O Fim



Cap. 19 – O Fim



Harry sentiu seu sangue ferver e um imenso ódio tomar conta de todo o seu coração e sua mente. Levantou a varinha e apontou para Voldemort, este fez o mesmo, apontando sua varinha para Harry. Então um raio verde saiu da ponta de cada varinha ao som de duas vozes gritando “Avada Kedrava”.

- HARRY, NÃO! – gritou Dumbledore, soltando Lílian.

Mas de nada adiantou chamar; os dois raios se encontraram entre os dois bruxos. Uma enorme explosão barulhenta de raios verdes aconteceu. Lílian correu até o corpo de Severo e o abraçou, na esperança de conseguir protegê-lo da explosão e se sentir protegida. Apertou-o fortemente para não serem levados.

Logo a explosão acabou, e a fumaça abaixou. O Salão Principal parecia campo de guerra: mesas e cadeiras todas viradas e quebradas, vidros também quebrados, muitas pessoas com arranhões e sujos. Agora todos estavam acordados.

Todos os olhares confusos caíram sobre Harry e Voldemort. Os dois estavam caídos e desacordados. Dumbledore e Kurthney estavam encolhidos num canto. Foi só então que viram Lílian debruçada sobre um corpo, chorando baixo, indiferente às coisas a sua volta. Os alunos e professores que observavam, perceberam, então de quem era o corpo.

Apesar a aversão que os outros sentiam por Lílian e Severo por eles serem do jeito que eram, sentiram um enorme pesar. Alguns chegaram a deixar que lágrimas escapassem, mas mais pela tristeza da cena como um todo do que pelo próprio professor.

Dumbledore ordenou que todos permanecessem em seus lugares e em silêncio. Então ergueu-se e foi até Harry.

- Harry, acorde. – Instantaneamente o garoto acordou. – Sente-se bem?

- Dumbledore? Eu… consegui?

- Tom, acorde – ordenou Dumbledore para o outro bruxo, que, também, acordou instantaneamente.

- Dumbledore… o que aconteceu?

Todos começaram a cochichar, curiosos. A voz de Voldemort estava diferente, assim como seu rosto e o corpo mudaram totalmente. Ele estava muito velho, era baixinho e um tanto gordo. Apenas o olhar parecia ser o mesmo. Harry já não entendia mais nada; Lílian, que agora olhava para o estranho homem, pareceu compreender o que acontecia.

- Silêncio! – gritou Dumbledore e todos ficaram quietos no mesmo instante. – Que bom que está de volta, Tom Riddle.

- C-como assim? Ele… ele se foi? Estou livre?

- Sim, Tom, mas lamento que isso só tenha acontecido agora. Harry tinha que conseguir por si só, eu não tinha permissão para falar-lhe nada.

- Compreendo, Dumbledore. E agradeço.

Todos pareciam mais intrigados ainda. Lílian podia imaginar o que estava acontecendo, mas não podia acreditar. Já Minerva McGonagall sorria jovialmente.

- Professor, por favor, o que está acontecendo? – perguntou Harry impaciente.

- Calma, Harry, acho que todos aqui querem uma explicação.

- Professor Dumbledore, será que eu posso…

- À vontade, Tom – respondeu o velho sorrindo levemente.

O não mais Voldemort levantou-se, limpando as vestes. Foi até um lugar onde pudesse ser visto por todos os presentes, limpou a garganta com um pigarrear, olhou para Lílian tristemente, então começou com o discurso.

Contou sobre sua época na escola, quando estava no 2º ano. Até aquele tempo todos o viam como uma pessoa normal, um sonserino aplicado e calado. Tinha apenas um amigo, que morreu nas férias de Natal em um acidente. Agora estava sozinho, pois ninguém ligava para ele, nem seus pais, seus colegas ou professores.

Ele sentia um enorme desejo em ver o que havia dentro da Floresta Proibida. E justamente por ser proibida é que ele se sentia mais atraído. Foi então que decidiu quebrar as regras da escola. Saiu do castelo na calada da noite. Entrou na floresta. Não havia nada além de árvores, uma brisa gelada e o brilho da lua.

Foi então, depois de um bom tempo andando, que um vulto de aproximou. Um homem. Mas não de carne e osso. Era apenas uma imagem, uma luz. Era alguém com um ar obscuro e um tipo misterioso.

