Inocentes
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– CAPÍTULO SEIS –
Inocentes
– Harry, não quero estragar sua felicidade e tal, mas Sirius pode estar vivo e também pode estar morto... Lembre isto é um recado que provavelmente foi passado há muito tempo, às vezes ele deixou isto ate antes de ser morto... Só to querendo ser realista... Eu sinceramente não acredito que esteja vivo.
– Não... Você quer ser a mais esperta como sempre Hermione, não preciso de opiniões inúteis...
Hermione com lágrima nos olhos quis revidar, mas sua boca somente se abria e se fechava sem emitir som algum...
E sem dizer mais nada ela saiu lançando um olhar a Harry que nunca havia pensado em mostrar a ninguém, foi um olhar cortante e profundamente decepcionado.
– Harry, acho que você realmente pegou pesado com ela... Bem, ela só quis te trazer para a realidade...
– Então vai Rony, defende sua namoradinha... Vai consolar ela, vai embora se não quiser escutar umas verdades também... Deixe-me sozinho.
Rony saiu lançando o mesmo olhar cortante e decepcionado para Harry, mas murmurou algumas palavras antes de sair:
– Você passou dos limites Harry, você não é obrigado a ficar comigo e com a Mione, mas enquanto estiver conosco, nos respeite pelo menos.
Rony bateu fortemente a porta ao sair, e Harry ali ficou com o olhar parado em direção ao espelho, seus pensamentos eram um só, Sirius. Depois de alguns minutos mexendo e escutando o espelho pela oitava vez, ele se tocou da péssima reação que teve com seus melhores amigos, amigos este que os ajudaram a seguir e ultrapassar barreiras, que os aconselharam em pensamentos e teorias, que o amava e respeitava sobre tudo e todos. “Não era justo uma situação tão angustiante” pensava Harry, ao lagar o espelho e sair correndo escada a baixo e deparar em um pulo para o jardim.
– Perdão! –Disse o garoto suado e carente ao encontra os amigos com Gina enfrente a uma arvore verde e frutífera. –Perdão Mione não queria ter dito aquilo, você sabe que não queria. Rony não farei mais isso, acima de tudo vocês são minha família, não os deixariam por nada.
Agora as lagrimas de Hermione não caiam de horror e dor, mas sim de alegria e satisfação. Em uma fração de segundos estavam todos os quatro abraçados e entrelaçados por um laço de amizade e companheirismo que os rodeavam.
– Harry eu sabia que você não era daquele jeito. –Disse Hermione ao enxugar as lagrimas. –Por um instante tive medo, tive vontade de lhe laçar um Avada.
– Nem fala Hermione, nem fala. Disse Rony ainda abraçado com a garota.
No restante da tarde que se seguiu, Harry notou uma senhora Weasley um tanto quanto atrapalhada com os preparativos para o jantar, já que quase foi atingido por um enorme caldeirão desgovernado que a senhora Weasley enfeitiçara para pousar sobre o fogão.
– Oh Harry querido, me desculpe. Estou um pouco ansiosa, já que teremos uma visita muito importante esta noite para o jantar!
Harry levantou-se, ajeitando os óculos e tirando a poeira de cima das suas roupas.
– Tudo bem, senhora Weasley. Mas... Quem virá jantar aqui esta noite?
Harry deduziu pela ansiedade na voz da senhora Weasley, que seria alguém muito importante, alguém como o Ministro da Magia, embora essa idéia fizesse seu estômago dar um nó, já que Harry lembrava muito bem da última vez que o Ministro Rufo Scrimgeour esteve na Toca e tentou ludibriá–lo para que pousasse de "garoto-propaganda" do Ministério. A última coisa que Harry queria nesse momento, era enfrentar um interrogatório que o fizesse recordar o passado, ainda não cicatrizado dentro dele.
– Ah, Harry, mal posso acreditar, mas esta noite receberemos a Prof.ª Minerva McGonagall, que virá para discutir uns assuntos referentes à Hogwarts com alguns membros da Ordem. Ah! Quase esqueci, Hagrid virá também!
