A taça, a lontra e a garota



Quarto de Harry

Meia-noite

Harry estava sentado em sua cama olhando para Hermione que estava de pé em sua frente. Ela tinha aquele olhar mandão que ele tanto adorava.

“Pois então, senhor Potter, você vai me dizer a verdade sobre porque eu é quem deve destruir a taça? E não me venha com aquela conversa de que um texugo é mais parecido com uma lontra do que um terrier!”

Sorrindo e segurando a cintura da garota, Harry respondeu:

“Ora, Hermione, por que eu mentiria?”

“Não me venha com essa cara, Harry!”

“Eu não consigo de esconder nada, não é?”

Hermione deu uma risadinha marota.

“Não.”

“Tudo bem. Mais antes eu quero um beijo. Sem beijo, nada feito.”

Hermione levantou uma sobrancelha mas acabou se inclinando e dando um beijo em Harry...na bochecha!

Que decepção!

“Ah! Isso não vale!” - exclamou ele.

“Você pediu um beijo. Só não disse aonde.”

“Você é muito espertinha para o seu próprio bem, sabia?”

Hermione concordou com a cabeça.

“Tudo bem. Senta aqui que eu vou te contar” - disse ele finalmente, sentando ela em seu colo. “É por causa da lealdade, Hermione.” - E ele contou à conversa que tivera com Dumbledore.

“Oh, Harry!” - Hermione realmente não sabia o que dizer.

“E eu não posso contar a verdade para Rony, não é?”

“É, ele iria ficar bem chateado.”

“Bem, agora que eu te contei sobre minha conversa com Dumbledore que tal me dar um beijo...decente!”

“Hum...não se...” - Porém ela nunca concluiu o que estava dizendo pois Harry a beijou.

A garota nem se deu ao trabalho de protestar. Aliás, protestar para quê? Ela estava adorando! As mãos dela massageavam o incrivelmente desalinhado cabelo de Harry enquanto as mãos dele percorriam suas costas por de baixo da camisa de seu pijama.

Após alguns minutos eles quebraram o beijo, necessitando de ar. Nenhum disse uma única palavra. Gentilmente, ele a deitou na cama e posicionou-se em cima dela. Sem pedir permissão, Harry começou a desabotoar a camisa de Hermione e ficou gratamente surpreso ao descobrir que ela não estava usando sutiã.

“Desapontado, Harry?” - ela perguntou com uma voz deliciosamente maliciosa.

“Pelo contrário, minha princesa!”

Harry começou, então, a beijar e lamber os belos seios da amiga. Oh, Merlin! Ele estava faminto! Sutilmente, ele foi descendo sua língua pelo estômago de Hermione, o umbigo, a barriga...

Foi então que ela pediu para que ele parasse. Por mais que estivesse nas nuvens, Hermione não queria ir muito além.

O jovem bruxo ficou um pouco desapontado, é claro, mas não disse nada. Antes de tudo, ela era a sua melhor amiga e ele iria respeita-la.

Harry saiu de cima dela e deitou-se ao seu lado, abraçando-a bem apertado.

Eles dormiram juntos naquela noite. Apenas dormiram mas Harry teve certeza de uma coisa: Hermione Granger era a maior felicidade que ele tinha na vida.


--------------------------------------------------------------------------------
Quatro de Setembro, sete horas da manhã.

Godric’s Hollow, País de Gales..

Dentro do cemitério público de Godric’s Hollow, somente alguns pássaros ouviram uma série de POF’s. A aparição de três adolescentes seguiu o som: Dois garotos e uma garota.

"Caracas!" exclamou o menino ruivo. “Godric’s Hollow, até que enfim! Bem, estão todos inteiros? "

A garota rolou os olhos e murmurou algo. O outro garoto remanesceu silencioso. Seus olhos verdes pareceram fazer a varredura do jardim de pedra na frente deles.

"Harry?" a menina disse, pondo sua mão direita sobre seu ombro. "Você está bem?"

O som de sua voz o despertou.

"Oh, certo, Hermione." Suspirou profundamente, "Bem, vamos indo. O Lupin disse-me a posição-... da sepultura."

Hermione e Rony assentiram com suas cabeças e seguiram o amigo.

A sepultura dos Potters não era demasiadamente distante da entrada do cemitério. Era uma sepultura simples, de pedra com uma cruz céltica entalhada e as seguintes palavras:

Tiago Potter Lílian Evans Potter

1960 1960

+ 31/10/1981 +31/10/1981

Amigos e pais devotados.

