Cap 2



Harry e Gina se entreolharam e dispararam escada abaixo também.

- Será que ele vai fazer alguma besteira? – perguntava Gina ofegante e com um ar preocupado pulando dois degraus de cada vez.

- Pelo o que eu conheço do Rony talvez... – disse Harry também pulando os degraus – mas eu espero sinceramente que não! A sua mãe ia ter um infarto!

- Um o quê?

- Depois eu te explico! – foi a resposta dele quando eles chegar no último degrau da escada e foram em direção aos jardins.

***

- O quê...? – perguntou uma Hermione chorosa e confusa – Dan-dançar?

- É. Bom... só se não tiver problemas para focê... – respondeu Krum carinhosamente.

- Não, não claro que não... Tudo bem...

Krum pegou na mão dela e eles saíram em direção à pista de dança.
Ele a abraçou carinhosamente e começaram a dançar. Hermione querendo mais que tudo no mundo que essa dança terminasse logo e que ela pudesse ir atrás de Rony.

* Termiiiina... Termina, termina, termina, termina... *

De repente, no mar de gente que estava a festa, Hermione reconheceu o SEU mar. Duas luzes azuis... Dois olhos... Os olhos que quando seu dono sorria, se estreitavam, deixando apenas uma fina linha, mas de incomparável beleza, os olhos que a deixava sem ar quando estes olhavam para ela. Não só sem ar. Pernas mais moles do que algodão, mão suando e tremendo...
Os únicos que ao mesmo tempo, podiam expressar ódio e amor...
Os olhos de Rony.

* RONY?! Ah, meu Deus, ah meu Deus! AH, MEU DEUS! Coitado do Viktor, ai, Merlim... Tá, o Viktor também é forte, mas o Rony com raiva... Ah, meu Deus! Isso! Que salvação! Harry, segura ele aí, isso Gina fala pra ele não vir... Ah, meu Deus! Ele tá vindo.. já era... Ok, Hermione, relaaaaaxa... re-la-xa...

***

Rony saiu do seu quarto correndo e desceu as escadas mais velozmente ainda.
Atravessou a sala, a cozinha, quase tropeçou em Bichento;

* Outro que SÓ serve pra me atrapalhar! *

Quando finalmente havia chegado aos jardins, seu olhar logo caiu na pista de dança. Junto com os olhos, o queixo foi também.

* Her-her-mio-ne? Dançando com o.... KRUM?! *

Quando ele estava tomando coragem para se dirigir até lá e arrancar Hermione de Krum, e de quebra dar uns socos na cara daquele “conquistador babaca”, ouviu a voz de Gina ao pé do seu ouvido, ou o máximo que ela conseguiu chegar:

- Rony, NÃO! Vai lá e chama Hermione, mas SEM brigar! Não no casamento de Gui! Já pensou como mamãe iria ficar?

Rony parou e refletiu. Um pingo de razão se misturou à raiva e ao ódio. Sua mãe não ia gostar nadinha se ele arrumasse confusão no meio do casamento de Gui... e além do mais... ele gostava muito do irmão... Não ia estragar o casamento dele. É... parecia que estava na hora de crescer um pouco não? Tomando coragem, e repreendendo sua força incrivelmente bem, ele assentiu com a cabeça para Gina a atravessou o salão indo de encontro aos dois.

***

* Ok, calma Hermione, ele NÃO vai brigar, calma... É, eu espero que não! *

- Hum... – fez ele chamando a atenção dos dois.

Eles se separaram e ficaram olhando para ele

- Er... Mione? Será que eu podia conversar um pouquinho com você? – ele perguntou, mais uma vez amaldiçoando suas orelhas por estarem ficando tão vermelhas. Vendo que Krum ainda segurava a mão dela, ele completou um pouco sarcástico – Se não estiver incomodando, é claro.

Hermione olhou para Krum, e viu que ele estava com o mesmo sorriso triste de alguns minutos atrás. Ele sorriu e deu um minúsculo aceno com a cabeça, deixando Hermione extremamente feliz por ele não ter ficado chateado com ela. Ele soltou a mão dela e ela disse:

- Não, Rony... você não estava atrapalhando nada não.. Tudo bem.. Vamos..