Subitamente, o tal vulto avançou para cima do garoto, penetrou em seu peito. Tom sentiu uma dor forte no coração e caiu. Antes de desmaiar, viu um rosto na sua frente, um garoto de cabelos pretos rebeldes, de óculos redondos e uma cicatriz em forma de raio na testa. Soube na mesma hora que seu destino estava nessa visão.

Quando acordou, já era dia. Sentiu-se estranho… sentiu sede de destruição e poder, sentiu a ambição correr pelo seu sangue. Sabia que seria um grande bruxo, devia ser temido. Um nome. Precisava de um nome que as pessoas temessem pronunciar, um nome que traduzisse tudo o que era e seria, tudo o que sentia. Um nome. Lord Voldemort.

Mas ainda não estava contente. Não podia fazer nada sozinho. Então, durante seus próximos anos na escola, reuniu seguidores. Mas esses seguidores tinham que satisfazer duas exigências: ser sonserino, e, consequentemente, puro-sangue. Os sangue-ruins tinham de ser eliminados do mundo.

- Bom, acho que o resto vocês sabem. Não irei pedir perdão, porque acho que se outro fosse escolhido para ser o Lord das Trevas, eu seria um de seus seguidores. Mas também não foi glorioso ser Voldemort, preferia ser eu mesmo, porque Voldemort não era ser humano, não tinha capacidade de amar, mas eu tenho, e amei uma pessoa mesmo com aquela alma que tomava conta de meu corpo. Agora estou liberto!

- Tom, eu esperava mais de você.

- Perdoe-me decepcioná-lo, Dumbledore, mas eu sou um sonserino.

- Há muitos sonserinos bons e honestos, Tom! – argumentou McGonagall.

- Há? Dê-me um exemplo, professora.

McGonagall sem resposta. Olhou para baixo e permaneceu quieta.

- Muito bem. E como eu ia dizendo, eu amei alguém. Lílian, ainda podemos ser reis, ainda mais agora que esse aí está morto. E você ainda é minha esposa.

- Não… Tom, eu não quero! Eu nunca te amei, eu amo Severo! – ela correu até ele e se ajoelhou aos seus pés. – Por favor, Tom, traga-o de volta! – gritava ela em meio a lágrimas.

- E por que eu faria isso? Acha mesmo que vou me suicidar pelo meu rival? Você não me conhece mesmo, Lílian.

- Por favor, Tom, pelo amor que sente por mim!

- Eu não te amo tanto a ponto de fazer uma coisa dessas. Lílian, meu amor, achei que fosse mais esperta.

Ela cerrou os punhos e fechou os olhos. Sentiu todo o ódio que podia correr por suas veias, um desejo ardente de matar aquele homem, mas não poderia, pois poderia estar destruindo a melhor forma de trazer Severo de volta. Então tentou se controlar. Levantou-se e se afastou um pouco, mas sem deixar de olhar fixamente nos olhos dele.

- Não parece que Voldemort se foi… você é idêntico a ele, a não ser por essa feiura que ele certamente não tinha. Você é um monstro, animal, cruel!

- Com tantos elogios assim, querida, vou acabar ficando envergonhado – respondeu ele sarcasticamente.

Nesse momento o lugar foi invadido por cerca de 30 aurores, incluindo todos aqueles que participavam da Ordem da Fênix.

- Riddle! Fique parado onde está! – gritou um auror indo à frente de todos. – Vamos, peguem-no!

Três aurores correram até o bruxo e o seguraram. Um quarto auror, Alastor Moody, se aproximou, sorrindo, e apontou a varinha para Tom Riddle. Ia pronunciando o nome da pior Maldição Imperdoável de todas, mas não pôde concluir, foi interrompido por um grito de Lílian.

- NÃO!

- O que foi? Acha que não devo matar seu querido marido? Sinto muito. Mas você terá tempo o suficiente para chorar a morte em Azkaban. Apenas aguarde.

- Não, não é isso! Se ele tem que morrer, que ao menos traga Severo de volta!

Moody olhou para ela intrigado. Olhou para o corpo de Snape estirado no chão. E depois passou os olhos pelo bruxo à sua frente. Voltou os olhos para Lílian, então abaixou a varinha.

- Explique, como ele pode trazer Snape de volta? Ele está morto, Roberts. Sinto muito, mas não há nada que se possa fazer. Agora, por favor, me deixe terminar meu serviço.

- Não, espera! Eu sei que é loucura, mas… – ela olhou para os lados, pensando se devia mesmo fazer aquilo. Era a única coisa que podia fazer sem mudar o rumo da história. – eu não sei se é certo… por favor, entendam, todos vocês, essa não era a hora de Severo morrer, eu sinto isso!

