único



Chovia forte. Podia-se ver os raios cortando o céu escuro. Já era tarde da noite, e Harry, como alguns outros alunos da Grifinória, não conseguia dormir.

Mas este não dormia não por medo dos raios ou insônia, mas sim por causa de sés sonhos. Não eram os mesmo sonhos do quinto ano, mas eram realmente sonhos. E era com uma pessoa em especial: sua melhor amiga Hermione granger.

Não eram sonhos eróticos! Estava muito longe disso. Eram sonhos em que ele a via de outra forma. Mais como uma simples melhor amiga.

Mas na realidade, quando estava acordado ele não a via com os mesmos “outros” olhos. Bem, era o que ele achava! Na maioria desses sonhos, ele a acariciava, a beijava, cheirava o seu perfume, brincava com os cachos de seu cabelo, a tratava da mesma forma que trata uma pequena flor ou um animalzinho indefeso: com muito cuidado e carinho.

Harry se encontrava de frente para a lareira da Sala Comunal em sua poltrona de sempre, meditando. Num de seus pensamentos, ficou curioso para saber como Hermione estava.

Subiu rapidamente para seu dormitório, pegou sua capa de invisibilidade e foi para o dormitório feminino dos monitores.

Abriu a porta com o máximo de cuidado para não fazer barulho e deixou-a entreaberta. Procurou entre as camas e focalizou numa das últimas camas uma em que o cobertor tampava tudo, e no lugar do travesseiro um amontoado de cachos.

Foi até a cama, sentou-se ao lado dela no chão e tirou o cobertor de cima do rosto e ficou admirando aquele rosto delicado de olhos cor de mel, pele meio bronzeada e lábios suaves.

- Sei que está aqui. – sussurrou Hermione, sem abrir os olhos.

Harry congelou.

- Não adianta disfarçar, pode ir tratando de se aparecer. – disse ela agora fitando, sem saber, os olhos de Harry.

- Como sabia? – disse ele, agora já visível.

- Seu perfume... – sorriu a garota, deixando Harry rubro.

- Tenho que tomar mais cuidado! – disse ele também sorrindo.

- É. Se quiser vir me ver mais vezes terá que tomar algumas providências.

- Te ver? E quem disse que eu vim só para te ver? – riu ele.

- Dá para ver pelos seus olhos. – disse ela tirando a mão debaixo da coberta e passando pelo rosto do rapaz.

Para Harry, a mão de Hermione era como o fogo tocando a água(vocês sabem!Fogo com água!Aquele vaporzinho quentinho!..Enfim...). Era uma mistura de carinho e ternura.

Ficaram se encarando por um breve momento, até que Harry disse:

- Sabe, eu andei sonhando com você.

Hermione abriu um outro sorriso, só que dessa vez maior que o anterior.

- É mesmo? E o que acontecia neles?

- Como sabia que foi mais de uma vez? – perguntou desconfiado.

- Você falou como se já tivesse ocorrido antes.

- Ah...Enfim, eu... – começou ele, mas foi interrompido por um ronco de uma menina que estava perto deles.

- Vamos sair daqui? – perguntou Hermione.

- Ótima idéia.

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Na Sala Comunal, agora vazia, Harry sentou-se na mesma poltrona e Hermione, que havia trago seu cobertor, pegou uma poltrona e sentou-se de frente para Harry. Colocou os pés no colo do rapaz e este começou a massageá-los.

- Onde paramos?Ah sim, você estava começando a contar o seu sonho.

- Bem, nele eu você...Ahn...Nós bem que...É, a gente... – tentou ele, fazendo Hermione rir.

Ah, como era belo seu sorriso. Ainda mais com a mistura de sua beleza com seu sono ficava uma mistura perfeita!Mais uma vez, ambos se encararam brevemente.

- Nós éramos o par perfeito. – indagou ele.

- É mesmo! Algo mais? – perguntou sem tirar o sorriso do rosto.

- Sim. Eu ia te pedir, mas quando você ia responder o sonho acabou.

- Hmm... Você quer me abraçar! Você quer me beijar! – Hermione começou a cantar baixinho, mexendo com os pés, fazendo Harry ficar embaraçado.

- Sabe de uma coisa, eu acho que você está certa! – disse ele.

Levantou, pegou Hermione e a beijou apaixonadamente. Segurava-a pela cintura como se para ela não escapar. Depois disso, soltou-a e a encarou. No rosto, matinha seu belo sorriso de sempre, mas percebia-se que estava surpresa.

- Acho que Legitimência realmente funciona! – disse ela.

- Como é? Então você...

- É, de uma certa maneira eu quis meio que apressar as coisas um pouquinho, entende? Poxa Harry, estamos no sétimo ano!

- Sua esperta! Já não era sem tempo! – disse ele.

Riram juntos, depois se beijaram novamente.

Moral da história: não tenha medo de se apaixonar!

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