Mas quando eles viraram as costas, ouviram novamente a voz de Krum:

- Ronald? – eles viraram novamente – Sabe, mesmo focê não gostando de mim, eu te acho um carra legal. Tenho certeza de que a Her-miô-nini não gosta de focê à toa. – dizendo isso, deu outro sorriso triste e saiu andando em direção aos gêmeos.

Rony estava olhando incrédulo para Hermione

* Então é verdade? O Harry e a Gina estavam certos? Ela gosta de mim?! ELA GOSTA DE MIM?! *

Hermione estava totalmente encabulado com o que Viktor havia dito. Estava mexendo as mãos como se quisesse dar nós nos dedos, e os estava encarando como se fosse a coisa que mais quisesse fazer na vida. Mesmo que o que ela realmente estivesse querendo era muito diferente disso... Percebendo que Rony a encarava, ela, vermelha como um pimentão, disse muito baixinho, sem olhar para ele:

- Vamos?

Ele confirmou com um aceno de cabeça e os dois saíram andando.
Hermione ainda tentando entrelaçar seus dedos e Rony a encarando e com as mãos no bolso.

- Hum... e então? – ele perguntou

- Vamos lá para fora. Está mais fresco... A gente podia.. sei lá, sentar no chão...

- E o seu vestido? Não vai sujar?

Pela primeira vez desde que Viktor havia falado que Hermione gostava de Rony, ela olhou para ele, e com um sorriso, disse:

- Você sabe que eu não ligo pra isso...

Ele também sorriu e Hermione quase perdeu a força nas pernas.
Foram até a frente da casa e se sentaram num canto. Ambos muito encabulados para falar alguma coisa. Lembrando-se subitamente que havia prometido para si mesmo que ia crescer, Rony começou a falar:

- Hermione... Eu te trouxe aqui porque queria conversar com você...

* Mas é lógico, seu idiota! Pra que mais?! Tá, fala algo decente da próxima vez! *

- Sobre...? – ela perguntou levantando a cabeça

* Respira e fala. É só. *

- Eu queria te dizer, que... – ele inchou o peito de ar e disse de uma vez só – bem, que eu gosto de você.

Foi como se ele tivesse soltado uma bomba sem fazer barulho. Ele olhava para ela com um olhar suplicante, e ela para ele com a cara assustada.

- Mas sabe... – ele continuou fazendo questão de olhá-la nos olhos – eu gosto de você... tipo... bem mais que como amiga... – vendo que ela não falava nada, ele continuou, pensando que era mais fácil já que já havia começado. Se ela quisesse dispensá-lo depois... – E você sabe que eu sou covarde demais para fazer certas coisas... Mas para isso eu não poderia ser...! Ainda mais que agora, nós estamos em guerra, e tudo está muito vulnerável... E talvez, se nós tivermos uma pessoa ao nosso lado, a qual amamos, seja um pouco menos difícil... – Hermione ainda estava calada, e isso foi deixando Rony desesperado... Será que o que Vitinho havia dito era um blefe? Se fosse, ele é que ia dar uns tabefes na cara daquele búlgaro idiota... – Então, Hermione? Você não tem nada pra me dizer?

Ela balançou positivamente a cabeça e sussurrou antes que Rony pudesse perguntar o que era:

- Eu te amo.

Pronto. Outra bomba silenciosa e dessa vez de maior intensidade havia sido explodida. Rony se sentiu tão aliviado, que não pensou em outra coisa: a abraçou. Ele sentado encostado numa das paredes, e ela, deitada em seu peito. Descontaram naquele abraço os quase sete anos que viveram reprimindo o que sentiam um pelo outro. Hermione finalmente pôde sentir de perto o cheiro de Rony. Aquele que só ele tinha. O mesmo que ela tinha sentindo na Sala de Slughorn, no primeiro dia de aula, junto com o de pergaminho, e o de grama recém-cortada. Finalmente pôde sentir todos os músculos que o Quadribol havia dado à ele, quando encostou seu rosto naquele tórax totalmente perfeito.
Além de se sentir a mais segura das pessoas quando aqueles braços enormes e igualmente musculosos a envolveram naquele abraço forte.

