Encontros e Diretrizes



Encontros e Diretrizes





O Beco diagonal de vinte anos antes não era muito diferente do que Harry conhecia. As mesmas lojas o mesmo movimento frenético de centenas de bruxos e bruxas que passavam diariamente por ali. Tinham seguido para o Beco, pois parecera ser por hora o lugar mais seguro.Ali poderiam se misturar e "reconhecer o território" como dissera Hermione.


Não precisariam ir ao Olivaras, embora Harry se sentisse tentado a comprar a outra varinha igual à sua que, provavelmente, ainda estava à venda. Precisaria de uma coruja já que Edwiges havia ficado no "futuro". Entraram numa loja que parecia extremamente nova, embora Harry se lembrasse dela com muito mais pó e todo o tipo de velharia. Viu uma enorme coruja marrom de aparência ameaçadora. Parecia forte e rápida: seria aquela mesma. Não havia tempo para escolher. Batizou-a de Thor. E em seguida seguiu para o Caldeirão Furado, aonde iriam se hospedar.


Alugaram dois quartos: um para os meninos e um para as meninas, é claro. O quarto era realmente pequeno, mas iria servir até chegarem em Hogwarts. Eles não faziam idéia de como entrar lá sem serem oficialmente convocados a estudar na escola. E isso era um problema que resolveriam depois, a noite tinha chegado e tudo que Harry precisava agora era dormir.


“ Precisamos de um plano de ação - Disse Hermione durante o café da
manha - Se começarmos a interferir aleatoriamente nos acontecimentos
podemos causar mais mal que bem .”


“ O que você sugere? - Perguntou Harry”


“ Primeiro devemos esclarecer nossos objetivos.”


“ Nosso objetivo é parar Você sabe quem - respondeu Rony com a boca
cheia”


“ Não é tão simples assim Rony, para parar Voldemort - Ela falou
abaixando o tom de voz - Vamos ter de agir em várias frentes .”


“ Do que você está falando? - perguntou Harry”


“ Não basta nos unirmos aos que são contra Voldemort, no final das
contas não faria qualquer diferença.Estou falando de enfraquecê-lo, minar
as forças que o sustentam.”


“ E como vamos fazer isso - Perguntou Gina franzindo o rosto.”


Hermione não respondeu de imediato, abaixou-se e retirou da mochila que trazia consigo um grande livro empoeirado.


“ Vejam - disse entregando o livro a Rony - Peguei emprestado na
biblioteca antes de sairmos.”


Rony folheava intrigada a publicação, cuja cada pagina estava divida em 15 quadrinhos preenchidos com letras e figuras minúsculas.


“ Eu sei o que é isso - Exclamou Neville - Meu tio-avô que é historiador,
tem alguns destes em casa, è um livro - arquivo.Não é?”


“ Exatamente, são encadernações do profeta diário - falou Hermione se
inclinando sobre a mesa e batendo de leve com a varinha em um dos
quadrados desenhados no na pagina aberta.”


Imediatamente o quadrinho cresceu e saltou para fora do livro se
transformando em uma edição completa do Profeta Diário.


“ Esse livro cobre quatro anos de publicações diárias do Profeta, com
isso poderemos saber com antecedência cada passo de Voldemort.”


“ E nos antecipar a eles - Completou Harry.”


Harry pensou em quantos ataques a pessoas inocentes poderiam evitar. Quatro anos de arquivos não cobriam todas as ações do Lorde das Trevas, mas mesmo assim o livro seria uma arma fantástica.


“ Parece ótimo - disse Rony se levantando e sendo seguido pela irmã - Eu e
Gina temos algo a resolver hoje...”


“ Vocês não estão pensando em... - Perguntou Hermione desconfiada.”


“ Pensando não, nós vamos a Toca - Cortou Gina decidida.”


“ Não se preocupe não vamos falar com eles ou coisa assim - Disse Rony -
só queremos vê-los mais uma vez... Ter certeza que estão bem.”


