Mãos a Obra - Na Cozinha

Mãos a Obra - Na Cozinha




Capitulo 5 – Mãos a Obra (Na Cozinha).


Na noite seguinte Marlene esperava impacientemente Sirius chegar ao lugar marcado para irem à cozinha. O fato de já ser muito tarde para qualquer pessoa perambular pelo castelo só fazia aumentar sua impaciência. Estava perdida em pensamentos quando ouviu uma voz que vinha de um ponto qualquer a frente.

- Marlene...

Ela se virou procurando a voz, mas não viu ninguém.

- Quem está ai? – Perguntou tentando achar quem lhe chamava.

- A sua consciência – A voz respondeu

- E o que você tem para me dizer? – Indagou irônica.

- Que um lindo rapaz grifinório de olhos cinza é a sua alma-gêmea.

- Eu sempre imaginei que minha consciência fosse mais esperta que isso – Disse andando pra frente e tateando como se procurasse algo invisível – E também pensava que ela tinha a voz da Lily e não de um certo cachorro sarnento. - Oi consciência – Falou Marlene enquanto puxava um pedaço de tecido deixando a mostra um Sirius com uma expressão não muito boa.

- Sarnento não Lene.

- Cachorro você não nega que é. – Marlene a capa de invisibilidade que tinha puxado de Sirius e pos sobre ela – Vamos à cozinha?

- Hei! Eu também preciso da capa.

- Eu não acho muito seguro ficar a uma distancia tão pequena de você.

- Medo de não controlar os seus desejos mais íntimos – Questionou Sirius que ainda tentava achar Lene para puxar a capa.

- E sim – Sirius abriu um sorriso enorme – Eu desejo te enforcar, te esfaquear... Alias a cozinha me da varias idéias diferentes de como livrar o mundo de você.

- Poxa Lene, assim você magoa meu pobre coração. E fora isso eu tenho certeza que vamos ter coisas mais interessantes para fazer na cozinha.

- E se você não para de falar besteira eu cedo ao desejo de te matar aqui mesmo – Ela saiu debaixo da capa e a estendeu sobre Sirius – E qualquer movimento em falso eu garanto que de deixo sem herdeiros.

- Eu não sabia que você não pretendia ter filhos – Marlene lhe mandou um olhar assassino – Era brincadeirinha.

Ouviu-a resmungar qualquer coisa enquanto passava o braço pela cintura dela para guiá-la até a cozinha. Pensava se Lene levava a sério as indiretas dele, afinal tudo era apenas uma brincadeira entre eles? Ela sempre disse que os marotos só serviam para amizade. Mas e se um dia ela aceitasse uma das indiretas? Sairia com ela e poria a amizade em risco? Tudo bem que ela era muito bonita e o fazia sentir-se estranho e feliz na presença dela. Isso seria o suficiente para por a amizade em risco?
Marlene também seguia perdida em seus pensamentos. Por que Sirius sempre tinha essas brincadeirinhas com ela? Nunca levara a serio nenhuma das indiretas dele, mas ultimamente elas vinham aumentando muito. Ele nunca perdia a oportunidade de soltar uma gracinha a ela. Será que deveria responder alguma vez para saber se era brincadeira ou não? E se não fosse, se ele realmente quisesse sair com ela. Ela aceitaria? E depois continuaria a amizade com ele? Porque um namoro com Sirius Black é algo impossível, todos os marotos tinham horror a compromisso. Se bem que Tiago tinha se apaixonado e provavelmente não queria sair apenas uma vez com Lily. E se Sirius também tivesse... Era melhor para com esses pensamentos impossíveis.

- Falta muito para a cozinha? – Perguntou Lene a Sirius que parecia estar e outro mundo – Sirius? – Tentou mais uma vez e nada – Alguém ai? – Vendo que ele não respondia deu um beslicão na mão que estava em sua cintura.

- Falou comigo? – Indagou ele olhando para a mão como se perguntasse o porquê dela estar doendo.

- Perguntei se falta muito para chegarmos à cozinha.