Dois verdadeiros grifinórias que nunca serão esquecidos.

Sempre em nossos corações,

Seus amigos e filho.

Sem perceber, Harry deixou-se cair de joelhos, lágrimas caindo de seus olhos. Hermione e Rony saíram para uma caminhada, aquele momento era somente para Harry, ele precisava ficar sozinho.

"Mãe, Pai." – ele manejou dizer entre pequenos soluços- "Sou eu, Harry. Eu sinto muito não ter vindo aqui antes. Eu tenho dezessete anos agora, não sei se vocês podem me ver... eu moro na casa da família de Sírius, bem, a casa é minha agora. Eu moro lá coma prima de Sírius, Tonks, o Lupin e os meus dois melhores amigos: Rony e Hermione.”

"Eu sinto muito a falta de vocês! É duro, sabe...”

Harry continuou à falar silenciosamente com seus pais até que ouviu que a voz de Rony.

"Harry, cara. São quase nove horas da manhã."

"Oh," Harry disse e levantou-se da grama. Tinha o rosto molhado pelas lágrimas . "Sinto muito, eu não achei que iria chorar," ele disse um pouco embaraçado.

Rony não soube o que dizer. Afinal de contas, o quê você diz em um momento como este? Hermione veio abraçá-lo.

"Você não tem que sentir vergonha, Harry. Apesar de tudo você é um ser humano." Sussurrou ela em sua orelha e deu-lhe um beijo em sua bochecha.

Ele sorriu.

"Eu penso que é hora de ver a casa," Hermione disse.

"Certo." Os dois garotos responderam na hora.

E desaparataram.

A casa onde Harry viveu os primeiros 15 meses de sua vida era naquele momento um pouco mais do que ruínas. Se não fosse pelo o musgo que cobria as paredes e a madeira apodrecida nas portas e janelas ,poderia se dizer que era uma casa bonita.

Os três amigos pararam na frente da grande porta de madeira antes que entrassem, Harry falou:

"Rony,Hermione, eu quero dizer-lhes algo antes que nós entremos na casa."

"O que foi, cara?"

"Se algo acontecer, qualquer coisa mesmo, eu quero que vocês saiam."

"Quê?"

"Você me ouviu, Hermione. Eu quero que vocês dois saiam. Especialmente você."

"Especial eu? Posso eu perguntar porque?"

"Oh, bem, você é..."

"Uma garota! É isso o que você estava tentando dizer, Harry James Potter?”

(NA: eu sei que na tradução em português o nome é Harry Tiago mas...na boa, Harry Tiago não é lá muito “harmonioso”, né? Por isso eu vou usar o nome real – ou seja o nome em inglês- que é Harry James. Tudo bem?)

"er..."

"Não discuta com ela. Acredite, você perderá,” Rony falou baixinho.

"Sim! Eu sou uma garota! Eu sou a garota a menina que salvou o seu traseiro, e o de Rony, várias vezes! Agora, se isso for tudo, eu penso que nós devemos entrar." E abriu a porta.

Agitando sua cabeça, Harry seguiu-a.

O lugar que dezesseis anos há deve ter sido uma bela sala de estar, naquele momento era uma pilha da poeira, mobília velha e de vidro quebrado. Harry pensou que talvez poderia sentir algo. Mas a verdade é que não sentiu coisa alguma. Não sentiu nenhuma conexão especial com o lugar.

"Vocês não acham que há aranhas aqui, acham?" Ouviu o sussurro de Rony.

"Oh, pelo amor de Merlin! Nós viemos aqui tratar da alma de Voldemort e você está com medo de aranhas!" gritou uma Hermione exasperada. "Harry, está tudo bem?"

"Sim, a taça não está aqui. Está no andar de cima. Em meu antigo quarto " disse Harry.

"Como? Como você sabe...?"

"Eu não sei, Rony. Eu apenas sei.”

O andar de cima era um longo corredor com diversas portas..

"Você sabe qual é seu quarto?" Rony perguntou.

"Não, eu penso que nós..."

"aqui, aqui está o seu antigo quarto, Harry." - Hermione interrompeu, mostrando uma porta com um pequeno quadrinho de madeira escrito Harry '.

Abriu a porta. Se a sala- de- estar não tivera nenhum efeito sobre ele, o mesmo não poderia dizer sobre o seu velho quarto de dormir. Aquele era o lugar onde sua mãe tinha morrido. Fechou seus olhos, ignorando as lágrimas que começaram cair.

Não, não o Harry! Por favor não Harry!

