Ana Helena
Era uma noite de sexta-feira chuvosa e fria, no dormitório masculino da grifinória. Na segunda cama da direita para esquerda encontrava-se dormindo um menino de cabelos extremamente arrepiados, ainda mais quando estava dormindo. Ele estava num sono leve demais hoje, por causa de sua cabeça que não o deixava dormir.
Pam. Fez-se um barulho no meio do silêncio do dormitório. Ninguém parecia ouvir, só Tiago que se levantou no pulo.
- Saco. – Murmurou alguém.
Ele se virou para ver de onde a voz vinha, era uma menina, loira de olhos bem azuis. Usava vestes da grifinória, mais Tiago não parecia conhece-la. Ele a olhou com espanto.
- Quem é você? – Perguntou ele.
A menina olhou pra trás, depois para o lado e por fim perguntou:
- Você consegue me ver?
- Claro que eu consigo te ver. – Ela pareceu espantada.
- Mais como?
Ele não estava entendendo nada, entrava uma menina no dormitório masculino e ainda estava meio maluca.
- Por que exatamente eu não conseguiria te ver?
- Por que eu não posso ser vista por ninguém.
Quando Tiago abriu a boca para responder, ela pareceu ler seus pensamentos e disse.
- Sim, eu sei que você é um bruxo, mais mesmo assim... eu não sou vista por bruxos e muito menos por trouxas. Eu não sou um fantasma.
- Você não é um fantasma? – Disse Tiago espantado. A menina não parecia, definitivamente, um fantasma. Ela era normal, não era transparente nem branca, de certo um pouco pálida. Mais era normal. Mas se estava dizendo que não podia ser vista – Você não parece mesmo um.
- Eu sei, por que eu meio que fui amaldiçoada.
- Amaldiçoada? – Perguntou Tiago, interessado.
- É amaldiçoada. – Disse estressada.
- Ok, acalma. Mas... por que eu consigo te ver?
- Isso que eu quero saber, por que você consegue me ver?
- ...
- Olha, eu estou por aqui há 14 anos. Nunca ninguém me viu, por que você está me vendo?
- O que aconteceu?
- Bem, há 14 anos, eu... tinha 17 anos, estava no 7 ano e era feliz, entende? Então um pouco antes do dia dos namorados teve um passeio para Hogsmeade. Eu meio que fui com um garoto e a gente brigou, eu sai chorando e fui pra um lugar que eu não sei bem quem é; Achei uma caixa, quando eu abri... Eu meio que morri, desse jeito, sabe? Fiquei nem cá, nem lá.
Tiago ouvia a menina atentamente
- Mas... Uma caixa? Onde?
- Lá pela casa dos gritos.
- E você vive vagando por aqui? Sem poder sair?
- É, quer dizer... Eu já tentei falar com Dumbledore, eles acham que eu fugi, ou fui morta. Eu não sei!
- Nem Dumbledore?
- Nem Dumbledore. – Repetiu a menina afirmativamente.
- Ah! Como é seu nome? – Disse Tiago rindo, com toda essa confusão eles acabaram se esquecendo de se apresentar.
- Nossa. É mesmo, sou Ana. – Respondeu dando a mão à Tiago – Ana Helena Combs.
- Tiago Potter- e apertou a mão da menina.
- Tiago... Então, você vai me ajudar?
- Claro.
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