Harry sabia muito bem o que Rony devia estar sentindo. Se fosse ele teria
voado direto para a Toca, antes mesmo de qualquer coisa. Afinal fora por
suas famílias que abriram mão de tudo. Hermione também pareceu
compreender e se calou.


“ Peguem minha capa antes de ir - falou Harry - Vai manter vocês seguros
e permitir que se aproximem mais.”


Rony apenas sorriu em resposta.O primeiro sorriso que ele dava desde que tudo aquilo começou.


Enquanto Hermione aproveitou o resto da manhã para examinar o Jornal dos próximos dias e tentar achar alguma coisa que pudesse ajudá-los. Harry e Neville aproveitaram para andar livremente pelo Beco. Poder ir aonde quisesse sem ter uma multidão de bruxos apontando para sua cicatriz era uma sensação nova para ele. Pararam na Florean Fortescue para tomar um sundae e observar o movimento. Estavam a duas semanas do inicio das aulas e muitos alunos de Hogwarts e seus pais passavam carregados de material escolar.




Na Artigos de qualidade para Quadribol , A novíssima " Nimbus 1005" ocupava um lugar de destaque . Aproveitou também para passar em Gringotes e depositar o ouro que tinha conseguido trazer. Não era nenhuma fortuna, mas talvez se economizassem os cinco poderiam se sustentar até conseguirem se formar.




Hermione saiu quase correndo do Caldeirão Furado.Poderia até pular de tão eletrica que estava, precisava contar a Harry e Neville o que havia descoberto. Com o livro firmemente preso em seus braços começou a percorrer o Beco Diagonal em busca dos dois. Caminhava devagar tentando enxergá-los em algum lugar. Estava quase desistindo quando o viu. Harry estava de costa olhando para a vitrine de esportes.Lógico onde mais Harry estaria? Sem se conter correu ao encontro dele e colocou a mão em seu ombro.


” Nossa Harry, onde você se meteu?”


O garoto se virou e, para a surpresa de Hermione, não se tratava de Harry; mas sim de Tiago. Ela reconheceu assim que viu os olhos castanhos: só podia ser ele.


”Harry? Desculpe. Acho que você está procurando a pessoa errada. - ele então olhou Hermione dos pés à cabeça - Mas talvez eu possa te ajudar a encontrar! - e levou à mão aos cabelos tentando atrapalhá-los.”


Hermione exitou por alguns momentos. Harry ficaria eufórico ao poder falar com o pai pela primeira vez na vida, mas ao mesmo tempo, isso poderia prejudicá-los: A semelhança dos dois era evidente. Não resistiu: era muito tentador, tinha apresentar Harry a seu pai.


” Claro... Er... Estou procurando um amigo, tem 16 anos e, é claro, se parece muito com você. - Hermione achou melhor preveni-lo - Na verdade, ele é idêntico.”


”Deve ser muito bem apessoado então! - gabou-se num sorriso que Hermione não considerou arrogante, mas sim muito charmoso.”


” Vamos então... Ele deve estar olhando vassouras em algum lugar.”


” Joga quadribol, creio.”


”Eu ou ele?”


” Ele. - respondeu Tiago meio confuso.”


” Ah... É. - Hermione se sentiu tola. Era óbvio que estava falando de Harry.”


Andaram por alguns minutos enquanto Tiago contava a Hermione (que fingia não saber de nada) sobre as maravilhas de Hogwarts. Ela havia feito se passar por uma aluna de outra escola que havia sido transferida.


” Hum. E é claro! Já ia me esquecendo! Temos “Ranhosos"! - disse o garoto com tom de riso - É ele quem faz aquela escola valer a pena. É claro que o Quadribol ajuda, mas nada como brincar um pouco com o velho Ranhoso! - e passou a mão nos cabelos. Hermione não fazia idéia de quem deveria ser Ranhoso.”


