dez anos depois_*



É. Dez anos se passaram. Harry estava morando naquele mesmo apartamento. Ajudava na loja da Sra. Gammie aos sábados na loja. Harry havia terminado a faculdade de Direito, e abrira um escritório. Estava indo bem. Nunca mais tivera notícias de Rony, muito menos de Hermione. Sentia falta dos amigos, mas não queria arriscar colocar a vida deles em risco. Quanto a Voldemort...bom, se ele estava agindo era só no mundo mágico. Há anos não ouvia-se falar de algum sequestro estranho, ou morte suspeita. Harry estava pensando em visitar os Weasley, mas sabia que logo no dia seguinte teria a seguinte matéria no profeta diário: "Harry Potter sai das sombras". Podia visitar Hermione, ela morava com os pais trouxas, bem longe de qualquer vestígio dos bruxos. Mas a amiga com certeza diria a Rony que havia visto Harry, principalmente porque desconfiava de algum sentimento entre eles. De alguma forma, ignorara por todos aqueles anos que algum dia pisara em Hogwarts.
Foi ao seu quarto, abriu o armário e de lá tirou uma caixa fina, onde guardara sua varinha. Ainda lembrava dos feitiços, mas será que ainda conseguia executa-los? Harry apontou para a moeda em cima da cômoda e disse: Wingardium Leviosa. A moeda tremeu, mas não levitou. Harry se concentrou mais, Afinal, Hermione com onze anos fez esse feitiço na primeira tentativa, como ele com 27 anos, depois de 7 anos na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, sendo campião do torneio Tribuxo e ter derrotado Voldemort pelo menos três vezes, não conseguiria? Se concentrou mais e disse: "Wingardium Leviosa". A moeda levitou. Era uma sensação maravilhosa usar magica de novo. Harry ainda tinha sua Firebolt. Nunca mais voara, mas ainda sabia como era. Naquele momento bateu uma pontada de saudade em Harry. Sentia saudade de tudo aquilo e de alguém. Alguém que ele não podia dizer que amava, porque ele não entendia como começou a sentir aquilo. "Não",pensou, "Não vou por a vida dela em risco".
Harry foi ao seu escritório, teve um dia normal de trabalho. Voltou para casa tomou um banho e deitou-se no sofá. Resolveu arriscar. Pegou a varinha, a vassoura e aparatou em frente a Hogwarts. Estava igual a quando Harry a havia deixado. Não havia mudado nada. Harry subiu na vassoura e sentiu o vento bater em seu rosto. Há quanto tempo não tinha aquela sensação de liberdade. Voou até a janela da sala da Diretora Minerva, lá estava ela, sentada em sua mesa escrevendo alguma coisa. Voou até as janelas das salas de aula. Espantou-se ao ver quem se tornara professora de Transfiguração: Mione. Depois de rever o castelo, saiu dos limites do colégio e aparatou em seu apartamento. O dia seguinte seria sábado e iria ajudar Sra. Gammie na loja.

Harry acordou cedo com alguma coisa bicando a janela. "Peraí? Bicando a janela?", pensou ele. Olhou para a janela e viu uma ave que há muito tempo havia deixado em Hogwarts: Edwiges. Harry pulou da cama para ver o que a coruja queria. Ela entrou no quarto e deixou uma carta na cama do menino. Harry não sabia que as corujas viviam tanto tempo. Harry pegou a carta:
"Harry,
é bom ver que sente saudade do mundo mágico.
Prometo que não contarei a ninguém sobre sua visita a Hogwarts ontem a noite.
Só quero que saiba que foi arriscado. Voldemort está na sua caçada. Só não o encontrou ainda por que enfeitiçamos o seu paradeiro. Não me pergunte como, foi um feitiço antigo que Minerva fez com a ajuda do Professor Flitwich. Bom, pelo que viu, estou em Hogwarts, mas não sou totalmente professora. Sou membro da Odem estou aqui vigiando. Rony está aqui também, tirou um descanço do quadribol (isso mesmo, ele estava jogando pelo Inglaterra) e veio para Hogwarts ficar vigiando também. Gina virou modelo. Não sei se isso é bom ou ruim, mas ela ainda te ama, e muito. Malfoy está do nosso lado, faz parte da Ordem, mas está trabalhando no ministério como auror. Só queria que soubesse que sentimos sua falta, principalmente eu. Tenho algo a lhe dizer, mas não sei se posso, portanto volte, para eu saber se posso ou não.
Um abraço,
Mione.

P.S. Deve estar se perguntando como eu te vi, não é? bom, tinha um espelho na minha mesa que refletiu você na minha janela. [risos] Não sou boba, tenho que ter uma visão de 360° da minha sala, por acaso era você mas podia ser um comensal da morte."

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