Em busca de Respostas






Harry estava sentado em uma mesa no ministério francês, cercado por vários relatórios.Não era seu método de trabalho preferido, normalmente teria saído a campo, mas não sabia por onde começar. Passou a noite toda revendo detalhe por detalhe dos outros ataques.Tentando achar algo que o levasse ao culpado. Primeiro foi a família de Rony a ser atacada, alguém driblara a precária segurança da toca e conjurou um circulo de fogo mágico em volta da casa .Nada grave, ninguém, além de alguns gnomos, saíram feridos. Tudo teria passado quase em branco se não fosse por um pequeno detalhe; Um pergaminho com a mesma mensagem que Hermione recebeu, pregado na porta do quarto de Molly Weasley. Foi mais um aviso, que um ataque propriamente dito.



Dois meses depois, uma figura encapuzada atacou Neville, quando este voltava do Beco Diagonal em plena luz do dia. Mais uma vez, a intenção não fora matar.Ele ficou desacordado por alguns dias, mas nada, além disso. A mensagem prometendo vingança foi deixada no bolso de sua capa.



Tonks estava numa missão no sul de Londres, ao ser atingida pelas costas, numa ruela escura, e não fosse por um outro auror que a acompanhava e que percebeu a movimentação estranha, dessa vez teria sido fatal. Mais uma vez o pergaminho escrito em vermelho foi deixado, antes que o atacante fugisse.


Mas Kingsley não teve a mesma sorte dos outros, estava de férias e ao sair para uma caçada com dois amigos ,simplesmente não voltou . Dois dias depois foi achado por trouxas a quase vinte quilometros de onde fora visto pela ultima vez. Mas já era tarde demais.



E agora o filho de Hermione tinha sido seqüestrado... Mas por que o menino e não ela? Isto não estava claro para Harry. Achar Hermione, mapear seus passos e executar um seqüestro cronômetrado, parecia trabalhoso demais . Mione tinha sumido há quase dez anos, e ele mesmo na época tentou encontrá- la, mas todas as pistas que levassem até ela tinham sido apagadas.Quem quer que tenha conseguido rastreá-la, contava com um elaborado esquema de espionagem.



E isso só provava uma coisa, não se tratava de uma única pessoa tentando se vingar, mas de uma organização.O leque de suspeitos se tornava mais amplo.



Um pergaminho aberto bem a sua frente ,contava com o nome e foto de cada comensal que escapara . A lista era relativamente pequena, apenas oito nomes. Mas o problema era que se ninguém os capturou em todos esses anos, como ele faria isso agora ? Era um circulo vicioso, por mais que pensasse, continuava sem saber por onde começar.



Passou os olhos desanimados pelos papéis e fotos espalhados por toda a mesa. Alguma coisa chamou sua atenção, era um mapa de Delion. Em volta da pequena ilha estava desenhada uma esfera azul claro. Harry sentiu todo o seu corpo ficar em alerta. Conhecia aquele símbolo, o mesmo que se via no mapa de Hogwarts. Significava que ninguém chegaria ali usando métodos trouxas.Um circulo de proteção mágica.Significava também que as entradas e saídas da ilha podiam ser fiscalizadas. Daria um grande trabalho chegar toda a rede de pó de flu ,além da estação de trem que ligava Delion a Paris . Mas era um começo, se tivessem levado o garoto para fora da ilha. Guardou alguns documentos consigo e rabiscou algumas orientações num pergaminho, que entregou a secretaria antes de sair.



Precisava agir rápido, e enquanto a secretária encaminhava o pedido de verificação das entradas e saídas de Delion, ele procuraria mais informações. E como auror, sabia muito bem onde encontrá-las: No submundo. Para isso precisaria de ajuda local, mas sem envolvimento direto do ministério.



