Determinações...
Capítulo 6: Determinações do Futuro 1
Existem momentos em nossa vida que sentimos vontade de correr,nos esconder ou apenas deixar de respirar. Pode parecer estranho mas eu nunca me senti assim. Quando conversei a sós com Alvo Dumbledore tive uma visão diferente da Guerra,quando me lembrei das imagens de morte que tinham sido fundidas em minha mente tive raiva... Raiva de quem causou aquilo. Para mim antes a guerra era algo teórico e interessante. Mas agora posso ver crianças sendo levantadas no ar,os olhos assustados. Vi como eles,os seguidores de Voldmort,faziam para torturar trouxas e os chamados “Sangues-Ruins”. Meus olhos estão quentes e de muito distante eu sinto as lágrimas descerem por meu rosto.
Se eu estar viva quer dizer que o mundo bruxo e trouxa têm uma possibilidade de paz,vou lutar com todas as minhas forças para que aqueles que ameaçam essa paz sofram e morram assim como fizeram no passado.
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Chloe tentou por os pensamentos no lugar após ouvir uma breve explicação de Dumbledore para as imagens de Guerra e informações que apareciam com força em sua cabeça fazendo-a latejar dolorosamente.
_Certamente esse é um de seus poderes. Você deve saber com o que está lidando e sua própria mente sabe disso.
_Mas Professor... Eu não... Eu não tenho poderes além das habilidades normais de uma bruxa. _Alvo sorriu pousando as mãos em sua cabeça.
_Com o tempo vai entender do que falo._ Bufou impaciente. Odiava mistérios ou coisas que não sabia... Pior,odiava esperar!
_A respeito desse treinamento intensivo que terei de fazer. Como será isso? –Perguntou ansiosa.
_Não precisa ser tão apressada. Seu pai e Remo Lupin conversarão com você sobre isso.
_Posso contar a Daniel e Julieta. –Baixou os olhos ao lembrar desse fato.
_Receio que nesse momento eles já saibam. – Levantou o rosto assustada.
_Como?
_Seus amigos devem saber por que também receberam esse treinamento. – A expressão de Chloe se tornou dura. Dumbledore analisou aquele semblante decidido e soube que ela era muito mais do que demonstrara até aquele momento.
_Não quero envolvê-los nisso!
_Já estão envolvidos Chloe. Todos estão. Pense que precisará de aliados leais no futuro,acredita que possa ter melhores que Julieta e Daniel? - Eles eram seus amigos desde o início,jamais encontraria alguém como eles.
_Agora você deve descansar. Certo? – Alvo levantou-se caminhando até a saída. Chloe sabia que ainda tinha uma pergunta e não teve receios em fazê-la.
_Professor? O que é essa queimadura triangular em minhas costas? _ Os olhos de Dumbledore estavam escuros quando ele se virou.
_Honestamente,jamais vi nada parecido. Não precisa se alarmar Chloe,faremos pesquisas para descobrir. _Virou-se e saiu.
Ao ficar sozinha a garota deu-se conta de que estava com raiva,muita raiva mesmo. De Voldmort e da maldita queimadura nas costas que lhe provocava uma dor que jamais sentira. Tentou deitar-se de costas mas era impossível,por outro lado não conseguia se mexer.
Ao fechar os olhos deitada de bruços descobriu que uma das pessoas que mais queria ver naquele momento era John. Com uma dor muito maior do que a na queimadura constatou que jamais poderia namorá-lo. Não enquanto estivesse no treinamento,não enquanto não visse Voldmort cair. E foi com tristeza que constatou aquilo de que tinha mais medo. Estava apaixonada por John como nunca estivera por mais ninguém. E pela primeira vez desde que recebera a notícia chorou compulsivamente.
A Porta se abriu novamente dando passagem a uma moça de estatura média e de cabelos avermelhados,o rosto pálido e os olhos frios pela primeira vez demonstravam fraqueza. Do seu lado um rapaz mais alto que o normal de olhos muito claros lhe olhava com tanto carinho que o sentimento era quase tangível.
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Natalie pulou três degraus para chegar ao chão. Adorava fazer isso! Queria chegar à sala de Professor Snape o mais rápido possível. As aulas extras do professor eram muito boas. Ao olhar para o salão Comunal e não ver Logan soltou um palavrão baixinho. Porque ele tinha de estar sempre atrasado?!
Correu mais alguns minutos e impaciente subiu até o dormitório masculino. Ao abrir a porta viu o garoto sentado em uma escrivaninha, tinha o bico de pena nas mãos e terminava de enrolar um pergaminho.
