It's Over
Capítulo 10: It’s Over
N/A1: Pessoas que perguntaram, a Gina não está grávida.
Dor. Imensa e sufocante dor era o que a Weasley sentia ao ver o homem que amava com outra na cama. Sem que ela percebesse, lágrimas começaram a correr por sua face. Sabia que ele tinha fama –e correspondia a ela – de ser mulherengo, mas pensara que o havia mudado...que ele também a amava e só queria a si e não mais nenhuma outra. Como pudera iludir-se tanto?!?
“Por que é que eu fui acreditar em Draco Malfoy?!? Eu sou mesmo uma estúpida!” pensava e tinha os olhos fixos, assim como seus pés que pareciam não conseguir se despregar do chão.
Mas então ouviu um gemido prolongado de Parkinson e aquilo serviu para tirá-la do estado de choque.
-EU TE ODEIO, MALFOY! –ela gritou e deu meia volta, encaminhando-se para a porta e batendo-a ao passar.
Ao ouvir a voz da ruiva, Draco imediatamente sentou-se na cama e empurrou Pansy para longe de si. No entanto, só teve tempo de ver os cabelos vermelhos e a porta batendo.
-GINEVRA! –gritou em vão.
-O que foi Draquinho? Deixe aquela pobretona pra lá, estávamos nos divertindo... –e espalmou a mão contra o tórax do loiro, num gesto que pretendia ser provocante.
Ele empurrou a mão dela para longe:
-Você estava, Parkinson. Não me toque. E saia desse quarto imediatamente, antes que eu não meça meus atos e te lance um avada sem a menor piedade. Pensa que eu não sei que armou isso? Sua vaca mal-amada!
Pansy lançou um olhar indignado a ele:
-Como se atreve a falar assim de mim?!? Deveria tomar mais cuidado, eu te tenho na mão! Posso muito bem contar sobre você e a pobretona Weasley!
-E quem é que vai acreditar?!? Ninguém vai mais nos flagrar, não agora depois do que você fez. A Ginevra tem amor-próprio, ao contrário de você, ela não vai mais querer ter nada comigo! E a culpa é toda sua Parkinson. FORA! FORA DAQUI AGORA MESMO!!!
Ao ver os olhos do Malfoy escurecerem para cinza-chumbo e perceber o quanto de raiva havia nele, decidiu que seria melhor sair dali.
“Afinal, recuar um passo ás vezes é necessário para se avançar dois.” Foi o que pensou enquanto se vestia o mais rápido possível.
Ao passar pela porta, lançou um beijo no ar para um Draco com uma expressão assassina.
-Maldita seja! –forçou calma em sua voz, não sendo completamente sucedido.
“E agora? O que eu faço?!? A Ginevra nunca vai me perdoar...Mas eu preciso tentar, a culpa não é minha. Hum, de qualquer forma, se eu não conseguir, quem vai padecer vai ser a Parkinson. Ela foi mesmo muito burra de armar esse flagra.” E em seu rosto surgiu um sorriso maligno, enquanto começava a imaginar a morena sonserina sendo submetida a diversos tipos de tortura.
***
Gina disse a senha para a Mulher Gorda de cabeça baixa e ainda desse modo, subiu correndo as escadas que davam para seu dormitório, fazendo questão de fingir não ouvir os chamados do trio. Jogou-se em sua cama sem se importar com absolutamente nada. Odiava chorar, ainda mais se fosse por um homem. Como doía chorar por Draco Malfoy! Queimava e rasgava por dentro, quase como a sensação causada por uma maldição cruciatus. Logo a concentração que Gina tinha em sua dor e na imagem da traição em sua mente foram abrandadas momentaneamente pela voz de Hermione:
-O que foi que o Malfoy te fez dessa vez? –sentou-se na beirada da cama, observando a amiga –Eu achei que ele queria fazer as pazes com você.
Gina levantou o tronco, sentando-se na cama e secou suas lágrimas. Mirou então a morena:
-Eu também achava isso. –estava tentando se concentrar para não chorar ainda mais.
-Mas então o que houve? –perguntou, solícita.
-Ele... –fungou –Ele...-tentou mais uma vez e seus olhos marejaram –TAVANACAMACOMAPARKINSON! –gritou tudo muito rápido e abraçou forte a amiga enquanto voltava a chorar.
