Nossos erros e o vinho

Nossos erros e o vinho



Juro que um arrepio percorreu minha espinha quando a porta se escancarou e a figura altiva daquela garota entrou nos domínios do Largo Grimaldi número 12. O ar parecia faltar só pelo simples fato de estarmos no mesmo recinto, em todo caso, ela sempre conseguiu provocar esse efeito em mim.
Os cabelos estavam bem longos, na metade nas costas, negros como sempre, contrastando de maneira violenta com a pele de mármore, as bochechas salientes e levemente coradas e por fim os olhos. Olhos insanos e venenosos que sempre me dominaram. Era ela, simplesmente Bella.
A casa estava cheia, mas quem disse que tinha alguém se importando com isso, já que uma vez que Bellatrix entrava todas as luzes recaiam sobre ela. Isso é o que se chama de “efeito Black”, mas aquilo que ela exercia sobre todos era esse mesmo efeito elevado a enésima potencia. Não há como negar, ela nasceu para brilhar.
Os olhos dela finalmente pararam em mim. Esses eram instantes normalmente confusos, uma vez que é impossível entender o que estava dentro deles, era uma fusão de insânia, fanatismo, raiva, obsessão, luxuria, força, paixão e tudo o que você puder imaginar. Não sei exatamente por que, mas eu sempre me perdia dentro daqueles olhos.
Esses olhares turbulentos sempre eram seguidos por um meio sorriso de escárnio, superioridade e veneno. Tudo em Bella era uma mistura letal, deliciosamente letal.
Vê-la novamente quase me fez esquecer o motivo que a trazia de volta aquela casa. Era época de escolher o novo genro da família Black. Finalmente, Bellatrix Black iria se casar.
Meu coração falhou uma batida ao lembrar desse pequeno detalhe, mas em frente a ela eu jamais poderia demonstrar algo desse tipo. Perto dela eu deveria ser inabalável, não que ela levasse a sério, mas era a única arma da qual me dispunha para conviver com ela de baixo do mesmo teto. Aquela garota era um teste de força e resistência para qualquer um.
- Eu sei que sou, de longe, a mulher mais interessante dentro de seu “maravilhoso” ciclo de convivência, Sirius, mas não precisa me olhar com essa cara de cachorro abandonado.- mais uma vez o veneno sendo destilado pela boca mais encantadora da família. Definitivamente, ela deveria vir com uma etiqueta de “CUIDADO, TENTAÇAO FATAL”.
- Não estava admirando você, apesar de seu ego achar o oposto, Bella. Estava apenas meditando sobre a sorte de pobre que se casar com você.- olhei cínico para ela.- Sabe, não é nada fácil dormir com uma cobra ao seu lado.- o sorriso murchou e logo depois a voz perigosamente calma soou novamente.
- Você deve ser um especialista no assunto, já que costuma dividir a cama com coisa bem pior do que uma cobra. Quem sabe algumas piranhas estejam na lista dos animais favoritos na caça de Sirius Black.- todo o resto da família tentou abafar suas risadas maldosas, não era novidade pra ninguém as minhas discussões com minha prima, e muito menos o fato de que ela sempre saia por cima nas disputas. Não era à toa que ela era o orgulho da casa dos Black.
Um jantar bem tranqüilo para os padrões da minha família, nenhum elfo decapitado já é um grande avanço, sem contar que tanto eu quanto minha cobra, digo, prima estávamos calados a maior parte de tempo. Talvez o frio daquela noite de inverno tivesse esfriado os ânimos de todos, mas havia algo estranho nela. Seus olhos, pela primeira vez em anos, pareciam mortos. Não sei porque, mas aquilo me incomodava.
Perdi o apetite quando começaram a falar do futuro noivo, mas permaneci na mesa por tempo suficiente para admirar a reação dela. Ela lembrava-me um pássaro selvagem, que consegue alçar altos vôos, mas que estava próximo de ser aprisionado em uma gaiola.
