A Reunião de Voldemort



Primeira Guerra Bruxa A Ascensão das Trevas Capítulo 1 A Reunião de Voldemort Notícias de assassinatos brutais e inexplicáveis rechevam os jornais trouxas todos os dias nos últimos tempos. Não se sabia mais em quem confiar, as noites eram mais escuras e as pessoas começaram a deixar de se encontrar em praças, caminhar sozinho nas ruas era um sacrilégio e aqueles que se arriscavam a passar pelas vielas certamente não tinham amor pela vida. E se para os trouxas estes eram tempos considerados obscuros, na visão dos bruxos, os trouxas estavam sob um dia ensolarado, pois para os bruxos não havia piedade alguma daqueles que caçavam pela noite, sem escrúpulos, os não nascidos bruxos e os traidores de sangue. Incontáveis eram os casos que apareciam e o Ministério da Magia se encontrava afogado pela burocracia. Este grupo de extinção eram os Comensais da Morte e estavam ocultos sob as vontades de seu líder, o Lorde das Trevas. Não nomeado por bruxo algum desde que começara a agir, o Lorde das Trevas arrebanhava seguidores que acreditavam que a parte suja da comunidade bruxa deveria ser extinta, seu poder crescia exponencialmente a cada dia e não somente em território britânico. O mundo se encontrava diante de uma verdadeira guerra, pois parte daqueles que possuíam poderes se achavam mais dignos do que os outros e lançavam mão de todos os artifícios para eliminar os impuros. E foi logo no começo de tais eventos que se realizou a mais secreta das reuniões bruxas de todos os tempos. Como grande estrategista, o Lorde das Trevas via como importante dar as diretrizes e mostrar a todos os seus seguidores em torno do globo uma lasca do seu incrível poder. O local de tal encontro era indistinguível, uma mata fechada e um lodo lamacento compunham grande parte do aspecto, mas ainda percebia-se olhares ocultos em meio as árvores, sussurros na escuridão indicavam uma vigilância permanente. Já passava da meia noite quando um indivíduo vestido á moda trouxa com sapatos e terno pretos simples tentava infrutíveramente passar entre os troncos retorcidos das árvores da mata fechada. Antes disto é claro ele já havia tentado aparatar no local combinado, mas percebeu rapidamente que haviam feitiços de proteção fortíssimos pelo local, sendo assim teve que se arriscar a cortar-se e machucar-se embrenhado em tal local. Entretanto a empreitada valia o esforço, quando terminasse tudo isso ele se sentiria satisfeito e isso era o que importava. Depois de certo apuro ele conseguiu chegar a uma pequena casa de madeira recoberta de musgo em que na porta havia um símbolo entalhado na forma de uma cobra. Bateu calmamente e foi recebido por um serviçal de aspecto murídeo, seu nariz lembrava um focinho alongado e seu corpo era coberto de pelos, embora estivesse vestido a rigor. Boa noite senhor, meu nome é Pedro Petigrew. O Lorde das Trevas o aguarda. - disse Rabicho em um inglês rápido que o estrangeiro se esforçou para acompanhar. Espero que sim. Por onde devo seguir? - disse o visitante com aspecto severo. Me acompanhe por favor. Devo avisá-lo que não iremos direto para onde o mestre está. Teremos que cumprir algumas tarefas antes disto. - informou o bruxo demonstrando medo. Eu já imaginava isto, principalmente depois do lodo lamacento e das árvores pelas quais eu tive que passar. Vamos logo então. - disse o outro impaciente. Neste momento as paredes se encurtaram e a medida em que andava o processo continuava rapidamente como se fosse prendê-los numa espécie de câmara. O homem de aparência de rato corria febrilmente pelo corredor que se estreitava como se procurasse uma lacuna a se esconder, enquanto o outro avaliava a situação e indagou ao outro bruxo: Você não tem idéia do que devamos fazer? Ah, sim, é claro. - como se de relance tivesse se lembrado de algo que o medo lhe impedira de dizer. - Há uma porta ao final do corredor, o senhor deve comprovar que é puro sangue colocando uma gota de sangue na porta. - disse seguindo rapidamente até a porta ao final do corredor. Os dois chegaram rapidamente a