Mais um ano que se vai



Todos ouviam a historia dele com muita atenção, ninguém sequer piscava e quando ele terminou dumbledore falou.

“É realmente uma pena que eu não tenha visto a demonstração de seus poderes Harry”.

“Eu também queria ter visto” concordou Gina.

“É mesmo” falaram Rony e Mione.

“Mas o que me deixa intrigado Harry é que, quando você nos contou os detalhes da batalha, você disse que Voldemort atingiu você duas vezes com um avada Kedrava e você não morreu, mas como?” perguntou Dumbledore.

“Bom professor, eu posso ter o Dom do poder infinito, mas eu continuo sendo uma pessoa mortal, eu posso morrer assim como vocês a não ser que eu esteja usando a armadura do dragão, com ela eu sou imortal ou quase” disse ele.

“Como quase?” perguntou Gina.

“Só existe um meio de eu morrer quando eu estiver usando a armadura do dragão”.

“E?” perguntou rony levantando uma sobrancelha.

“Eu tenho que ser derrotado por alguém usando a armadura do dragão negro” disse ele.

“Ah não” disse Gina temerosa.

“Acalma-se Gina” disse Harry.

“Algum problema?” perguntou Dumbledore calmo.

“É que nós acabamos de saber que o coração do dragão negro sumiu de Atlântida professor” disse Mione.

“Isso é um problema” disse ele sem perder a calma.


“Não se preocupe professor” disse Harry.

“Pelo visto você sabe de alguma coisa Harry” disse o bruxo com aquele velho sorriso confiante.

“Voldemort nunca vai conseguir liberar todos os poderes do coração negro, ele não tem o Dom como eu, o Maximo que ele vai conseguir e libertar a armadura do dragão negro, algo que ninguém pode impedir, nem mesmo eu, mas mesmo com a armadura, os poderes dele não irão se igualar aos meus, embora deva dizer que a batalha final vai ser bem mais interessante agora” disse ele.

“Isso quer dizer que novamente nós voltamos à estaca zero” disse Rony.

“Por que Sr. Weasley?” perguntou Dumbledore.

“Ora! Harry podia derrotar Voldemort com a armadura sem medo de morrer, ou seja, ele sairia o vencedor não importando o que Voldemort fizesse, mas agora que ele tem o coração do dragão negro e apartir desse conseguira a armadura negra, ele poderá ainda matar Harry”.

“Sim isso é verdade, mas esta se esquecendo que Harry pode elevar o poder dele até o infinito o que lhe da mais uma vez a vantagem sobre Tom” disse ele sorrindo e Rony teve que concordar.

“Bom pelo menos temos ainda algum tempo para curtir antes que Voldemort consiga controlar os seus poderes, certo?” perguntou Gina.

“Com certeza Srta. Weasley, Tom ainda vai demorar muito para ter a armadura negra” disse Dumbledore.

“Bom professor, se nós já terminamos, eu gostaria de ir, tenho certos assuntos a resolver com uma ruiva” disse ele olhando para gina com um sorriso maroto.

“Sim Harry, mas gostaria que nos demonstrasse um pouco de seus poderes, poderia?” perguntou o velho bruxo.

“Sinto muito professor, adoraria mostrar para o senhor, mas aqui é muito perigoso, tem todos os alunos e professor, quem sabe um outro dia em um lugar onde não haja ninguém além do senhor” disse ele.

“Eu entendo Harry, obrigado do mesmo jeito, só gostaria que me respondesse uma ultima pergunta” disse ele antes que Harry se levantasse.

“E qual é professor?” perguntou ele.

“Você pode ressuscitar todo mundo ou só aqueles que morreram recentemente?” disse o bruxo.

“Posso ressuscitar todos aqueles cujo meu coração mandar professor” disse ele, sabia onde o professor queria chegar “E sim, eu pretendo trazer os meus pais de volta assim que completar os meus 17 anos e ninguém ira me fazer mudar de idéia” disse antes que dumbledore fizesse a pergunta e surpreendendo a todos.

