"Do Baú ao Guarda-Roupas"



Após todas as despedidas na estação King´s Cross, lá estavam eles novamente numa das cabines do expresso de Hogwarts retornando à sua escola tão querida.

- Hermione, você não cansa, não?! – Disse Rony bufando aborrecido por Hermione não parar de ler um livro qualquer.

- Oras Rony, eu só estou... – Disse Mione desviando pela primeira vez desde que entrara naquela cabine, os olhos de seu livro novo.

- Lendo! Eu sei e é exatamente disso que eu estou falando! Pare um pouco, sim? – Disse Rony agora parecendo cansado.

- Está bem. E sobre o que quer conversar Rony? – Disse Mione com cara de poucos amigos.

- Não sei; qualquer coisa que não tenha relação com livros. – Disse Rony também emburrado.

- Bem já que vocês estão tão sem assunto, acho melhor falarmos sobre algo que nos importe, antes que vocês iniciem uma discussão. – Disse Gina, já percebendo que se não se intrometesse na conversa dos dois logo eles estariam brigando.

- É verdade, não gosto de ver vocês discutindo, já tinham parado com isso, mas parece que está voltando... – Disse Harry preocupadamente, repreendendo-os com um olhar severo.

- Desculpe. – Disse Mione, para Rony, meio sem graça.

- É, desculpe. – Disse Rony a ela, também sem graça.

- Tudo bem; só que é muito importante que vocês fiquem unidos, pois como todos nós sabemos a separação e a discórdia é exatamente o que Voldemort quer que haja entre nós. – Disse Gina relembrando-os do que já sabiam a muito tempo, mas que estavam se esquecendo.

- Esta bem; então vamos mudar de assunto, sim. –Disse Rony simplesmente, para tentar desanuviar a conversa.


- Onde está o baú que encontramos; Gina?! – Questionou Hermione pensativa. – Está aqui com vocês?! – Finalizou ela encarando, profundamente, Harry e Gina simultaneamente.

- Sim... – Disseram Harry e Gina em uníssono, e enquanto Harry se certificava de que ninguém os espionava e logo em seguida trancava bem a porta da cabine, Gina abria sua bolsa e retirava de lá de dentro o baú.

- O que será que tem aí dentro?! – Disse Rony pensativo.

- É isso o que nós vamos descobrir Rony. Deixe me ver. – Disse Mione decidida, já pegando o baú em suas mãos.

Agora que estavam seguros, pela primeira vez eles observaram mais atentamente o baú. Ele era de madeira, esta desbotada pela ação do tempo, com detalhes em metal enferrujado, também devido à ação do tempo; com uma trava de mesmo metal que continha o desenho do já bem conhecido brasão da família Weasley.

- Como vamos abri-lo?! – Disse Rony observando que não havia cadeado, fechadura ou qualquer outra coisa para destravar a trava do baú.

- Hum... - Resmungou Mione analisando mais de perto a trava, para tentar abri-lo, onde gastara um tempo razoável pensando nas mais diversas formas para abrir o baú, até que finalmente ela resolveu optar por um meio mais eficaz. – Afastem-se! – Disse ela colocando o baú sobre o banco.

- O que vai fazer? – Disseram Rony e Harry ao mesmo tempo.

- Vocês já vão ver. – Disse ela sem mais explicações.

- “Diffindo!” – Mione lançou o feitiço direto no baú, fazendo com que sua tampa disparasse até o teto da cabine, rebatesse para o chão e saísse quicando até parar próximo aos pés de Rony, que arregalou os olhos em espanto.

- Sabe de uma coisa Hermione... Você é brilhante! Mas assusta às vezes, sabia?! – Disse Rony ainda olhando para a tampa inerte do baú parada próxima a seus pés.

- Muito engraçado, Rony. – Disse Mione ironicamente enquanto se abaixava e recolhia a tampa do baú do chão.

