O Pingente e o Holograma



Após a festa e todos irem embora, Harry e os amigos se reuniram no quarto de Rony.

- Vocês já aprontaram tudo para amanhã? – perguntou Harry.

- Comigo já está tudo ok. – disse Hermione.

- Idem. – disse Rony.

- Ótimo! Temos que sair bem cedo, para não dar na pinta.

Neste momento Gina entrou no quarto.

- Harry – ela começou – posso falar com você?

- Claro! – ele disse.

- Em particular. – ela completou.

- Vamos, Ron! – disse Hermione levantando-se – Vamos deixá-los sozinhos!

- Não precisa Mione, a gente conversa no meu quarto. – a outra menina disse.

- Ok, então.

Harry foi com Gina ao quarto dela.

- Harry – ela disse quando fechou a porta do quarto – eu queria te dar uma coisa. Digo, para você levar consigo, nesta caça aos horcruxes. – e mostrou-lhe dois cordões com pingentes de gota, com um líquido no interior.

- O que é isso? – ele disse curioso, pegando um dos cordões.

- Estes pingentes estão na família Weasley há anos. Mamãe me deu quando eu fiz 15 anos. Ela disse para usá-los em casos especiais e acho que esse é um deles.

- Com certeza são mágicos, certo? O que eles fazem, Gina?

- Bem, eu nunca experimentei, mas mamãe disse que é um meio de comunicação muito eficiente entre os bruxos que estiverem usando o cordão. Coloque-o Harry.

Harry colocou o cordão e viu que Gina fazia o mesmo com o outro.

- E agora?

- Bem, se você precisar falar comigo, basta segurar o pingente e falar o meu nome. Neste caso o meu pingente emitirá uma luz e eu saberei que você está tentando se comunicar. Eu então segurarei no meu pingente e..., bem..., vamos tentar para ver o que acontece. Vai até o banheiro, feche a porta e faça conforme eu falei.

Harry foi até o banheiro, trancou a porta, segurou o pingente e disse:

- Gina!

Não demorou muito e a imagem de Gina apareceu na sua frente, como um holograma. Os dois ficaram aturdidos por um momento. Ele do banheiro e ela do quarto, que Harry podia ver através do holograma. Ela estava sentada na cama.

- Gina, você me vê? Me ouve?

- Claro! É impressionante! Estou vendo você muito bem! – disse se levantando e tentando tocar no holograma.

- Eu também! Sensacional! – ele exclamou também tentando tocar no holograma, mas sua mão só segurava o ar – E como se corta o canal de comunicação?

- Basta você, ou eu, soltar o pingente.

- Estou voltando aí. – disse e soltou o pingente.

Na mesma hora a imagem de Gina evaporou. Harry voltou ao quarto da garota com um sorriso. Ela então disse:

- Mamãe me disse que este pingente pode fazer mais uma coisa. Numa situação de emergência, se uma das duas pessoas precisar sair de onde está, ela pode usar o próprio holograma.

- Como assim? – perguntou ele.

- Se você quebrar o pingente, e soltar este líquido, o holograma de torna um portal, Harry. Você pode entrar através dele e é transportado para onde está a outra pessoa.

- Gina, tem certeza que você quer me dar isso? Você pode precisar depois, na sua família.

- Deixa de ser bobo. Claro que eu quero dá-lo a você! Como eu vou saber em que encrencas vocês estão se metendo? – ela deu um sorriso tímido.

- Bem, neste caso você vai me ajudar muito.

- Como?

- Você vai estar em Hogwarts. Você pode ser nossa espiã lá dentro e nos conseguir qualquer tipo de informação que precisarmos de lá.

- Bem, então acho que você finalmente conseguiu me encaixar nessa sua aventura. Achei que eu fosse ficar de fora, como uma inútil. – ela disse e olhou para o chão.

- Ei, ei – ele se aproximou e levantou seu queixo – Você sabe bem porque eu não quero envolvê-la muito nisso, não sabe?

- Harry, você já me explicou, mas dá a licença de eu não concordar? – disse chateada.

- Gina – ele a abraçou – eu sei o que você pensa disso tudo. Eu mesmo já refleti tanto sobre isso que às vezes acho que eu sou louco por ficar longe de você, mas nesse momento é preciso. Você não sabe o quão feliz eu estou em saber que eu vou poder te ver e falar com você no meio desta droga toda! Nem que seja por uma imagem no ar.

- Harry...

- Humm.

- Eu tenho muito medo de te perder.

