Sinais e mudanças
Gina acordou naquela manhã mais feliz do que se lembrava ter ficado nos últimos tempos. Pelo menos sabia que Hermione de certa forma estava quase acreditando nela. Ficou feliz também por saber que ela não estava ficando louca – só poderia ser Harry mesmo no hospital. E pra coroar, seu irmão agora estava novinho em folha. Só faltava agora uma coisa para que ela fosse feliz pelo resto da sua vida: que seu amor despertasse.
Até o tempo comemorava com ela: era um bonito sábado, se podia ouvir as pessoas animadas e o som de musica que ecoava pelo prédio todo. As coisas na vida de Gina estavam começando a dar certo, e isso merecia um prêmio para ela mesma.
A ruiva pulou da cama, vestiu uma saia indiana vinho com uma regata preta que dizia ´´Oh, happy day...`` e uma sandália rasteira (N/A: nada contra quem gosta mas... ECA!!! Porque ela não poderia usar coturno???), dizendo a si mesma ´´é a ultima vez que eu uso esse tipo de sandália, Já sou baixinha, fico pior ainda...`` (N/A: Ai, como eu amo ser escritora... Huahuahuaha...) e foi em direção á lareira, enfiando a cabeça nela e dizendo ´´casa dos Lovegood``.
- Luna... LUNAAAAA!!!
Depois de alguns segundos, uma Luna completamente descabelada e de roupão roxo berrante surgiu na sala ricamente decorada de maneira árabe, em sua casa em Manchester.
- Putz, que foi, Gina... Caiu da cama, é?
- Não, eu só queria saber se você ainda está afim de dar aquela repaginada no meu guarda-roupa...
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Some fun (Se divertir)
When the working day is done (Quando o dia de trabalho termina)
Girls - they want to have fun (As garotas – elas querem só se divertir)
Oh, girls just want to have fun (Oh, as garotas querem só se divertir)
Some boys take a beautiful girl (alguns caras ficam com uma linda garota)
And hide her away from the rest of the world (E as escondem do resto do mundo)
I want to be the one to walk in the sun (Eu só quero poder andar sob a luz do sol)
Oh, girls they want to have fun (Oh, as garotas querem só se divertir)
Oh, girls just want to have (Oh, as garotas só querem...)
Girls just want to have fun – Cyndi Lauper (As garotas só querem se divertir)
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Gina e Luna passaram o dia todo no shopping, saindo de lá com as carteiras bem mais vazias e com as mãos carregadas de sacolas. Chegando ao apartamento da ruiva, elas fizeram um ritual bizarro: pegaram TODAS as roupas de Gina e jogaram fora. Na verdade, colocaram em sacos plásticos para dar a uma instituição de bruxos carentes (N/A: Sem comentários, por obséquio). Gina estava cansada de ser a certinha brega, a velha garota jovem. Ela agora se sentia muito mais mulher, e queria se sentir bem com sua aparência.
Era mais ou menos umas 10 da noite quando Gina tinha terminado de arrumar o seu guarda roupa. Levou Luna, que estava totalmente acabada, ate a lareira. Então ela foi ate a cozinha, abriu uma garrafa de vinho tinto ano 1922 e tomou uma taça, antes de ir dormir.
´´Amanhã Hermione voltará para Hogwarts,`` pensou ela, vestindo uma camisola longa negra, ´´e tenho que estar bem para estrear meu novo estilo...``
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Eram 10:30 da manhã, e Hermione estava na plataforma 9 ¾, esperando para embarcar no trem. Não era comum um adulto ir para Hogwarts no expresso dos estudantes, mas Mione estava com uma seria preguiça de aparatar até a escola, e também ficara resolvendo alguns detalhes até a ultima hora. Só não esperava olhar para o horizonte e ver um belo ruivo, alto e forte, vestindo naquele dia uma camisa com o colarinho alto branca e uma calça jeans rasgada, e de nada mais nada menos... All Star, do original, bem surrado.
