Gina Weasley
Capítulo 5: Gina Weasley
No céu azul o sol estava começando a aparecer sobre o telhado da Toca, mas estes sinais de chegada não pareciam ter sido notados por Gina. Ela estava sentada em sua janela, olhando para o horizonte havia horas...
Como sempre, pensando nessa maldita guerra, pensava em quando tudo isso iria acabar...
Desde o funeral do professor Dumbledore ela não tinha noticia de seu irmão Rony, de sua amiga Hermione, nem dele... Harry. Nenhuma carta, nenhuma explicação... Nada.
Seus pais estavam preocupados com os três. Ansiavam por noticias, perguntaram aos amigos, aos parentes e até aos professores sobre a localização dos três, mas a ultima coisa que sabiam sobre eles era que tinham voltado para escola e desaparecido em seguida...
- Gina, você não sabe de nada mesmo? Não recebeu nenhuma carta de Rony, Hermione ou então de Harry? – Perguntou a senhora Weasley.
- Não mamãe, nenhuma carta. Eu acho que eles não estão em contato com ninguém. Harry disse que tinha algo para fazer sozinho, mas em seguida eu vi o Rony e a Mione indo com ele para o castelo...
- Artur e agora? – Indagou a chorosa senhora Weasley – Onde eles estão? O que eles pensam que estão fazendo... – disse à beira das lágrimas.
- Calma Molly. Nada vai acontecer... – Respondeu calmamente amparando sua mulher nos braços. - Dumbledore deve ter pedido algo aos garotos, se acalme. Com toda a certeza nós os veremos no casamento de Gui... E eles vão nos explicar tudo...
- É mamãe, calma... Eles agora são maiores, podem fazer mágica fora da escola e se defender. E eles vão vir para o casamento do Gui com a Fleur sim. – Completou Gina – Espero que sim...
Os dias na Toca demoravam a passar, não tinha nada para fazer, pois ela, nos últimos tempos, estava muito vazia. Os gêmeos Weasley moravam no apartamento em cima da loja de logros, mas sempre que podiam apareciam para fazer companhia à irmã e à mãe durante algumas horas. Percy, mesmo depois do natal, não voltou à casa dos pais. Carlinhos continuavam na Romênia tratando dos dragões e Gui e Fleur mesmo estando na Toca, estavam atarefados demais com os preparativos do casamento e o Sr. Weasley estava tendo muito trabalho no ministério.
O que mudava a rotina era quando iam à sede da Ordem, no Grimmauld Place, 12. Mas, como sempre, Gina não podia participar das reuniões e mais do que nunca ela sentia a falta dos seus amigos, principalmente de Harry...
Assim ela passava os dias olhando para o nada, pensando e pensando...
Numa bela manha, em que ela observava o Sol nascendo no meio das nuvens, ela viu dois pontinhos surgirem no horizonte. Um muito branco e um outro meio acinzentado.
- Deve ser mais uma coruja da Ordem ou de Papai... – Murmurou Gina.
Ela continuava a olhar para o céu e as duas se aproximando cada vez mais... Uma parecia muito pequena e a outra era grande e muito branca...
- Espera, eu conheço essas corujas! – Exclamou Gina – A pequenina é de Rony, é o Píchi e a outra é do... do... do Harry! É Edwiges!
Ao ver que Edwiges se dirigia a ela, Gina pulou rapidamente da janela e abriu-a para que a coruja entrasse. Um sorriso logo se formou em sua face, estava recebendo uma carta de Harry...
Edwiges entrou, pousou no ombro de Gina e esticou-lhe a pequena perna para que a menina retirasse a carta. Assim que Gina tirou a carta Edwiges voou para cima do guarda-roupa e descansou lá.
Ela estava tão eufórica para abrir a carta que quase a rasgou...
Gina...
Desculpe-me se lhe deixei esperando na estação de Hogsmeade, mas como eu lhe disse, Dumbledore confiou em mim para continuar o seu trabalho, era minha tarefa, mas como Rony e Mione não me deixariam ir sozinho, eles vieram comigo.
Não pense que te deixei de fora por achar que você é ruim, não é nada disso. Eu te acho uma excelente bruxa, lembro-me bem dos feitiços que te vi realizar na AD com perfeição e acredite quando eu digo que quanto menos pessoas souberem da missão, menos pessoas podem se ferir.
