Voltei
Ela suspirou, tudo estava de volta, ou pior ela havia voltado. Sua tia a esperava e não parecia feliz.
Flashback
Tinha 4 anos
Vamos Merilin ----- falou a mulher puxado a menina, ela olhou para a pessoa que tinha lhe acompanhado, ela a olhou triste sabia qual seria o destino daquela criança e não seria fácil.
Chegando na casa conheceu os outros moradores, um homem muito gordo e com bigode, seu tio, um garotinho gordinho e um magricela que usava óculos.
Esses são Válter, seu tio, esse é meu filhinho Duda ------ falou sorrindo, então indicou o menino magro com óculos ------ esse é Harry, um órfão como vc.
Logo descobriu que dividiria seu quarto com Harry e esse ficava em baixo da escada, ele parecia ser legal e era mais velho que eu, tinha 7 anos.
Durante os poucos anos que passei naquela casa Harry se tornou mais que meu colega de quarto,tornou-se meu melhor amigo, dividíamos mais que uma cama debaixo da escada, dividíamos medos e esperanças, fantasias, era ele quem eu abraçava qdo tinha pesadelos e assim foi por 3 anos, quando eles me mandaram para longe, e naquele dia eu gritei e chorei, vendo aqueles homens me levando embora, para longe de meu único amigo, eu o ouvi gritar e correr atras do carro, enquanto eu chamava por ele, até que não mais o enxerguei.
Fim do Flashback
Seguimos em silêncio, voltando para aquele mesmo bairro, lembranças rondavam minha mente, logo tratei de bani-las, não era hora para sentir pena de mim mesma, chegávamos na casa. Entrei e minha tia indicou o quarto no andar de cima, achei estranho, mas logo vi um quarto cheio de coisas velhas e pior já era ocupado, por meu antigo amigo Harry, cerrei meus dentes e não disse nada.
Dividiram o quarto e nada de bagunça ------ nessa hora eu quis rir, o quarto pareci um deposito das coisas velhas de Duda -------- Coloquei a cama de armar se arrume e depois desça para me ajudar na cozinha. ----- então saiu
As coisas não mudam ----- resmunguei pra mim mesma, Harry sorriu, eu o ignorei, lá as coisas podiam ser a mesma, mas eu havia mudado e não era mais tola, nem tinha mas 7 anos e acreditava que meu amigo não me abandonaria, mas ele fizera e isso eu não podia perdoar.
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