” Harry! Ah, Harry! - disse à garota que avistou o garoto olhando a vitrine de uma loja de caldeirões. - Harry, gostaria de apresentar-lhe Tiago Potter!”


O garoto virou-se numa expressão de susto. Seus olhos verdes cruzaram com o olhar de Tiago e, pela primeira vez que Harry se lembrava, ele foi notado por seu pai.


” Prazer, sou Tiago Potter! Apanhador da Grifinória! - disse estendendo a mão ao filho.”


Com as mãos trêmulas Harry tomou coragem e apertou a mão do pai. Segurou para não chorar nem para fraquejar.


” Prazer! Sou Harry Potter! Ap... Jogo Quadribol também! - não parou para pensar antes de responder. Havia se entregado.”


” Potter, hã? - disse levando a mão à cabeça - Quer dizer além de ser quase meu irmão gêmeo você tem o mesmo sobrenome? Isso vai ser divertido.”


” TIAGO! - uma voz chamou de outro lado do beco Diagonal. Um garoto bonito de cabelos pretos : Sirius .”


” Bom, tenho que ir! Prazer em conhecê-los Harry e Hermione! - e colocou-se a correr em direção ao amigo.”


Harry ficou olhando boquiaberto o pai atravessar a rua, então se recompondo olhou para Hermione.O que ela achava estar fazendo? Depois de toda aquela conversa sobre tomar cuidado... Justamente ela fazia aquilo.


“ Você enlouqueceu? - Harry perguntou irritado.”


“ Desculpe Harry, achei que você gostaria... Quer dizer... Você mal se
lembra dele então... - Falou Hermione sem jeito”


“ Claro que eu queria conhecê-lo, mas não desse jeito... Aonde você o
encontrou?”


Neville que havia acabado de sair de uma loja veio ao encontro dos dois.


“ O que aconteceu? - Perguntou percebendo a tensão no ar.”


“ Acabei de ser apresentado ao meu pai - respondeu Harry num sussurro
olhando feio para a amiga”


“ Depois falamos nisso - Cortou Hermione - Eu estava procurando vocês
dois por que achei uma noticia sobre as próximas ações de Voldemort”


O aborrecimento com Hermione passou quase instantaneamente. Sem fazer mais perguntas os garotos a seguiram de volta. Ela os levou até seu quarto e pediu que Neville fechasse a porta enquanto retirava um jornal do livro e o estendia sobre a cama.


“ Aqui - Disse Hermione apontando para um artigo pequeno.e lendo em voz
alta um pequeno trecho”


"Dois funcionários do Ministério desaparecem misteriosamente".


" Charles Bloomer e Harriet Fisher desapareceram misteriosamente ontem a noite após sair do trabalho .Os pertences de ambos foram achados jogados na calçada.Tudo leva a crer que se trata de um seqüestro.O Ministério informou que está investigando o caso e que ainda não há qualquer informação sobre o paradeiro dos dois."


“ Isso vai acontecer amanhã a noite.- disse Neville olhando a data do
jornal”


“ Pesquisei outras noticias sobre o caso, os dois vão aparecer
desmemoriados daqui a três dias. E uma semana depois vão ser acusados de
roubar documentos do Ministério. Um caso claro do uso da maldição
Imperius...”


” Podemos começar com isso - Falou Harry pensativo - Uma carta anônima ao Ministério deve impedir o tal seqüestro.”


” Não causaria nenhum dano permanente a organização de Voldemort mas qualquer coisa que pudessem fazer para dificultar as ações criminosas dele e de seus comensais valeria a pena.”




Hermione começou a redigir a carta logo após o almoço.Com a ajuda de uma pena de caligrafia escreveu e assinou três cartas diferentes. Duas delas destinadas as próprias vitimas O resultado final ficou bastante satisfatório na opinião de Harry. Só estavam esperando a chegada de Rony e Gina para despachar as cartas. O que só aconteceu só no fim da tarde.


Rony e Gina chegaram absolutamente exaustos e felizes.