Suas memórias ou pensamentos pararam quando sentiu uma mão em seu ombro.

"Harry..."

"Hermione... sinto muito."

Ela não respondeu, apenas lhe deu um abraço bem apertado.

O quarto estava na mesma situação que a sala, com a mobília quebrada, empoeirada e alguns brinquedos espalhados sobre o chão. A única parte da mobília que estava completa ' era o berço. E logo compreendem porquê: dentro do berço estava a taça da Lufa-Lufa.

"er, pessoal...” disse Rony "vocês não pensam que está um pouco fácil demais? Vocês sabem, a taça ali, bem na nossa frente ...”

"Eu acho que o Rony está certo, Mione."

"Não, isto somente parece fácil. Primeiramente, ninguém entra nesta casa. Você ouviu quando o Remo disse que os trouxas acham que a casa está assombrada. Segundo, mesmo que alguém entre, ninguém pode pegar a taça."

"Como assim, ninguém?"

"Rony, este é trabalho do meu patrono! Nós falamos já sobre isso!"

"Mas talvez eu..." Interrompeu Harry, aproximando-se do berço.

"Harry, não!" Hermione tentou dizer mas o jovem bruxo já tinha tocado (bem, tentado) a taça, mas algo como uma barreira elétrica jogou-o de encontro à parede.

"Harry! Oh, por Merlin!" Hermione gritou.

"Você está bem?"

"Sim, Sim" disse em uma voz fraca, tentando se recompor. "Eu penso que Hermione está certa."

A menina olhou-o como dissesse agora você acredita?

"Você sabe, o Riddle era muito inteligente. Sabia que um patrono é diferente para cada pessoa. Isto faz a destruição da taça ser quase impossível."

“É, mas ele nunca poderia suspeitar que a única pessoa que pode fazer isto é a melhor amiga de Harry Potter!”.

"Sim, Rony, é realmente irônico. E não somente sua melhor amiga. Mas também uma ‘sangue-ruim’...”

"Hermione!" ambos os garotos disseram ao mesmo tempo.

"Tudo bem. É o que eu sou."

"Nunca fale assim outra vez, Mione. Nunca.” disse Harry muito seriamente.

"Claro, Harry. Agora, antes que eu conjure meu patrono...” -disse Hermione mordendo os lábios nervosamente.

"Quê?" Harry sabia que quando ela fazia aquilo era porque algo a estava incomodando..

"Bem, talvez, eu não sei, mas, talvez, após bem, você sabe que... eu não estou completamente certo, mas talvez...eu li bastante à respeito quando..."

"Fala logo!"

"Talvez eu desmaie."

"O quê! Porque não você falou antes?"

"Porque, Harry, eu te conheço! E eu sei que você não teria me deixa vir..."

Harry não disse uma palavra, apenas cruzou os braços .

Você está muito certa disso,Hermione Granger!

"Bem, como eu estava dizendo antes de SER INTERROMPIDA, talvez eu venha à desmaiar. Então, eu preciso de pedir uma coisa, Rony. Você precisa me prometer. Prometer em nome de nossa amizade."

Rony olhou-a com surpresa. Mas antes que pudesse responder, Harry falou.

"Por que o Rony? Porque não eu?"

Hermione rolou os olhos.

"Porque, como eu já tinha dito, eu te conheço bem demais e eu sei que não posso confiar em você nesta matéria."

Rony se segurou para não rir (talvez o olhar de Harry o fez se segurar... ).

"Mas..."

"Sem mas nem talvez! Agora Rony, você me promete?"

"Naturalmente! Qualquer coisa que você queira. Você pode confiar em mim."

"Assim, se eu desmaiar, antes que você que você veja se estou viva ou morta, você deve colocar a falsa taça no berço...”

"O quê! Mas Hermione..."

"Você prometeu, Rony!"

Você estava certa Hermione, eu nunca poderia fazer isto.

"Sim, eu sei. Eu prometi. Mas, eu penso que nós precisamos... "- e tirou de dentro de seu bolso uma miniatura da taça da Lufa-Lufa.

"Oh, certo! "Hermione apontou sua varinha para a taça, murmurou o encantamento e o objeto voltou ao seu tamanho normal.

"Boa sorte, Hermione"

"Obrigado. Foi uma honra fazer parte da vida de vocês, meus meninos. Eu sou realmente orgulhoso de vocês. Eu espero que vocês nunca se esqueçam de mim." disse em uma voz muito baixa e então, com um pequeno sorriso, apontou sua varinha para a taça, fechou os olhou e gritou:

"EXPECTO PATRONUM!"

