Um Casal, Finalmente



Cap. 04 – Um Casal, Finalmente



No dia seguinte, Lílian e Severo desceram juntos para o café da manhã. Estavam demasiado animados, acordaram com idéias borbulhando. Mas como tudo que é bom dura pouco, sentiram o cheiro de encrenca ao avistarem Tiago Potter e Sirius Black vindo em sua direção.

- E aí, Ranhoso? Ei, Roberts, agora você já não é mais criança, não é mesmo?

- Não enche, Potter.

- Aê, calma! Já não vão começar. Só viemos lhe dar os parabéns.

- Obrigada. Agora que já deu, queira nos dar licença, sim?

- Só mais uma coisa… - disse Sirius. – Nós sentimos a falta de vocês dois nos Três Vassouras para uma Cerveja Amanteigada. Aonde estavam?

- Bem lembrado, Sirius. Aonde estavam?

- Não é da conta de vocês. Mas estávamos trabalhando, Potter. Agora nos deixem em paz. – disse Snape ríspido.

- Que lindos! Trabalhando, é? Em quê? Por acaso desenvolveram um novo remédio que evita a gravidez e ontem estavam testando?

Severo sentiu seu sangue ferver. Num salto, ficou defronte a Tiago, com sua varinha apontada para o mesmo. E abaixando o tom de voz, disse:

- Fique esperto, Potter, se não quiser ter uma morte precoce e dolorosa.

- Está me ameaçando? – perguntou ele desafiador.

- Não, eu estou prometendo!

- E o que pensa que vai fazer? Me envenenar com uma de suas ervas? Ou lançar em mim uma dessas magias negras que aprende? Ou quem sabe usará uma Maldição Imperdoável? Poisa saiba que não tenho medo de suas ameaças ou promessas, Ranhoso. Você não me mete medo!

- Pois comece a temer!

Lílian, que estava atrás de Snape, colocou as mãos nos ombros do mesmo e chamou por seu nome, num sussurro, mas foi ignorada.

- O que você tem com a minha vida, Potter? Por que não me deixa em paz? Eu não fiz nada à você!

- Você existe, Snape, e isso é o bastante. Sua presença me irrita!

- É mais fácil você parar de nos perseguir. E na verdade o que te irrita é o fato de saber que eu sou melhor do que você, que consigo tudo o que quero sem ter que pisar nos outros, sem humilhar ninguém, que tiro sempre 10 nas provas sem precisar da cola de amigos imprestáveis como os seus!

Antes de poder ouvir um protesto, Snape sentiu seu nariz sendo quebrado e uma Lílian gritando seu nome.

- Severo! Potter, seu desgraçado!

Snape caiu no chão, batendo a cabeça, e desmaiou.


- Lily?

- Sev, já acordou? Que bom!

Ele estava deitado em uma cama na Ala Hospitalar, e Lílian sentada em uma cadeira o seu lado. Ainda tinha Madame Pomfrey, que andava de um lado para o outro para conseguir atender a todos os alunos que foram infectados por um suco de abóbora estragado e tinham diarréia.

- O… o que aconteceu? – perguntou confuso.

- Não se lembra de nada, Sev?

- Só de que eu discuti com Potter… e meu nariz e cabeça estão doendo.

- Bom, você realmente o ofendeu. Então ele te deu um soco. Mas ele mereceu o que ouviu, Sev. Você só disse a verdade.

- Mas mesmo assim, eu não deveria ter discutido com ele. Eu agi como ele esperava. Acho que só faltou eu ter azarado ele…

- Esquece isso, Severo. Dumbledore disse que ia conversar com aqueles garotos e depois vinha conversar conosco.

Eles ficaram em silêncio, esperando Dumbledore. Até que o mesmo chegou.

- Olá, professor. Eu vou deixá-los a sós. – Lílian levantou-se, olhou para Severo com carinho, então saiu da enfermaria.

Dumbledore então assumiu a cadeira que antes era ocupada por Lílian.

- Professor, eu sei que não deveria ter revidado às provocações de Potter, mas ele vinha pedindo por isso há anos!