“Não ia nem tentar Harry, quero que saiba que apoio totalmente a sua idéia, seus pais seria de grande ajuda para nós na Ordem além de um conforto a mais para você e seus amigos” disse dumbledore deixando Harry surpreso também.

“Obrigado professor, mas achei que seria contra minha decisão de trazê-los de volta, afinal o senhor sempre disse que o que está feito está feito e não podemos voltar atrás” disse Harry.

“É verdade Harry, mas no seu caso é preciso, durante 16 anos você foi à pessoa que mais sofreu com o assedio de Voldemort, ele fez de tudo para torná-lo a pessoa mais infeliz deste mundo, mas não conseguiu, em partes, está certo que ele lhe privou de muitas coisas, mas você sempre as superou como a morte de Sirius, foi dureza para você, mas logo você redescobriu a vida ao deixar que certa ruivinha lhe roubasse os pensamentos” disse dumbledore o que deixou gina vermelha.

“Que bom que me entende professor” disse ele antes de sair, tinha conseguido o apoio de Dumbledore.

“Você realmente pretende trazer seus pais de volta Harry?” perguntou Mione.

“Sim Mione eu pretendo e como eu já disse, nada e nem niguem ira me impedir de fazer isso” disse ele sorrindo.

Os meses passaram voando, Grifinoria ganhou a taça de quadribol após um curto jogo com a Sonserina, o jogo não demorou mais que dois minutos e Harry já havia capturado o pomo, não fora um jogo digno de Grifinoria e Sonserina, mas Harry tinha seguido o pomo desde o momento em que madame Hocch o soltara até o momento em que ele estava seguro em sua mão, não deu tempo nem dos times esquentarem em campo e logo soou o apito da juíza indicando que o time do moreno havia ganhado jogo e a taça de quadribol, Harry sentiu novamente a sensação de ter a taça nas mãos, era muito bom, realmente era.

Nos dois últimos dias de aula, tudo estava em paz, todos os casais de Hogwarts, incluindo Harry, Gina, Rony e Mione estavam se divertindo na orla oposta do lago, eles olhavam a lula-gigante mexendo seus imensos tentáculos preguiçosamente enquanto namoravam, mas havia uma pessoa ali que não estava feliz.

“Qual o problema Parvatti?” perguntou Harry se aproximando da garota.

“Draco...” ela chorava e segurava algo prensado contra o peito.

“O que é isso?” insistiu ele pegando a mão da garota.

Ele olhou para aquela mecha de cabelos loiros, havia algo neles... Sangue será que...

“Parvatti, onde consegui isso?” perguntou ele olhando-a nos olhos.

“Estava na minha cama quando vocês voltaram de Atlântida” disse ela.
“Vocês acham que...” começou Gina.

“Não diga isso” terminou Harry “Eu vou achá-lo Parvatti, juro por Merlin que vou achar o Malfoy onde quer que ele esteja” disse Harry, sairia atrás do amigo assim que completasse 17 anos, não queria quebrar as leis da magia, já tinha trabalho demais com o ministério.

“Obrigada Harry, muito obrigada” disse ela com lagrimas nos olhos jogando-se nos braços dele, Gina ficou com um pouco de ciúme, mas nada fez já que aquela não era a situação perfeita para se ter ciúmes.

Logo o ultimo dia do ano letivo chegou e todos já estavam prontos para irem embora, iriam partir as 13h00min.

Na hora do almoço todos conversavam e riam, mas calaram-se ao verem que Dumbledore estava de pé.

“Mais um ano se passou” disse Dumbledore alegremente “E preciso incomodar vocês com a falação asmática de um velho antes de cairmos de boca nesse delicioso banquete, e que ano tivemos, novamente espero que suas cabeças estejam um pouco menos ocas do que antes... Vocês têm o verão inteiro para esvaziá-las muito bem, antes do próximo ano letivo...” e assim continuou o discurso dele e logo a taça das casas foi entregue novamente a Grifinoria, graças aos pontos somados pelo time de quadribol além de outros, mas Harry sentiu que nada mais estragaria aquele ano.