Rony também estava estarrecido por ter nos seus braços, a mulher que ele amava. Porque Hermione há muito tempo havia deixado de ser só uma garotinha. Era tão bom ficar ali abraçado com ela, passando a mão em seus cabelos, agora, o penteado já se desfazendo. Ficar ali sentindo o corpo dela junto ao seu. Ela era tão pequena comparada ao tamanho dele! E encaixava tão perfeitamente bem... Porque ele sabia, que ele não era o único que tinha um revestimento de durão. Hermione também não era tão invencível quanto parecia ser. E ele estava disposto a cuidar dela. A tomar conta dela, e protegê-la de tudo de ruim que pudesse ameaçá-la. Do que estivesse em seu alcance e do que não estivesse também. Porque a gente tem o instinto de proteger de tudo e de todos, todas as pessoas que realmente amamos. E era isso que Rony sentia por Hermione, e vice-e-versa, e em grande quantidade: Amor...

Rony estava beijando e acariciando o topo da cabeça dela enquanto murmurava vários “Eu também te amo”, quando percebeu que ela chorava, molhando sua blusa que estava por baixo das vestes.
Assustado e sem saber muito bem o que fazer, ele se afastou um pouco para ver seu rosto que estava molhado de lágrimas

- Hermione...? – perguntou com a voz fraca – o que foi?

- Ah, Rony... – disse ela entre soluços – É essa guerra, essa maldita guerra! Nós perdemos tanto tempo com brigas e orgulhos bestas, que eu tenho medo que não tenhamos mais tempo...

- Não, Hermione, não fala assim! – disse ele tentando reconfortá-la – Tá certo que às vezes fomos um pouco...

- Cabeças-duras? – sugeriu Hermione, um minúsculo sorriso em meio às lágrimas

- É..! – disse ele rindo também, feliz que Hermione tivesse sorrido – Fomos um pouco cabeças-duras, mas não é só porque estamos em guerra, que vamos desperdiçar o tempo que temos, não é? E outra... Eu sinto que nada vai acontecer à gente! Você vai ver!

- Jura? – ela disse ainda meio chorosa – Jura que eu ainda vou brigar muito com você, por certas coisas que você faz e que nunca vão mudar? Jura que você ainda vai me dar muitos outros sorrisos que me tiram o fôlego? Jura que eu ainda vão brigar muito com você por ser tão mole com os nossos filhos? Jura que nós ainda vamos ter muitas crianças ruivinhas e de olhinhos azuis correndo pela casa? Jura que nada vai acontecer com você?

- Bem, você conhece minha família, né? – disse ele rindo brincalhão. – Sete por vez! Mas, sim. Eu juro tudo isso pra você! E ainda juro que vou te amar até mesmo quando você brigar comigo porque eu não lavei a louça como você me pediu!

Ela começou a rir, e ele deu um sorrisão também. Ela era mais linda ainda quando sorria...!

- Bobo! – disse ela dando um tapinha em seu peito, já que um ainda estava nos braços do outro

- Bobo nada! Você acha que eu vou deixar você fazer tudo sozinha? – ele perguntou enxugando as lágrimas dos olhos dela com um das mãos.

Ela meramente balançou a cabeça e sorriu. Sorriu e ficou olhando para ele e ele para ela.
Cada um admirando a beleza do outro. Encarando-se deliberadamente, sem precisar ter vergonha, ou ficar vermelhos, embora isso fosse um pouco impossível.. Os dois estavam um tom de rosa meio escuro...!

Depois de olhar e observar cada centímetro do rosto de Hermione, demorando-se propositadamente na boca, Rony encarou-a nos olhos e disse:

- Eu te amo, sabia? Mas do que você pode imaginar...

- Eu também. Pra sempre.

- Sim. Pra sempre.