pequena porta que possuia espaço para somente uma pessoa visto que era pequena demais. O visitante rapidamente retirou a sua varinha e num rápido lance com a mão retirou uma gota de seu precioso sangue, instantaneamente a porta se abriu e o corredor que se estreitava ficou para trás. Um som grave incidiu depois que a porta se fecou atrás dos dois e estes perceberam o quão escasso era o tempo que tinham, pois a impressão é que teriam morrido em aperto no corredor anterior. A câmara que se revelava para estes agora era imensa e embora estivesse escura, pontuada por apenas alguns clarões de tochas ás paredes, percebia-se que aquele era um local de imponência. Ela era octogonal e em cada uma das suas oito paredes percebia-se uma porta com um símbolo branco diferente, ao centro um piso tão preto quanto as paredes lembrava águas calmas e refletiam no centro um globo de luz branca hipnotizante, eles caminharam até o centro e analisaram cada uma das paredes. O senhor deve escolher uma das oito portas, as quais se abrirão para salas diferentes. Devo alertá-lo que acompanhei cada um dos que vieram esta noite, sendo assim o senhor deve ter cuidado. - disse Rabicho com a voz tremendo. O outro bruxo olhando para as portas verificou que sua escolha não seria difícil, pois em questão de simbolismo ele se dedicava a muito tempo. Seu símbolo preferido estava ali como ele imaginara e caminhou calmamente até ele reparando que o pentagrama que se revelava diante de si tinha um significado intenso a cada dia que passava em sua vida. Ao tocar na porta ela se abriu revelando uma nova sala que talvez era a mais estranha que já vira em toda sua vida. Lembrava o laboratório da Ilha do Doutor Moreau, pensou o visitante, se recordando também que esta obra trouxa foi uma das que chegaram mais próxima á vida de um bruxo famoso como o senhor Moreau. Deixando divagações de lado percebeu que a sala era repleta de estantes e vidrarias, cabeças encolhidas, poções dos mais diversos tipos e algo do mais estranho e bizarro que se poderia ver. Com o estrépido da porta se fechando as suas costas percebera ele também que não havia saída para tal sala e não foi com surpresa que ele percebera o susto do bruxo atarracado chamado Rabicho. Impaciente com tais reações do outro bruxo mandou este calar-se e esperar enquanto ele observava a sala. O outro como um rato diante de um leão obedeceu de imediato e fez como se escondesse a um canto da sala esperando o mestre mandar. Seu medo, é claro, não era sem razão, pois ao mesmo tempo em que entraram na sala os líquidos contidos em alguns vidros começaram a se espalhar pelo chão. Colorindo-o com cores fortes e berrantes preenchiam a sala por completo lembrando a Rabicho cenas bastante desconfortáveis de afogamento. Mesmo em tal situação o outro bruxo demonstrara uma frieza digna dos sem-coração e com uma calma que certamente não vinha daquela sala andou calmamente. Era curioso para o bruxo estrangeiro que o Lorde das Trevas usasse de tantos subterfúgios como testes para chegar até ele, mas excentricidades não eram características incomuns a bruxos dominados pelo poder supremo. Reparando novamente nos objetos que preenchiam a sala percebeu cobras empalhadas, cobras dentro de vidros com um líquido viscoso e ainda outras suspensas. Uma mão cadavérica envolta de sombras ficava a um canto como se convidasse a qualquer um a tocá-la indevertidamente. Os líquidos que enchiam a sala pareciam não ter fim, pois já alcançavam o joelho do bruxo mais alto e mesmo assim continuavam a subir. Rabicho, que já não mais se encolhia a um canto como um rato, tinha tremelicos estranhos como se as poções ali contidas lhe perturbassem e de qualquer forma o outro continuava a observar pacientemente percebendo que havia algo que lhe chamava a atenção mais que os outros objetos. Uma mesa com tampa de vidro que em seu interior continha o mais interessante conjunto de anéis que ele já vira, eram de tamanhos, formas e símbolos diferentes. Engastados nos mais diversos materiais como diamantes, prata, esmeralda e ouro. Na parte frontal da mesa estava escrito “Á la carte!”