Harry estava há 10 minutos dentro do metrô desceu na estação se misturando a um grupo de turistas argentinos .Seguiu disfarçadamente pelo canto direito da grande galeria passando por trás de uma placa de propaganda de cosmético. Se viu num túnel mal iluminado, mas amplamente povoado por uma horda de bruxos mal encarados e suspeitos . Jogando o capuz de sua capa sobre a cabeça, percorreu o túnel, chegando sem problemas a uma espécie de praça subterrânea, onde várias lojas e bares estavam abertos. Cada uma das coisas vendidas ali era no mínimo perigosa, para não dizer ilegais.



Esteve naquele lugar pela primeira vez há cinco anos, quando investigava um roubo de um artefato antigo, em conjunto com as autoridades francesas. Na época Harry trabalhou com um velho auror francês, que lhe mostrou muito do submundo de Paris. E esperava que um certo contato feito durante aquele caso ainda pudesse ser útil. Entrou em um estabelecimento estreito e comprido, com vitrines até o teto que mostravam caldeirões de todos os tipos. Mas não eram exatamente caldeirões os produtos principais da loja.Aproximou-se discretamente do balcão, e foi atendido por um jovem baixinho, com os dentes proeminentes.



- Pois não?


- O sr Valles, por favor.


- Não há nenhum sr Valles aqui.r - respondeu o rapaz rispidamente


Harry empurrou um saquinho com alguns galeões para a mão do vendedor.


- Sou um velho amigo dele.


O jovem olhou desconfiado para ele.E então sem o mínimo constrangimento guardou o saquinho.


- Por aqui - e indicou uma pequena abertura na parede ao lado do balcão.


Uma sala bem maior os aguardava do outro lado.Um cheiro forte de ervas invadiu seu nariz. Um homem corpulento e de aparência desleixada cochilava apoiado numa cadeira.


- Ramon você tem visitas. O homem abriu os olhos praguejando e colocou ruidosamente os pés no chão.


Harry se sentou em frente a ele enquanto o rapaz voltava para a loja.


- Se lembra de mim, sr Valles? - disse Harry puxando o capuz e deixando sua cicatriz a mostra.


-Sr Potter -um brilho de reconhecimento passou pelos olhos do sujeito. - O que o traz de volta a França?


_ Negócios._ respondeu simplesmente - E preciso de sua colaboração...


_ Eu não posso me negar - disse o mostrando um dente de ouro ao sorrir _ Mas eu colaboraria melhor com algum incentivo...


Harry entendeu e retirou das vestes um saco de veludo preto três vezes maior que o outro.O balançou as moedas fizeram um barulho característico. Visão que fez o sr Valle parecer satisfeito.


- Em que posso ajudar?


- Conhece alguma dessas pessoas? _ Disse Harry entregando a lista de comensais.


Ramon Valle olhou demoradamente a lista, com a testa franzida.


- Infelizmente não sr Potter. È só isso que o interessa?


-Tudo me interessa - respondeu Harry prontamente - principalmente se tiver algo mais estranho que o normal acontecendo.


-Não existe o normal por aqui - respondeu rindo - tudo aqui é estranho.Mas se quer alguma coisa relacionada a seu país, sugiro que procure sr Danton ele andou negociando com um compatriota seu.Bela peça sabe... Adquiri esta aqui mesma dele, a menos de uma semana. Bonitinha, mas não perigosa.


Harry soltou um suspiro de desanimo, não estava interessado em artefatos roubados. Mas aparentemente Valle não tinha mais nada além disso . O coração dele deu um salto ao ver o objeto que estava na mão do homem.Um par de pinças com muitas pernas, que correu pela mesa e tentou picar a mão que há pouco a segurava.Já tinha visto aquilo antes.E o minúsculo emblema esculpido na sua lateral era inconfundível.


Sem querer Harry se viu com quinze anos novamente.Estava na casa de Sirius, e todos, liderados pela sra Weasley limpavam a mansão. Aquela pinça estava dentro de um armário e quando tentou pegá-la, ela correra pelo braço dele.Seu padrinho acertou o objeto com um pesado livro, antes que fosse picado. Isso e muitos outros artefatos da família Black foram jogados fora durante aquele verão.