Harry pareceu surpreso diante da possibilidade de reencontrar a Prof. McGonagall e Hagrid e de ainda poder ouvir alguma coisa referente à Hogwarts.
Naquela noite, durante o jantar, Harry parecia estar perdido em seus pensamentos. A imagem de Sirius saindo do espelho e a possibilidade, por menor que fosse, de que ele estivesse vivo o faziam delirar feliz por um momento. Lupin, Tonks e Olho-Tonto Moody já haviam chegado e estavam conversando, à mesa, com o senhor e a senhora Weasley, Rony, Mione e Gina estavam do outro lado discutindo algum assunto que parecia entretê–los, embora Harry nada ouvisse.
– Você acha, Molly, que Voldemort (a senhora Weasley se contorceu levemente ao ouvir esse nome) iria deixar o menino Malfoy vivo depois de toda a participação dele no plano para matar... Para matar... Hum... Matar Dumbledore? E mais, você acredita que o garoto Malfoy realmente está arrependido?
– Bem, Moody – disse a senhora Weasley – todos ficamos sabendo de como Draco ficou angustiado, depois de ver... De ver... Dumbledore morto. Ele fugiu com Snape de Hogwarts e logo se encontrou com a mãe, Narcisa que estava desesperada, temendo que Draco fosse morto.
– Alguns dias depois, Draco e Narcisa procuraram a ajuda do Ministério – disse o Arthur, com um tom de seriedade – Draco e Narcisa pareciam ter sido torturados, já que os dois estavam magros e muito pálidos...
– Aquele moleque sempre foi pálido! – exclamou Olho-Tonto Moody com desdém.
– Mas eles estavam realmente muito abatidos e Draco realmente parecia estar arrependido e chocado. Sabemos que Draco tem um gênio terrível igual ao pai, mas isso era só pose para satisfazer o ego de Lúcio. Draco não esperava ver... Hum... Dumbledore morto, isso pareceu chocá–lo muito e lhe abriu os olhos para ver no que estava se metendo – tornou o senhor Weasley olhando para Moody – Os dois fugiram de onde estavam escondidos e foram direto ao Ministério buscar refúgio contra Você– sabe– quem. Um grupo de aurores entrevistam os dois, com Legilimência e Veritaserum, e mais uma porção de coisas para comprovar a verdade e descobri uma possível armadilha. E o mais impressionante é que os dois, Tanto Narcisa quanto Draco, não ofereceram resistência a nenhuma dessas técnicas, realmente pareciam querer colaborar. Comprovado que os dois falavam a verdade, rapidamente foram escondidos e estão sendo protegidos com segurança máxima por um batalhão de aurores sob supervisão do Ministério, uma operação realmente inimaginável. Creio que realmente estão seguros.
– Será que Voldemort já sabe de tudo? – perguntou à senhora Weasley.
– Provavelmente Molly – disse o senhor Weasley encarando-a – Narcisa e Draco revelaram muita coisa sobre os comensais e seus planos, o que foi de grande ajuda para o Ministério.
Agora Harry voltara para a realidade e acompanhava a conversa sem nem ao menos piscar. Rony, Mione e Gina também pareciam muito interessados em tudo o que era dito.
– Eu realmente não sei por que estou dizendo isso, mas acredito que Malfoy esteja realmente arrependido – disse Harry quebrando o silêncio, fazendo com que todos o olhassem atentos – Eu vi como ele ficou com medo diante de Dumbledore, vi que ele não seria capaz de fazer aquilo. Então veio o Snape (a raiva de Harry pareceu aumentar a cada letra desse nome) e... Matou Dumbledore.
– Eu também acredito que Malfoy esteja arrependido – Disse Hermione decidida – Alguns dias antes de tudo acontecer eu vi Malfoy chorando em um corredor das masmorras em Hogwarts, ele dizia “que não iria conseguir que ele não podia". Você também o viu chorar Harry, no banheiro da Murta– que– Geme.
