ELEVAÇÃO
SONGFIC H/G = ELEVAÇÃO (ELEVATION)
da autora de FAR AWAY e HP & MAGIA OCULTA
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-Que bom que você está aqui pra me abraçar...
Era Natal; mais um Natal no Largo Grimmauld, o último ano de Harry em Hogwarts. Ele estava estudando como nunca e sua busca pelas horcrux estava bem sucedida (só faltava uma!!), sua tentativa de manter a proteção de Ginny tinha acabado de ser frustrado e o perfume floral da garota o estava entorpecendo novamente.
Eles haviam discutido muito naquele semestre, coisas bobas – ciúmes e tal -, duvidas, questionamentos, a falta que uma fazia ao outro. Nada como o Natal, com todo o seu clima, para leva-los de volta àquilo que os fazia tão bem.
“Alto, mais alto que o sol
Você me atira de um revolver”
-Você está bem? - ela o olhou com aqueles olhos de amêndoa, da maneira que só a ruiva sabia fazer, tão encantadora... Harry não sabia resistir a ela. Beijou-a.
-Estava pensando – mais um beijo – em quanto tempo perdemos – outro beijo – quanto tempo sem você... mas agora estamos aqui...
Ela sorriu enquanto passava a mão nos cabelos desalinhados de Harry.
-Amo você. – sussurrou. Ah! Como ela o envolvia, e seu perfume floral... Gin levantou e foi até o espelho. – tá arrumado isso aqui...
-Tonks. Eu sei, é incrível. – ele ficou observando a ruiva olhar-se no espelho, unicamente linda.
“Eu preciso de você pra me elevar aqui
No canto dos seus lábios.”
Incrível como ela conseguia ter aquela beleza tão singular. A mente de Harry ia longe enquanto olhava pra ela ali, arrumando-se na frente do espelho, descalça em sua saia degodê preta na altura da coxa e a blusinha frente única rosa contrastante com seus cabelos vermelhos até a cintura, levemente repicados, no qual a garota tentava ajeitar a franja.
-Tá e olhando com essa cara por quê?
-Porque você me deixa bobo. – falou com um sorriso maroto ao levantar-se.
-Não que isso seja muito difícil?...
-Você consegue de maneira especial. – ele a analisava. Era tão bonita... Aquele ar de moleca que herdara dos gêmeos e quando brava a leve revolta parecida com a de Rony (mas bem mais decidida). Gin olhou-o de maneira divertida.
-Sei... – os olhos dela diziam tudo. Ele abraçou-a pela cintura e ela pendurou-se no pescoço dele num beijo ardente e apaixonado que ia se tornando mais ardente e apaixonado.
Já não se importavam com ousadias. As mãos de Harry exploravam o corpo de Ginny, quase involuntariamente, ela tirou sua camisa enquanto caminhavam para a cama.
“Com a órbita dos seus quadris
Eclipse, você eleva minha alma”
Os dois corpos, como um só, pareciam não ter inicio nem fim. Respiração compassada, bocas e línguas, mãos, corações no mesmo ritmo, unidos num só ato; totalmente deles e no momento certo.
Lá fora a neve caía decidida, tornando o clima frio; no hall do n° 12 do Largo Grimmauld todos comemoravam o Natal juntos à lareira, aquecidos com suas taças de vinho, mas o quarto de Harry, no segundo patamar, não precisava de lareira.
“Eu perdi todo o autocontrole
Tenho vivido como uma toupeira”
Ginny sorriu enquanto sentia a respiração quente de Harry em seu pescoço.
-Eu amo você. – ele sussurrou no ouvido da garota. Corpos molhados de suor sob os lençóis misturavam-se.
-Também amo você... mesmo você sendo bem pesado... – eles riram, mas não pararam (peso! Ora, que desculpa inconveniente...).
Houve uma mudança visível nos dois aquele ultimo semestre. Harry tinha deixado os cabelos crescerem, estava mais forte, centrado, responsável, bonito (hahaha, e não?), tinha mais garotas atrás dele também (Ginny não gostava dessa parte). Na tentativa de esquecer sua ruiva ele andara aventurando-se em “casinhos” com algumas garotas da escola (Parvati Patil, Ana About e Suzana Bonés estavam em sua lista), nada serio nem profundo, mas o suficiente para muitas poderem dizer: “então... EU beijei ninguém menos que Harry Potter!”.
Também encontrara, no verão, no dia em que fora ao Ministério falar com Scrimegour, Cho Chang, que deu encima dele descaradamente.
