CAP. 7 - A Verdadeira Histór
Rony estava só, pensando na vida e no quanto ela era cruel para ele... Nunca tivera dinheiro, nunca tivera roupas descentes, nunca fora famoso, e um dia, quando a esperança de ser feliz brotou em seu peito, a vida lhe mostrou o caminho da infelicidade mais uma vez...
Por quê? - Era só nisso que o garoto pensava. Ele estava com muita raiva, não sabia de quem mas ela era intensa como nunca... Talvez a raiva fosse de Harry, talvez fosse de Deus ou talvez fosse dele mesmo... Seu coração acelerado batia como nunca, agora ardia de ódio... POR QUÊ? Ele perguntava para a escuridão e odiava ainda mais a vida quando como resposta recebia apenas suas próprias palavras ecoando. Parecia que os Deuses estavam se divertindo com sua tristeza...
Rony desejou por um segundo ser tão poderoso quanto Voldemort para matar todos os bruxos... Para transformar o mundo num império em que ele fosse o imperador, um império em que só acontecesse o que ele quisesse e mandasse.
Rony encheu sua mão com Pó de Flú... Ele não era tão poderoso quanto Voldemort e a única coisa que podia fazer naquele momento era ir embora e dormir... Amanhã seria um novo dia - era isso que com dificuldades ele tentava colocar em sua cabeça.
As chamas verdes cresceram quando o garoto jogou o pó.... Ele não conseguia entrar na lareira... Alguma coisa o travava; o medo de mais uma vez ter que encontrar Harry o segurava. Rony respirou fundo antes de entrar e dizer:
- A Toca... - Disse no mesmo instante em que era levado por dentre lareiras desconhecidas. - ... do meu amor... - Completou com voz iludida após aterrissar em sua casa.
A casa estava deserta. Gina e Harry já deviam estar dormindo, pois em poucas horas o sol iria nascer e a Toca iria "acordar" com seu costumeiro entra-e-sai de gente... Rony não queria ver ninguém - ele só queria a solidão... Ele queria pensar e chorar até o último dos seus dias.
Nunca fora tão difícil subir aquelas escadas que davam acesso ao quarto; Suas pernas bambeavam e não suportavam o peso de seu corpo, seus olhos cheios d'água não enxergavam um palmo além de seu nariz... Diversas vezes ele tropeçou nos degraus antes de chegar a porta do quarto.
Ele abriu a porta vagarosamente, não queria acordar Harry, por isso não iria acender a luz... Não precisou, pois a luz já estava acesa e Harry estava de pé esperando pela chegada do ruivo.
Rony fingiu não ter visto seu amigo e se deitou como se Harry nem existisse.
- Nós precisamos conversar, Rony. - Disse sentando na cama do ruivo.
Rony continuou fingindo estar dormindo.
- Rony... - Insistiu Harry calmamente. - Por favor... Nós precisamos conversar!
Rony tentou ignora-lo novamente, mas viu que não era possível - Se fosse preciso, Harry ficaria a noite inteira a espera de uma resposta de Rony.
- O que você quer? - Disse Rony apenas abrindo os olhos. - Me humilhar mais?
- Não...
- Então é o que? - Rony começava a se zangar com a insistência do garoto.
- Eu quero pedir desculpas a você... - Disse Harry. - Eu acho que disse palavras muito duras... Você não merecia ouvir tanto.
- Você não tem nojo de mim? Não me acha a desonra dos bruxos? Não disse que nunca mais iria olhar na minha cara? - Dizia Rony com nojo arrancando suas cobertas de uma só vez... O calor da discussão o incendiara. - Não venha agora ter dó de mim!
- Eu não tenho dó de você!
- TEM SIM! - Gritou.
- Você não entende o que eu senti na hora...
- Eu entendo sim! - De repente Rony se via em pé, pronto para avançar em cima de seu ex-amigo. - Nojo! Foi você que falou que sentiu nojo!
-Não! - Harry voltou a chorar. - O nojo não foi de você...
- Ah.. Não!? Foi de quem então?
- Isso é uma história muito longa...
- Que eu não quero ouvir! - Completou Rony rapidamente.
- VAI OUVIR! - Harry se lembrou de que era madrugada e corrigiu sua voz. - Quando você ouvir vai perceber o que aconteceu comigo!
Rony não respondeu.
- Quando você me beijou, Rony, - Escorriam diversas gotas de lágrimas dos olhos verdes de Harry. - Me veio automaticamente uma cena que aconteceu a cinco anos, pouco tempo antes de eu receber o comunicado de Hogwarts... Você tem que entender que não é tão fácil para mim esquecer tudo isso.
Rony agora ouvia Harry sem fazer intervenções, pelo contrário, matinha uma cara de profundo interesse.
- Naquele dia meus tios estavam viajando... Só r estava eu e meu primo em casa...
...
......
.........
..." - O que você está fazendo aqui na cozinha, Harry? - Perguntou meu primo com sua habitual grosseria.