Eles embarcaram no trem mais uma vez, Harry e Gina sentara-se na ultima cabine do ultimo vagão do trem, Mione e Rony tinham que fazer as funções de monitores e assim demorariam a chegar, o que deu tempo aos outros dois para darem uns amassos bem dados.

“Qual o problema cara?” perguntou Rony depois que havia chegado da ronda.

“Estava pensando no ano que vem” disse ele abraçado a Gina.

“O que tem?” perguntaram os outros três.

“Muita coisa vai mudar” disse ele sorrindo.

“Espero que sim, estou louco para conhecer seus pais cara, espero que leve agente junto” disse o ruivo.

“A única coisa que não vai mudar de jeito nenhum Rony, é a nossa amizade, disso você pode ter certeza” disse ele sorrindo.

“É isso ai” concordou o ruivo.

“E o que mais que não vai mudar Sr. Potter?” perguntou Gina brincando.

“Meu amor por você ruiva” disse ele roçando o nariz dele no dela.
“Ainda bem” concordou ela antes de beijá-lo.

Eles foram nesse mesmo ritmo, entre conversas e beijos, até que desembarcaram na plataforma e foram recebidos por todos, inclusive Percy, ninguém sabia o que estava acontecendo ali, mas pela cara dos gêmeos, a choradeira da Sra. Weasley e a força que Gui estava fazendo para segurar o Sr. Weasley, coisa boa não era.

“O que ‘aquele idiota’ faz aqui?” perguntou Rony também indignado.

Harry estava pronto para tudo, tinha uma péssima impressão sobre aquela visita de Percy e apertou mais a mão de Gina.

“Olá” cumprimentou Gina “Perdemos alguma coisa?”.

A Sra. Weasley abraçou a todos ao mesmo tempo em que chorava mais ainda. Harry e Rony a seguravam pelos cotovelos, mas a afastaram quando Percy se aproximou. O Sr. Weasley pronunciou algo como “não se atreva” antes de Gui segura-lo para que não agredisse o filho.

“Vim aqui para isso e não sairei até terminar” disse Percy aproximando-se de Gina. Encarou Harry de cima a baixo e dirigiu-se à irmã “Vim impedir que continue esse seu ‘namorico’ com ele Gina” disse ele frizando a palavra namorico.

“Cale a boca, Percy!” Gritaram os gêmeos. “Não vamos nos importar de azarar você, é só Harry ou Gina pedirem que você vai voar uns bons metros”.

Mas Percy não deu atenção.

“Gina entendo que você goste dele porque ele é famoso e já salvou sua vida uma vez, mas ele é perigoso, uma garotinha inocente como você não pode se envolver com esse tipo de pessoa”.

Harry não sabia como sua mão ainda não fora quebrada, doía muito, mas muito mesmo, nunca imaginara que Gina tivesse tanta força, a menina apertava sua mão e Harry sabia que estava se controlando para não pular no pescoço de Percy, apenas não sabia quanto tempo mais ela resistiria à tentação, ou mesmo ele.

“Você realmente pensa que pode controlar minha vida?!” começou, Gina explodira, Harry sabia que agora não pararia mais “Nem sabe lavar a própria roupa e acha que tem algum direito sobre mim? Quem você pensa que é?”.

“Sou seu irmão e ELE é perigoso Gina, me escute”.

“EU NÃO POSSO ACREDITAR NISSO! PUXA VIDA, PERCY, QUAL É O SEU PROBLEMA? VOCÊ CONHECE O HARRY! PORQUE ESTÁ FAZENDO ISSO?” Gina quase explodia de indignação.

“Por nós, pela nossa família”.

“Você abandonou nossa família está lembrado?” Ironizou Fred.

“Cale a boca Jorge” disse Percy.

“Aquele era o Fred” disse Gina.

“Tanto faz, são dois idiotas que acham que vão conseguir vencer na vida vendendo logros”.