Rony Weasley chegou perto da professora, e percebendo a cara dela, perguntou:
- O que foi, eu estou tão bonito assim?
- Não, é que você está vestido igual aos meus alunos. Esse All Star tem quantos anos, 40?
- Huahuahuahauhua... que censo de humor fascinante o seu....
- O que você esta fazendo aqui, em?
- Eu vim me despedir de você. Antes de ontem, no jantar lá em casa você não conversou comigo direito. Parecia mais distante do que o normal...
- Acredite, Rony. Não é nada com você. É que na verdade o problema está em...
Hermione iria terminar de dizer, mas a visão que teve paralisou o seu torpor... Ela viu uma belíssima garota, com longos cabelos ruivos vindo na direção dos dois. Ela trajava uma saia jeans com muitos bolsos esverdeada, combinando com uma regata preta. Calçava uma bota de couro com salto plataforma preta, com detalhes prata, de cano médio. Estava bem maquiada, suas unhas estavam feitas e seus cabelos estavam sedosos. Eles acompanhavam a brisa, as vezes caindo em seus olhos bem delineados. Estava realmente linda. Parecia o que de fato ela era: uma jovem inglesa.
Quando Gina se aproximou, Rony disse com o queixo batendo no subsolo:
- Quem é essa deusa e o que ela fez com a minha irmã feiosa?
- Ora, seu filho da...
- Gina? Meu Merlin, o que aconteceu com você? – Hermione perguntou, seus olhos estavam do tamanho de bolas de gude.
- Apenas dei uma andada com a Luna pelo shopping... eu fiz o que vocês sempre pediram pra eu fazer: mudar!!!
- É, mas...
Hermione iria dizer o que estava pensando: que Gina estava fazendo aquilo por causa de um fantasma que ela acreditava Ter renascido dos mortos. Mas foi interrompida pelo apito do expresso de Hogwarts, que já estava anunciando sua saída. Dando um abraço em Gina e um tímido no rosto de Rony, Hermione correu para o expresso, dizendo adeus pela janela da cabine.
O expresso seguiu pelo horizonte, e os pais que estavam na plataforma foram aparatando, ou atravessando a passagem. Rony convidou Gina para um almoço em um restaurante no centro de Londres, que aceitou sem rodeios. (Oba, não vou precisar cozinhar... – disse a ruiva)
Depois de acabarem de comer, e quando estavam quase fechando a conta, Rony tomou coragem de pedir um favor para Gina.
- Gina, eu não sei como você vai reagir a esse pedido, mas...
- Pode dizer, Rony. O que foi?
- Você poderia me levar no local onde o Harry foi enterrado?
Gina olhou bem no fundo dos olhos de Rony, e viu que ali havia um certo tipo de melancolia. E ela entendia perfeitamente o sentimento do irmão...
- Claro! Vamos, antes que eu fique com preguiça...
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Há muitos anos que Gina não visitava aquele lugar. Ela não gostava de lá, pois ali ela lembrava sua dor, lembrava o seu passado. Era ali onde ela ia quando queria chorar sem ninguém ver. E estar de volta lhe fazia lembrar dos primeiros anos sem Harry...
Gina andava pela grama do cemitério, olhando em volta. Realmente aquele local era lindo, não havia túmulos ou covas. Se parecia muito com um campo de Golfe. A única diferença era que em vez de pequenos buracos para se mirar a bola, havia pequenas cruzes de metal ou de madeira enfiadas no chão, representando o morto que estava por debaixo da grama, no ezato local da cruz.
A ruiva vestia um longo vestido preto, de molde medieval, com um mini espartilho vermelho vinho por cima da roupa, dando um ar de que a garota era ´´mais um daqueles góticos que passam dias e noites perambulando por aqui!``, como dizia uma das beatas q freqüentemente visitava o falecido marido.
Mas Gina não ligava. Ela não se vestia daquele jeito todos os dias. Ela apenas se vestia assim para ir VISITA-LO.