Ela não opinou em momento algum. Parecia que ela estava terrivelmente conformada e ninguém percebia, só eu. Passei a minha vida toda estudando o comportamento sanguinário dela vê-la apática daquela maneira era sinal de que ela estava derrotada. Uma cena jamais imaginada a minha mente. Bellatrix, a guerreira, estava derrotada.

Alguma vez sua cama pareceu ser feita de pregos? Pois bem, era assim que a minha estava naquela noite. Eu sempre tive um sono de pedra, que só era quebrado quando havia alguma beldade ao meu lado no leito, mas naquela noite eu não preguei o olho. Aquela bruxa maldita não saía da minha cabeça.
Desisti do sono, vesti minha capa, calcei os chinelos e decidi dar uma volta para espairecer, quem sabe a distancia amenizasse os pensamentos ou me deixasse louco de vez. Era impressionante a capacidade que ela tinha de me tirar do meu juízo normal.
Cheguei ao hall de entrada, tudo escuro e morbidamente vazio, e aquilo sempre me fazia pensar nela, provavelmente o coração daquela criatura devia ser daquele jeito. Pergunto-me o por que de tudo naquela maldita casa me lembrar o rosto dela.
Abri a porta de entrada, ainda que fosse inverno aquele jardim sempre me acalmava só pelo simples fato de estar longe de tudo o que me lembrava da minha família.
Tudo tão frio e branco, tão solitário e belo, tão perfeito. Só o vento falava e tudo o que eu fazia era observar a tudo com uma expressão fascinada, talvez pela paz, ou quem sabe fosse a sensação de liberdade, ainda que fosse apenas para decidir apanhar um resfriado naquele frio.
Andei a esmo pelo jardim e tudo o que eu via era solidão. Nesses momentos eu invejava Pontas, pelo menos ele tinha a Evans para dividir uma vida, ou quem sabe apenas uma caminhada noturna pelos jardins congelados, mesmo que discutissem a maior parte do caminho. Apesar de levar a fama de conquistador maroto, eu nunca tive algo parecido. Potter era realmente sortudo.
Parei de supetão ao deparar-me com uma figura a minha frente. Camisola de seda branca, coberta por uma capa negra, cabelos balançando violentamente ao sabor do vento e aqueles olhos de quem sabe que possui o mundo nas mãos, mesmo que estivessem um tanto turvos. Seria possível que a neve tivesse esculpido tal anjo de gelo diante de mim?
Ela nunca esteve tão linda quanto naquele segundo. Talvez eu estivesse com febre e delirando, mas eu juro que tive vontade de toma-la em meus braços naquele momento e sentir a pele dela contra os meus dedos, mas tudo naquela visão era uma miragem intocável.
- Eu te odeio.- a voz dela não passou de um sussurro.
- Me diga algo que eu não sei, Bella. Você sempre disse isso e eu me pergunto porque.- aquela seria uma longa noite.
- Você está se divertindo, não? Imagine que grande circo. Bellatrix casada é algo fantástico para você, não?- ela era dissimulada em tudo o que dizia e quem disse que isso não me atraia.
- Não venha descontar sua raiva em mim, não tenho culpa se você decidiu abaixar a cabeça para toda família.- ela me encarou com toda a cólera que tinha.
- Tem razão. Não posso culpar ninguém pelas minhas escolhas.- ela me deu as costas.- Fique quietinho e não me atrapalhe.- ela parou subitamente e puxou algo de dentro da capa. Uma faca de prata. Meu sangue parou nas minhas veias quando ela pousou a lamina rente ao pescoço. Sem pensar duas vezes eu me joguei em cima dela, já era tarde e tudo o que eu vi foram mechas negras caindo no chão e uma Bella furiosa embaixo de mim.
- Eu disse para não me atrapalhar, seu aborto imbecil!- ela a essa altura estava praticamente rosnando e eu não consegui segurar o riso. Os longos cabelos de Bella, agora mal alcançavam os ombros.
