aqui comigo
- Ai...- gemi na minha cama.Eu odeio ficar doente me sinto tão, tão impossibilitada de fazer as coisas...Febre, sim muita febre nem ousei medir com o termômetro porque sabia que não estava muito longe dos 40º.
O telefone tocou e meu corpo não respondia a meus comandos que eram: esticar o braço até o criado mudo e pegar o telefone e dizer ‘alô’.Tocou uma, duas, três, quatro...
- Alô? - Yes! Consegui finalmente, ok, minha voz não era aquela coisa, mas...
- Mione? É o Ron...
- Ah! Oi Ron! - disse me recostando na cama.
-Então estou te ligando pra saber se você não quer vir jantar hoje a noite aqui em casa, sabe, Luna não fala em outra coisa...
- Hahn, Ron que pena, mas hoje não vai dar, sabe, eu acordei meio indisposta, não é uma boa...
- Ohm, que pena...
- Você acredita não é?
- Claro. Você nunca mentiu antes...
- Ótimo... E diz pra Luna que semana que vem a gente combina e vocês vêm aqui, ok?
- Ok...Tchau então.
- Até, Ron. - e desliguei o telefone, é, pelo menos aquilo eu consegui...
Dei-me conta que tinha que levantar, ir até o banheiro tomar banho me trocar, etc, etc, etc...
- Hahn - suspirei antes de começar as minhas tarefas...
Ok... Eram 4:32pm. e eu estava deitada no sofá da minha sala, queimando de febre, e prestes a desligar a merda da televisão-que só passa programas inúteis-, quando a campainha toca e eu, vestindo uma calça moletom preta e um blusão verde fui atender e me deparei com um par de olhos verdes.
- Harry... - eu disse me afastando da porta abrindo passagem pra ele entrar.
Ele me deu um beijinho no rosto e disse.
- Olá, Mione...-Segundos depois voltou sua atenção ao meu rosto novamente colocando sua mão em minha testa. - Hermione, você está quente! - ele disse me seguindo até o sofá.
- Não, Harry, não é nada... - eu tentei mentir.
- Como não é nada? Você está queimando de febre e ‘não é nada’...Ha... - ele disse se sentando ao meu lado no sofá - Bem que Rony me disse que você não estava bem, então se eu não...—
- Ok, Harry eu estou em lixo! - eu me disse deitando no sofá
- Não como desde manhã, estou com febre, morrendo de frio e com muita vergonha, afinal o meu melhor amigo se sente na obrigação de vir me visitar para me dar sermões. - eu continuei suspirando, falei tudo isso muito rápido, esperado que ele entendesse alguma palavra, e ele entendeu.
- Mione... - ele disse e se ajoelhou na minha frente, no chão - Eu não me sinto na obrigação de vir te dar sermões e, se estou aqui, é porque estou preocupado com você, e não se sinta envergonhada! - ele disse levantando o queixo - Mas, se você quiser que eu vá... - Ele se levantou tirando sua mão do meu rosto.
- Não! - eu toquei sua mão, mas não me levantei - Não quis dizer isso, eu só... Só... - Eu balancei minha cabeça e senti uma dor, colocando uma mão nela em seguida - Não vá, Harry eu preciso... Fique aqui, comigo...-eu sussurrei e soltei sua mão, ele sorriu e se dirigiu até o banheiro.
- Então, onde está o termômetro? Você está queimando... - ele gritou lá dentro.
- Na gaveta ao lado da pia... - eu disse com dificuldade.
Harry está aqui de novo.
É domingo e ele insistiu em ficar aqui, comigo. É inevitável não dizer que eu melhorei com seus cuidados, Harry é uma pessoa especial, deve ser esse o principal fato para que eu o ame tanto, o que? Eu o amo?
Sim.Amo, e muito...
Presumo que os dois anos afastados dele - e de Ron - me fez sentir sem uma parte de mim, uma...-
Ah, não dá para explicar só sei que o amo inabalável e infinitamente...
Sinto uma mão em minha testa e estremeço, ele parece que sente e diz.
- Calma, sou só...Eu. - Ele sussurrou e eu reconheci seu cheiro e voz.
- Só queria ver se ainda estava com febre... - ele disse, eu sorri timidamente, abrindo os olhos.
Ele estava deitado na minha cama apoiando sua cabeça em um dos braços.
- Tudo bem... - eu chego mais perto dele e pego sua mão-
Obrigada, Harry...