- Na verdade já chegamos – Disse ele enquanto fazia cócegas numa pêra.

Entraram num aposento enorme com quatro mesas que ficavam logo embaixo daquelas onde comiam no salão principal, vários armários espalhados pelas paredes e um fogão enorme num canto. Marlene começou a abrir e fechar todos os armários enquanto Sirius puxava uma cadeira e a observava ainda meio perdido em pensamentos.

- Aqui tem os ingredientes para fazer qualquer coisa – Começou ela – e vários livros de receita, acho que não vamos ter nenhum problema. Você sabe cozinhar?

- Claro! Você acha que existe alo que o ilustre Sirius Black não saiba fazer? – Sirius pareceu finalmente acordar dos seus pensamentos.

- Ótimo - Respondeu Lene que não parecia nada confiante sobre os talentos culinários de Sirius – Eu faço os salgados enquanto você faz os doces, quem acabar primeiro faz o bolo. Lembre-se se fazer tudo em grandes quantidades, todos os alunos vão estar na festa – Sirius assentiu – E nada de enfeitiçar os doces para fazer os Sonserinos ficarem roxos com bolinhas amarelas ou criarem asas ou dançarem can-can, certo?

(N/A: Eu não faço a menor idéia do que é servido numa festa de aniversario inglesa - ainda mais bruxa - e sou um desastre na cozinha, portanto não se assustem com o que aparecer).

- Você acha que eu faria uma coisa dessas? – Disse fazendo sua melhor cara de anjinho. Que foi devolvida com um revirar de olhos de Marlene

- Agora faça tudo que está nessa receita aqui – Deu um livro aberto com uma pagina marcada – Qualquer duvida me chame.


Sirius começou a ler a receita que exibia um doce de aparência muito saborosa que lembrava a uma bomba de chocolate e reparou que vinha escrito “oito poções” e como Lene havia dito que era para toda Hogwarts ele resolve aumentar “um pouco” as quantidades. Conjurou a maior panela que conseguia e começou a “tacar” os ingredientes. Cinco gemas de ovos, ele um desperdiço usar apenas as gemas e pôs quatro dúzias de ovos inteiros dentro da panela. Depois pedia 1 litro de leite, como precisava fazer em grande quantidade ele pos 20 litros de leite. Depois pedia uma xícara de açúcar. Ai começaram os problemas.

Sirius nunca tinha ouvido falar de xícaras de açúcar, conhecia as penas de açúcar, mas nenhuma xícara, então o jeito foi tacar cinco xícaras de porcelana dentro da panela. Depois vinham duas colheres de chá de fermento. Como também não tinha nenhuma colher feita de fermento ele pos cinco colheres, um saco de fermento e um saco de chá ao mesmo tempo. Tudo junto deveria dar o mesmo resultado. Seguiu a receita nesse estilo até o final e o resultado foi uma panela cheia de uma papa gosmenta com vários talheres e pedaços de porcelana e vidro. Resolveu chamar Lene para verificar se tinha feito tudo certo

Marlene estava parada ao lado do fogão que tinha uma enorme frigideira cheia de óleo fritando algo que parecia pedra, e um caldeirão gigantesco onde algo liquido e muito mal cheiroso borbulhava. Mas tinha seguido a receita corretamente ou ao menos era o que acreditava e as coisas deviam ficar melhores apos irem ao fogo igual à aula de poções.

- Acabei agora aqui diz que deve ficar 1 hora no forno.

Lene olhou para a panela de Sirius que parecia tão ruim quantos as suas e concluiu que melhoraria após uma hora no forno, se bem que não entendia porque havia talhares na massa, mas como nada no mundo bruxo fazia muito sentido resolveu por tudo assim mesmo.

- Pronto agora só temos que esperar uma hora para tirar isso do fogo e por o resto.

- Se nós aumentássemos a temperatura, ficaria pronto mais rápido e nós poderíamos colocar mais coisas no forno. – Sugeriu Sirius.

