...

- Pensamos o pior quando vimos Tiago e Malfoy saírem todos machucados da sala e sangrando um pouco. Então eu, Sirius, o forte, te carreguei até aqui.

- Continuando... – disse Remo. – Antes da parte de Sirius, o forte, te carregar, a Minerva os levou para a Sala de Dumbledore, então...

- Tiago ficou todo preocupado, e não queria ir até ter certeza de que você estivesse b...

- “Travalíngua!” – disse Remo apontando a varinha para Sirius, cuja língua grudou no céu da boca. – Quer calar a boca um minuto e me deixar terminar a história?

- O Tiago? Preocupado comigo? – perguntou Líly. Sirius murmurou alguma coisa como “ele te ama”. – Mas, ele está bem?

- Não temos certeza, eles saíram da sala e foram dire...

Nesse momento, a porta da Ala Hospitalar se abriu, e a Professora Minerva entrou acompanhada de Tiago. A aparência dele estava horrível. Seu cabelo estava completamente bagunçado (se era que era possível ficar mais), tinha diversos cortes, e seu nariz e boca sangravam.

- Deite-se ai – disse ela com um ar autoritário.

O garoto obedeceu, parecendo muito cansado. Ele deitou-se, e, na hora em que levantou a cabeça para olhar Lílian, a Professora Minerva fechou os biombos a sua volta.

- Agora sim saberei o resto da história! – disse Sirius indo quase saltitando para trás dos biombos de Tiago.

- SAIA DAQUI SR. BLACK! – gritou a Professora Minerva de trás do biombo, e Sirius voltou corado com “o rabo entre as pernas”, de acordo coma descrição de Remo.

- É melhor falar com o Pontas mais tarde – disse ele.

Os dois não se demoraram muito e logo foram embora. Helena veio visitar Líly mais tarde, mas logo foi embora, pois Madame Pomfrey a expulsou por ser muito tarde. Tiago estava proibido de receber visitas, e só o que Líly conseguia ver era os biombos ao redor de sua cama.
A Professora Minerva ficou um pouco atrás dos biombos com Tiago, os dois pareciam estar conversando sobre o ocorrido, mas Líly não conseguia ouvi-los. Logo, ela foi embora, e Madame Pomfrey entrou umas três vezes atrás do biombo para cuidar de Tiago, até que fechou as cortinas da enfermaria e trancou a porta, se retirando para dormir.
Lílian não conseguia se conter. Após esperar alguns momentos, se levantou silenciosamente da cama e foi até Tiago. Quando espiou por entre os biombos, viu que ele dormia, com diversos curativos pelo rosto e corpo.
Líly encolheu os ombros e voltou para sua cama, onde logo adormeceu.
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N/A: Aaaaaaaaaaah... Desculpa a demora. Como vocês sabem, meu teclado quebrou e bla bla bla (tudo escrito nos comentários).
Agora finalmente eu pude escrever. O próximo cap. Não deve demorar, talvez eu esteja um pouco atarefada (duas provas semana que vem e festinha de Halloween), mas não deve demorar.
Mais uma vez, desculpem a demora, e por favor, COMENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEM.
Ok?

Espero que tenham gostado! (cara, eu fiquei meses sem escrever e continuo pondo a mesma frase ao final de cada cap.)

Bjus
Bia Evans

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