cap 2
“A poção dura 24 horas depois de ingerida” pensou o rapaz ruivo colocando uma quantidade grande de fios de cabelo negros. “Bom, presumo que quando mais, maior o efeito, certo?”
Eram cinco horas da manhã de um sábado de tempo ameno e Rony Weasley encontrava-se no banheiro dos monitores, terminando “sua” poção do amor.
Depois de mexer por uns minutos sob fogo brando, a poção havia ganhado consistência e emanava um cheiro peculiar.
“Ótimo!” ele sorriu. “Agora à segunda parte plano”.
Mas, afinal, o que diabos era a segunda parte do plano?
Rony gemeu. Esquecera de um dos elementos mais importantes... Todo o plano, friamente calculado, poderia dar errado, e, não havia previsão para um outro momento tão oportuno quanto este – “momento sem aquele narigudo no cangote de Gina” murmurou ele.
Rony estava começando a sentir-se nauseado. Por que ele tinha que ser tão idiota!
O ruivo balançou a cabeça, esfregando a testa. “Calma, homem. Para tudo há uma solução... Pense. Pense bem” ele fechou os olhos.
A questão era: Como passar o objeto? E mesmo que conseguisse passar, como fazer que este não fosse identificado?
E Rony pensou. Tentou imaginar algo inocente, ao menos, pouco suspeito. Ele sorriu vencedor alguns minutos depois. Levantou-se e foi para o salão comunal, não antes de ir à cozinha encontrar Dobby, o elfo doméstico.
Hermione Granger descia lentamente do seu dormitório. Era raro não estar uniformizada, mais raro ainda estar de saia (não sendo do colégio) e por isso chamava mais atenção para si.
A monitora-chefe de Hogwarts, que sempre era encontrada com livros debaixo de seus braços, emanava agora um ar um pouco mais leve.
Ainda era cedo, mas ela não se importava, todos os dias acordava por volta desse horário.
-O que você está fazendo? – ela indagou franzindo a testa.
-Nada! – Rony pulou do susto que havia levado.
-Nada? – ela ergueu a sobrancelha. – Deu formiga na cama é, Rony?
-Eu só queria aproveitar mais desse sábado – falou com ar desafiador. – Por que?
-Calma rapaz – ela ironizou. – é apenas curiosidade.
-Viu a Gina? – ele mudou de assunto.
Seis e meia, e apenas os dois e mais uma quintanista sonolenta encontram-se na sala.
-Não. Por que?
-Queria falar com ela, é importante – Rony pareceu ter uma idéia. – Ei, Mione! Bem que você poderia chamá-la.
-Não.
-Mas...
-Não.
-Eu não disse nada!
-Não – a garota respondeu. – Nem vem. Não sou garota de recado – Rony bufou.
Ele cruzou os braços e ficou olhando para a lareira já acesa. Ele tinha um plano e estava de bom humor, nem mil Hermiones Granger poderiam mudar isso.
Gina não tardou a aparecer. Desceu as escadas preguiçosamente e se dirigiu para o sofá, ali se sentando.
-Hã. Bom dia gente – murmurou coçando os olhos.
-Bom dia.
-Gina, acorda! Hoje o dia vai ser bem animado.
Ela encarou Rony – Por que? – falou sem emoção. – Não vou poder ver Duck até a noite – o ruivo fez uma careta.
-Acredite, o dia será maravilhoso – ela o olhou duvidosa, mas ainda mais sonolenta.
-Tenho uma coisa pra você, pode te animar – e Rony correu até seu dormitório descendo rapidamente. – Suco de abóbora! Sei que você adora. Peguei hoje com Dobby.
-Obrigado Rony – a ruiva murmurou pegando o copo.
-Eu tenho que... ver uma coisa. Pesquisar um trabalho de transfiguração - Hermione o olhou interrogativa. O ruivo a ignorou.
-Mas que trabalho d-?
-Até o café – interrompeu escapulindo das intermináveis questões da morena.
Gina bocejou. – Droga... Estou morrendo de sono – dizia ela com apenas um dos olhos aberto.
-Por que, Ginny? Pensei que você tivesse ido dormir mais cedo ontem.
-Dei uma fugidinha para ver o Duck, e acabei passando dos limites... se é que me entende – elas riram. Gina olhou tristemente para sua bebida. – Ah, Mione. Você quer? – ela indagou com voz enjoada estendendo o copo do “suco” para a amiga.
-Você não? – pegou o copo.
-Não... – fez uma careta. – Pela manhã, eu não gosto de comer ou beber, me dá um embrulho no estômago... Eu sei lá. Pode beber se quiser.
-Obrigada, então.
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