Hermione por um momento não entendeu o que Gina tinha dito, mas após pensar melhor no sons emitidos pela ruiva, percebera. Acariciava o cabelo rubro da amiga, tentando consolá-la.
-Não fica assim. Aquele cretino não te merece, eu sabia que ele ia te fazer sofrer.
-Será que nem diante de uma situação dessas você deixa de querer bancar a sabe-tudo? –a ruiva descontou sua frustração em Hermione.
A morena suspirou:
-Ok, ok. Desculpe, não está mais aqui quem falou. E como também sei que você vai ignorar o meu conselho pra ir dormir...Eu posso te dar uma poção pra dormir sem sonhar.
-Você faria isso por mim, Mione? Deus sabe o quanto estou precisando me desligar de problemas. Ah, e por favor, será que você poderia incluir nessa poção algo contra cólicas?
-Está com cólicas menstruais? -e a ruiva fez um gesto afirmativo –Sério, você está precisando de felix felicis. Pena que isso eu não posso providenciar pra você. Mas então, Gina. Não querendo ser indelicada, nem nada, mas...agora que você já viu o cafajeste de marca maior que o Malfoy é...Eu acho que você deveria perceber quem realmente te merece...
A Weasley interrompeu-a:
-Se você está falando do Harry...
-Sim, estou falando dele. Ele te ama e faria de tudo por você.
-Ele está tendo um caso com a... –respirou profundamente –puta da Parkinson. É tão idiota quanto o Malfoy.
-Não é não! –Hermione defendeu-o –Ele apenas quer fazer ciúmes. Isso é tão óbvio, Gina. Ele sabe que você não gosta da Parkinson. E se ele apelou pra isso foi porque não sabe mais o que fazer para te reconquistar.
-Você o defende tanto, Hermione, por que não fica você com ele?!?
-Afff, Gina! Você sabe que eu amo o seu irmão! Mas então, acho que você realmente deveria pensar sobre isso...
Ginevra revirou os olhos e retrucou:
-Apenas me traga logo a poção está bem? –e voltou a deitar-se na cama.
Olhou para seu anelar direito por longos segundos e depois arrancou a aliança de compromisso, guardando-a no bolso.
“Algum dia eu ainda serei forte o bastante para jogar fora essa aliança.” Prometeu a si mesma.
***
Na manhã seguinte, assim que desceu para o Salão Comunal da Grifinória, Hermione estava sentada em uma das poltronas, lendo.
-Oi. –a ruiva murmurou timidamente.
A morena fechou o livro e levantou-se:
-Oi, Gina. Dormiu bem? –e obteve um gesto afirmativo –Então vamos tomar café.
-Bem, eu estou com fome. Confesso que tenho me alimentado muito mal nesses últimos dias, mas...Mione, você acha que o Harry e o Rony vão me fazer muitas perguntas sobre ontem?
-Possivelmente, pra ser sincera. Mas não se preocupe, eu vou estar com você. Posso enrolá-los um pouco, eu acho.
Ginevra deu um pequeno sorriso e então as duas saíram da Torre da Grifinória. Pelo caminho, a ruiva nem estava prestando muito atenção às tentativas de Hermione iniciar um diálogo, respondendo apenas monossilabicamente. Tentava não pensar na cena que havia presenciado na noite anterior, porém parecia impossível. Era como se tal grotesca imagem estivesse colada em seus olhos e não pretendesse sair dali tão cedo. Respirou profundamente pela milésima vez ao adentrar o Salão Principal. Fez o seu máximo para não olhar na direção da mesa dos professores enquanto se dirigia à mesa da Grifinória. Sentou-se entre Hermione e Harry. Rony, que estava do outro lado de Hermione, perguntou:
-Tá tudo bem com você, Gina? Ontem você pareceu estranha.
-Não seja indelicado, Ronald. Sua irmã passou mal, por isso estava com pressa. –Hermione respondeu pela ruiva.
-O que você tem, Gina? –Harry perguntou com o semblante visivelmente preocupado.
-Nada. Eu não tenho me alimentado bem e acho que por isso minha imunidade baixou e eu passei mal. É só eu comer direito que estará tudo bem. – a ruiva respondeu, servindo-se de torradas e bolo.
Harry pegou a jarra de suco mais próxima e encheu um copo, oferecendo-o à Weasley:
-Obrigada, Harry. –agradeceu.
-De nada. Hum...O que vai fazer hoje, Gina? –o moreno quis saber.
