Novos Tempos
E mais um ano começaria em Hogwarts. Este seria o mais normal, de fato. Voldemort fora finalmente derrotado por Harry Potter, o menino que sobreviveu, que conseguiu reunir e destruir todas as “peças” (N/A: Enigma do Príncipe, quem já leu sabe do que eu falo) que o mantinham vivo. Dumbledore se mostrara vivo, por sua vez que sua “morte” havia sido planejada e voltaria a dirigir Hogwarts durante o ano letivo. Todos estavam felizes. Menos uma pessoa...
- Não pode ser verdade, mamãe! – dizia um garoto, quase um homem na verdade, de cabelos louros muito claros que lhe caíam sobre a face, com uma olhar normalmente empestado de malícia e deboche, mas que agora irradiava medo e tristeza através daqueles misteriosos olhos cinzentos.
- Sim, querido. É verdade. Não há nada que possamos fazer para salvar a vida de seu pai agora. É demasiado tarde. – respondia uma mulher tão loura quanto o filho, alta, com traços muito bonitos, mas com uma expressão constante de tristeza, que se agravara nos últimos dias.
- E quanto ao Lorde das Trevas? Ele voltará? – perguntou apreensivo o rapaz, alto e elegante, com ombros largos e um corpo másculo, mas que agora se encontrava encolhido em uma mistura de ódio e tristeza.
- Receio que não, querido. A Marca Negra, que antes estivera tão perceptível em meu braço esquerdo agora sumiu. E, infelizmente, acredito que nunca voltará.
O rapaz calara-se. Estava agora a contemplar as chamas que dançavam na lareira, absorto em pensamentos. Era uma tarde fria na mansão dos Malfoy. Draco e Narcisa agora se encontravam sozinhos, sentados em poltronas confortáveis na sala de estar. Lúcio Malfoy fora sentenciado á morte, acusado de ter sido um dos braços direitos de Voldemort. De repente, uma batida na janela quebrou o silêncio e a concentração nas chamas de ambos.
- De quem será essa coruja, mamãe?! Espero que não seja nenhum idiota ou eu...
- É de Hogwarts, querido. – interrompeu Narcisa, olhando para o filho com apreensão, temendo que ele explodisse a qualquer momento. Afinal, ninguém em sã consciência voltaria a Hogwarts após todo o escândalo em que a mídia envolvera o nome de sua família.
- Esperas que eu volte a Hogwarts, mamãe? – perguntou em tom educado, mas querendo xingar até o último fio de cabelo louro sedoso que a mãe tinha na cabeça.
- Claro. – respondeu ela autoritariamente. – Concluirá seus estudos. Não quero que sejas um Zé Ninguém! Vamos comprar seus materiais amanhã e não se fala mais nisso. – Concluíra Narcisa, que agora se retirava para seu quarto, deixando um Draco desolado e absorto a observar agora a chuva que começara a cair lá fora.
~~*~~
Enquanto isso, n’A Toca...
- Mamãe, por favor! Conte-me a novidade! – implorava uma Gina agora crescida, com um corpo curvilíneo e seus cabelos cor-de-fogo, característicos dos Weasley.
- Não, querida! A surpresa chegará por volta de algumas horas!E não te atrevas a contá-la Rony, ou faço você lavar tuas meias sem magia durante um mês! – berrou a Sra. Weasley à Gina e Rony, respectivamente.
- Não contarei mamãe! Você acha que eu...
Mas fora interrompido por um estampido alto seguido por outro, um weasley arrojado e bem arrumado adentrava a cozinha, que estava em caos graças ao jantar fantástico que a Sra. Weasley preparava.
- Hum, sinto cheiro de coisa boa! – disse Jorge, que agora dava um abraço na mãe enquanto Rony e Gina riam de Fred, que aparecera descuidadamente pendurado no lustre da cozinha.
- Foi uma distração – murmurou, desaparecendo e aparecendo ao lado da mãe, que o aguardava com um sorriso de orelha a orelha para lhe dar o mesmo abraço apertado que acabara de dar em Jorge.
- Que bom ver vocês aqui! – disse a Sra. Weasley, quase explodindo de felicidade – Não os vejo a dois meses!
- Ah mãe! Mas isso nem é tanto tempo... – comentou Rony, indignado com a corujice da mãe.
- Quieto Ron! Vamos ouvir os dois! – disse Gina ao irmão, que fez uma cara de desaprovação, mas calara-se, pois também estava curioso quanto aos pacotes que os gêmeos trouxeram.