Em seguida olho para seu rosto e direciono meus lábios até sua bochecha, mas no último momento ele vira o rosto e meus joelhos fraquejam, ele esta me beijando...
Instintivamente puxo seu lábio inferior para mim enquanto ele passa suas mãos pela minha cintura fazendo que eu fique em cima dele, ele timidamente introduz sua língua na minha boca, fazendo eu desfrutar do melhor sabor que jamais pensei em encontrar, o beijo dele é quente, sensual, louco, calmo, frio, tudo ao mesmo tempo...
Coloco minhas mãos envoltas de seu pescoço tentando esquecer que foi ele que iniciou tudo, começo a mexer em seu cabelo o fazendo rir, com toda calma do mundo começo a desabotoar a blusa dele, ok eu seu que isso é involuntário e tudo mais, mas Harry é tudo que venho querendo há anos e agora ele está... nós estamos... Céus! Como isso é... Oh... Bom, isso é muito bom...
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Semanas passaram depois daquele dia, não, não posso dizer que ele me pediu em casamento e agora estou vestida de noiva esperando Ginny me avisar que está tudo pronto pr’eu seguir para a igreja porque não foi nada disso que aconteceu...
Acordamos um tanto que atordoados e conversamos sobre “o-que-aconteceu-aqui-não-deve-ser-comentado-com-ninguém”.
E assim foi, ele seguiu para sua casa e eu fiquei na minha e há mais de semanas que não o vejo...
- Srta. Granger? – A secretária me chama, eu viro minha cadeira em sua direção e suspiro.
- Sim? – Mexo em algumas anotações e acho acima da mesa um pequeno bilhete, com uma caligrafia particularmente familiar a minha vista.
- Ah...é sobre isso mesmo...Sr.Potter veio aqui logo de manhã e me pediu que deixasse esse bilhete para a senhorita... – a loura indicou o pedaço de pergaminho que estava entre meus dedos.
- Ahm, certo Sophie, obrigada... – ela olhou-me com uma certa curiosidade antes de murmurar “Com Licença”, e sair da sala.
“Mione,
Desculpe por não ter mais aparecido no seu apartamento depois daquele dia, mas tive uma missão, o caso de Koorteland, já ouviu falar? Presumo que sim...
Então, fiquei sabendo que Ginny vai dar uma festa de aniversário amanhã, ela me pediu para avisá-la, e disse que sua presença é “essencial”, coisa da Ginny...
Bem, se você quiser amanhã eu passo as nove no seu apartamento e vamos juntos, o que acha?
Minha missão aqui em Londres acaba hoje e como não quis acordá-la deixei esse bilhete pr’você, espero não ter incomodado.
Espero sua resposta (mande-me um daqueles papeizinhos que voam, sempre esqueço o nome daquilo, eles me acharão...).
Beijos,
Harry James Potter
Obs. Responda-me!”
Meu rosto esboçou um sorrisinho imperceptível, o que nem de longe esboçava minha felicidade. Apresse-me a pegar um papel e escrever.
“Harry,
Adoraria ir com você amanhã, nove horas está ótimo!
Espero que tenha sucesso com a missão.
Beijos,
Hermione Granger.
Obs. Claro que ouvi falar de Koorteland! Todo muito sabe dessa história! Há. Se cuide.”
Enderecei a Harry Potter, auror e lancei um feitiço e mais que rapidamente o “papelzinho saiu voando” - como Harry diria. Voltei minha atenção à foto que tinha em cima da mesa, eu Ron e Harry, ainda em Hogwarts, no sétimo ano, lembro-me até hoje como as pessoas ficavam com aquelas caras estranhas quando eu dizia “Não, Harry é só meu amigo, eu namoro o Ron... Ronald Weasley”. , até hoje é estranho para eu lembrar daquilo. Sinto-me estranha. Afinal, não é para menos, fiz ‘você-sabe-o-que’ com ‘você-sabe-quem’, digo, Harry Potter, digo, com a pessoa mais linda do mundo, digo, com o homem que amo, digo, com o meu melhor amigo, Harry, o pior de tudo (pior?) é que foi maravilhoso! Sublime, espetacular...
Mas, eu, uma burra, digo, Hermione Granger, tive a brilhante idéia de não revelar seus sentimentos depois do ocorrido. Minha vida não é justa! Não MESMO! Mas, espero que até amanhã eu tenha forças o suficiente para pelo menos olhar nos olhos dele. Merlin, realmente, me ajude...
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