Marlene pareceu pesar a idéia, tinha lógica embora soubesse que as comidas demoravam um certo tempo para ficarem pronta, devia ser porque as pessoas gostavam de cozinhar. Como era a primeira vez que ela fazia isso, e não estava gostando muito da experiência decidiu que quanto mais rápido melhor e lançou um feitiço no forno.

- Agora que eu já cumpri a minha tarefa, que tal uma recompensa? – Pediu Sirius

- Sua recompensa será o sorriso no rosto do nosso amado diretor. – Respondeu Lene

- Poxa Lene eu estou aqui tão carente e você vai me negar um carinho? – Implorou fazendo carinha de cahorro-que-quabrou-a-patinha-quando-caiu-da-mudança-em-uma-poça-de-lama-no-meio-da-tepestade.

- Às vezes você realmente parece um cachorro Sirius. Disse enquanto sentava numa das mesas.

Sirius pos a cabeça nas penas dela e ela começou a mexer nos cabelos dele sem se dar conta do que estava fazendo.

- Você é muito má comigo Lene, tudo que eu te peço é o mínimo de carinho e atenção que um ser humano pode ter e você nega. – Disse Sirius simulando uma grande tristeza

- Esse seu mínimo de carinho inclui beijos e amassos ocasionais em armários de vassouras? – Lene perguntou ironicamente.

- Você pergunta isso como se fosse a pior coisa do mundo ficar num armário de vassoura comigo. – Contestou Sirius

- Claro que não Sirius. Tem piores – Respondeu Lene – Como ficar presa num armário de vassouras com o Snape.

- Me comparar ao Seboso narigudo foi a pior ofensa que alguém já me fez – falou Sirius num falso tom indignado – Acho que mereço um pedido de desculpas apropriado.
- E o que para você seria um pedido de desculpas apropriado? – Questionou ela ao perceber que Sirius tinha se levantado e estava se aproximando.

- Algo que me faça esquecer seu insulto – Disse enquanto ficava de pé em frente à mesa que Lene estava sentada e se aproximava dela lentamente, mas antes que seus lábios chegassem a roçar um estrondo enorme os interrompeu.

- O que foi isso? – Lene começou a perguntar porem antes de terminar foi interrompida por uma nuvem de fumaça fedorenta que vinha do fogão.

A frigideira começou a chiar e soltar cada vez mais fumaça, Sirius com a intenção de proteger Marlene, a jogou na parede mais próxima e se pos na frente dela. Com o susto ela levantou a cabeça deixando a boca novamente a milímetros da dele, quando os lábios estavam prestes a se encostar um enorme pedaço de algo que lembrava carvão foi cuspido pelo frigideira na direção deles e ambos rolaram no chão.

Na confusão Sirius ficou em cima de Marlene e esquecendo da frigideira assassina tentou um novo beijo, aproximou lentamente seus lábios dos dela e roçou levemente. Porem um pedaço de porcelana vindo sabe-se lá de onde acertou sem braço neste momento e foi obrigado a rolar com Lene para debaixo da mesa para se proteger do ataque de pedaços de porcelana e talheres assassinos que voavam do forno.

Após alguns minutos os objetos voadores pararam de atacar e ambos acharam seguro sair debaixo da mesa.

- Você está machucado – Disse Lene ao reparar o corte que o pedaço de porcelana havia feito no braço de Sirius. – Deixa que eu cuido disso.

Lene o levou até uma tigela com água que ela havia usado em uma das receitas e se pos a limpar o ferimento de Sirius, no final atou seu lenço de cabelo no local machucado e levantou o rosto parar dizer que amanhã estaria bom.

Ao fazer isso ficou a milímetros do rosto dele que estava abaixado observando-a cuidar dos ferimentos. Lene corou levemente ao notar a proximidade com o rosto dele e corou mais ainda ao perceber que ele pretendia beijá-la. Das outras vezes que isso aconteceu ela achou que fosse apenas um acidente. Agora tinha certeza que era intencional, antes que pudesse decidir o que fazer sentiu os lábios de Sirius sobre os dela e resolveu arriscar abrindo passagem para a língua dele. Mas como não era decididamente o dia de sorte deles uma grande explosão foi ouvida e uma gosma grudenta proveniente da única panela que ainda estava no fogo caiu exatamente em cima deles.