E dizendo isso, a distância que existia entre os dois, aos poucos foi diminuindo... A guerra não tinha mais importância. Na verdade, nada tinha mais importância. A única coisa que era importante e extremamente necessário para os dois, era aquilo. A boca um do outro. A presença um do outro. O olhar, o toque, o carinho. A única coisa importante um para o outro no momento, era o amor.

Uma mão de Rony foi parar na nuca de Hermione, acariciando de leve a pele e aqueles cabelos castanhos e cheios.
A outra, na cintura, puxando o corpo dela para mais perto do seu.
Uma das mão de Hermione, estava no rosto sardento de Rony. E a outra, no pescoço do ruivo, sentindo uma quentura, por causa dos cabelos vermelhos que estavam caídos ali.
Ambos fecharam os olhos e puderam sentir o quão maravilhosa era aquela sensação. Hermione pôde entender as palavras de Viktor, quando ele disse que era maravilhoso beijar a pessoa que amamos. Rony tinha uma boca perfeita, que assim como no abraço, se encaixava perfeitamente com a dela. Era macia, doce. Exatamente como ele
Rony tinha a mesma opinião. Ele finalmente estava beijando a boca que a tantos anos ele sonhava em beijar. Naquele momento, na opinião dele, ele podia ser considerado o cara mais feliz da Terra. Por ter ao seu lado uma pessoa tão extraordinária como Hermione.
Passaram um tempo ali se beijando, bem devagar, desfrutando o gosto um do outro. Não queriam sair dali nunca mais. Não agora que sabiam como aquilo era bom.

Mas bem, a razão mais uma vez chamou Hermione de volta
Saindo do beijo de Rony lentamente, ainda com a mão no rosto dele, ela murmurou:

- Temo que voltar para a festa...

- Porquê? – ele murmurou de volta, chegando para frente para beijá-la de novo.

- Porque sim – disse ela se afastando dele, e se levantando. – As pessoas vão perceber que nós não estamos lá.

Ele também levantou:

- Ah, já sei. Quer ir procurar com o Vitinho, é?

Hermione olhou com raiva para ele. Não agora. Não depois de tudo isso ele estaria com ciúmes de Viktor.

- Não, Ronald. Ai, mais quando é que você vai crescer, hein? – disse ela olhando para baixo e limpando um pouso de terra do vestido - Acabei de te falar, que quem eu amo é você, e...

Mas ela parou de falar subitamente ao perceber que um par de braços havia envolvido sua cintura novamente. Ela olhou para cima e viu Rony sorrindo maliciosamente para ela.

- Adoro quando VOCÊ me chama de Ronald. Adoro te ver bravinha assim, sabia? Fica mais linda ainda.

Hermione nem teve tempo de falar nada. Rony a havia envolvido em outro beijo. Daqueles que são capazes de tirar o fôlego e de embaralhar os pensamentos de qualquer um. E ficariam ali se beijando até que Hermione voltasse à razão mais uma vez.

E era assim que ia sempre terminar. Há certas coisas que nunca mudam. Hermione nunca ia deixar de ser sensata. Rony, nunca ia deixar de ter ciúmes de Krum. Hermione sempre ia ficar brava aos ouvir certos comentários do ruivo, e ele sempre a faria calar com um beijo como esse. Ele nunca ia deixar de ser um palhaço ou uma eterna criança. Ela nunca ia deixar de ser adulta, toda certinha, mas sempre se deixaria levar por um sorriso sincero e encantador dele.

Ainda mais do jeito que se amavam. Eles se amavam numa intensidade que nem eles próprios sabiam que era possível. E era assim que ia ser.
Pra sempre.

Um dos cara mais certos é o que inventou a frase: “Os opostos se atraem”.
Mas na verdade, deveria ter dito: “Os opostos se atraem e se completam”. E é o caso de Rony e Hermione. Pessoas totalmente diferentes, mais totalmente completas junto uma da outra.

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E então gente?!
O que acharam?
ó.ò
Eu sei que a minha FanFic não é a melhor do mundo e talz, mas dêem a opinião de vocês, ok?
É mais importante pra mim do que vocês imainam!!
:)

Comentem!
:*
mandá

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Comentários (1)

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