“Pelo menos eles não estão se importando com poder ou status” disse Rony “Aliás, a única coisa que você tem feito nesses últimos tempos. Acha mesmo que puxando o saco de um ministro idiota vai conseguir poder?”.

“Cheguei mais alto que qualquer outro desta família” Harry viu o Sr. Weasley quase dar um salto, mas Gui o segurou.

“E a que custo?” Perguntou Hermione “Perdeu família, amigos, segurança”.

“Tudo tem um preço” disse ele.

“AGORA JÁ CHEGA” desta vez quem explodira fora Harry “Sra. Weasley, a senhora poderá me odiar depois disso, mas não permitirei que este desgraçado diga estas coisas da única família que eu tive em 17 anos, diga mais uma palavra Percy e não terei escolha a não ser atacá-lo” disse Harry, a aura branca voltava a aparecer, ele não havia perdido o controle dos poderes, sabia quem deveria atacar e quanto de poder usar para atacar somente Percy.

“Quem você pensa que é para ameaçar o secretario do ministro?” disse ele com ar superior.

“Eu sou Harry James Potter, guardião do coração do dragão branco e noivo de Virginia Molly Weasley e se não se retirar da nossa frente, irá se arrepender” disse ele.

“Quero só ver” disse Percy sacando a varinha e gritando “IMPEDIMENTA” e um raio vermelho saiu de sua varinha.

“Não me faça rir, seu feitiço não pariria nem uma mosca” e dizendo isso Harry colocou a mão na frente do feitiço que se transformou em uma bela rosa vermelha que ele entregou a Gina.

“Como você fez isso?” ele estava estupefato, era uma distancia muito curta para ele fazer o que tinha feito, era o que Percy pensava, mas para Harry e para os outros não passava de mais um simples feitiço.

“Eu posso fazer o que eu quiser Percy e sabe, eu estava pensando em ajudar o ministério da magia em tudo que eles me pedissem, mas se eles tem em seus cargos superiores alguém como você, melhor eu ficar de fora” disse ele.
“Vai se arrepender... ESTUPEFAÇA” gritou a pleno pulmões, mas com um gesto da mão de Harry o feitiço se voltou contra ele, mas muito mais rápido e forte, atingindo-o no peito o que o fez voar até o pilar mais próximo e cair desacordado.

“Desculpe-me Sra. Weasley” pediu Harry ajudando Rony a levantar a mãe.

“Não há o que desculpar Harry, você e Gina já são grandes demais para saberem o que querem e alguém que fez o que ele fez, não tem o direito de interferir, a partir de hoje eu não considero mais ele como meu filho, eu ainda tinha esperanças que ele entendesse, mas pelo jeito não há mais volta” disse a matriarca dos Weasley.

“Você esta bem Molly?” perguntou o Sr. Weasley segurando-a.

“Estou sim Arthur, só queria ir para casa” disse ela.

Eles atravessaram a barreira e deram de cara com os pais de Mione e os tios de Harry.

“Senhor e senhora Weasley, antes de irem eu gostaria de dizer uma coisa, posso?” perguntou o moreno tímido, Mione que tinha ido abraçar os pais voltou a sua atenção para ele.

“Claro Harry” disse o bruxo.

“Eu gostaria que permitissem que eu me casasse com Gina no mês de agosto?” ele disse de forma direta e rápida.

Os Weasley’s estavam perplexos, menos Gina.

“Quer se casar com Gina?” a Sra. Weasley repetiu a pergunta.

“Sim senhora“ disse novamente.

Os pais de Gina refletiram um pouco, ficaram sérios e depois disseram.

“Vocês se amam de verdade?”.

“Sim” disseram os dois juntos.

“Então sim, vocês podem se casar” disseram o que deixou Harry e Gina com sorrisos belíssimos antes de beijarem.

“Não se preocupe com nada Harry, nós preparemos tudo enquanto você estiver na casa de seus tios” completou a Sra. Weasley muito feliz.

“Obrigado” agradeceu ele antes de dar um ultimo beijo em Gina, cumprimentar todos e sair com seus tios para que prometia ser um verão muito melhor que os outros.

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