- Mamãe, nossas vendas estão decolando! – disse Fred entusiasmado, ignorando o olhar de desaprovação da mãe.
- É, mãe! Estamos lucrando demais com a “Gemialidades Weasley”! – continuou Jorge.
- Onde vocês estão querendo chegar...? – disse a Sra. Weasley, apreensiva com o que os filhos poderiam estar aprontando.
- Interceptamos uma coruja que vinha até aqui em casa mamãe. – comentou Fred, fingindo-se sério de sério, olhando pra o olhar desesperado da mãe.
- O que é que... – começou a Sra. Weasley, mas foi logo interrompida por Jorge.
- Não resistimos mamãe! Até tentamos, mas foi maior que nós! – continuou, fingindo-se apreensivo.
A Sra. Weasley já começara a empalidecer quando Fred achou que era melhor contar logo:
- Calma mãe! Apenas resolvemos comprar livros novos para os aluninhos aqui! – sorriu Fred, ao ver os sorrisos de Gina e Rony, e a cara de alívio da mãe.
- Ah! E também pagaremos uma roupa de festa nova pra você, Gina... Afinal, já compramos uma pro Roniquinho aqui não foi? – continuou Jorge, sorrindo para uma Gina com os olhos brilhando, enquanto Rony, que havia ignorado o “Roniquinho” dava-lhes abraços e apertos de mão.
A Sra. Weasley, que agora debulhava-se em lágrimas, abraçou os dois filhos mais velhos que vestiam a mais extravagante pele de dragão que puderam encontrar:
- Vocês são anjos, queridos! – tentava dizer ela, mas soluçava muito por suas lágrimas orgulhosas.
TOC TOC.
Todos pararam ao ouvir a porta, Fred e Jorge gritaram “Papai!”, mas a Sra. Weasley os interrompeu:
- Gina querida, vá ver quem é. – e piscou para Rony, que correspondeu o gesto.
- É o Harry! – sussurrou ele para os gêmeos que não entendiam muito bem a situação quando a irmã se retirou da cozinha. – Vai vir morar conosco, agora que estamos em paz!
- Uau! – gritaram os gêmeos e foram correndo com Rony espiar o que acontecia na sala.
Gina se encaminhava para a porta, a fim de saber porque fora mandada abri-la, quando olha para o chão e vê... “tênis?! Papai não usa tênis!” – pensou a garota, que agora reparava nos jeans, na camiseta...
- HARRY!! – berrara Gina, que agora estava abraçada a Harry. O garoto, quase sem jeito, retribuiu o abraço e sentiu-se muito bem em tê-la em seus braços novamente.
Fred e Jorge olharam para Rony...
- Eles estão juntos?! – perguntaram em uníssono.
- Costumavam estar antes de Harry partir para acabar com Você-Sabe-Quem...
- Não precisa mais ter medo desse nome, Ron! – sorria um Harry um pouco diferente. Seu corpo agora estava muito mais másculo do que costumava ser e não carregava mais a expressão constante de tristeza dos últimos anos.
- Harry!! Que bom te ver, cara! – respondera Rony, que abraçava o amigo enquanto Gina voltava pra cozinha, para ajudar a mãe.
- O mesmo por nós, Harry! – disse Fred, abraçando o garoto logo em seguida de Jorge.
- É tão bom estar aqui de novo! – disse Harry, observando a sala dos Weasley. E quando avistara o relógio de que tanto gostava, o que indicava onde todos os Weasley estavam, vira que agora também tinha um ponteiro para ele próprio.
- Vamos, Harry! Mamãe deve estar ansiosa pra te ver!! – disse um Rony bem afobado.
Os quatro se dirigiram para a cozinha, e como era de se esperar a Sra. Weasley agarrou Harry, com aquele abraço apertado que o garoto já conhecia e que gostava tanto...
- Que bom te ver, Harry querido! Sente-se, sente-se! O jantar está quase pronto! o Pai de vocês não voltará tão cedo hoje, portanto não vamos esperá-lo.
Após o breve comentário da Sra. Weasley, ela começou a colocar os pratos na mesa e a servir o jantar. Os seis comeram tudo o que puderam e depois de muito conversarem, resolveram se deitar.