Já Ginny guardou-se. Houveram rumores de que Dino insistira em voltarem o namoro, mas em todas as vezes ela disse não. Sofreu calada durante todo semestre (ora, se esperara seis anos, mais alguns meses não fariam diferença). Viu Harry com diversas garotas, teve ciúmes, novamente pensou em tira-lo de sua mente, mas percebeu continuar sendo impossível.
Quando achou que quase tudo estava perdido recorreu à uma ultima opção: fez uma de seus cartões criativos de Natal pedindo a Harry desculpas por ser estupidamente apaixonada por ele e pó ama-lo tão incondicionalmente ao ponto de dar a própria vida, desculpas por ser fraca e incapaz de aceitar aquela separação e a “tal” proteção que ele oferecia e por ser impossível esquece-lo; mesmo assim, um feliz Natal.
Harry leu e releu o cartão de Ginny muitas vezes na manha do dia 25 de Dezembro. Ele tinha feito tudo errado e estava perdendo a mulher de sua vida por nada. Quando a ficha dos últimos 7 meses caíra ele pulou da cama, tomou um bom banho, vestiu uma roupa quente e desceu para a cozinha já sabendo o que fazer.
-Feliz Natal, Harry!
-Feliz Natal. – disse sem olhar pra ninguém indo numa única direção: na da ruiva concentrada em seu chá, evitando o olhar do garoto que parou ao seu lado. – levanta. – ela olhou-o confuso. – levanta.
Ginny levantou sem saber exatamente o que Harry queria. Ficaram um tempo olhando-se, todos na cozinha sem entender nada, exceto Mione q fazia cara de “bom entendedor”.
Com um gesto impensado (e esperado) Harry beijou Ginny, que sorriu, assim como muitos ali (Hermione, a Sra. Weasley e Bill entre estes).
-Como você consegue?
-Consigo o quê?
-Ser tão perfeita e encantadora.
-Eu não sou. – depois sussurrou em seu ouvido: - você me faz.
“Agora indo para baixo, escavação.
Eu e eu no céu”
-Por que você fez tudo aquilo?
-Você quer mesmo explicações agora? Eu não suportava te amar tanto sabendo que corria perigo então tentei te esquecer, percebi que era impossível, e mesmo tendo noção que não conseguiria eu insisti, em vão, porque você tem uma “certa” magia e me atraiu, de novo, para seus braços.
-Você sempre me teve. Independentemente do que acontecesse. Na verdade eu que estou, e sempre estive, em seus braços.
“Você me faz sentir como se pudesse voar
Tão alto, elevação”
Cada momento precioso ali era usado adequadamente, conversaram, colocaram as diferenças em dia.
-Achei que tinha perdido o coração no caminho para Hogwarts, Harry Potter! Primeiro acaba com as minhas esperanças e, quando praticamente desisto, acende a chama de novo ao me beijar.
“Mas como se não bastasse, me deixou. E foi pra outras. – fitou-o – e voltou pra mim.”
-Pode ter certeza que eu sempre vou voltar.
Enquanto Ginny tomava banho Harry ficou pensando em como a ruiva era irresistível. No quinto ano, quando ela demonstrou toda sua determinação, jogando Quadribol, estudando... sem falar de quando aprontava alguma, o instinto “a la” Fred e George se aguçando. Ele lembrava bem da detenção mais recente.
*Flashback*
-Gin! O que deu em você?
-Não to bem hoje, Harry, não enche o saco.
-Como “não enche o saco”?? eu sou o capitão, eu tenho o dever de saber qual o problema dos jogadores. Ontem mesmo você voava bem!
-Me recuso a falar sobre isso. – ela lhe lançou um olhar feroz antes de virar as costas e sair do campo. Ele ficou um tempo estacado até reagir.
-Gin! Ginny! Volta aqui!
-Me erra, Harry!
-Volta aqui! Ginny! GINNY!
-O que foi? – perguntou brava ao se virar.
-Você vem comigo – ele se aproximou pegando no braço da garota – e nós vamos voltar pro treino.
-Não vou treinar porra nenhuma! – soltou a mão de Harry. – e você não vai me obrigar.
Ginny voltou a andar na direção do castelo, Harry atrás dela.
-Qual o seu problema? Vem comigo, vem agora! Gi... – quando a garota tinha se voltado para ele outra garota o abraçava por trás.
-Oi Harry... – era Parvati Patil – já terminou o treino? O 7° andar viria a calhar hoje, não? – ele riu.
-SUA VADIA DESGRAÇADA EU VOU MATAR VOCÊ!