- Ah, então você sabe agora como eu me sinto em relação a você. Mas, escuta, não pense nisso. – ele disse soltando-a do abraço e encarando-a – Eu garanto a você que vai ficar tudo bem. Eu vou achar os horcruxes e acabar com aquele maldito.

- E vai voltar?

- E vou voltar!

- Promete?

- Prometo! – disse colocando a mão no peito, como um juramento.

Gina enxugou algumas lágrimas do rosto e disse a ele:

- Harry... eu queria que você me deixasse uma lembrança sua...

- O quê?

- Eu... queria... Harry... fica comigo... agora.

- Gina... eu...

- Por favor... deixa eu ter você... seu amor... comigo. Eu ... eu preciso sentir você..., sentir você perto... Você... todo..., de corpo e alma.

Dizendo isso a menina enfeitiçou a porta contra qualquer tipo de perturbação e barulho. Vendo a cara do garoto, ela apenas murmurou:

- Que se dane as leis do Ministério e a minha proibição de usar magia.

Então aproximou-se dele e o beijou. Um beijo quente, um beijo que o transportava para as mais deliciosas fantasias e delírios. Sua razão dizia que talvez não fosse certo, mas seu coração e seu corpo contradiziam todo e qualquer pensamento racional. Harry apenas se deixou levar naquela sensação. Abraçou e beijou Gina com a mais pura paixão e desejo contidos dentro de si. Lábios e línguas dançavam juntos na mais perfeita sintonia. Devagar eles foram se despindo. Harry olhava para o corpo da menina extasiado e admirado pelas suas mais perfeitas formas. Lembrou-se de quantas vezes sonhava em ver Gina daquele jeito e descobriu que o que via ía muito além da sua imaginação. Ela era linda. Seus corpos estavam quentes, febris. Ali, na cama dela, Harry e Gina estavam se descobrindo, se perdendo e se achando. Suas mãos, braços e pernas se ajustando, como se estivessem se conhecendo, se apresentando. E assim Gina foi sua e ele foi dela. Naquele momento ele soube que seus corpos juntos era a coisa mais deliciosa, mais maravilhosa, mais perfeita e mais certa do mundo.
Após um tempinho abraçados, Harry deu uma olhada no rosto da garota e viu que ela chorava.

- Gi, está tudo bem? Eu machuquei você, não foi? – disse com uma ponta de remorso.

- Não! - ela disse enxugando uma lágrima – Foi perfeito, meu amor! – ela olhou para ele e beijou o peito do garoto – Eu ainda não sei se eu estou chorando de emoção por estar assim com você, ou de tristeza por você ter que partir.

- Gi, eu... – mas ele não completou, pois do lado de fora ele ouvia vozes.

- Ron – era a voz de Hermione – deixa eles acabarem de conversar.

- Mas eles estão aí há quase duas horas, Hermione! – era Rony.

- E daí? Eles estão se despedindo.

- Que “despedida” demorada é essa?

- Ronald, francamente, você ainda não entende.

- E você entende?

- Uma garota sempre entende essas coisas. Isso se chama sensibilidade. Coisa que você não tem. Aliás, eu estou cansada de lhe dizer isso, não é?

No quarto, Harry e Gina colocavam as roupas rapidamente, e ajeitavam a cama, enquanto riam da discussão dos dois do lado de fora. Eles os ouviam, mas os amigos não.

- Hermione, com sensibilidade ou não, eu vou entrar neste quarto!

Quando Rony colocou a mão na maçaneta, Gina já havia retirado os feitiços e abria a porta.

- Mas que discussão é essa aqui fora? Vocês não tomam jeito mesmo, não é? – ela disse.

- Por que demoraram tanto nesse papinho? – Rony perguntou.

- Eu não posso me despedir do meu namorado, Ronald?

- Está tudo bem? – ele perguntou.

- Tudo ótimo, eu diria. – disse ela piscando para Harry.

Hermione olhou desconfiada para eles e Harry disfarçou.

- Vamos Ron, temos que dormir. Vamos acordar cedo amanhã.

- Ok, vamos. – disse ele indo para seu quarto e deixando as meninas para trás.

Harry trocou o pijama e deitou-se calado, mas nas nuvens. Gostaria muito de contar ao amigo o que se passara com ele, mas sendo a garota quem era, ele preferiu não tocar no assunto. Pelo menos por enquanto ele guardaria o segredo. Agora ele não era mais o Menino-que-Sobreviveu, agora ele era um homem.

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