-Ahn, nada. –ela deu de ombros.
-Não quer jogar xadrez bruxo comigo nos jardins?
Rony deu um sorriso aprovador à atitude do amigo, enquanto Hermione lançou um olhar severo:
-Por que você não joga com o Rony?- ela perguntou.
-Porque ele sabe que sempre vai perder de mim. –o ruivo respondeu rápido demais e Hermione percebeu que os garotos já deveriam ter ensaiado essa conversa anteriormente.
-E então? –insistiu, esperançoso.
A ruiva respirou fundo e deu de ombros:
-Tá. –respondeu sem animação.
Rony e Hermione foram os primeiros a terminarem a refeição. Ele enlaçou a mão da namorada, a qual falou para Gina:
-Qualquer coisa, eu vou estar na biblioteca.
-Isso se eu deixar. –o ruivo acrescentou e saiu puxando Hermione antes que ela pudesse retrucar.
Harry riu e Gina abriu um pequeno sorriso.
-Esses dois são uma dupla e tanto, não? –Harry perguntou –Pode imaginar o quanto fiquei surpreso quando eu vi o Rony beijar a Hermione de repente quando eles estavam no meio de uma briga homérica?
-Homérica? –a ruiva perguntou, não entendendo.
-Quer dizer em grandes proporções. –explicou de bom grado.
-Ah sim. Bem, era óbvio que algum dia aqueles dois se acertariam, mas pensei que seria por ação da Hermione. Meu irmão é bem devagar quando se trata de assuntos do coração. –falou, fazendo um movimento circular com a mão que fazia o conteúdo de seu copo mexer, sem, no entanto prestar qualquer atenção a isso.
-Hum, não vai terminar de tomar o suco? –o grifinório perguntou após algum tempo.
-Ahn? Ah, sim. –e então tomou o resto de uma vez só.
Levantaram-se juntos da mesa da grifinória e o olhar de Gina parou por um momento na mesa dos professores. Draco Malfoy olhava para os dois com cara de poucos amigos. Ela ignorou-o e saiu dali com Harry. Dirigiram-se para o jardim em silêncio. Gina sentindo um enorme pesar dentro de si por causa do professor de poções enquanto Harry estava tenso pelo que planejava dizer a ela.
Sentaram-se embaixo de uma das árvores próximas ao lago. Após ele convocar o tabuleiro, jogaram uma demorada partida de xadrez bruxo. Gina não era uma jogadora tão boa quanto Rony, mas ainda assim jogava bem. No entanto, cometera alguns erros por não estar completamente concentrada naquele jogo, o que ocasionou a vitória de Harry.
-Quer jogar novamente pra ter chance de revanche? –ele perguntou.
-Não, obrigada. –e encostou-se contra o tronco da árvore.
-Bem, Gina. Eu preciso conversar com você e é uma conversa séria.
-Ok. Sobre o que você quer falar. –respondeu, apesar de não se sentir inclinada a ter uma conversa que exigisse muito de si.
-Eu nem sei como começar. –e deu uma pausa –Bem, em primeiro lugar, eu acho que eu devo te contar que fiquei com a Parkinson.
O olhar da ruiva, que estava perdido em algum ponto do lago, voltou-se imediatamente para o moreno e de maneira indignada:
-Como você pôde?!? A Parkinson é uma vaca! Uma...
-Calma! Eu me arrependo. Eu fui seduzido por ela. Eu nunca te esqueci, Gina. Você é a mulher da minha vida. É com você que eu quero constituir família.
-Não quero seus discursos vazios, Harry. É tarde demais para nós dois. –respondeu, voltando a olhar para o lago.
-Gina você precisa dar mais uma chance a nós. Eu sei que fui um idiota em não enxergar e discutir as suas necessidades de atenção como minha namorada. Mas eu aprendi com isso. Eu já te fiz feliz, não é?
-Sim.
-Posso fazer novamente, é só você me deixar. –e tirou uma caixinha aveludada de um de seus bolsos –Pra te provar que é completamente sincero o que estou dizendo...Ginevra Molly Weasley quer casar comigo?
A ruiva arregalou os olhos ao ver o olhar de expectativa de Harry e o anel de brilhantes dentro da caixinha aberta:
-Meu Merlin! –expressou sua surpresa –Harry, eu não sei o que dizer. Nós estamos no meio da guerra e...