Chegando em uma grande oliveira, Gina se sentou no chão, de frente a uma grande cruz de metal. Em baixo, havia uma plaquinha do mesmo material, onde se lia:
* 31/07/1980
† 31/10/1998
Nosso eterno amigo! Nosso eterno herói!
Obrigado...
- Olá, meu amor! – Disse a ruiva, olhando para a cruz. Depois tornou a olhar para a grama, e ficou arrancando os pequenos matinhos que cresciam pelo espaço. – Eu disse que viria te ver, não disse? Pois então aqui estou...
I never will again. (Que nunca vou tê-la novamente)
When you walked out on me, (Quando você me deixou)
In walked old misery, (A velha miséria veio)
And she's been here since then. (E ela está aqui desde então)
Yeah, we're fucked! (Sim, estamos fudidos!)
I don't have love to share,( Eu não tenho amor para dar)
And I don't have one who cares. (E eu não tenho ninguém para cuidar)
I don't have anything, (Eu não tenho nada)
Since I don't have you. (Desde que eu não tenho você)
Gina sabia que conversar com uma cruz não iria adiantar nada. Se ao menos o corpo de Harry fosse achado, mas não. Ela sabia que ali não havia nada. Não havia ninguém para se contar historias, nem para fazer eternas juras de amor... Então ela se deitou em cima do espaço onde estaria o caixao em baixo da terra, chorando como uma criança. O que ela nunca deixou de ser por dentro...
- Bom, ai está! – Disse Gina, acordando de seus devaneios.
Era impossível dizer qual era a expressão no rosto de Rony. Ele apenas olhava para a cruz. Estava branco como papel, o que fazia um terrível contraste com seus cabelos tão vermelhos.
- Eh... quem escolheu a frase? – perguntou Ron, tentando parecer normal. Sua voz estava fraca, sinal de que ele não conseguia disfarçar a emoção.
- Mione. – Disse Gina, simples. Naquele momento, ela não tinha palavras...
Mas ela se lembrou. Se lembrou da pessoa que estava prestes a acordar. Lembrou de todos os seus sonhos, e de todas as hipóteses que ela criou em cima do fato. Harry estava VIVO! E Gina, de alguma forma, sabia que aquela solidão tão profunda em que ela se encontrou durante longos 7 anos estava prestes a acabar...
- Rony, eu preciso lhe contar uma coisa. Eu sei que vai ser difícil, mas você precisa ouvir!
- Claro, o que foi?
- Bom...
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Hermione dormia sossegadamente na cabine que conseguira para ela sozinha. Estava sonhando com o lago de Hogwarts, e sonhava que caminhava a sua margem.
De repente, o sonho mudou.
Ela estava em um corredor bem iluminado. Estava sentada em uma cadeira de madeira ao lado de uma porta. Ela estava olhando para suas próprias mãos.
De repente, da porta ao lado sai um homem de cabelos muito pretos e bagunçados. Eles batiam na altura de seu queixo. Era forte e alto. Por baixo da franja, eram visíveis lindos olhos verdes-vivos. Harry Potter se sentou no chão, ao lado de Hermione.
- Meu Merlin... – Hermione exclamou, arregalando os olhos para o rapaz.
- É... a quantos anos, né Mione? – Disse Harry, como se conversar com uma pessoa que você acha que está morto há 7 anos fosse uma coisa tão normal como tomar água....
- Mas... não é possível! Então isso quer dizer que a Gina está correta?
- Eu não sei porque você ainda duvida... Sim, ela está certa. Eu não pude me comunicar com vocês antes porque meu cérebro estava viajando por lugares que nem eu sei muito bem onde ficam. Quando minha mente voltou pro lugar, eu apenas consegui contato com ela porque de alguma forma temos uma ... ligação ou sei lá o que possa ser!
- Mas, e agora? – Perguntou Hermione.
- Bom, agora eu estou, digo, meu corpo, está sendo tratado por bruxos que sabem como cuidar do caso. Meus poderes estão voltando, e eu sei que quando eles estiverem fortes o suficiente eu irei acordar.