” Olá! O que estão fazendo? - perguntou Gina.”


” Escrevendo cartas anônimas para o Ministério - respondeu Hermione sem tirar os olhos do papel”


”Como foi a visita? - perguntou Harry interessado”


Gina se jogou em uma das camas e Rony fez o mesmo.


“ Foi fantástica -exclamou Rony sorridente - Ficamos de Tocaia a tarde
inteira...”


“ Vimos mamãe e ela estava tão magra! - disse Gina - ah Gui e Carlinhos também estavam lá ,os dois ainda são tão pequenos ... Só não vimos papai por que quando chegamos, ele já tinha saído para trabalhar.”


Um coruja entrou voando pela janela no exato momento em que o grupo descia para jantar, derrubou um abajur, quebrando-o. Hermione reparou o objeto e retirou os muitos envelopes das garras da ave. Harry pôde ver que estavam selados com cera vermelha, na qual um grande H pomposo estava cravado.


”São de Hogwarts! - gritou o garoto e logo abriu o que estava em seu nome.”


"Caro Harry James Potter,"



" Nosso sistema de aprovação nos indicou a sua presença em nosso país e, ao que tudo indica, você não possui escola fixa. Por favor, nos envie uma carta-resposta explicando-nos a sua situação. Em caso de transferência, faz- se necessário a sua visita (tal como a de seus pais) na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Acesso pela estação King's Cross, Expresso de Hogwarts.


Atenciosamente,
Minerva McGonagall, Vice-Diretora."



Ao que tudo indicava todos pareciam ter recebido as mesmas cartas.


“ Como nos encontraram? - perguntou Rony confuso. - Eles não podem prever
o futuro, podem? Digo. McGonagall. Pode?”


” Ah Rony! Se você tivesse lido Hogwarts - Um história -começou Hermione. E Rony fez uma careta. Ela ignorou: - saberia que as cartas não são todas enviadas pessoalmente pelos professores. O sistema que envia cartas aos novos alunos é o mesmo que localiza magia ilegal praticada por estudantes, assim como no Ministério.”


” Pra quê eu vou ler Hogwarts - Uma História, se você já decorou e está sempre perto de mim? - debochou Rony.”


” Talvez nem sempre eu esteja! - irritou-se Hermione. - Mas isso não importa agora. O que realmente importa é que teremos que ir até Hogwarts e explicar nossa situação e... O que é pior: Com nossos pais.”


” Isso é inviável, Mione! - disse Harry. - isso não tem fundamento mesmo! Como vamos entrar para a escola agora?”


” Só há um jeito: contando a verdade a Dumbledore.”


” Ele é louco, mas não tanto. - disse Rony.”


” Ora, Rony. Ele saber perfeitamente bem que viagens no tempo são possíveis. E se a gente puder falar com certeza algo sobre o "futuro" que ele veja acontecer ele vai acreditar em nós.”


” Isso é tão complicado. - disse Neville, pela primeira vez - Mas talvez dê certo. Se pudermos usar alguma informação importante do jornal que a Mione arranjou podemos nos sair bem.”


” É. Acho que é uma boa possibilidade. Mas só deveríamos fazer isso em último caso. Estava pensando... Poderíamos contratar alguém para se fazer de parente. Não seria muito difícil, seria? - Disse Gina.”


” Não temos muito dinheiro - falou Harry - Poderíamos apostar numa corrida de Hipogrifos ou coisa assim!”


” Ótima idéia! - gritou Rony - É tão boa que eu diria que é minha!”


” Eu também. - disse Hermione com medo. -Mas se apostarem só um pouco é uma boa tentativa... Afinal o dinheiro não é só meu e, pela cara de Gina e Neville, eu sou voto vencido.”