Mas então como é que tinha ido parar naquele lugar. Ele mesmo ajudou Sirius a colocar tudo num grande saco de lixo.


" Krecther " - Lógico


Com desgosto pensou no velho e grosseiro elfo domestico dos Black.Ele devia ter recuperado aquilo.Mas não poderia ter vendido o objeto.A quem Krecther entregaria relíquias, que eram tão importantes para ele?


-Acha que pode marcar um encontro com o sr Danton ?


- Seria um prazer... Mas ouvi dizer que ele está viajando... Problemas com a lei imagino...


Harry saiu meia hora e muitos galeões depois. Ramon Valle era um informante valioso ,mas não totalmente confiável .Podia facilmente estar jogando dos dois lados.Mas sua a intuição dizia que ele havia contado tudo o que sabia . Devia haver alguma conexão entre o seqüestro e a peça.Sentia isso. Não podia ser só coincidência.Será que estava tão desesperado por alguma pista que estava imaginando coisas?


- HARRY POTTER.


Pulou ao ouvir seu nome vindo de alguma coisa guardada nas suas vestes. Era um pequeno espelho de comunicação que sempre usava.O seu par estava com Rony.Era um meio seguro de se comunicarem. Entrando na primeira cabine telefônica, que achou ao sair da estação de metrô para disfarçar. Harry sacou o espelhinho e encontrou o rosto sardento e muito sério de Rony Weasley .


_ O que foi? - perguntou preocupado.


- É melhor vir para cá agora. - achamos a babá desaparecida.


Hermione estava mais descabelada que o normal e sentia que estava preste a desmaiar a qualquer momento. Rony bem que insistira para ela ficar em casa enquanto ele investigava, mas ela quase pulou em seu pescoço ao ouvir essa sugestão. Era o filho dela, e não ficaria em casa lamentando, enquanto seu garotinho corria perigo. Andaram a manhã inteira, percorreram cada centímetro e falaram com cada morador do lado leste da ilha. Mas ninguém viu ou ouviu nada. No final da manhã, os dois voltaram para a casa de Mione.Rony insistiu que ela precisava comer alguma coisa antes de começarem uma nova rodada de investigações.


Deixou que ele preparasse uma omelete e a contragosto se obrigou a provar alguns pedaços.Simplesmente não conseguia mais colocar nada no estomago.Cada garfada que levava a boca a fazia imaginar se ele estava com fome, frio ou se estava machucado.Era só nisso que pensava.


Alguma coisa molhada passou por suas penas, embaixo da mesa.Afastou o corpo e viu Bichento pulando em seu colo. Se deu conta que via desde a manhã do dia anterior .


- Está com fome? - perguntou baixinho acariciando atrás das orelhas e embaixo do pescoço do gato.


Ao fazer esse gesto viu algo cair no seu colo vindo da boca de Bichento. Um pedaço de caramujo muito grande.Sua primeira reação foi de nojo. Mas antes que fosse se livrar daquilo, percebeu que era mais uma das experiências de Joshua.


-Onde achou isso? - perguntou com os olhos mareados.


- Achou o que?


Rony chegou ao lado dela com uma frigideira na mão.


- Não é nada - respondeu disfarçando as lagrimas - Josh fez isso com o caramujo, ele gosta de brincar com mágica...


Rony apertou com a mão livre o ombro dela de forma solidária. Mas então repentinamente olhou curioso para o gato.


- Bichento estava aqui ontem?


- Não de noite. Só o vi de relance de manhã - respondeu Hermione.


- Estava aqui na hora do seqüestro? - perguntou Rony mais para Bichento que para ela.


Bichento o encarou com seus olhos amarelos e desceu do colo dela se dirigindo para a porta ,parando antes de sair ,para se certificar que eles tinham entendido. Hermione trocou um olhar confuso com Rony.