Eu sei que deve estar sofrendo, mais acredite... Eu também estou...
Eu te amo muito Gina e não quero ter perder. Como já lhe disse Voldemort pode querer te usar para chegar a mim, e eu não suportaria ir ao seu funeral...
Por isso peço-lhe que não nos procure ou saia de sua casa sozinha... Proteja-se... Fique sempre vigilante... Em breve nos veremos... Antes do que você imagina...
Estamos bem, não se preocupem...
Ps: Cuide da Edwiges por mim, certo? Logo nos veremos
...Harry
Ao acabar de ler a carta Gina estampou um enorme sorriso em sua face, o dia até lhe pareceu mais bonito...
- Mamãe, recebi uma carta do Harry...
- Ótimo querida... O Roniquinho também mandou uma. Olhe só...
Mamãe...
Estou escrevendo para dizer que estamos bem, não se preocupem. Não escrevi antes por que nós precisávamos de um tempo a sós.
A Mione vai ai para Toca essa semana e provavelmente eu e o Harry vamos ao casamento de Gui...
Temos coisas a fazer, peço, portanto, que não nos tente impedir.
Estamos bem...
...Rony
- Esses meninos, quando chegarem aqui, vão ver. O que eles acham que estão fazendo? – Exclamou a senhora Weasley. – O que o Harry disse querida?
- Oh... Bem... Hum... Nada demais mãe, o mesmo que o Rony disse – Respondeu Gina, corando.
- Oh certo... Me ajuda a fazer o almoço, querida?
- Sim, ajudo mãe.
Durante o almoço Gui e Fleur apareceram e contaram a elas que as encomendas chegariam no dia seguinte e que teriam que começar a arrumar o local já para a festa. Os Delacourt logo chegariam e então a casa estaria cheia novamente.
A tarde chegou e a senhora Weasley gritou Gina para que ela descesse. – “ Hermione chegou Gina, venha aqui querida!”
- Hermione, onde vocês estavam? Por que o Rony não veio? Cadê o Harry? O que vocês estão fazendo? Estão se alimentando bem? Estou te achando tão magra. Quer algo para comer? – Perguntou a senhora Weasley, séria.
- Calma senhora Weasley... – Exclamou Hermione um pouco corada – No momento não posso falar nada, mas logo os dois aparecerão por aí. Estamos muito bem... Não estou com fome, obrigada.
- Diga-me, o que pensam que estão fazendo? Por que não nos escreveram antes? Pra onde vocês foram depois de Hogwarts? Por que não vieram de trem?
- Calma... – desta vez foi Gina que pediu à sua mãe – Deixa a Mione respirar um pouco, mãe. Vem Mione, vamos levar suas coisas para cima, vamos.
- Certo.
As duas rumaram para as escadas, mas não sem antes a senhora Weasley avisar que depois que terminassem de arrumar as coisas, descessem para lhe explicar melhor o que eles andaram fazendo...
***
- Sabe, mamãe e papai estavam muito preocupados com vocês. O Harry disse que tinha algo para fazer, mas depois eu vi vocês se dirigindo ao castelo... Eu tentei ir atrás, mas a professora McGonagall não deixou. – Exclamou Gina, enquanto ajeitava algumas vestes num outro canto do armário para que Hermione colocasse as suas.
- Como eu disse para sua mãe, eu não posso falar nada. Mas tem uma coisa que você precisa saber... É o Harry...
- O que tem ele? – Perguntou Gina preocupada
- Sabe, durante quase todo o tempo em que a gente não estava treinando, ele sempre sentava sozinho olhando para o nada... Eu sempre tentava falar com ele, mas ele sempre dizia que estava tudo bem, que estava só cansado...
- É mesmo? E por que ele estava assim? – Perguntou a menina, já sabendo a resposta.
- Vai me dizer que nem imagina o motivo, Gina?
- Não mesmo! – Exclamou abrindo um pequeno sorriso nos lábios...