Harry assentiu com a cabeça. Não sou fã do Draco, ele já me insultou várias vezes me chamando de sangue-ruim, já tivemos muitas desavenças (Rony fez menção de rir ao lembrar do soco que Mione dera em Draco, há três anos, mas parou imediatamente ao lembrar-se do gosto das lesmas que cuspia depois que sua tentativa de enfeitiçar Draco fracassou, há quatro anos.), mas realmente espero ver Malfoy lutando do nosso lado, no fundo sei que ele vai se tornar uma boa pessoa.
– Eu também espero – Disse Harry sem entender o que estava sentindo.
– A questão é que Draco e Narc...
CRAC!
A fala do senhor Weasley foi interrompida por um barulho que fez com que todos empunhassem suas varinhas e se preparassem para um duelo.
– Hum, que recepção! Pelo menos todos estão preparados para uma terrível eventualidade!
Harry viu no centro da cozinha uma bruxa magra, com óclinhos na ponta do nariz e um xale escocês verde e vermelho, em sua mão a bruxa trazia um caldeirão pequeno. Ao seu lado encontrava-se um homem muito alto e largo, que tinha uma barba grossa e olhos negros que pareciam dois besouros no meio de uma cabeleira desgrenhada. O homem trazia também uma caixa muito amassada.
Harry reconheceu a Prof.ª Minerva McGonagall e seu amigo Hagrid. Um alívio imediato tomou conta de todos que se encontravam ali.
– Boa noite Molly, Arthur. Ah, Olá Ninfadora... Desculpe... Olá Tonks, Lupin, Moody. – Disse a Prof. McGonagall sorridente, parecia muito feliz.
– E como vão vocês, Gina, Hermione, Ronald e. Harry – Minerva olhou atentamente para Harry, pareceu verificar se não estava faltando nenhum pedaço.
Hagrid também cumprimentou a todos com a mesma alegria da Prof. McGonagall.
– Ah, Molly, trouxe isto para sobremesa – Disse a Prof. McGonagall, entregando a senhora Weasley o pequeno caldeirão.
– Eu também trouxe isto Molly – Falou Hagrid, entregando a caixa amassada para a senhora Weasley – Espero que gostem bolo de nozes com passas, eu mesmo fiz.
A senhora Weasley foi guardar as sobremesas olhando curiosa para o pacote que Hagrid lhe entregara, Harry segurou uma risada.
– Vocês falavam de Narcisa e Draco Malfoy, sim? – disse a Prof. McGonagall. – Bom, estive com eles há poucas horas e realmente fiquei muito feliz com o que vi!
Agora todos olhavam atentos para a Prof. McGonagall, absorvendo cada palavra. Ninguém dizia nada, nem ao menos ousava se mexer. A senhora Weasley guardou as sobremesas e voltou ansiosa para a mesa para escutar melhor.
– Claro que não foi fácil conseguir me encontrar com eles – Tornou Minerva, ao notar que todos esperavam suas palavras – Precisei ir ao Ministério e ser entrevistada por diversos aurores; um tanto constrangedor eu diria, mas entendo que Narcisa e Draco realmente precisam de segurança. Foram lançados muitos feitiços sobre o esconderijo dos Malfoy. Magia muito antiga e poderosa, alguns feitiços que foram usados foram inventados pelo próprio Dumbledore. Eu diria que é realmente impossível que qualquer um da parte daquele – que – não – deve – ser – nomeado consiga chegar até Narcisa e Draco.