- Se queria um corte de cabelo deveria ter avisado.- ela estava terrivelmente contrariada, mais pelas minhas gargalhadas do que pela minha interrupção. Sem pensar duas vezes ela me empurrou para longe e levantou sacudindo a neve das roupas.
- Você é um idiota, Sirius.
- E você é uma hipócrita maldita, como todos dessa família.- respondi grosseiro.
- Não, Sirius. Você é o hipócrita. Você acredita num mundinho medíocre, cheio de futilidades como amor, amizade e igualdade, mas se esquece de que não existe espaço para nada disso no mundo real!- ela gritou a plenos pulmões e por incrível que pareça eu fiquei terrivelmente irritado com a atitude dela.
- NÃO VENHA DESCONTAR EM MIM AS SUAS FRUSTRAÇOES BELLA! Se você vive infeliz dentro do seu mundo de linhagens puras, de enlaces forjados e de frieza total, MEUS PESAMES! Eu não tenho nada a ver com isso, você escolheu ser a perfeitinha da família, ainda que esse ideal de perfeição seja tão deturpado! A culpa desse ódio e dessa ira é única e exclusivamente sua!- eu a segurei pelo braço com força e a sacudi numa tentativa frustrada de traze-la de volta a realidade.
- Me larga, Sirius, ou então vou gritar até que todos da casa estejam de pé.- ela se debatia.
- Vá em frente e grite o quanto quiser, todas as paredes são revestidas por feitiços isolantes. Ninguém vai ouvir uma única palavra do que você diz.- a cinismo em minha voz parecia terrivelmente parecido com o que ela usava de maneira tão freqüente.
- EU TE ODEIO!
- VOCE JÁ DISSE ISSO!
- OTIMO!
- Você está se tornando muito repetitiva, sabia?
- Problema meu!- ela se debatia cada vez mais forte.
- Por que você me odeia tanto, Bella?- finalmente eu a larguei, ela não respondeu, pegou a faca e saiu correndo em direção a casa. Fuga nunca foi algo típico dela, mas eu não dava aquele assunto por encerrado.
Eu a segui até a casa. Ela parecia uma assombração certas horas, desaparecia e reaparecia do nada, andava sempre pelos cantos menos iluminados e evitava a luz a todo custo. Dentro dela, Bellatrix sempre foi a dona do território.
Revirei todos os cantos, procurando por algum sinal dela, mas tudo o que eu ouvia era o silencio daquele mausoléu que eu chamava de casa. Tudo era fúnebre e nostálgico, até mesmo os cálices e garrafas de vinhos e licores da cristaleira davam um aspecto fantasmagórico para o lugar. Talvez tudo aquilo fosse o reflexo de como eu me sentia dentro daquela casa.
Por fim ouvi uma das portas se batendo e tinha a certeza de que era a do sótão, o esconderijo preferido de Bella. Sem pensar duas vezes eu fui até lá
O lugar era tremendamente escuro e cheirava a mofo e poeira. A única fonte de luz vinha de uma velha lareira que só era acesa em noites realmente muito frias, junto a ela estava a figura arruinada daquela ilusão que me atormentava dês da infância. A eterna esfinge que me questionava a todo instante, me interrogando; “decifra-me ou devoro-te”. Sempre Bella.
- Aprendendo a fugir, priminha? Você pode não concordar, mas eu ainda sou um Black, persistência faz parte de mim.- me aproximei.
- Não vou deixa-la. – peguei-a pelos braços e chacoalhei de leve.- Não vou deixa-la em paz nunca, Bella, pelo simples fato de que você nunca me dá paz. Você me atormenta a todo maldito instante com seus sorrisos enviesados, com suas provocações, com seus olhos e seus comentários sarcásticos. Você nunca me deixa em paz.
- Eu não tenho nada a ver com as suas crises, priminho. Eu só quero tomar o meu porre, sem que você me encha o saco!- ela falou com exaltação, mesmo que a voz pastosa a impedisse de faze-lo com sucesso.