- Ta bem, mas não vão começar a discutir, sim?! Agora vamos ver o que tem dentro – Disse Harry interrompendo o que seria mais uma longa discussão entre Rony e Mione, que se encararão pedindo desculpas um ao outro sem pronunciar palavras, apenas se entendendo com os olhares.

- O Harry em razão, vamos ver o que tem dentro. – Disse Gina voltando a pegar o baú, agora aberto, e se sentando no local onde ele estava anteriormente, no que todos se sentaram também chegando o mais perto possível para poderem ver o que havia lá dentro.

Então Gina começou a retirar as coisas de dentro do baú e entregar aos outros, primeiro ela retirou uma rosa já muito ressecada, que entregou a Rony, depois foi um colar de ouro com um pingente em forma de coração, este que entregou a Harry, que estava bem a seu lado, depois foi uma chave de bronze de aparência bem antiga, e já muito enferrujada, também em forma de coração, e por fim a última coisa foi uma carta já muito velha, o que era aparente já que o papel estava consideravelmente amarelado.

- O que é tudo isso?! – Disse Rony olhando tudo sem compreender coisa alguma, no que Mione apenas observava a chave em sua mão sem ter certeza da possibilidade que se formava em sua mente.

- Não tenho certeza ainda... – Disse Gina enigmaticamente.

E enquanto os amigos trocaram estas poucas palavras entre si, Harry começou a analisar o colar em suas mãos e não demorou muito para perceber que na verdade o pingente em forma de coração se abria e não se surpreendeu quando, ao abri-lo, deparara-se com as fotografias de dois rostos, um era de uma moça de olhos muito azuis e cabelos flamejantes, enquanto o outro era moreno de cabelos rebeldes.

- Gina... Dê uma olhada nisso, e vê se reconhece alguma coisa. – Disse Harry mostrando-lhe as fotos contidas no pingente em forma de coração, com pensamentos passando por sua mente.

Assim que Gina encarara aquelas pequenas fotografias todas as suas suspeitas se confirmaram, e um brilho de compreensão passou por seus olhos, o que não passou despercebido por Harry; todas aquelas coisas eram mesmo de Mirian. “Mas porque estavam com sua mãe?” – Pensou Gina confusamente.

- É o que eu estou pensando Gina?! – Disse Harry tirando-a de seus devaneios.

- É sim Harry, esse é Henry e essa é Mirian. – Disse ela indicando as fotografias para ele.

- O que?! Do que vocês estão falando?! – Disse Rony perdido.

- Essas coisas todas Rony deviam ser da antepassada de vocês, a Mirian, por isso esse baú estava com a Sra. Weasley. Ela com certeza o herdara da família. – Disse Mione que até aquele momento havia permanecido calada. – Só não entendo o porquê de ela ter enterrado isso... – Finalizou ela muito pensativa.

- Era exatamente essa a pergunta que estava se passando em minha cabeça nesse exato momento Hermione... Por que mamãe esconderia isso de mim?!... – Disse Gina também sem saber ao certo a resposta.

- Temos de pensar nisso! Mas agora eu e Rony precisamos fazer a ronda nos corredores. – Disse Mione levantando-se e colocando a chave novamente dentro do baú, enquanto parava na porta esperando por Rony.

- Tem certeza que precisamos ir agora Mione?! – Disse Rony meio incerto, pois não queria sair dali agora; estava ávido por responder suas perguntas sem respostas.

- É claro que sim! E vamos logo, não quero atrasar a ronda! – Disse ela energicamente, no que o ruivo não teve coragem para contestá-la, então saíram pelos corredores do trem deixando Harry e Gina sozinhos novamente.

Houve uma pausa onde cada um tentava organizar seus pensamentos, até que cansado de pensar e pensar, e acabar por não encontrar resposta alguma Harry se cansou e quebrou o silêncio que se instalara entre os dois.

- O que você acha que tem nessa carta?! – Disse ele apontando para a carta, bem apertada entre as mãos de Gina.