- Acha que?


- Por que não?- disse Mione se levantando - O Bichento é um gato muito inteligente!


Era um pouco insano seguir um gato por metade de Delion.Mas nas atuais circunstancias não havia mais nada que pudessem fazer. Bichento ia a frente, estacando de vez em quando para garantir que era acompanhado.Desceram por um penhasco íngreme até chegar a uma praia, que Hermione nem sabia que existia. Vira o pequeno vulto laranja enfrentar algumas ondas e subir em uma rocha grande e parar novamente esperando por eles.



- Não acha que ele vai nos levar a nado, para algum lugar, vai?- perguntou Rony subindo as calças até os joelhos.


- Não me importo nem se tiver que nadar até a África - respondeu já enfiando os pés na água.


Mas Bichento não se moveu mais.Ficou sentado olhando para o mar bravio. Rony e Hermione trocaram outro olhar, já se convencendo que era idiotice estar ali. Preparou-se para descer da rocha, quando Rony a segurou pelo braço, e indicou com a cabeça uma direção. Mione olhou sem entender para alguns corais a mais ou menos dez metros deles.O que era confusão logo se transformou em pânico. Preso aos corais estava algo.Um corpo.


Harry estava tendo pouco de dificuldade para achar o lugar que Rony havia indicado.E como não conhecia a geografia local, aparatar estava fora de questão . Desceu por um pequeno desfiladeiro até avistar uma praia de aspecto selvagem .


-Aqui Harry! -


Ouviu a voz de Rony, ele e Hermione estavam em pé, rodeando um vulto estirado na areia.Caminhou rapidamente até eles e num segundo entendeu.


-A babá?


Hermione assentiu com a cabeça, ela estava ainda mais pálida que na noite anterior .Poucas vezes a vira em um estado como aquele. Seu primeiro impulso foi estender a mão para confortá-la, mas a voz de Rony o trouxe de volta a razão.



-Não há marcas visíveis, também não acho que ela se afogou.


-Eu realmente não tinha muita esperança de encontrá-la com vida ,ela era descartável . Estavam atrás do menino - disse Harry pensativo - Aonde ela estava ?


Rony indicou os recifes com a mão . E explicou sobre como Bichento os trouxera até lá .


Acha que ele seguiu os seqüestradores - harry perguntou olhando para o gato


Provavelmente eles passaram por aqui ,não há outra maneira de Bichento saber que ela estava aqui . A jogaram no mar achando que a maré a levaria para longe ,mas terminou presa nos corais - disse Harry - Para onde seguiriam daqui ?


_ Talvez um barco trouxa - arriscou Rony


Meios de transporte trouxas não chegam ou saem da ilha, Delion é protegida por muitos feitiços remanescentes da época em que a "alta sociedade " vivia aqui ,e não queriam ser incomodados de jeito nenhum por trouxas .


Hermione confirmava aquilo que Harry havia descoberto mais cedo no mapa de Delion.As saídas da ilha eram protegidas e podiam ser monitoradas .Estava esperando os relatórios do ministério que detalhariam isso . Atacar qualquer pessoa ali era arriscado demais. Não fazia sentido. Para onde os seqüestradores estavam indo quando passaram pela praia?


Poderiam usar vassouras? - Rony perguntou novamente - è um meio de transporte mágico.


Sim,mas não iriam muito longe, o tempo está muito ruim ,tempestades em alto mar são complicadas ,seria difícil mesmo para um bom piloto manter a estabilidade.


-Vou avisar as autoridades francesas, sobre a sra Charmou - disse Rony se afastando.


Harry permaneceu em silencio fitando o panorama a sua frente.Hermione o examinou disfarçadamente, ele não havia mudado muito, havia pequenas linhas de expressão em volta dos olhos e da boca e ele também estava um pouco mais encorpado do que ela se lembrava, mas nada, além disso. Apesar de tudo o que estava acontecendo não podia deixar de sentir os velhos sentimentos ressurgindo ao olhar para ele.Era o mesmo Harry apesar da frieza com que a vinha tratando


O que existe além daquelas pedras? - Harry perguntou abruptamente a tirando do seu devaneio.