. O tom convidativo da expressão espanhola lhe pareceu mais uma excentricidade do Lorde das Trevas e com um sorriso divertido no rosto abriu a tampa com um feitiço de sua varinha e escolheu um anel verde ácido com inscrições em uma língua estranha, mais estranho que a língua inscrita no anel foi a ardência em sua mão como em advertência a sua escolha, contudo neste mesmo momento ele teve a impressão de que um buraco fora aberto ao chão, porque o líquido que já lhe chegava a cintura começou a girar em torno do centro levando-os para a fenda circular. Rabicho não conseguiu se controlar e agora chiava loucamente amedrontado com tal situação. Engolfados pelos líquidos e sentindo que a qualquer momento poderiam se afogar finalmente perderam a sensação de qualquer parte do corpo como se a morte lhes tivesse apanhado. Contudo mortos não tem percepção de que estão mortos, pensou o visitante e tão logo tivera este pensamento abriu os olhos lentamente e a claridade que chegou aos seus olhos foi lancinante, mas aos poucos se acostumou e viu que estava diante de um longo corredor. Este novo corredor que se delineava a sua frente continha quadros gigantescos com bruxos e bruxas famosos ao longo da história. E de forma a ser uma homenagem áqueles que durante a história se dedicaram á causa dos sangue puro foi sem choque que ele viu ao teto a imagem de Salazar Slytheryn, o qual empunhava em mãos um cajado imenso no qual uma cobra se envolvia e no peito tinha um medalhão. Á frente no corredor havia uma caixa sobre uma mesa que ao levantar o bruxo abriu com um movimento da varinha e de dentro dela saiu a coisa mais estranha que ele poderia encontrar naquele lugar. Um mendigo disforme e maltrapilho, empunhando em uma mão uma vara e na outra mão um dedo indicador apontando febrilmente para o bruxo. O medo pela primeira vez se espalhou pelo seu corpo naquela noite e ele percebeu que talvez sua demanda estivesse totalmente relegada ao fracasso e neste mesmo instante ele percebeu que havia algo errado, levantando sua varinha gritou “Riddikulus” e o homem a sua frente se tornou um palhaço com bolas coloridas na roupa e fez um breve barulho retornando a caixa. Ao final do corredor uma pequena luz apareceu e na mente do viajante já estava na hora de tudo isto acabar. Atendendo aos seus pedidos havia uma nova porta ao final do corredor no qual ele e Rabicho haviam caminhado e que quando aberta revelou finalmente a voz sibilante do tão aguardado Lorde das Trevas. - Finalmente chegou nosso último convidado, senhores. – disse Lorde Voldemort. – Já não era sem tempo Rodoberto, como foi sua chegada? - Desculpe-me a demora Mestre, tive alguns contratempos. – disse Rodoberto reverente. - Posso me retirar Lorde das Trevas? – disse o titubeante Rabicho. - Não, você deverá ficar presente. Nagini, fique de olho neste rato, caso ele faça algo estranho, pique-o. – disse Voldemort e com um movimento rápido tornou-se aos presentes que se levantaram no mesmo momento. – Sentem-se todos. Senhoras e senhores, estamos aqui reunidos como todos vocês sabem para um único fim. Eliminar toda raça de sangues-ruins e traidores da face deste planeta. A partir deste momento começa a nossa revolução. Estejam dispostos a me seguir e eu os recompensarei com glórias infindáveis. Todos vocês que vieram de longínquas partes do mundo tem um dever para com o futuro de todos os bruxos, sendo assim eu como vosso líder darei início a este intento demonstrando nossa força. Será feito um ato comum em um dia que estipularei e a partir deste momento deverão ser dominadas todas as formas de poder da comunidade bruxa. Primeiro infiltrem-se nos Ministérios da Magia e Presidências Bruxas em torno do mundo, espalhem a idéia de que há um mal que tem de ser estirpado, todas as mídias devem ser utilizadas para isto, por fim as escolas e outras instituições de ensino devem ser dominadas para que nossa revolução seja completa. – seguia Voldemort em seu discurso inflamado. Ao mesmo tempo Rodoberto contemplava o