- O que pretende fazer, Roberts? Desembucha logo!

Ela estava apreensiva e trêmula. Esfregava suas mãos uma na outra, suava frio. Olhou para Dumbledore. Este estava sério. Depois olhou para o corpo de Severo. As lágrimas voltaram a derramar de seus olhos. Então voltou-se para o auror à sua frente e disse com determinação e coragem:

- Há um jeito ainda, Moody, um feitiço. Apenas um feitiço saiu da varinha de Tom Riddle depois de ter matado Severo: um Avada Kedrava, que não deu certo porque colidiu com um feitiço igual lançado por Harry Potter. Assim, por terem sido os dois últimos iguais e o último ter sido anulado, Riddle pode fazer o feitiço inversamente, dando sua vida pela de Severo.

- Você está maluca, Roberts? Isso é proibido! Se não quiserem te prender por ter sido esposa de Voldemort, irão prendê-la por isso E Snape está morto, você não pode mudar o destino dele. Você tem que aceitar e pronto. Se todos forem querem ressuscitar os mortos por quem sentem saudades, o mundo terá uma superlotação.

- Por favor, acredite em mim! Não era a hora dele! Não era! Ele tem muito o que fazer aqui. E eu preciso dele… o filho dele precisa dele…

Moody franziu a testa. E quando ia responder, Dumbledore interveio:

- Você está certo, Moody, mas entenda o lado dela. Está grávida! E não apenas ressuscitará alguém, substituirá. Eu não concordo com a morte de ninguém como punição, mas se Tom tem que morrer, que Severo viva.

Lílian ainda chorava. Sorriu abertamente para o velho professor.

Moody pareceu se interessar. Pensou por um momento, então perguntou:

- Há quanto tempo, mas ou menos, ele lançou os feitiços?

- Não sei… estou meio sem noção do tempo… acho que uma meia hora ou mais.

- Então está em tempo, ainda. Mas antes… a senhorita é a professora de Poções, não é?

- Sou.

- Que bom. Será que pode nos ceder Veritasserum? Seria ótimo arrancar algumas informações e confissões de Riddle antes.

- Não tenho certeza se tenho. Talvez em meu armário pessoal… eu vou buscar.

Enquanto Lílian não voltava, os outros cochichavam e faziam suposições por todo o salão. Ronald Weasley e Hermione Granger, os melhores amigos de Harry Potter, foram ajudar o amigo, que estava um pouco tonto.

Durante o caminho, Lílian não parou de chorar. Temia que seu plano não desse certo. Mas resolveu tirar esses pensamentos de sua cabeça. Mas quando ia entrar em seus aposentos, olhou para a porta do quarto de Severo. Lembrou-se de momentos com Severo, das noites de amor que passaram ali. Balançou a cabeça e entrou logo em seu quarto. Por sorte havia uma dose exata para adultos de Veritasserum. Voltou rapidamente para o Salão Comunal; não podia perder mais tempo.

Logo Tom Riddle estava tomando a poção e soltando informações. A localização dos Comensais, planos de dominar o mundo e até um cilada que preparara para alguns trouxas. E contava isso rindo.

Não esperaram o efeito da poção passar e já estavam ordenando que Tom fizesse o que pediu Lílian.

- Faça o que Lílian Roberts deseja!

- Nunca!

- Estou ordenando! – bradou Moody rudemente.

- E quem pensa que é para me ordenar alguma coisa?

- Sou um auror com uma varinha, enquanto você é um bruxo qualquer… e sem varinha – respondeu ele sarcasticamente.

Riddle fechou a cara e se recusou a colaborar com a própria morte. Lílian interveio.

- Por favor, Tom, por mim! – implorou ela se ajoelhando na frente dele, com os olhos muito vermelhos depois de tanto chorar.

- Por você? Você não vale nada, sua vadia!

- Tom, se me ama, ou amou, tanto quanto diz, então atende ao meu pedido!

Ele a fitou com ódio e desprezo. Sabia que de qualquer jeito morreria, mas não daria o prazer aos outros de ceder ao pedido de Lílian e deixar Snape viver. Seria algo humano demais para alguém como ele.

Todos na escola, principalmente os alunos, olhavam para aquela cena totalmente surpresos. Sempre diziam que o casal de professores não tinham coração, eram pessoas extremamente más. Mas agora podiam ver o quão humanos eram, ou podiam ser. A professora estava se humilhando pelo homem que amava, mas a verdadeira maldade, que era Tom Riddle, não queria ceder.