- Estou com fome. - Respondi em voz baixa.
- Pois você não vai comer! - Ele me encarou com seus olhos rancorosos.
- Por favor... Eu estou com fome... - Naquela época eu tinha medo dele. Ele era duas vezes maior que eu, que sem conhecer magia pouco poderia fazer no caso de uma investida, além de que se meus tios sonhasses que eu havia discutido com ele, com certeza eu não sentiria o gosto de comida por dias... Eu só tinha uma opção: aceitar calado tudo o que ele dissesse.
- Então o que você quer comer? - Me perguntou fingindo preocupação.
- Eu iria pegar uma das suas barras de chocolate...
- Você iria comer uma das MINHAS barras? - Disse ele com um olhar de satisfação.
- É, desculpe. - Disse conformado. - Vou voltar para o meu quarto.
- Espere! - Eu parei e observei ele segurar com suas mãos gordas a barra que eu tanto queria. - Se você quer, venha aqui.
Eu voltei para a cozinha. Estava impressionado com a sua generosidade momentânea... Eu sabia que ele não fazia nada sem pedir algo em troca, mas a fome era grande e me impedia de pensar em alguma coisa.
- Já que você quer o chocolate. - Disse ele abrindo a embalagem. - Então venha pegar. - E quebrou um pedaço da barra. - Na minha boca. - E prendeu o pedaço do chocolate entre os seus dentes.
- Não, obrigado. - Eu não sabia o que ele queria, mas com certeza eu não iria beija-lo. - Perdi a vontade.
- Voxê não extá entendendo! - Disse ele sem tirar o pedaço de chocolate da boca. - Eu extou mandando voxê fazer isso!
- Eu não vou fazer isso! - Disse decidido.
Ele mostrou seu punho fechado para mim tentando me intimidar. Ao não notar sinal de reação ele me deu um soco bem no estomago.
Não me lembrava de ter sentido tanta dor até então; caí de uma vez sobre o chão frio com o corpo todo dolorido... Senti meu corpo sendo puxado de volta segundos depois. Era ele me segurando pela gola da camisa que já começava a dar sinais de rasgo.
- Pegue o chocolate! - Ele não havia desprendido o chocolate de seus dentes.
Com o corpo todo dolorido e sem esperanças de conseguir evita-lo eu peguei... Senti meus lábios grudarem aos dele por um segundo. Estava com nojo, porém não podia negar de que meu estomago agradecia pelo pouco de comida que lhe era lançado.
- Satisfeito? - Disse cuspindo no chão após engolir todo o chocolate.
- Ainda não!
E antes que pudesse dizer "Como assim?" ele me agarrou pela gola da camisa e me dependurou na porta do armário onde eu dormia.
- Eu quero mais! - Disse ele com um olhar que eu nunca tinha visto antes.
Ele abriu a porta do armário e me jogou com violência em cima da pequena cama. Ele também entrou no armário. Com suas mãos ele me estrangulou e com os pés prendeu todo o meu corpo tornando impossível qualquer movimento.
Ele me deu outro beijo... Dessa vez não foi só toque de lábios, ele queria mais... Eu nunca havia sido beijado antes, mas sabia que ele queria introduzir a sua língua na minha boca... Vencido pela insistência eu deixei.
Eu sentia enjôo... Seu corpo estava deitado em cima do meu e ele me beijava como um louco. Sua língua passeava pelo meu rosto antes de voltar para a boca. Dominado por seu desejo, eu não sabia o que fazer.
- Vire de costas! - Suas palavras foram tão rápidas... era possível sentir em sua voz todo o desejo marcado em seu corpo.
Eu fingi não ter ouvido.
Novamente senti uma força estranha me empurrando e me jogando de bruços na cama. Dessa vez a camisa não havia agüentado e rasgou sobre o meu corpo deixando a mostra partes das minhas costas - Isso aumentava o seu tesão.
Suas mãos sujas desciam a minha calça de um modo grosseiro, arranhando as minhas costas. Agora não havia mais jeito... As minhas nádegas estavam entregues a ele.
Chorei... Acho que até aquele dia nunca havia chorado tanto ... Meu corpo estava sendo usado como fruto de diversão de um menino mimado que entrava na adolescência e queria experimentar o sexo sem respeitar ninguém.
Ele abriu o zíper de sua calça. Senti toda a quentura de seu membro rodear meu anus...
Ele ria, e a cada risada mais lágrimas desciam dos meus olhos... Ele estava se divertindo muito... Ah... Quanto ódio eu senti naquele instante... Acho que a força do meu ódio junto ao meu poder mágico ainda desconhecido queimou a lâmpada do armário, só que isso só piorou as coisas pois agora nos encontrávamos em total escuridão.
Sem enxergar nada os meus outros sentidos ficavam mais aguçados... Senti quando o seu membro pediu passagem pelas minhas nádegas sem sucesso.