Não foi difícil encontrar a arena subterrânea de Corrida de Hipogrifos em Londres. Harry se perguntou quantas mais coisas mágicas estavam enterradas na cidade. Apostaram tudo no "Asa Delta", hipogrifo número 17. Era, de acordo com a sessão de esportes do Profeta Diário, o vencedor daquela noite.. Embora tenha ficado em segundo durante toda a prova, Asa Delta bicou Voador Flamejante na reta final, arrancando-lhe pedaço da asa, o que resultou, é claro, na vitória do número 17. Os garotos ganharam uma quantia considerável, visto que todos apostavam em Voador Flamejante. Seria o suficiente para alugar alguém e ainda sobraria um pouco.




Tiveram que ir à Travessa do Tranco, visto que o Beco Diagonal estava geralmente cheio de pais e pessoas de bem. Lá contrataram Liturgo Linderwall, que incrivelmente se parecia um pouco com cada um. Cabelos ruivos e crespos, olhos muito verdes, pele muito clara e bem gorducho (de rosto redondo). Não parecia o mais confiável, mas poderia se passar por "tio de todos"; sem falar que tem a loucura necessária para mentir para Dumbledore em Hogwarts.




Na data marcada por uma segunda coruja os cincos entraram no Expresso de Hogwarts, esperando encontrar Liturgo ao chegarem lá. Era estranho andar no expresso fora de época. O trem era mais vazio do que o habitual. Havia outras pessoas que, em sua maioria, pareciam com pais indo resolver pequenos problemas dos filhos.


O trem parou e os garotos desceram. Hagrid não estava à espera deles, é claro. Nem era início das aulas. Mas um pequeno bruxo que se apresentou como Paul Axwell os conduziu até a sala de Dumbledore. A ausência de Liturgo era preocupante, Hermione os acalmou dizendo que, provavelmente, o bruxo os estaria esperando na sala do diretor.


” Picolé de Ceroulas! - gritou o pequeno bruxo, e a entrada para a sala de Dumbledore se abriu.”


Dumbledore parecia tão velho quanto sempre fora, embora estivessem muitos anos no passado. Era evidente que as preocupações e as guerras que marcaram o mundo durante os ataques de Voldemort ainda não haviam ocorrido e, por isso, menos rugas pareciam habitar o rosto do diretor.


” Boa tarde, meus jovens! Como vão? Sou Alvo Dumbledore, Diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, a qual vocês terão o prazer, creio eu, de conhecer mais tarde.”


Os garotos se apresentaram um a um timidamente. Mas Dumbledore pareceu estranhamente intrigado a respeito de Harry.


”Você me lembra um aluno da Grifinória, uma de nossas casas. Tiago Potter é sue nome. E além de partilharem as mesmas características físicas vocês compartilham o mesmo sobrenome, não é intrigante? - e olhou para os garotos por cima dos óculos de meia lua. Um olhar sábio.”


” Creio que sim. Eu...Er... Acho que vi esse garoto no Beco Diagonal. Ele também pareceu assombrado com essa coincidência. - improvisou Harry. Quanto menos mentiras contassem, menos poderiam se enrolar no futuro.”


” E mais assombroso do que isso - continuou Dumbledore gentilmente - é o fato de vocês todos serem primos de primeiro grau e apenas os garotos ruivos possuírem o mesmo sobrenome. - ele sorriu - Como é mesmo o nome do avô de vocês?”


” Ulrich Longbotton Weasley Potter Granger... Er. Letterman! - respondeu Rony.”


Dumbledore riu.


” Isso explica muita coisa, não é?


” Parece que sim. - disse Gina, fuzilando Rony com o olhar. E estava realmente preocupada com o atraso de Liturgo. - Creio que nosso tio já está vindo. Ele teve alguns problemas e já não estou tão certa quanto à sua presença.”


” Mas isso é uma pena, não é? - disse Dumbledore sem deixar transparecer desconfiança. -Pelo o que li na carta ele é o único dentre os irmãos que pôde vir ao Reino Unido.’


” É. Somos Australianos. - disse Neville tentando parecer o menos inglês possível.”