- Por onde você andou, Harry? – Hermione queria saber aquilo, porque, pra ela, isso era uma grande mistério, o pós morte...
- Eu estava entre a vida e a morte. Eu vaguei durante 6 anos entre o limite do céu e do inferno. Eu vi pessoas... – Harry parou um instante, e olhou para o chão. Mione entendeu o que ele quis dizer com ´´pessoas``. Certamente Lilly e James Potter, os pais de Harry. Ele então continuou, como se tivesse ganho mais força para continuar... – Vi Samantha, vi Dumbledore, vi... meus pais... ou seja, vi um monte de gente que morreu na guerra, sabe? Eram todos espíritos. Foi realmente assustador, mas não posso discordar de que foi de certo aprendizado...
- Mas... o que você quer que eu faça? Por que você veio até mim?
- Por enquanto eu não posso dizer nada, mas é bom você ficar alerta. Eu manterei contato mental com você. No futuro, minha melhor amiga vira a calhar...
Dizendo isso, Harry deu um grande sorriso para Hermione. Levantou-se, beijou a testa da mulher e foi em direção a um forte foco de luz, no fim do corredor.
Hermione acordou.
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Gina olhava bem no fundo dos olhos de Rony. Novamente, o irmão estava sem expressão.
- E então, você acredita ou vai me dizer que você acha que eu estou louca?
- Eu acredito em você, Gina. Eu acredito porque agora sei que o sonho que eu tive não era besteira da minha cabeça...
Rony estava voando em uma Nimbus Dez mil, ultimo modelo de vassoura, que ele viu no beco diagonal. Estava feliz como nunca estivera. O vento batia em seu rosto, e ele sorria, satisfeito com a velocidade.
Quando, do nada, ele se vê na sala de recepção do St. Mungus. Ela estava vazia. Exceto por um rapaz de sobretudo sentado lendo a ultima edição do Semanário das Bruxas. Rony sentou-se ao seu lado, pois tinha a leve impressão de que já conhecia aquela pessoa de algum lugar...
- Nossa, as Esquisitonas ainda estão vivas? E tocando? Meu Merlin, daqui uns dias elas vão estar iguais aos Rolling Stones...
- HARRY? – Rony olhou para o lado, reconhecendo aquela voz. Harry, seu melhor amigo, abaixou a revista. Pela expressão de seu rosto, ele estava visivelmente entediado.
- Beleza, Ron? – Disse o moreno, fazendo um daqueles toques malucos que os garotos fazem quando se encontram. Rony estava branco igual papel. – Nós combinamos de sair daquele inferno juntos ou o que?
- Como assim?...você está morto... eu sei que está...
- Aff.. é, ainda não está na hora de te explicar as coisas. Bom, eu só passei pra dizer que em breve vamos estar indo pras baladas juntos. É lógico que se sua irmã me liberar, né?
Dizendo isso, Harry deixou a revista em cima do sofá e entrou dentro do corredor do hospital, deixando um Rony totalmente pasmo pra trás...
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- Agora me explica uma coisinha: POR QUE VOCÊ NÃO ME CONTOU ANTES? – Gritou Gina.
- Eita, faz silencio, isso aqui é um cemitério, não é a casa da mãe Joanne... (N/A: Entenderam o trocadilho???)
- Eu to pouco me lixando... – disse Gina, se levantando, pois estava sentada na grama, ouvindo e contando as historias sobre Harry. – Estou indignada demais pra me importar...
- Eu pensei que eu estava pirando, ou que era o cansaço. Me perdoe, Gi. Mas escuta – Rony segurou p braço da irmã, caso ela tentasse fugir. – Eu acredito agora! Eu sei que é real! E eu sei como podemos acorda-lo...
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No próximo capitulo...
MORRAM DE CURIOSIDADE!!!! HUAHUAHUAHAUHAUHUAHUA!!!
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*A musica do cemitério é Since I Don't Have You - Guns N' Rose
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