No dia seguinte, Harry e Rony acordaram cedo e decidiram visitar o Beco Diagonal, para comprar os materiais de Harry. Eles aparataram e foram dar uma volta. Era mais ou menos meio dia quando foram até a Floreios e Borrões, finalmente comprar o que faltava para Harry, e encontraram uma velha conhecida... Mas ela estava diferente... Seus cabelos cor de mel cacheados continuavam os mesmos, embora um pouco menos rebeldes. Seu corpo havia mudado... Bastante. O que um ano não fez a ela? Era tanto ou mais curvilíneo que o corpo de Gina, mas ela exibia seios muito fartos e pernas torneadas, além de ter agora um olhar muito sedutor, que mostrava que ela não era mais a garotinha que eles haviam conhecido. Rony quase deixou escapar um fiozinho de baba na parte esquerda da boca, mas Harry percebeu e fechou a boca do amigo antes que acontecesse. Ela estava um pouco longe, lendo um livro no mezanino da loja. Quando ela avistou os dois, abriu um largo sorriso, de dentes perfeitos (após o incidente com Madame Pomfrey, que fizera seus dentes um pouco mais normais do que realmente eram). Largou o livro em um canto e foi correndo abraçar os dois. Tinha um ar de extrema satisfação e seus olhos brilhavam muito.
- Harry!! Rony!! Que surpresa maravilhosa! – disse a garota entusiasmada, enquanto abraçava os dois garotos. Rony também havia mudado. Embora suas características Weasley aflorassem a cada ano, agora estava mais alto (se for possível imaginar) e exibia o corpo de um homem agora, tão másculo quanto o de Harry.
- Também nos é surpresa, Mione! Que saudades! – disse Harry, com um largo sorriso no rosto.
- Vo-você tá di-diferente, Mione!! – gaguejou um Rony de orelhas muito vermelhas.
Hermione corara um pouco e harry fingira admirar o teto. Depois de alguns segundos de silêncio, ela respondeu.
- Claro, Rony! Da mesma maneira que você e o Harry! – disse depressa – Vamos logo procurar seus livros, imagino que estão aqui pra isso! – e puxou os garotos para as prateleiras.
Os garotos não tardaram a obedecer, visto que estavam sem jeito diante da rapariga que se tornara Hermione. Quando estavam procurando pelo “Livro Padrão de Feitiços – 7ª série” avistaram uma cabeça conhecida.
- Ora, ora, se não é nosso amigo Malfoy! – começou Rony com um sorriso desdenhoso, que lembrara a Hermione o próprio Malfoy. Seus olhos ardiam de malícia quando cutucou o garoto.
- Rony, sem intrigas, por favor! – pediu Hermione, mas já era demasiado tarde.
- Diga, Weasley, velho amigo! – respondeu Malfoy, com um sorriso muito irônico e odioso a Rony, embora com um olhar que parecera a Hermione de muita tristeza.
De repente Narcisa aparece ao lado do filho:
- Não acredito que és amigo daqueles que mataram teu pai! – murmurou ela para Draco, em um tom misto de raiva e tristeza.
“Matamos o pai dele?” – pensava Hermione – “Se bem que ele merecia... Nossa, o que estou dizendo? Ninguém, nem mesmo um Malfoy nojento merece perder o pai...”
- Não, mamãe – respondeu Draco, com uma voz muito educada, que impressionara Harry e Hermione – esse Weasley nojento veio me atormentar, estava apenas respondendo à altura. – mas ao terminar a frase, todos agora perceberam a expressão triste que se passava pela face do garoto... Não havia mais sorriso desdenhoso e nem olhar malicioso.
- Espero que seja a última vez que se meta com essa gente, filho – as orelhas de Rony coraram na hora, odiava a repugnância dos Malfoy – não quero ver você respondendo provocação. – disse Narcisa, que desviou um olhar de puro ódio para Harry e depois voltou a mirar o filho.
- Certo, mamãe. – murmurou Draco, desgostoso enquanto Rony ria abertamente:
- Mamãezinha! O que a senhora quiser!! – caçoou Rony, rindo mais ainda.
- Vamos embora, querido, não te quero com essa laia. – disse a Mãe, puxando o louro, que olhou Rony do jeito mais maldoso que conseguiu fazer, e deu as costas ao trio.
- Vocês viram que ridículo?! – ainda ria Rony.
- Sabe Rony... – começou Harry, apreensivo – Acho que não vai ser uma boa idéia atormentá-lo esse ano, você...
- O quê? Harry você tem febre?? – interrompeu Rony – Depois de tudo que ele fez e disse de você... – mas fora interrompido também por Hermione:
- Rony, o harry tem razão – disse a garota, ainda absorta em pensamentos – Por mais que ele mereça... Não é certo, ele acabou de perder o pai e...