Os outros quatro olharam incrédulos para o garoto. Australianos? Mas o que, por Deus, ele estava pensando?


” Mas... Nós... Nós visitamos muito o Reino Unido! Nossa tia Solange mora em Londres. - tentou consertar Gina.”


” E por que ela não pôde os acompanhar hoje? - perguntou o diretor que parecia estar segurando uma gargalhada.”


Hermione parecia que ia chorar. Só naquele momento percebera o quão estúpida essa idéia tinha sido. Não ousava falar. Mas de qualquer forma, se tudo mais falhar, poderiam provar por previsões o que estavam fazendo ali.


” Ela... Morreu. - respondeu Harry (e se sentiu realmente patético ). -Hum... Hoje. - e se sentiu tão burro quanto Goyle em pessoa.”


” Ah. Isso explica a cara de riso da Srta Weasley. - disse Dumbledore com um sorriso bondoso. -Bom. Antes que se enrosquem em mais mentiras, gostariam de perguntar quem vocês realm...”


Mas nesse momento a porta se abriu e o pequeno bruxo narigudo gritou.


” Liturgo Longweasley Potterbotton Granger, o Tio.”


Hermione se perguntou como alguém poderia errar tanto seus sobrenomes. Mas a resposta veio em seguida. Ao contrário do sério homem que conheceram na Travessa do Tranco, a pessoa que adentrava na sala do diretor era um Liturgo completamente bêbado, que nem se dera o trabalho de esconder com um saco de papel a garrafa de wisky que trazia na mão.


” Boa tarde, Doutor Dumbledorrrrr...Ic! Sou Liturgo Longranger Potter, tio dessa garotinha linda! Orgulho de titio! - disse apertando as bochechas de Neville. -Não são umas... IC!... Graças?”


”Certamente que sim! - disse Dumbledore com um meio-sorriso na cara. Harry Olhou para Hermione que parecia preste a se jogar pela janela. -Principalmente a "garotinha". - e Neville corou.”


” Eu vim aqui pedir, Lorde Bumdledore, que o doutor aceite meus pobres sobrinhos que estão desde a saída da Nigéria pedindo para estudar aqui, como o Milorde bem sabe!”


” Nigéria? Interessante. Na parte oriental? Quase esquina com a Austrália, creio eu.”


” Certamente que sim. Temos uma bela vista. IC!... Dos Andes da nossa casa.”


” Chega. Meu tempo está contado hoje. Não sei qual é o seu parentesco com esses garotos, Senhor Longpotter, mas gostaria que nos desse licença por alguns instantes. Paul irá acompanhá-lo até o lado de fora onde poderá tomar um bom chá.”


O pequeno homem conduziu Liturgo para fora da sala e todos ouviram o baque de alguém tropeçando antes que a porta se fechasse. Um silencia tenebroso se abateu sobre a sala. Antes que Dumbledore falasse uma só palavra, Harry tirou um pedaço de pergaminho do bolso e entregou à Dumbledore. A carta que o diretor escreveria depois de vinte anos.


” Eu arrisquei. - disse ele e voltando á sua cadeira. - Por isso estamos aqui!”


Dumbledore olhou para o pergaminho por alguns segundos. Parecia extremamente intrigado.


” Não costumo me contradizer, Senhor Potter. E por isso ficaria grato se vocês comparecerem à nossa escola no dia primeiro de Setembro para dar início ao seu ano letivo. Apenas gostaria que me explicassem melhor isso.”


Os garotos fizeram um pequeno resumo de sua história. Citaram Voldemort, mas explicaram que não era ele o seu objetivo maior. Após algumas perguntas do diretor sobre o tamanho de sua barba no futuro, ele conduziu os garotos até a saída.


” Ah! E não se esqueçam, garotos! Como todos os novos alunos vocês serão testados pelo Chapéu Seletor.”


” Grifinória, com certeza. - disse Rony.”


” É. Talvez. - respondeu o diretor com um estranho brilho
no olhar.”

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