- É claro que é por sua causa Gina! Ele sempre se isola... Tudo bem que ele tem muita coisa na cabeça... Tem a morte de Dumbledore, como ele ficou muito próximo dele nesse último ano deve ser muito difícil para ele e tudo mais... Ainda tem a missão, Voldemort... Mas ele geralmente olha para o nada e de vez em quando eu o vejo rir. No começo achei que ele estava com algum problema, mas logo depois eu percebi que ele sentia muita falta de uma certa ruivinha...
- É mesmo, Mione? – Perguntou, não contendo uma risada.
- É claro Gina! Não seja boba. Você sabe que é verdade. Por que está rindo?
- Mione, não estamos juntos por que ele não quer...
- Mas você não vai fazer nada a respeito disso? Para de rir Gina! É sério!
- Eu sei Mione, você só esta confirmando o que o Harry me disse.
- Como assim? Não me diga que ele me ouviu e te escreveu? Quando foi isso?
- Ontem mesmo. Chegou junto com a carta de Rony, olha só. – Respondeu balançando a cara de Harry na frente de sua amiga.
- Deixa-me ver Gina!
- Sabe, eu até deixaria se você se chamasse Gina Weasley, mas como você se chama Hermione Granger e a carta esta endereçada a Gina acho que não é da sua conta...
- Gina! – Exclamou Hermione com as mãos na cintura.
- Ta bom, ta bom... Toma, lê logo que eu vou guardar depois...
Antes mesmo de Gina soltar a carta, Mione a estava abrindo.
- Cuidado para não rasgar!
- Certo... Certo... Deixe me ler. – Resmungou Hermione em quanto lia a carta – Olha só em garota, finalmente ocupou o coração dele, não é? Era como eu pensava... Ele está caidinho por você!
- É eu sei... Não é fofo? Ele até disse que me ama... Nem quando estávamos juntos ele disse isso...
- É, parece que a distância o fez perceber quanto ele gosta de você... Mas diga lá, o que você vai fazer a respeito?
- Eu não sei Mione, ele se declara, mas diz que não pode ter relação alguma comigo. Tudo vai depender da forma que ele chegar... Por mim, você sabe, nós ainda estaríamos juntos...
- É mesmo, mas o Harry tem medo de te perder...
- Eu sei, mas vocês estão com ele, não é? Por que eu não...
- Ginaaaaaaa! – Chamou a senhora Weasley. – Que tanto vocês demoram aí? Desçam logo!
- Anda vamos Mione, depois a gente conversa mais...
- Certo. – Respondeu abrindo a porta – Vamos.
Elas desceram as escadas e foram para a sala procurar a senhora Weasley, mas ela não estava, procuraram pela cozinha e pelo hall e nada, decidiram ir para fora e lá estava ela, estendendo a roupa com a varinha...
- Por que demoraram tanto? – Perguntou às meninas – Hermione enviei uma coruja a seus pais avisando que você estava aqui e convidando eles para o casamento...
- Não precisava, quando o Rony enviou a carta dele, envie uma para meus pais também...
- De qualquer forma... Agora me diga o que vocês andaram fazendo? Onde estavam?
- Mamãe, Hermione já disse que não pode falar...
- Isso mesmo, mas posso dizer que a missão foi Dumbledore quem nos passou...
- Mas me dig...
De repente vários sons de chicotes interromperam a conversa. Pessoas estavam aparatando no quintal da Toca...
- Mamãe olhe. – Apontou Gina em direção ao grupo de pessoas - São os Delacour, já chegaram!
- Logo agora! – disse olhando significativamente para Hermione – Certo, sejam bem vindos! – Exclamou a senhora Weasley se dirigindo ao grupo de pessoas. – São seus pais Fleur?
- Son simm... Esse aqui é meu pai... – apontando para o homem ao seu lado – E essa é minha mãe.
- Muito prazer... – disse enquanto cumprimentava os dois - Eles sabem falar inglês?
- Muitto pouco, mas eu vou ajudá-los. E essa menininha bonita é Gabrrrielle.
- Muito prazer querida... Venha vamos entrar... Diga a eles e vamos tomar um café... A propósito, só eles vieram?
- Non, non... Os outros prrreferiram ficar num hotel, mas não se prrreocupe... Cerrrto. “Les gens Nous allons entrer dans et prendre le café”
Eram em torno de umas sete pessoas, que, ao ouvirem a voz de Fleur, balançaram a cabeça em concordância e se dirigiram à Toca, depois da senhora Weasley...