_Da próxima vez que demorar para ficar sentado escrevendo vou arrancar os seus cabelos Logan! – Ele a olhou assustado e pulando da cadeira de forma tão brusca que caiu no chão ao lado mesa. Natalie riu histericamente.
_Quer parar com isso?
_Anda logo que estamos atrasados. Se quiser escrever poemas de amor faça-o em outra hora! – Disse mal humorada. Foi à vez de Logan rir.
_E você está morrendo de ciúme. – Natalie andou até ele dando-lhe um peteleco na orelha. _AI!
_Eu não sinto ciúme de você garoto idiota. Estou com raiva por que estou me atrasando por sua causa!
_Sabe Natalie,você é muito violenta. – Bufando a garota virou as costas e caminhou até a porta.
_Hei espera! Preciso te contar uma coisa.
_Desembucha.
_Eu estava escrevendo uma poção. – Natalie sorriu esquecendo-se da raiva que sentia.
_E precisa da minha ajuda para terminá-la? – Era sempre assim. Ele começava e ela terminava.
_Exatamente.
_Ótimo. _ Natalie saltitou até a porta trancando-a e em seguida jogando-se na cama. _Manda!
Logan jogou o pergaminho em suas mãos e caminhou até a cama jogando-se ao seu lado.
_Espera aí, é uma poção revigorante? – Perguntou decepcionada.
_Não! É uma poção de regeneração. Ou seja, faz com que o corpo ferido se cure. _ Natalie riu animada com a inteligência do amigo.
_Mas ela já está pronta. Afinal,como conseguiu a raiz Lactinuss?
_Foi um homem lá perto do abrigo querendo um sutiã da sua mãe, e em troca eu pedi isso.
_Pra que um sutiã?
_Ele deve ser viado! – Constatou Logan tragicamente.
_Não seja preconceituoso Logan. Voltando ao que importa, se ela já está pronta pra que você quer a minha ajuda?
_Porque eu quero aumentar o poder dela. Assim como fiz ela serve depois que a pessoa se machuca. Mas quero que ela sirva para que o bruxo tome antes e fique imune por um determinado tempo. _Natalie sorriu amostrando os dentes brancos.
_Acho que posso fazer isso. Mas preciso passar na ala de herbologia da biblioteca.
_Temos o dia inteiro livre._Disse Logan.
_Sabe, ás vezes eu me surpreendo com você. – Natalie se inclinou sobre ele beijando seu rosto e em seguida pulou da cama indo até a porta. Logan pôs a mão sobre a bochecha direita onde ela havia encostado os lábios.
_Uau! – Sussurrou.
_Como é que é? Não vem não?
_Já... Já to indo.
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O Silêncio era uma verdadeira merda! Pensou Chloe observando os amigos sentados na beirada da cama. Afinal de contas havia muitas coisas a ser discutidas e não ajudava muito Julieta e Daniel a olharem com pena!
_Parem de me olhar assim! – Resmungou abaixando a cabeça. Então antes que ela pudesse impedir Daniel e Julieta atiraram-se sobre ela. Nunca pensara que um abraço poderia ser tão revigorante.
_Eu sinto tanto Chloe... – Disse Julieta com os olhos úmidos.
_Não sinta... Por favor. – Respondeu com um fio de voz que ainda lhe restava.
_Não importa certo? – Daniel afastou os cabelos de seu rosto e segurando seus braços disse firmemente. _Nós estamos com você Chloe. Sabe disso não sabe?
O olhar que Daniel lhe passava era de extrema força e Julieta reforçava as palavras do amigo com um sorriso controlado. Chloe se emocionou ao constatar que não estava sozinha. Sempre fora o tipo de pessoa que preferia enfrentar os problemas sozinha,não gostava de pedir ajuda pois sempre tivera a intuição de que podia resolver tudo. Mas ali,naquele momento, sentiu que precisava sim daqueles dois. E isso a deixava feliz!
_Eu amo vocês.
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Julieta observou a chuva cair na noite fria que se aproximava. O dia fora tão lindo e agora o tempo mudara totalmente. Exatamente como os acontecimentos. Amanhecera feliz,tivera um dos melhores dias de sua vida junto a Arthur... Para depois tudo acabar em um segundo.
Batidas insistentes na porta a trouxeram de volta ao mundo real. _ Pode entrar. _Disse sem tirar o olhar da floresta negra.
_Estamos sendo chamados para conversar com Lupin. _Julieta pode ver o reflexo de Daniel pela longa janela de vidro. Não queria vê-lo naquele momento. Estava vulnerável demais.