Depois de algum tempo de silêncio, olhares suplicantes de Lílian para Riddle e a torcida silenciosa da platéia, Riddle falou:

- Não posso, Lílian, Snape era meu rival, me traiu. Eu o matei por merecimento dele por ter me desafiado.

- Tom, o que eu tenho que fazer para que você se convença? Você não pode ser tão mau assim! Se você realmente me ama, Tom, então é porque resta um sentimento bom dentro de você!

Ele ficou a fitando… pensava seriamente em ceder ao pedido de Lílian.

- Por você… já que terei que morrer mesmo… Ao menos uma vez na vida vou fazer algo para lhe agradar.

Lílian não acreditava em seus próprios ouvidos. O sorriso radiante que ela abriu (e que apenas Severo conhecia) espantou a todos, que sempre a viam muito séria ou no máximo um sorriso cínico.

- Sério?! Você… vai mesmo… vai fazer isso?! Tom, eu não sei o que dizer… Obrigada!

As pessoas do salão mantinham a respiração presa e não piscavam que era para não perder nenhum detalhe. Então, à resposta de Tom, todos suspiraram aliviados.

- Sem nenhuma condição? – cochichou Harry ao ouvidos dos amigos Rony e Hermione.

Os aurores que seguravam Tom conduziram-no até próximo ao corpo de Snape e o soltaram, mas não deixaram de apontar suas varinhas para ele. Lílian também se aproximou. E antes que Tom fizesse qualquer coisa, Moody alertou Lílian pela última vez:

- Roberts, sabe o que pode acontecer, não sabe? Sabe quais podem ser as conseqüências?

- Sim, Moody, seu sei… infelizmente – respondeu Lílian desanimada. – Ele pode perder totalmente a memória, perder seus poderes de bruxo, ou até ficar com alguma deficiência física ou mental.

- Mas também pode vir perfeitamente normal – interveio Dumbledore. – Não percamos as esperanças.

- Não me importo com como ele virá, apenas o quero de volta.

- Então vamos logo com isso, antes que eu me arrependa – disse Tom ríspido.

- Obrigada, Tom. E adeus.

Ela não entendeu o porquê, mas sentiu um aperto no coração quando disse “adeus”. Seria por que talvez fosse sentir saudades? Isso nunca! Mas então… pena? Por que deveria sentir pena do maior assassino da história bruxa?

Ele pareceu nervoso, começou a suar. Então fechou os olhos para se concentrar. Abriu os braços, pedindo espaço. Pediu sua varinha, pegou-a e apontou para Lílian. Lílian fez o mesmo, apontou a varinha para Tom. Ela murmurou um feitiço; raios dourados saíram da ponta da varinha de Tom Riddle.

- Pronto, Tom, agora é a hora! – bradou Lílian.

Riddle respirou fundo, então gritou:

- AVAR-DEKA-DAVA!

Uma rajada luz branca muito intensa saiu da ponta da varinha de Riddle, acertando em cheio o peito de Severo, fazendo-o levitar. Seu corpo ficou suspenso no ar por quase um minuto, enquanto vários raios de luz o atravessavam. Uma ventania forte tomou conta do local. Riddle parecia fazer um esforço imenso para segurar a varinha firme em sua mão, estava empalidecendo, o suor escorria solto por sua face envelhecida pelo tempo.

Então a luz da varinha cessou; Snape voltou ao chão lentamente; Riddle caiu ajoelhado, muito exausto; Lílian não se importou com nada, apenas saiu correndo na direção de Severo, apoiou a cabeça dele em seu braço, passou a mão pelo seu rosto e chamou por seu nome.

Subitamente, Severo arregalou os olhos, no exato centésimo em que uma luz negra saiu do peito de Riddle, se espalhando em vários raios. Ele gritou e abriu os braços. Então essa luz também cessou. Riddle amoleceu e foi ao chão. Estava morto.

- Severo! Pode me ouvir?

- Li… Lílian… o…o que aconteceu? Eu não morri?

- Não, meu amor, você está vivo! – disse ela com os olhos cheios d’água e abrindo aquele sorriso magnífico.

- Isso… é bom – declarou Severo e desmaiou.

Ela olhou preocupada para Dumbledore, e este respondeu com um sorriso, deixando-a mais aliviada.