Só algumas propriedades mais afastadas, a maioria está abandonada. Ainda são protegidas pelos mesmos feitiços de segurança que os donos colocaram há muito tempo, então ninguém se aproxima desses lugares.


A quem pertenciam? - perguntou compenetrado - isto é sabe se existe algum registro sobre os donos?


A ilha não tem uma biblioteca ou algo assim.


E você veio morar justamente aqui? - Rony se aproximou por trás


Mas existem algumas marcações nos mapas mais antigos - disse Hermione ignorando o comentário de Rony


Harry retirou das vestes o velho mapa que estivera examinando mais cedo e
o abriu cuidadosamente, tentando se localizar. Impaciente Mione apontou
para a esquerda do mapa.


Estamos aqui. E as casas que quer saber estão do outro lado.


Harry fingiu não se importar com a intromissão e continuou vasculhando o mapa.Havia poucas propriedades do outro lado da enseada.E o mapa não continha os nomes dos respectivos proprietários, apenas símbolos discretos. Identificou o que parecia ser uma seta torta, um desenho do que parecia ser um olho e bem escondida no canto estava uma letra B grafada em negro.



Black - Falou com um suspiro.


Black? - perguntou rony - Qual a relação?


Ainda não sei, mas não custa averiguar - disse deixando o mapa de lado - Acho que consigo chegar até lá pelas pedras . Fiquem aqui esperando o pessoal do ministério.Se eu não voltar em duas horas...


Eu vou com você!

Ah não vai não! - Disse Harry a Hermione - Esse é o meu trabalho e funciona melhor se você não ficar no caminho.


Eu detesto ter que te contrariar - respondeu tentando parecer menos irritada do que estava - Mas você está falando de trabalho ,quando o que está em risco é a vida do meu filho.Portanto eu vou com você.E não ligo a mínima se não gosta disso.


Ela sentiu o sangue ferver, mas se manteve altiva.A constatação de que ele achava que a companhia poderia atrapalhar era dolorosa, mas não ia se deixar intimidar. Saiu andando na frente sem dar tempo para qualquer replica. Encontrou mais dificuldades no caminho do que achou que teria.As pedras eram escorregadias e andavam contra o vento, o que também não ajudava. Descobriu que propriedade onde pretendiam chegar ficava mais longe do que aparentava.


Quando finalmente se aproximaram do local ,avistaram por entre as árvores que cercavam o lugar ,uma mansão de aspecto abandonado e sombria . Um feitiço executado por Harry abafou os passos dos dois.Seguiram cuidadosos por causa de possíveis artifícios de segurança.


Cuidado com a cerca viva


Avisou Harry quando passavam rente ao muro coberto por uma
trepadeira espessa.E que parecia se mover de modo estranho enquanto
passavam. Evitaram propositalmente o portão principal e circundaram a
casa a procura de uma brecha qualquer. O muro lateral quebrado em algumas
partes pareceu a oportunidade perfeita. Andaram por um jardim decadente,
até chegarem a mansão.Mais uma vez ignoraram a porta da frente e
decidiram entrar por uma janela que parecia particularmente precária .


Harry entrou primeiro e fez um sinal para que Hermione o seguisse. A sala
onde foram parar estava na penumbra a porta aberta para outro ambiente
deixava entrar a claridade de algumas tochas. Havia alguém ali.

Antes que pudessem dar um passo uma voz fria ecoou, vinda do salão em
frente.


-Entrem.Eu já estava esperando por vocês.


A janela atrás deles se fechou com um estrondo.Fazendo o coração de Hermione gelar.Automaticamente apertou com força o braço de Harry puxando-o contra a parede.