_Estou indo. – Sussurrou esperando que ele saísse. Mas Daniel caminhou até onde ela estava e hesitante pois as mãos sobre seus ombros. Julieta fechou os olhos deixando a cabeça cair sobre o ombro esquerdo e inevitavelmente tocando os dedos de Daniel com o queixo.
_Eu sei que nós temos os nossos problemas Ju. Mas isso não quer dizer que eu não estou aqui...Pra você. – Ela sorriu com o canto da boca.
_Eu sei.
_Não... Não sabe. – Ele a virou para que pudesse ver melhor seu rosto. Daniel nunca pensara ver algo tão belo quanto via naquele momento. Julieta tinha os cabelos muito longos que chegavam a abaixo de sua cintura. Sem poder se controlar deslizou as mãos pelos cabelos avermelhados da amiga.
Ela mesma não sabia o que estava acontecendo. Porque Daniel estaria sendo carinhoso com ela? Ele nunca fora antes... Não importava o motivo. Porque naquele momento Julieta vislumbrou algo por trás das brigas infindáveis que tinham. E mesmo sem querer o nome de Arthur brotou em sua mente.
_Você não sabe o quanto eu me importo Ju. – Daniel estava completamente alheio ao mundo real. Lembrou de Arthur Malfoy, e de como Julieta estava feliz junto a ele pela manhã. Retirou as mãos da amiga dando um passo para trás. _Você saiu com o Malfoy. Posso saber o que faziam juntos?
Julieta tentava voltar ao normal depois do momento intenso que acabara de viver. Mas ao ouvir as palavras frias que vinham de Daniel notou que tudo voltava ao normal. Ele grosso, ela radical.
_Não é do seu interesse. Acho melhor descermos. _Passou por ele e desceu rapidamente as escadas do dormitório sem esperá-lo. Na verdade estava apavorada.
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_Chloe? – Escutou alguém a chamando e não pode deixar de reconhecer a voz. Mesmo na escuridão em que a Enfermaria se encontrava podia sentir o perfume dele.
_John? O que está fazendo aqui? – Perguntou falsamente aborrecida.
_Talvez pelo fato da minha namorada estar na ala hospitalar da Escola. – Os dois sorriram simultaneamente. _O que aconteceu Chloe?
A luz da varinha de John acendeu iluminando seu rosto. Dois meses de namoro,e ela estava totalmente perdida nele e em tudo que ele representava. Fechou os olhos tentando respirar. Como queria poder contar a verdade a ele. Mas agora sabia que seu futuro estava guardado para algo muito maior do que uma vida normal. Tentou gravar o rosto dele naquele momento,cada parte daquele rosto. O primeiro garoto por quem se apaixonara...
_John. Nós precisamos conversar. _ O garoto sentou ao seu lado olhando-a preocupado.
_Pode falar.
_Eu precisarei ir estudar em outro lugar._Os olhos dele transmitiram um brilho diferente.
_E por isso quer terminar o nosso namoro. _Constatou.
_S...Sim. _Nunca fora tão difícil dizer algo.
_Sabe Chloe. Eu sempre usei as garotas como coisas descartáveis e tive todas as que eu quis. Irônico que a única por quem eu realmente me apaixonei não possa ser minha. _Chloe rangeu os dentes tentando evitar as lágrimas.
_Eu também estou apaixonada por você John. Mas eu preciso fazer algo agora,e nos planos não estão relacionamentos amorosos.
_Entendo... – Chloe viu ele levantar e podia ler em seu rosto a decepção.
_Droga John! Eu queria muito ficar com você. Mas eu... Não posso. Não agora... _As lágrimas escorriam livremente por seu rosto. John voltou puxando-a pelos braços e beijando-a. Foi um beijo diferente de todos os que tinham trocado antes. Era exigente e rebelde. Chloe estava literalmente queimando.
Separaram-se por alguns minutos e John voltou a beijá-la. Dessa vez ela soube que o beijo foi um silencioso adeus.
Continua...
N/A: A meu ver um capítulo triste. Fiquei com pena da Chloe tendo de desistir do amor juvenil. E Daniel e Julieta? Sem comentários. Natalie e Logan são meus amores eternos,hilários,todos dois.
N/A2: Por favor falem o que acham, sobre suas dúvidas... Não tem problema. E não deixem de comentar... Só posto se tiver comentários.
N/A3: Para quem está em dúvida sobre Arthur e Julieta basta saber que eles não sabem sobre seu parentesco ok?! Não vou falar mais nada porque é segredo oras...
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