- Não entendo vocês dois! – berrou Rony, com as orelhas muito vermelhas de raiva – Harry também não tem pai e no entanto, o Malfoy nunca deixou de lembrá-lo disso!
- Pode ser que sim, Rony. Mas eu não conheci meus pais – disse Harry, agora com um quê de tristeza na voz. – E nem quero me rebaixar ao nível dele.
Rony abriu a boca pra responder, mas Hermione o interrompeu:
- Tenho pena dele, Rony... Nunca o vi desse jeito, ele nem ao menos se deu o trabalho de forçar o sorriso desdenhoso...
- Vocês estão loucos! Vou pra casa, Harry! – bufou Rony, muito nervoso, e em seguida desapareceu com um estalo.
- Ainda bem que você entende, Harry... – suspirou Hermione – Mas e aí, como vai a vida pós-Voldemort? – perguntou agora sorrindo.
- Muito bem! Agora moro com os Weasley! – sorriu Harry, enquanto caminhavam até a fila para pagar os livros.
Passaram uma tarde agradável. Tomaram um sorvete um pouco antes de se despedirem, e Harry desaparatou para sua nova casa, deixando Hermione sentada em uma das mesas da sorveteria.
“Ele está diferente” – pensava – “Nunca o vi tão triste e tão... pouco mimado quanto hoje! Mas... Porque está a pensar naquele nojento?! Nunca foi de se importar com quem não gosta de você, Hermione! Mas ele pareceu tão necessitado de um ombro amigo, alguém que o ajudasse a desabafar as mágoas... Bah! Que vá procurar com a Buldogue Parkinson! Humpft!” E desaparatou para sua casa, ainda confusa com tudo o que acontecera naquela tarde.
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Algumas horas antes de Harry voltar para casa...
Um Rony mal-humorado adentra a sala d’A Toca sem olhar para os lados, sem perceber que seu pai estava em casa:
- Boa tarde, filho! – disse o Sr. Weasley entusiasmado.
- Boa tarde, pai. – respondeu Rony, não se importando em manter um tom educado na voz, e se jogou na poltrona mais próxima.
- O que aconteceu, Rony? – pergunta Gina assustada, que estava na poltrona do lado da que ele acabara de se jogar.
- Harry e Mione! – esbravejou o rapaz – Acreditam que eles defenderam o Malfoy quando fui caçoar dele?
- Não fizeram mais que deveriam, Ron – começou o Sr. Weasley – A família Malfoy não está passando por bons momentos, Narcissa e seu filho ainda devem estar chocados com a execução de Lucius... Foi por causa disso que eu tive que ficar até mais tarde e...
- Quero que se dane aquele maldito! Não me importa se o desgraçado do pai dele foi beijado por mil dementadores! – berrou Rony, com as orelhas muito vermelhas, quase levantando da poltrona, quando a Sra. Weasley apareceu.
- Você não diria isso se fosse com você, Ronald. – disse ela severamente – Ninguém merece essa perda, nem mesmo eles.
- Vocês estão todos loucos! – berrou Rony, e aparatou para o quarto.
Passadas algumas horas, Gina parou pra pensar. Estava realmente horrorizada com o irmão... “Como ele podia pensar desse jeito?...” Por um segundo ela chegou a achar que ele tinha inveja dos Malfoy, mas foi interrompida por um estalo.
PAF!
Harry chegara. Gina se sentiu aliviada por não ter mais que pensar no irmão, e foi cumprimentar o garoto.
- Oi Harry! Como foi o seu dia?
- Ótimo Gina... Tirando alguns problemas com o Rony... – mas não pôde deixar de reparar no quanto a menininha que ele conheceu há sete anos estava mudada, mesmo depois de alguns episódios no sexto ano... Era quase uma mulher! Estava chegando cada vez mais perto daqueles lábios cálidos que ele tanto apreciava, não conseguia recuar, era maravilhosa...
PAF!
Harry se afastara ligeiramente de Gina, que corou levemente. “Quem se atreveu a aparatar numa hora dessas?!” - pensou ele, mas quando virou para ver quem era, abriu um largo sorriso.
- MIONE!
- Que bom que você recebeu tão rápido a minha coruja! – sorriu Gina, que agora estava indo em direção à amiga para abraçá-la - Ela ficará aqui nessa última semana Harry, e vamos pra Hogwarts juntos!
- É, quando cheguei em casa Pichí estava pulando alegremente à minha espera! – disse Hermione.