-Gui e Fleur casaram-se assim mesmo. –ele interrompeu-a –Eu quero te fazer feliz, Gi. –ele falou de maneira profunda, encarando-a –Uma chance é tudo o que eu te peço.
A ruiva respirou fundo. Como negar algo quando aqueles olhos esmeralda a encaravam daquela forma e quando ele dizia coisas tão lindas? Já o amara uma vez, talvez conseguisse amá-lo novamente. Além do mais, sabia que com Malfoy não teria nenhum futuro. Precisava esquecê-lo. Ele a havia enganado e isso tinha sido a pior decepção que tivera em sua vida:
-E-eu...aceito. –respondeu, antes que perdesse a coragem.
O sorriso que Harry dera ao ouvir tal resposta fora tão belo e contagiante que a ruiva não pôde evitar sorrir também:
-Eu prometo que você não vai se arrepender. –ele falou, colocando o anel no anelar direito dela, onde há poucas horas atrás havia uma aliança de compromisso com o nome de quem ele nunca imaginaria.
Potter se aproximou dela lentamente e tocou seus lábios com delicadeza. De ínicio apenas dava selinhos, como que para conquistar o merecimento de aprofundar o beijo. Gina tinha seus lábios rosados um tanto trêmulos, não acreditando no que estava acontecendo, como se fosse com uma pessoa que não ela. Ignorou uma voz em sua mente que dizia “Isso não vai dar certo” e então entreabriu os lábios para que ele aprofundasse o beijo. Harry aproveitou a deixa e tentava expressar com aquele beijo o quanto a amava e estava feliz por ela ter aceitado o seu pedido. Mal sabia ele que o coração de sua amada agora pertencia a outro, mesmo que esse outro em sua concepção nunca mereceria o amor dela.
***
Ao ver Ginevra entrando no Salão Principal, o coração de Draco Malfoy deu um salto. No entanto, percebeu que propositadamente ela não olhou na direção da mesa dos professores. Continuou comendo, como se aquela recusa dela em dirigir-lhe o olhar não o afetasse em nada. Porém, sabia que estava tentando enganar a si mesmo. Aquilo o afetava sim e muito. Podia adivinhar que naquele instante os pensamentos dela sobre ele deveriam ser os piores possíveis e se perguntava como seria capaz de mudar isso. Se pelo menos fosse alguém que tivesse ido contar a ela, mas não, a ruiva o tinha visto com Pansy. Precisava correr atrás do prejuízo e conseguir a Weasley de volta. Tentava ser discreto, mas naquele dia não estava obtendo tanto sucesso assim. Não conseguia evitar olhar para a mesa da Grifinória.
“Aquele inútil do Potter está perto demais da minha Kittie! E eu não estou gostando nem um pouco disso...DROGA! Eu não posso deixar que a ela fique de novo com aquele idiota!!!!!” pensou apertando tanto o garfo que os nós de seus dedos estavam brancos.
Ficou com mais raiva ainda quando viu Rony e Hermione saírem e deixarem Gina com Harry. Mas o momento em que fez o Malfoy chegar ao topo de sua raiva e frustração foi ver a Weasley e o Potter saírem da mesa sozinhos. Teve que se controlar ao máximo para naquele instante não se levantar e tirar Gina das garras do inimigo.
“Droga! O pior é que eu sei o quanto a Kittie é cabeça quente. Deve estar me odiando agora. Esperar alguns dias para falar com ela talvez seja uma atitude sensata. Vê-la e não poder tocá-la por todo esse tempo vai me deixar louco...Por que é que eu tinha que me apaixonar?!? Por que Merlin?!! Amor é uma tremenda faca de dois gumes: Quando tudo está bem, parece ser o melhor sentimento do mundo. Mas se não está tudo bem...é uma dor-de-cabeça, algo que trás apenas sofrimento. Agora é tarde demais..” pensou, seu rosto inexpressivo, mas os olhos cinzentos eram capazes de demonstrar todo o tormento que havia em Draco Malfoy.
Na semana seguinte, era notável que o Mestre de Poções estava mais mal-humorado e intolerante com os alunos que de costume. Detenções e trabalhos eram despejados aos montes por ele. E se fossem contar quantos pontos o trio tinha perdido da Grifinória, já estavam até sendo segregados por vários membros da própria casa.