***
- Eles chegaram à melhor hora possível, não é Gina? – Pergunto Hermione à amiga.
- Uhun, você escapou duma fria em Mione...
***
Com a chegada da família de Fleur, a casa voltou-se a encher, o antigo quarto de Fred e Jorge foi ampliado magicamente para acomodar todos os homens e o de Gina para todas as mulheres...
No dia seguinte à chegada dos Delacour, chegaram também todas as encomendas para o casamento e então todos começaram a preparar os lugares para a festa e para o casamento. Era uma movimentação intensa de pessoas para lá e para cá, todos queriam que tudo desse certo, tanto que às vezes três ou quatro pessoas faziam a mesma tarefa...
- Mione, senta aqui. Vamos conversar um pouco, desde que eles chegaram a gente não teve tempo de conversa...
- Boa idéia Gina... Estou muito cansada...
Então as duas sentaram-se em frente à lareira depois do jantar e começaram a conversar. Falaram sobre quase tudo que as meninas falam, principalmente sobre os garotos... Gina decidiu que iria tentar convencer Harry e Hermione deixou escapar sem querer que ela e Rony haviam feito uma promessa...
- Eu sabia! Eu sabia! Eu sempre soube... Vocês viviam brigando, mas vocês sempre se amaram...
- Gina! – Repreendeu Hermione – Nós brigávamos por qualquer coisa...
- Mas a MAIORIA das brigas era por ciúmes... Eu sabia, eu sabia! Deixe o Harry saber...
- Ninguém vai saber! Isso não sai daqui, em Gina! – Exclamou Hermione. – Se tivermos que contar, nós é que iremos fazer isso...
- Mas que eu sab...
Foram interrompidas bruscamente por um barulho de pessoas caindo no chão...
- Rony! Mas o que...? Cadê o Harry? O que eles estão fazendo aqui?
- Não há tempo para explicação! Papai. PAPAI!
O senhor Weasley pulou quase todos os degraus da escada ao ouvir seu filho gritando seu nome, como se sua vida dependesse disso.
- O que foi Rony? Anda fala logo! – Exclamou Arthur Weasley tomando fôlego.
- Fomos atacados na casa do Harry. Vai e chame a Ordem e vamos pra lá. Rápido! Tem vários comensais lá e desconfio que tenha dementadores também!
- Está bem! – E no segundo seguinte ele tinha aparatado para a sede da Ordem da Fênix.
- Vamos reúnam todos que puderem e vamos esperar o pessoal da ordem chegar aqui para irmos. Andem logo!
Rony, Hermione, Gina, Gui, Fleur e os gêmeos que momentos antes estavam indo embora, correram para o lado de fora. Molly ficou encarregada de ficar com os convidados e aguardar qualquer ordem.
Um minuto se passou e um pequeno grupo de pessoas aparatava no jardim da Toca. Eles eram Nymphadora Tonks, Remo Lupin, Alastor Moody, Kingsley Shacklebolt, o senhor Weasley e outras 2 pessoas que ja haviam sido vistas na sede da Ordem.
- Héstia Jones foi avisar o Ministério. – Exclamou Arthur – Vamos de aparatação conjunta. Quem souber onde é a casa de Harry leve quem não sabe.
- Certo – Exclamaram todos. Alguns se seguraram nos braços de outros.
- Esperem, esperem! Temos que esperar os aurores do Ministério, sem eles nós todos não teremos chances alguma.
Sob os resmungos dos outros e a impaciência de Rony, eles esperam cerca de 5 minutos. E então oito aurores, juntamente a Héstia, aparataram na Toca.
- O plano é o seguinte – Começou Moody – Vamos aparatar no fim da rua, ok? Por que se não, poderemos ser pegos numa tocaia.
- Certo, agora vamos – berrou Rony – Já se passou muito tempo!
- Vamos aparatar todos juntos.
Um...
- Vai logo
Dois...
- Agüente Harry estamos indo...
Quando todos mentalizaram a rua dos Alfeneiros, ouviu-se um sonoro som de chicote e um forte barulho de alguém caindo no chão.
- Esperem... É o... É o Harry – berrou Gina!
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