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Logo tudo foi esclarecido; todo o mundo festejava a morte de Tom Riddle – Voldemort (essa parte ninguém entendeu muito bem), e Harry Potter só ficou mais famoso ainda. Além disse, a história sobre Lílian Roberts e Severo Snape ficou muito conhecida, entre bruxos e trouxas.



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Severo acordou apenas três dias depois. Até ali já sabiam que totalmente, ao menos, sua memória não tinha sido afetada, e também não havia problema físico nenhum. Para saber o resto, tinha de espera que ele acordasse.

- Lílian! – gritou ele erguendo bruscamente seu tronco.

- Severo, finalmente! Você acordou!

- O que está acontecendo? Eu tive um sonho estranho…

- Calma, meu amor, deite aí, eu lhe explico tudo. Não foi um sonho.

Não demorou muito e Lílian já tinha resumido toda a história para Severo. Então ele pôde constatar que não havia sonhado.

- Lílian… obrigado…

- Não me agradeça, Severo, apenas viva para mim, não me deixe sozinha nunca mais! E… você se sente bem? Acha que veio perfeitamente bem?

- É… acho que sim. Mas há coisas que só saberemos com o tempo.

- Claro.

Madame Pomfrey se aproximou e deu um gritinho quando viu Severo acordado.

- Prof. Snape, graças a Merlim, está inteiro! Mas agora tem que descansar, volte a dormir.

- Não, eu me sinto bem, quero sair daqui.

- Nada disso, você fica.

- Mas…

- Fique, querido, depois nós conversamos – disse ela sorrindo amigavelmente e piscando para ele.

- Ah, claro – respondeu Severo entendendo o sentido da piscada.

Só à noite daquele dia é que Severo foi liberado. Ele e Lílian seguiram de mãos dadas até os aposentos dela. No que fecharam a porta, Severo abraçou Lílian e a beijou.

- Não, espera, Severo, precisamos mesmo conversar.

- Ah, não pode ficar para outra hora? Estou morrendo de vontade de…

- Não, Severo. Tem que ser agora.

- Tudo bem, então – disse ele a largando.

Os dois se sentaram nas habituais poltronas. Lílian pigarreou e começou:

- Bem… um dos argumentos que usei para que me permitissem insistir com Riddle para ele fazer o feitiço foi… que… eu queria que… que o pai… o pai do meu bebê estivesse presente na vida dele…

- Esperta você em, Lílian? Usar de um argumento desses… hehehe, muito boa idéia.

Mas ela continuou séria. Ele ficou intrigado.

- Por que essa cara, Lílian? Você… não está falando sério, está? Digo… você está grávida?

- Sim, Severo, eu estou.

Ele abria a boca para dizer algo, mas fechava, não sabia o que dizer. Não sabia se estava pronto para ser pai. A idéia lhe assustou um pouco. Mas Lílian sorria, seus olhos brilhavam. Então ele percebeu que ela estava feliz com a notícia. Ele deveria ficar também.

- Um filho, Lílian… nossa, eu não sei o que dizer… é estranho.

- Eu sei, meu amor, eu também fiquei estupefata quando soube. Mas pensando bem, eu quero sim ter esse filho, ele é fruto do nosso amor, Severo, é o que falta para a nossa história de amor estar completa!

- Claro, você tem razão.

Ele se levantou da poltrona, foi até Lílian, ergueu-a e a puxou para o centro do cômodo, então se ajoelhou, ainda pegando em suas mão, e disse:

- Lílian, você aceito se casar comigo?

Lílian não pôde acreditar no que ouvia. Sim, ela queria, mas perdeu completamente a fala. As lágrimas já rolavam soltas por seu rosto. E aquele sorriso que era só de Severo iluminou seu rosto.

- Sim, Severo, eu aceito!

Então os dois se beijaram apaixonadamente, com a certeza que dali por diante suas vidas seriam só alegria.



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Nota: êêêêêêêê!! A fic acabou!! Buá, fiquei tão triste quando eu terminei de escrevê-la… mas ficou fofa, né? Viu como o Sev não morreu de verdade? Bão… e esse capítulo ficou meio comprido assim devido àquele probleminha com o roteiro… hehehehe, tive que mudar algumas coisas. E não fiquem tristes, ainda vem o epílogo! E me desculpem pela demora de postar esse cap. Eu sei q prometi para quarta-feira, mas não deu tempo… b-jus e meu muito obrigada a quem comentou a fic! And comments, please!

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