- Que bom! – disse a Sra. Weasley surgindo da cozinha, enxugando as mãos no avental. – Venha cá querida, deixe-me te abraçar! E ah, Harry, Arthur está na cozinha te esperando na cozinha!
Quando Harry se retirou, as três “fêmeas” ficaram sozinhas na sala.
- Hermione, querida! Como você cresceu! – disse a Sra. Weasley, em um tom quase maternal.
- Obrigada! - respondeu a menina, sem jeito – Vocês viram o Ron?
- Ele deve estar trancado no quarto dele agora, Mione – disse Gina, em tom de tédio – Você precisava ver a tendência para matar que ele tinha quando chegou! Afinal, o que aconteceu exatamente?
- Outra hora eu te explico, Gina! Preciso conversar com ele – respondeu uma Hermione preocupada e aparatou.
PAF!
Desaparatara no quarto de Rony. “Ele ainda não aprendeu a fazer feitiços anti-aparatação!” – pensou. Reparou que o lugar estava intacto. Paredes e teto laranjas, com todos os pôsteres do Chudley Cannons (time de Quadribol de Rony) que ele conseguira obter. Mas... Nossa, nunca presenciara aquela cena. Talvez uma vez ou outra, mas só porque ele tinha se machucado intensamente... “Rony chorando? Não!” – pensou de novo, tentando fazer o menos barulho possível, mas sua aparatação já tinha resultado em um Rony enxugando as lágrimas, nervoso e apanhando a varinha.
- Não quero ver ning... Hermione?! – começara a berrar o garoto, mas parara repentinamente. Suas orelhas coraram. “Ela me viu chorando” era provavelmente o que pensou quando abaixou a varinha e virou a cara pra janela – O que você quer aqui?! Porque não vai dar uma volta na mansão dos Malfoy? É provavelmente muito melhor do que essa m...
- Cala a boca, Rony! Você sabe que eu odeio o Malfoy! Nunca trocaria nenhum de vocês por aquele asqueroso metido! – berrara Hermione, agora ficando levemente irritada com a situação.
- Mas há algumas horas você não dizia isso! Até defendeu ele! - berrara Rony mais alto em resposta.
- E ainda defendo! Ninguém merece isso Rony, poxa! – ofegava Hermione, agora se acalmando – E porque você estava chorando?
- Eu não estava chorando. E SAI DO MEU QUARTO! – berrou de novo, abrindo a porta e apontando a saída para a garota.
- Claro, o que você quiser. Mas agora eu sinceramente tenho dúvidas de quem é o pior Rony, se é você ou o Malfoy! – disse a garota, que correra para a porta com lágrimas nos olhos, deixando para trás um Rony capaz de explodir um avião.
“Como ele pôde dizer essas coisas?” – chorava Hermione no quarto de Gina, que era onde habitualmente ficava.
“Como ela pôde defender ele de novo?” – indignava-se Rony, olhando para um gnomo no jardim.
De repente, Gina adentrou seu quarto, onde estava Hermione, seguida de Harry, e a garota ainda soluçando contou-lhes o porque dos gritos e da choradeira.
- Vou conversar com ele, Mione – disse um Harry decidido, mas antes que Hermione pudesse impedi-lo ele já havia aparatado.
- Droga! – bufou Hermione.
Na semana que passou antes dos quatro embarcarem para Hogwarts, Rony estivera um pouco mais calmo do que antes da conversa com Harry, embora ainda só murmurasse “obrigada”, “licença” e “por favor” para Hermione. Ele ainda estava muito magoado pelo fato da amiga ter defendido seu pior inimigo. Mas... “Talvez seja... ciúme” – pensava instigado, enquanto observava a garota rindo das maluquices de Fred e Jorge, indo para sala. “O que estou falando, porque teria ciúmes dela... Pára com isso idiota!!”
- Rony!! Será que você poderia parar de contemplar as torradas e se apressar?! São dez e meia! – berrara a Sra. Weasley – Vocês vão perder o trem!
Todos já haviam se retirado da cozinha e estavam preparando as coisas na sala para que pudessem aparatar confortavelmente.
- Não tenho fome, mãe! Vou sem comer mesmo! – “acordou” Rony, que se levantava da mesa e se dirigia á sala.
- Não sem antes se despedir, querido! Todos já o fizeram!
Rony se despediu da mãe carinhosamente, e foi se juntar aos outros três.
- Finalmente, cara! – disse Harry – Arruma suas coisas aí logo!
- Certo – respondeu um Rony ainda meio aéreo.
- Todos prontos? – todos assentiram com a cabeça, e em seguida, em uníssono, aparataram.
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