A Prof.ª parou e olhou em volta. Nenhum deles se atrevia nem ao menos a piscar. Harry percebeu que a felicidade no rosto da Prof. McGonagall aumentou, e ela tornou a falar:
- Mas o mais impressionante, e creio que vocês não irão acreditar....Bem...quando me encontrei com Narcisa e Draco, ambos pareciam estar muito bem. Já não estavam mais pálidos e nem abatidos como há algumas semanas, estavam corados e muito joviais. E se vocês pudessem ver o quanto fui bem recebida, pensariam que não se tratavam dos Malfoy. Bem, não ouvi ameaças nem ao menos palavra desagradável. Conversei com Draco, e percebi o quanto estava arrependido, nem ao menos consegue pronunciar o nome de Alvo sem que sua voz fique embargada. Fiz questão de olhar bem fundo nos seus olhos e ele não evitou isso, queria realmente mostrar arrependimento. Fiquei realmente muito feliz com isso!
– Desculpe Prof.ª, mas se a senhora me permite, por que foi procurar os Malfoy? – perguntou Hermione nitidamente interessada.
– Fui procurá–los srta. Granger, por que eles solicitaram a minha presença. Draco precisava conversar comigo.
– Conversar? – Rony agora abrira a boca pela primeira vez. – O que ele queria? Ameaçar a senhora e lhe maltratar como sempre fez?
– Ronald, você não ouviu a Minerva dizer que agora a situação é outra? – Hermione estava ligeiramente vermelha. – Draco e sua mãe não estão mais fazendo ameaças, eles é que estão ameaçados.
– Obrigado Hermione – Disse a prof. McGonagall – Ronald, creio que você nem possa imaginar, imaginar como Draco Malfoy está mudado. Eu entendo. Você só poderá entender o que estou dizendo depois que se encontrar frente a frente com Draco. Esqueça as ameaças, os insultos e toda a... Hum... Arrogância que Malfoy carregava. Hoje ele não faria mal nem a uma barata.
– Encontrar com Malfoy? – Disse Rony afastando essa idéia diante da imagem de Malfoy rancoroso e insolente. – Espero que isso demore.
Hermione lhe lançou um olhar de desaprovação, o mesmo olhar que a senhora Weasley, Arthur, Gina e Minerva lhe lançaram.
– Então o senhor ficaria surpreso, senhor Ronald, se eu lhe falasse que ao saber que eu viria À Toca nesta noite, Draco Malfoy pediu que eu transmitisse desculpas a você em nome dele. E creio que você ficaria ainda mais surpreso se eu disse se que ele, muito arrependido pelo que pude constatar, pediu que eu transmitisse suas sinceras desculpas a "Mione", como ele mesmo a chamou!
– Draco Malfoy se referiu a Hermione Granger, essa mesma Hermione aqui, como MIONE? – Perguntou Rony muito surpreso e um tanto quanto intrigado.
– Obrigado, Prof. McGonagall, diga ao Draco que eu aceito suas desculpas, e diga a ele que também lhe peço desculpas por tudo que fiz – Disse Hermione com uma expressão de felicidade no rosto.
– VOCÊ ESTÁ PEDINDO DESCULPAS A DRACO MALFOY? – Rony parecia não entender nada.
– Sim Ronald Weasley – Disse a senhora Weasley muito lívida – E CREIO QUE VOCÊ TAMBEM VÁ ACEITAR AS SINCERAS DESCULPAS DE DRACO MALFOY!
Rony pareceu murchar e fez um leve sinal de "sim" para a senhora Weasley.
– E quanto ao Harry – Disse Hermione – Acho que Malfoy...bem...não sei...deve desculpas ao Harry também.
Harry parecia não entender tudo o que acabara de ouvir. Nunca imaginara que Draco Malfoy pediria desculpas nem ao próprio pai, quanto mais chamaria Hermione de "Mione".
– Obrigado mais uma vez senhorita Granger – disse a Prof. McGonagall com um ar de felicidade novamente no rosto – Harry, Draco não conseguiu terminar sua fala quando se referia a você. Realmente ficou muito emocionado, disse apenas que nunca quis causar mal a você, nem ao Alvo. Disse também que quer ver você o mais rápido que puder. Quer ajudar você daqui pra frente. Ele diz que sabe de coisas que podem te ajudar. Daí em diante ele não conseguiu falar mais nada e eu achei melhor não forçá–lo a dizer.
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