Uma bela lontra prateada apareceu. O animal saiu flutuando em torno do quarto e até pular para dentro do berço. Exatamente onde a taça estava. Então, a lontra saltou para fora do berço mas esta vez a taça estava flutuando ' dentro do patrono, como se a lontra fosse um tipo do ímã. E finalmente a lontra veio perto de Hermione e a menina pegou a taça.

Naquele momento, o quarto inteiro começou a tremer. Uma espécie de névoa apareceu em torno de Hermione.

Harry tentou se aproximar mas foi impedido por Rony.

"Não, cara."

E Harry olhou com horror quando a taça de Lufa-Lufa explodiu e desapareceu. No lugar da taça apareceu uma sombra escura que “invadiu” o corpo de Hermione. Após isso, a menina desmoronou no chão.

"Hermione!" os garotos gritaram ao mesmo tempo.

Rony recordou-se da promessa e foi ao berço, colocando a falsa lá dentro. Quando virou, viu Harry gritar com o Hermione em seus braços.

"Por favor, Hermione! Por favor, acorde! Não morra em meus braços! Nós não podemos viver sem você. Eu não posso viver sem você." gritou em desespero.

Rony ajoelhou-se ao lado do amigo. Tinha lágrimas em seus olhos.

"Harry?"

"As mãos e os braços estão queimados, Rony!" Mãos tão bonitas..."e a sombra..."

Mas então ela começou a ter convulsões .

"Harry, o que está acontecendo?"

"Eu acho que ela está lutando contra a sombra! Nós precisamos leva-la embora!"

"Mas nós não podemos aparatar, não com ela neste estado."

"Certo. Deixe-me pensar... Já sei! Nós saímos da casa e chamamos o Noitibus."

"Brilhante, Harry!"

Harry estava a ponto de dizer algo quando ouviram uma voz vinda do andar de baixo.

"Você está certa que o garoto está aqui, Bela?"

"Sim, Carrow. O garoto foi visto entrando na casa com o traidor do sangue e aquela garota sangue-ruim. O mestre tinha dito que provavelmente ele iria visitar Godric’s Hollow.Garoto tolo!"

"Harry! É Bellatrix! O quê nós vamos fazer?"

"Agradeça Merlin que eu trouxe minha capa. Rony, eu vou usar a capa para esconder a mim e a Hermione. Você, por favor, aparate no Largo Grimmauld e peça ajuda à Remo. Vá!”

"Tchau, cara!" Rony disse e desaparatou.

Harry carregou Hermione até de trás de uma poltrona quebrada.

Harry não soube quanto tempo tinha passado. Podia ouvir algumas vozes e portas se fechando e se abrindo.Podia sentir que estavam se aproximando.

Graças a Merlin que as suas convulsões pararam, Mione.

Seus pensamentos foram interrompidos pelo som de uma voz masculina que não reconhecesse.

"Aqui!" uma voz falou. "Olhe Bela, acho que este é o antigo quarto do garoto."

Bellatrix Lestrange riu.

"O garoto está aqui" ela disse. "Está se escondendo"

O coração de Harry começou a bater muito rapidamente.

Por favor Rony! Rápido!

"Olhe, Bela!" uma outra voz gritou. "O que é isto? Você pensa esta taça é de ouro?"

"Não toque!" -a mulher gritou. "você ouviu o que o mestre disse! Se nós virmos uma taça nós não podemos tocar nela! Vamos agora encontrar o garoto!"

"Potty! Potty! Eu penso que é hora de você aparecer! Você sabe, você não tem chance! Não agora que seu querido Dumbledore não existe mais! É, ele deve estar provavelmente com meu querido primo! Você sente falta do meu primo, potty? Eu estou certa que sim! Você sabe, eu nunca me senti tão feliz quando da vez que eu o matei!"

Harry estava a ponto de explodir. Como pôde ela? Quem era ela para falar sobre Sírius?

Entretanto, soube que não poderia fazer qualquer coisa. Não naquele momento. Começou a se desesperar quando a viu perto dele. Não poderia mover-se por causa dos pedaços de mobília atrás dele.

Estava se aproximando.

Harry fechou a boca ,tentando não respirar. E então, o pior aconteceu. Os pés de Bellatrix tocaram no casal invisível.

E ela sorriu, um sorriso sarcástico e com sua mão esquerda descobriu Harry e Hermione.

"Ora, vejam só. O que nós temos aqui?"

Oh, Merlin.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.