A ruiva sacou a varinha e partiu pra cima de Parvati lhe lançando uma azaração que errou por (muito) pouco.
-LOUCA! – outra azaração.
-PUTA!
-HARRY DÁ UM JEITO NELA! – ele foi desperto pelo chamado de Parvati, de alguma forma aquilo era divertido: Ginny correndo atrás de Parvati, Harry no meio. – HARRY! TIRA ESSA MANIACA PSICOPATA DAQUI!
-VOLTA AQUI, SUA VACA!
-HARRY!!! – ele segurou Ginny pela frente num meio abraço, podendo sentir o corpo da ruiva contra o seu.
-Ei ruivinha, o que deixou você tão brava? – filho da puta, cínico foi a primeira coisa que veio na cabeça dela. “O que deixou você tão brava...” humpft. Ela sorriu irônica para contradize-lo. – acalmou? – suspirou.
-Sim. – Parvati mantinha uma distancia considerável.
-Então vai dizer pro pess...
-FURUNCULUN! SAI DA FRENTE, AGORA EU ACERTO! ESTU...
-Weasley! – Ginny gelou.
-Professora, você viu, ela estava me atacando sem motivo. – se adiantou Parvati.
-Ataquei porque ela é vadia!
-Weasley! Por que a estava atacando?
-Ciúmes, professora... – antes que pudessem pensar em qualquer coisa Ginny virou um soco em Parvati.
-PUTA!
-Srta. Weasley, por favor! Potter! O que aconteceu??
-Nem eu sei. – disse sincero, ainda estava se divertindo com a reação das garotas.
-Ela te fez alguma coisa? – Ginny abriu a boca para falar, mas desistiu no meio do caminho. – Weasley?
-Bom...
-Pra minha sala. – decidiu McGonagal ao perceber que Gin não tinha um motivo bom, ou convincente, o suficiente para o que havia feito. – francamente, Ginevra Weasley, achei que não seria colecionadora de detenções como seus irmãos, mas... vamos.
*Fim do Flashback*
Foi bem engraçada a cena. É claro que ele não riu na hora, e nem na frente de nenhuma das garotas. Lembrou do comentário de Parvati pouco tempo depois na Sala Precisa: “essa sua ex maluca precisa aprender onde é o lugar dela”.
Ex... aquilo não era um assunto agradável para Harry, que mudou o rumo rapidamente.
“Uma estrela acesa como um charuto
Tenso como as cordas de uma guitarra
Talvez você possa educar minha mente”
‘Mas que droga, ele sempre conseguia! Sempre conseguia o que queria!’ era o que a ruiva pensava enquanto tomava seu banho (no banheiro de Harry). ‘Eu o queria e não o tive, ele me quis e me teve; e conseguiu todas as garotas que queria à maneira dele pra fazer o que ele quisesse.’
‘Todas vadias, claro. Cho e Parvati eram as piores. Vai ser tão divertido voltar pra escola e ver as carinhas invejosas delas...’ Ginny já sentia o gosto da vingança.
Agora que ele era dela – ‘Só meu’ – ela não ia perder mais.
‘Ah! Tão perfeito! Só ele pra me elevar assim...’
Mãos fortes envolveram-na num abraço debaixo da água quente.
-O que você faz aqui?...
“Explique todos esses controles
Eu não sei cantar mas eu tenho alma
O objetivo é elevação”
-Vim tomar banho, oras.
-Sei...
-Deixa eu te contar uma coisa: você é a única, repito: a única, que me faz sentir bem de verdade; a única que me entorpece, que me deixa bobo, tira minha tristeza, acalma meu coração...
-Shiiii... – ela o beijou. – Apenas me ame.
-É o que faço. E farei pro resto da vida. – voltaram ao compasso daquela dança. Ginny riu satisfeita. ‘Sempre esteve guardado pra mim’ pensou ela, sem saber que o garoto pensava a mesma coisa no exato momento.
“Amor, me levante dessa tristeza
Porque você não me diz algo verdadeiro
Eu acredito em você”
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(N/A) Nhá ate q ficou quase +/-
Hehehe
A idéia da SONG me veio quando eu assisti ao show do U2 aqui em SamPa (completamente P-E-R-F-E-I-T-O) e a tradução da musica é... diga-se: sugestiva.
Hahaha
Espero que tenham gostado, demorei pra escrever mas fiz com carinho...
^^'
BETA READER: TATY*
Byzinha Grint [sempre Bellatrix]
(songfic concluída em 17/03/2006)
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