- E eu só quero entender o porque de você me odiar tanto. Quem sabe assim eu consiga te exorcizar da minha vida!
- Porque você é errado!- ela gritou e logo em seguida sorveu um longo gole da garrafa de vinho.- Você é todo errado. Só pensa em si e em seus sonhos brilhantes. Você não respeita a família, você não respeita nada, você é um delinqüente de meia tigela! Você é um erro!
- Então é isso o que eu sou para você, um grande erro. Pois bem, era tudo o que eu queria saber.- soltei-a.
- Você é o MEU maior erro, Sirius!- ela largou a garrafa e deixou seu corpo vacilar em direção ao chão. Eu a amparei em meus braços mais uma vez.
- Então estamos quites. Porque você é o meu erro e digo mais, você é o meu maior pecado.
- Porque você sempre estraga tudo?- ela relaxou de vez, efeito da bebida.
- O que eu estraguei dessa vez?- sussurrei.
- Eu vou me casar... Vou me casar com um qualquer da família Lestrange... Tudo porque você é a ovelha negra da família... Você era o meu prometido...- sem fazer a mínima noção da cena ela simplesmente me beijou com toda a fúria que eu sabia que existia dentro dela. Nem mesmo o hálito de vinho conseguia atrapalhar aquilo.
Aquilo era irreal de mais para ser verdade, mas eu estava pouco me importando com isso. Tudo se resumia a “eu e ela”, fim de historia. Sempre sonhei com algo parecido, mas nem de longe poderia ser comparado com a realidade. Eu a queria, queria tudo o que me era de direito. Bella era minha e ponto final, então por que não marcar o meu território de uma vez?
Dessa vez não havia como escapar, éramos eu e ela, nada de resistência, nada de família, apenas os dois num sótão vazio. Minha mão na cintura dela, as mãos dela nas minhas costas, roupas caídas no chão, uma garrafa vazia em pedaços e nós.
Beijos, mãos, pele, calor, ardor, desejo, pernas, braços, quadris, eu, ela e tudo mais. As pernas dela prendendo o meu quadril, me fazendo continuar, sem arrependimentos. Minhas mãos prendendo as dela e pela primeira vez eu senti que havia dominado aquela peste, que por tantos anos me menosprezou. Dessa vez eu estava por cima e quem disse que ela estava achando ruim?
Somos então o erro um do outro, eternamente fadados a isso. Seriamos sempre inesquecíveis um para o outro, por mais desagradável que isso pudesse se tornar, mas naquele momento eu não queria pensar no dia seguinte.
Desabamos ao final de nossa travessura e o resto seria pensado amanha. Quem sabe eu resolvesse tudo ao lançar a ela uma proposta de casamento na frente de toda família. Ela continuaria sendo uma Black, continuaríamos com nossas implicâncias e estaríamos plenamente felizes com isso. Sim, quando o sol raiasse tudo seria perfeito.
Quando acordei não havia nada ao meu lado alem das minhas roupas e os restos mortais da garrafa. Minha cabeça estava rodando e o maldito cheiro do hálito ébrio dela não saia da minha cabeça. Troquei de roupa o mais rápido possível e voltei ao meu quarto para tomar um banho e apagar todos os vestígios daquela noite, para, mais tarde, encarar o conclave dos Black e conquistar a mão de “Lady Bellatrix”.
Quando cheguei na sala de estar todo clã estava reunido ao redor de uma figura chorosa de cabelos negros. Bastou que eu desse o primeiro passo em direção aos demais para que todos me fuzilassem com os olhos, só então reconheci Bella como a mulher chorosa.
- Como ousa pisar aqui depois de tudo o que você fez?- minha mãe urrou enérgica como há muito tempo eu não via, tudo o que eu fiz foi questionar o que estava acontecendo.
- Seu maldito! Você envergonha o nome da nossa família.- minha tia gritava.- Como pode ser tão vil. Pobre de minha filha!
- O que houve com Bella?- perguntei um tanto perdido.