Duda tirou seu membro de mim, porém meus pesadelos haviam só começado pois no instante seguinte ele tentou nova investida, dessa vez com sucesso.
Em uma só bombada ele havia enfiado todo o seu membro dentro de mim... Eu gritei, gritei muito... AH!! Como doía! Como ardia!... ÓDIO! ÓDIO!... Era só isso que eu conseguia sentir além da dor... Isso não iria ficar assim... Mas eu não conseguia pensar - ardia muito e ele havia começado suas bombadas frenéticas e rápidas... Não!!.. A dor chegava a ser insuportável... Eu suava frio, ouvia o barulho das gotas de suor caindo em cima do travesseiro... Tremia e me debatia na cama... Eu não merecia passar pelo que eu estava passando!... Já era capaz de sentir o estrago feito por ele: Meu anus até então virgem cedia as investidas incansáveis de meu primo e relaxava...
Eu havia desabado e desistido de resistir... Já não restava forças dentro de mim... Eu tinha de me conformar que não havia nada que eu pudesse fazer. Aquela era a minha vida e eu tinha que aceita-la.
O pavor de estar sendo entregue a uma pessoa que sempre havia sido rude comigo era enorme... Era como se ele estivesse me matando lentamente e eu, nada podendo fazer, a não ser esperar que tudo passasse...
Minhas lágrimas com o tempo foram cessando, ao contrário de Duda que fazia movimentos cada vez mais intensos... Eu sentia seu membro roçando junto ao meu anus em bombadas rápidas e cruéis.
Seus gritos nunca irão sumir da minha memória... Quanto prazer ele sentiu ao me penetrar... Ele bombava cada vez mais rápido e seu suor já formava poças em cima de meu corpo.... Nossos corpos melados não mais se desgrudavam e ele chegou ao clímax no momento em que eu derramei a minha última gota de lágrima...
O líquido era pouco, mas era como se um jato de água estivesse sendo despejado dentro de mim... Uma sensação diferente. Confesso que não era totalmente desprovida de prazer, mas era terrível de se imaginar.
Eu sentia ódio, ódio dele, da vida e até de mim... Como eu conseguiria olhar nos olhos de Duda novamente?... Eu não sabia o que fazer, não sabia no que pensar... eu estava terrivelmente destruído... Em poucos minutos todos os meus valores haviam sido retirados a força.
Duda saiu do armário sem falar uma palavra, sorrindo, como se nada tivesse acontecido... E eu fiquei naquele armário trancado durante dias, sem saber o que fazer e para onde ir..."
Rony não sabia o que falar. Estava perplexo olhando para o teto. Seus olhos não tinham vida e seus pensamentos voavam em alta velocidade.
- Você entendeu agora porque fui rude com você, Rony. - Harry sentou junto a Rony na cama. - Me desculpa?
- Eu é que preciso te pedir desculpas, Harry. - Rony ainda não havia voltado ao seu estado total de lucidez. - Eu não deveria ter feito o que fiz.
- Deveria sim, Rony!
- Como assim?
- Eu sou seu amigo desde o dia em que entrei pela primeira vez no Expresso de Hogwarts, Rony. - Disse Harry sério. - Confesso que sexualmente ainda não sinto nada por você, mas resolvi tentar fazer um teste, para ver se pode dar certo um relacionamento nosso!
Rony abraçou seu amigo. Ele não conseguia acreditar no que ouvia, enfim estava acontecendo o que ele tanto sonhou!
Rony beijou Harry lentamente. Dessa vez ele aceitou. Os lábios incertos e trêmulos de ambos preenchiam cada espaço em suas bocas. Para Rony era a realização de seu maior sonho, para Harry era uma experiência completamente nova e única.
Era esquisito beijar alguém do mesmo sexo. Não pela forma do beijo, mas pelo sentimento de ambos... Era diferente, mas incrivelmente bom... Aquela era a chance de ambos mostrarem que independentemente de qualquer coisa, um relacionamento entre homens poderia dar certo.
Harry lembrara do que Gina havia falado antes dele atravessar a lareira: "Abra seu coração para novas experiências e conceitos... Essa é uma dica: Não faça o que os outro querem que você faça... faça o que seu coração mandar." E era assim que ele entrava nessa relação.
- Eu juro que vou tentar te amar do mesmo jeito que você me ama. - Disse Harry.
- Então seja meu só por essa noite, Harry!
- Não sei se dá tempo. - Disse Harry rapidamente. - Está quase amanhecendo.
- Então deixa para outro dia... - Apesar de tentar parecer alegre, era visível o tesão que o garoto sentia.
- Mas eu tenho uma coisa muito melhor para fazer! - Harry tentava disfarçar sem êxito um olhar malicioso.
N/A: Por favor, comente sobre esta Fic, fale se você gostou ou não, pois o seu comentário é muito importante para mim. Mande seu comentário para [email protected] . E lembre-se, essa Fan Fic ainda não acabou, ela terá uma continuação.
BY SACK
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