- Eu sei, Severo. Eu e Tiago já com versamos sobre isso, e ele prometeu parar de provocá-lo. Mais tarde ele vem aqui te visitar. Eu quero ver os dois fazendo as pazes. Não que tenham que virar amigos, mas um mínimo de respeito entre ambos é extremamente necessário para se ter um convívio de paz.

- Tudo bem… - respondeu o garoto com desânimo.

- Mudando de assunto… algum avanço depois de nossa última conversa?

Severo procurou Dumbledore há um tempo atrás para contar-lhe e pedir alguns conselhos quanto aos seus sentimentos para com a Lílian.

- Não, diretor. Faltou-me coragem… Eu tive a esperança de conseguir falar com ela lá no Vale, mas nada saía de minha boca.

- Calma, Severo, para tudo nessa vida há um momento. O de vocês irá chegar. E eu tenho certeza de que ela está com o mesmo “problema”.

- O senhor acha mesmo, professor? – Dumbledore concordou. – Então é melhor eu falar o quanto antes com ela… nesse Sábado, lá no Vale.

- Faça isso, criança. Tenho certeza de que há muito ela espera por esse momento. E torço para que tudo dê certo, entre vocês.

Severo só foi liberado na manhã seguinte, devido à tonturas que ainda sentia; a conversa com Dumbledore o havia deixado animado, e algo dentro dele dizia que conseguiria.



Sábado chegou. Como de costume, passaram em algumas lojas do vilarejo de Hogsmead para comprar alguns doces e materiais para seus experimentos (luvas, caldeirão, frascos, etc.), então rumaram ao Vale.

Lílian fazia seus experimentos, vez ou outra pedindo auxílio a Severo, enquanto o mesmo lia um livro sobre Artes das Trevas recostado à uma árvore próxima.

Na verdade, Snape fingia ler, não conseguia de jeito algum se concentrar na leitura. Seus pensamentos estavam presos naquela garota às margens do rio e nas palavras que iria dizer à ela.

- Lily?

- Sim, Sev?

- É… - ele se levantou w foi até ela. – Será que podemos… podemos conversar?

- Claro, Sev, pode falar. – disse ela sem tirar os olhos das suas poções.

- Não, eu preciso de sua total atenção. Deixe essas coisas aí e venha comigo.

Snape a puxou pela mão, e Lílian, que estava sentada, levantou meio desengonçada, derrubando suas coisas, e foi arrastada até o lugar onde Snape estivera sentado.

- Severo!, minhas poções!

- Sente-se aqui. – disse ignorando-a.

- O que foi? Severo, por que está falando assim comigo?

- Me desculpe, Lílian, mas eu não posso mais esperar. Eu preciso… preciso lhe falar logo.

- Então desembucha! Está me deixando nervosa!

- Calma, eu vou falar. Só não sei… por onde começo. – falou corando levemente e um tanto nervoso.

- Talvez deva começar pelo começo…

- Lílian… eu não consigo mais ser seu amigo. Eu… não posso. Estar sempre ao seu lado e não poder fazer nada me tortura… é horrível!

- Como assim? Severo, está me assustando. O que não pode fazer? Fala!, o que está havendo?

- O que eu sinto por você, é mais que amizade, é um bem querer, uma vontade de estar junto a todo momento, querer protegê-la, te ver sempre bem, abraçá-la… - então foi se aproximando, até que os lábios se tocaram.

Quanto tempo ficaram se beijando não sabem, Severo só se lembra da maravilhosa sensação de estar amando, e melhor: de ser amado. Lílian confesso-se apaixonada, também; os finalmente estavam namorando.

Logo todos perceberam; o casal não andava mais um ao lado do outro, e sim de mãos dadas. Trocavam rápidos beijinhos quando ninguém estava olhando. E tudo andava bem, apesar de Tiago Potter soltar uma piadinha ou outra, mas Dumbledore vez ele se calar.



Nota: Eu publiquei mais um capítulo... mas eu não publico mais se ninguém comentar! Pow... que graça tem vc colocar uma fic sem saber se alguém tá lendo e gostando? Nem que seja pra dizer q tá um lixo... COMENTEM, PELASE!!!!!!!

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