- Cafajeste! Dissimulado! Eu exijo que seja deserdado depois do que fez a minha filha!- minha tia continuava.
- Eu não estou entendendo nada. Alguém pode me explicar o por que eu estou sendo deserdado pela milésima vez só esse ano?
- Não é hora para deboches, Sirius. O que você fez foi muito grave.- minha mãe falou solene.
- Eu não fiz nada!
- Então você nega que desonrou sua prima? Mesmo quando é claro que o fez?- ela me questionou.
- Eu... eu o que?
- Não negue menino. Veja as marcas no corpo dela! Veja o estado das roupas! Regulo está na casa de colegas, você é o único homem na casa.- ela falou incisiva.- Confesse, Sirius!
- SIM! Eu passei a noite com ela, eu a salvei de um suicídio, eu dormi com ela, desonrei, deflorei, sou culpado de tudo o que me acusam, mas tudo o que fiz foi com o consentimento dela!- falei enérgico encarando a todos nos olhos.
- Você me embebedou, seu maldito!- Bella se pronunciou pela primeira vez.
- Não, Bella. Você se embebedou! Você pegou a garrafa de vinho e bebeu sozinha, eu fui apenas o alvo da sua bebedeira!- berrei.
- EU TE ODEIO!- ela berrou.
- VOCE JÁ DISSE ISSO MILHARES DE VEZES!- continuei.
- Continuo dizendo...
- Ontem à noite teu discurso foi outro!
- EU TE ODEIO!
- EU NÃO ACREDITO!
- EU TE ODEIO!
- E EU TE AMO, Bella!- falei por fim deixando todos boquiabertos, inclusive ela.
- Você é um erro, Sirius.- falou ao desabar novamente no sofá.
- Nós somos o erro um do outro e isso nunca vai mudar. Você sabe...
- Você não pertence a essa família, garoto. Você não é mais um Black.- disse minha mãe.
- Deixe-me dizer uma coisa, mamãe. Eu não ligo para essa merda de família, não estou nem ai! Tenho meu próprio emprego, meu próprio dinheiro e não preciso de vocês, mas se eu for eu levarei o que é meu por direito. Se eu sair por aquela porta, Bella vem comigo.- falei convicto.
- Como pode ser tão baixo? Você não pode fazer isso, ela está prometida, vai se casar em um mês.- minha tia falava atônita.
- Deixe-me refrescar sua memória, titia. Pela tradição da família é normal o casamento entre primos para manter a pureza do sangue, e a preferência é sempre a do nome Black. Eu sou o primeiro da lista para ter a mão de Bella, por mais que vocês me deserdem eu ainda tenho o sangue dessa família nas veias e mesmo que eu não obedeça às regras dessa família, vocês e Bella obedecem.- falei triunfante.
- Ele está certo.-minha mãe falou.- Mas a mão de Bellatrix já foi prometida a Lestrange. Sinto muito, mas dessa vez você perdeu, Sirius. Pegue suas coisas e suma dessa casa.
Sem pensar duas vezes fui para o meu quarto e peguei todas as minhas coisas. Primeiro eu iria embora, minha situação com Bella eu resolveria depois.
Sai sem nem ao menos olhar pra traz, mas antes que pudesse aparatar a mão de Bella tocou meu ombro.
- Só quero dizer que eu não vou esquecer dos meus erros.
- Você sabe ser estranha quando quer. Me acusar de estupro, você se superou.
- Esse foi só o começo. Meu erro só acaba com um de nós morto.
- Estamos empatados então.
- Guarde minhas palavras, Sirius. A única certeza que você terá nessa vida é a de que eu vou te mandar para o tumulo.
- Posso saber porque?
- Porque eu não admito erros.
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Mais uma fic oneshot. Peço perdao aos que acompanham Abrigos para a Alma, estou sem tempo e meu nivel de estress anda nas alturas entao nao me precionem de mais.
Essa é uma fic sem final feliz, pra variar, e minha primeira Sirius/Bella, espero q gostem e comentem.
Bjux a todos.
Gabriela

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