bruxo discursando e assentia a cada palavra de ordem. Havia porém, duas coisas naquela sala que lhe tiravam a atenção, uma bela mulher ruiva, que se chamava Belatriz Lestrange, a qual se deliciava com as palavras do Mestre e a outra coisa que o incomodava era um bruxo vestido escalafobeticamente ao seu lado. Não que este bruxo fosse mais anormal do que o bruxo chinês que sentava a sua frente e tinha tiques estranhíssimos, mas Rodoberto pressentia que algo estava para acontecer. - Senhores, este é o começo de um novo... – enquanto Lord Voldemort falava o bruxo estranho ao lado de Rodoberto começou a se contorcer. Seu rosto ficara deformado e desesperado sacou a varinha de seu bolso apontando-a para o peito do seu vizinho. Entrementes os bruxos ao redor apontaram varinhas para o estranho sujeito que obviamente havia tomado a Poção Polissuco. - Não, esperem. – chiou o Lorde das Trevas. - Eu já esperava que isso fosse acontecer, não é meu caro, Carácato Dearborn, tão esperado quanto previsível. Eu imaginava que Dumbledore não ia deixar de mandar um representante seu a essa nossa confraternização. Eu, é claro, já estava prevenido contra isso. Quando você entrou em contato com os líquidos expelidos das garrafas os efeitos da sua simples Poção Polissuco perderam validade. Mas devo crer que sem autorização de Dumbledore você também tomou uma Felix Felicis, o que certamente possibilitou sua chegada até aqui, seu efeito obviamente acabou assim como o da primeira poção. Contudo ainda me pergunto por que Dumbledore que se acha tão sábio permitiria que um de seus aurores da Ordem da Fênix fizesse um truque tão barato e infantil. Que pena que não terei essa resposta, mas demonstrarei diante de vocês meus caros que o poder de Lorde Voldemort não pode ser confrontado por ninguém, nem por você seu maltrapilho, nem por aquele velho gagá, diretor daquela escola que já está podre pela presença de tantos semibruxos. Rabicho, traga-o aqui. - Saiba que eu posso ser morto, mas outros virão para te destruir no futuro – gritou Carácato – E saiba também que há coisas que você nem espera acontecer... - Não tenho medo de bravatas e palavras soltas no ar, sua morte será dolorosa e rápida. Começarei com LEVICORPUS, para garantir sua imobilidade e depois, é claro, CRUCIO – com este feitiço Dearborn começou a gemer e entre seus gritos ouvia-se a risada dos presentes. Por fim o bruxo molhou as calças de tanta dor. – Quer dizer que você nem mais controla sua bexiga, Carácato? Já que é assim é melhor a morte, AVADA KEDAVRA! – Um jorro de luz verde saiu da varinha de Voldemort e Carácato caiu no chão sem vida alguma.- Levem-no para longe de mim, ou melhor, Nagini faça o que quiser com o corpo dele. Ante a morte do bruxo os presentes se calaram e as gargalhadas cessaram, nenhum som era ouvido no local a não ser o som do corpo sendo levado para longe pela cobra. Rodoberto ficou pensativo imaginando por que motivo esse auror praticamente se matou por uma causa já perdida, pois o poder dos anti-sangue-ruins já era muito forte. Em meio á esses pensamentos Voldemort voltou a falar. - Mesmo que um sangue-puro te desafie pelo bem de um sangue-ruim não tenha piedade. – disse com nojo Voldemort.- Vocês serão avisados do modo habitual, ou seja, pela marca em cada um de seus braços sobre a data do nosso evento mundial, espero que vocês cumpram e continuem nossa nobre tarefa. Isto é tudo! Todos os presentes ao final cumprimentaram o Lorde das Trevas e se retiraram. Rodoberto, antes de sair, pousou seus olhos sobre Belatriz imaginando que esta não seria a última vez que ele a veria. Por fim, agradeceu ao Mestre pelas palavras e pelo ato, jurou fidelidade e foi-se embora da mesma forma que veio em corpo, mas em mente ainda duas coisas estavam lhe martelando, a bela Belatriz e os motivos da presença daquele auror. ________________________________________________________________ POR FAVOR COMENTEM ESTA NOVA EDIÇÃO DA FIC. ________________________________________________________________

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.