-É uma armadilha - Ele sussurrou para ela. - Me dê cobertura.


Se desprendendo da mão dela, Harry caminhou devagar para o salão. Hermione que se mantinha a um passo dele viu não uma, mas quatro pessoas lá dentro. Entre elas Josh. Um grupo de sombras era essa a definição mais aproximada, vestidos com capas e capuzes negros.Um deles segurava o menino pelos ombros.


-Veja só quem veio nos visitar!


A voz era de mulher.E tinha certeza que já a ouvira antes.


. - Josh!


Solte o menino e podemos negociar. - Disse Harry tentando ganhar tempo.


-Quer a criança? - Disse a mulher rindo e empurrando Josh para frente - Ele é todo seu .Mas não vamos negociar.


Joshua avançou para Hermione o mais rápido que pode mancava levemente ao
fazer isso .Com avidez ela puxou o filho para si .Mas não teve tempo de
raciocinar por que três rajadas vermelhas partiram dos outros
comensais.Harry que estava na frente revidou na mesma hora, mas
cambaleou ao se acertado no ombro por um dos feitiços.Mione ergueu a
varinha.


-Estupore!


Um dos vultos caiu inconsciente. Harry empurrou os dois de volta para a sala onde estavam antes.Mas não tinha jeito estavam encurralados.


-Querem brincar? Por mim tudo bem.


Um raio verde passou a centímetros deles arrancando um pedaço da parede. Hermione protegeu Josh com o corpo. Estava tudo perdido.


-Harry!


De fora da casa alguém chamou.Era Rony.


Estamos aqui Rony, é uma armadilha - Harry gritou e mais um raio passou raspando por eles.


-Reforços? Ah que pena, vamos ter que adiar nossa brincadeirinha. Mas não tem importância, já consegui o que eu queria. Mas ouça bem, se não estão gostando do que está acontecendo, Podem se preparar por que eu nem comecei.


As três sombras desapareceram instantes depois.Sem se dar ao trabalho de
levar o que havia sido estuporado.


Hermione abraçou Josh de forma possessiva e o ajudou a sair da casa.Ele
não estava chorando ou mesmo muito amedrontado, parecia apenas um pouco
pálido. Sentou-se com ele no jardim, para poder examiná-lo melhor.


Harry e Rony saíram logo depois, o homem desmaiado dentro da casa estava
agora devidamente amarrado.


Quem é ele? - Ela perguntou nervosa.


Não fazemos idéia, Mas com certeza é alguém descartável para ser deixado assim.


-Ele está bem? - Rony perguntou se abaixando e olhando para Josh.


-Estou com fome. - o menino respondeu de imediato.- e minha perna dói.


O que houve com a perna, querido? - Hermione perguntou enquanto erguia a barra da calça e revelava um corte profundo.


-Eles cortaram - disse Josh com simplicidade - E guardaram o sangue.


-Guardaram? - Perguntou Harry


-Não precisamos falar disso agora - cortou ela - Vamos para casa, vou te dar um banho quente e vai poder comer alguma coisa.


-Não precisa de banho - disse Josh fazendo uma careta - Só de comida!


Esperaram por pouco tempo a chegada do esquadrão mandado pelo
Ministério francês. E enquanto Josh era examinado por um médico e o
comensal que estava inconsciente era levado para interrogatório, Hermione
se aproximou de Harry que observava tudo de longe.


-A mulher que estava lá dentro... Aquela voz?


-Bellatrix Lestrange - Harry respondeu usando um tom sombrio


-Bellatrix está morta ,Harry ... Nós estávamos lá quando aconteceu.


-Acho que não está tão morta quanto gostaríamos. Mas não pense nisso agora, vá ficar com seu filho... Ele é um garoto muito corajoso.


As palavras faltaram para Mione. Ela fez um gesto afirmativo com a
cabeça e se afastou.Estava aliviada,por hora o pesadelo tinha terminado

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