Gina, fazia o máximo para ficar quieta fazendo suas poções, não queria que o Malfoy tivesse alguma desculpa para lhe aplicar uma detenção. No entanto, ao fim da aula dupla da sexta-feira, ao passar por perto dela, Draco falou:
-Srta. Weasley, precisamos conversar sobre o último trabalho que me entregou sobre a utilidade de mandrágoras aliadas a benzoar nos estudos modernos de poções.
Sem desviar seu olhar do caldeirão, a ruiva respondeu:
-Sim, professor.
Ao fim da aula, depois dos demais alunos terem saído, Harry lançou um olhar de ameaça a Malfoy e então deu um selinho na Weasley:
-Qualquer coisa eu vou estar lá fora, Gin.
-Nossa Potter, não sabia que os Weasleys tinham dinheiro para te pagar para ser babá da menininha deles. –Draco falou, entredentes, controlando-se para não torturá-lo ali mesmo por ter encostado os lábios nos de Gina.
Ao ver que o moreno retrucaria, a Weasley interveio:
-Não, Harry. Deixa quieto. Não dê atenção ao que ele fala, não quero que se meta em encrencas.
O moreno bufou, mas concordou:
-Até mais, Gin. –e saiu da sala, com os punhos fechados.
Draco trancou a porta e executou também um feitiço de imperturbabilidade.
-O que é que está fazendo, Malfoy?!? Não é preciso que tranque a porta ou deixe essa sala imperturbável. Está tudo acabado entre nós, será que você não percebe? Você destruiu o “nós” no momento em que pensou em ir pra cama com aquela vaca!
-E você já foi correndo pros braços do Potter, Ginevra. Deveria eu acreditar que o que dizia sentir por mim era verdadeiro? Além do mais, você nem me deu a chance de explicar sobre a Parkinson e...
PLAFT! Foi sonoro o som do tapa que a Weasley deu na face esquerda dele. Os olhos de Draco arregalaram-se levemente, deixando perceptível que não esperava tal ato da grifinória:
-Por que fez isso? –perguntou, massageando o local atingido.
-POR QUÊ?!? Não seja cínico, Malfoy! Não há nada pra ser explicado, eu vi com meus próprios olhos!!! Você é um cafajeste e ainda insinua que meus sentimentos não são verdadeiros...Você tem idéia? Você tem a mínima idéia do QUANTO eu chorei a SEMANA INTEIRA?!? –os olhos dela estavam marejados já e ela não sabia por quanto tempo conseguiria conter as lágrimas –É muita cara-de-pau! Foi você quem não deu a mínima pra o que tínhamos, Malfoy! –e as lágrimas começaram a rolar pela face dela.
Sentiu-se péssimo ao vê-la tão imersa em tristeza e saber que ele era o culpado por tudo aquilo. Aproveitando-se que ela estava de cabeça baixa, deu três passadas rápidas e envolveu-a num abraço. Gina tentou empurrá-lo para longe de si, mas ele não a soltava. Então ela se permitiu devolver o abraço e chorou mais ainda.
-Shiu, calma, Kittie. Me perdoa, eu apenas queria proteger o nosso namoro, por mais absurdo que isso possa parecer. A Parkinson me chantageou e me proibiu de falar com você sobre isso. Ela é louca e te odeia. Tem inveja de você. Queria ficar comigo e com o Potter. Mas ela nunca vai sequer chegar aos seus pés. Ela queria espalhar sobre o nosso namoro caso eu não cedesse. Eu te amo, Kittie. Me perdoa, por favor.
-A-agora é tarde...demais, Draco. E-eu vou... –e respirou fundo –Casar com o Harry.
O Malfoy soltou-a imediatamente:
-Como você pôde, Ginevra?!? Como você diz me amar se vai casar com...o Potter?!?
-E eu te amo, Draco. Mas você me magoou muito. Doeu demais te ver na cama com ela. Então o Harry, sem saber da minha desilusão amorosa, me pediu em casamento. Eu aceitei. Ele nunca vai ser capaz de me fazer sofrer como você é.
-Mas Kittie... –tentou e foi interrompido.
-Eu já dei minha palavra. - e mostrou a aliança –É tarde demais pra o nosso namoro. Não invente mais desculpas para ficarmos à sós. Isso só vai tornar as coisas mais sofríveis do que elas já são. Adeus, Draco. –ela falou para um Draco que parecia estar em choque e dirigiu-se para a porta.
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