No mesmo momento uma enorme quantidade de elfos domésticos apareceu na cozinha e se puseram a falar ao mesmo tempo. Ate que um deles reparou no jovem casal melecado que estava presente.

- Senhor Sirius. Senhor Sirius o que aconteceu? Quem atacou vocês? – Guinchou o elfo que costumava atender os marotos nas suas visitas a cozinha.

- A comida – Respondeu Sirius.

- Vocês desejam algo da cozinha – Indagou o elfo aparentemente ignorando a resposta anterior.

- Na verdade – Começou Lene – Nós queríamos comida pra fazer uma festa.

- Uma festa – Interrompeu o elfo alegre – Melk adora festas, Melk pode ajudar, Melk poderia fazer a comida para vocês.
- O problema é que é uma festa surpresa – Comentou Sirius.

- Melk guarda segredo, Melk promete se jogar da torre de astronomia se contra para alguém da festa.

- Mas é muito trabalho para um elfo sozinho – Disse Lene

- Nenhum trabalho é grande demais para Melk – Respondeu o Elfo em um tom ofendido – Tudo que vocês pedirem o Melk faz.

Sirius então começou a explicar ao elfo o que precisava para a festa e o elfo parecia encantado com a enorme quantidade de comida para fazer. Enquanto isso Lene Sirius disfarçadamente pensando nos beijos que teriam dado se a comida assassina não os atacasse. Como seria a amizade deles agora que parecia que ele não estava brincando com as indiretas.

Sirius acabou de falar com Melk, e indicou a porta com a cabeça para Lene que aprecia estar em outro mundo. Sem dizer uma palavra pos à capa sobre os dois e notou o sobressalto que ela teve quando pos a mão na cintura dela para guiá-la. É claro que ela esta assustada com o numero de vezes que eu tentei beijá-la, onde eu estava com a cabeça. Agora ela vai achar que eu só quero me aproveitar dela... E seguiu essa linha de pensamento até a entrada da sala comunal da Corvinal.

- Apesar de tudo não se pode dizer que não foi um dia divertido – Disse Lene dando um beijo na bochecha dele e sumindo dentro da sala comunal.

Sirius passou um bom tempo olhando para o nada com a mão no local beijado. Até que um pensamento o assustou. Por que você esta parado com a mão ai que nem um imbecil. Parece até um idiota apaixonado. Considerou a idéia por meio segundo antes de balançar a cabeça e começar a andar. Marotos não se apaixonavam nunca. Tudo bem que Remo parecia um perfeito idiota na frente da Mellanie e Tiago tinha uma estranha obsessão pela Lily. Mas não estavam apaixonados. No dia que algum deles estivesse apaixonado ele abraçaria o Snape. Mas em todo caso sua situação com Lene não estava tão ruim afinal e com esse pensamento e uma estranha paz no coração ele rumou para a torre da Grifinória.


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N/A: *Autora batendo com o teclado no monitor* Olá. Essa semana eu passei por uma seria falta de inspiração para escrever qualquer coisa maior que meu nome. Faz mais de uma semana que eu tento começar uma nova fic e simplesmente não sai. Não consigo começar de jeito nenhum, sei como vai ser o final, mas não consigo imaginar o começo. Hoje por algum milagre esse capitulo saiu. Pelo menos o próximo é do meu casal preferido – Bichento e Madame No-r-r-a – Brincadeira! E o tão espero Tiago e Lily e provavelmente vai me dar mais vontade de escrever (ou não). Então até semana que vem com o próximo capitulo - Mãos a Obra – No Salão Principal (eu sei que eu não tenho criatividade nenhuma para nomes de capitulo ;)).

PS Agradecimetos a _LaLy_MiOnE_ , Luh Black, Mah Lupin
No proximo cap eu respondo os coments, pq hj eu to sem tempo e sem criatividade ;)

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