- Na verdade estava agora mesmo travando uma batalha interna para saber se devo ou não lê-la... Estou temerosa pelo que possa estar escrito aqui... – Disse Gina parecendo angustiada.

- Não acha viável abrir e conferir?! – Disse Harry, a curiosidade já lhe corroendo por dentro.

- É... Acho que não deve ser tão problemático assim afinal, não é?! – Disse Gina agora um pouco mais tranqüila.

- Pois é, acho que não, mas espere um momento. – Disse ele dirigindo-se novamente até a porta para certificar-se de que não havia ninguém os espionando e trancando a porta logo em seguida.

- Tudo bem, pode ler agora. – Disse Harry simplesmente.

- OK! – Disse Gina começando a ler a carta em voz alta.

“ Querido Henry;

Como vão suas férias de natal?! Espero que esteja tudo bem. Aqui em casa as coisas estão indo razoavelmente bem na medida do possível.

Mamãe está preparando as coisas para a ceia de natal agora, pena você não ter podido vir... Estou com saudades suas, e não vejo a hora de nos vermos de novo, espero que tenha um Feliz Natal.

Sobre aquele assunto, ainda estou meio confusa, mas tenho uma novidade! Esta manhã mamãe me deu isto, não entendi muito bem o que significa, mas ela me disse que para responder nossas perguntas teremos de desvendar os segredos desse pergaminho.

É também por isso que estou lhe enviando esta carta, para ver se você entende alguma coisa, por que eu não entendi nada.

Até a próxima coruja...

Com carinho
De Sua Mirian ”

- O que seria “ISTO”?! – Disse Gina interrogativa.

- Como assim?! – Disse Harry confuso.

- Veja só... “Esta manhã mamãe me deu isto...” O que ela quis dizer com a palavra ISTO?! – Disse Gina que relia o trecho sem parar.

- Deixe-me ver. – Disse Harry pegando a folha juntamente com o envelope nas mãos, no que algo caíra aos seus pés. – O que é isso?! – Disse ele apanhando o outro pedaço de pergaminho na mão.

- Isso, o que?! – Disse Gina confusa, pois não tinha visto o pedaço de pergaminho que caíra aos pés de Harry, afinal ainda estava muito pensativa.

- Isso aqui, olhe. – Disse ele indicando-lhe o pergaminho em sua mão.

O pergaminho estava dobrado e parecia ser já muito velho, mais até que a carta a qual acompanhava, tinha uma aparência muito gasta, como se tivesse sido usado arduamente tempos atrás. Então sem esperar mais Harry finalmente o abriu.

- O que seria isso?! – Disse Gina enquanto observava atentamente o pergaminho, o qual lhes mostrava um desenho já meio disforme do que parecia ser uma gigantesca floresta.

- Não tenho certeza, mas eu diria que é uma espécie de mapa antigo... – Disse Harry encarando o pergaminho com uma expressão muito pensativa em seu rosto. – Sim. É... É um mapa sim, Gina. Veja aqui tem um traçado feito com uma cor diferente que marca um caminho nesse mapa.

- É mesmo! – Disse Gina reparando na existência de um traço muito fino em vermelho, que seguia certo caminho por todo o mapa. – Mas onde será que é este lugar?! – Finalizou ela pensativa.

- Não tenho certeza, mas acho que deve ser a tal floresta negra... – Disse Harry analisando melhor o mapa em suas mãos. – E se quer saber parece que este traço em vermelho foi colocado aqui bem depois de esse mapa ter sido feito. – Disse ele analisando o pergaminho mais atentamente.

- Você acha que foram Mirian e Henry quem o fizeram? – Disse Gina encarando-o.

- É possível, não é?! – Disse ele arqueando as sobrancelhas.

- Bem; é sim. – Disse ela simplesmente, tornando-se mais séria ao reparar num detalhe. – Vire o mapa Harry!

- O que?! – Disse ele sem entender nada.

- É vire-o do outro lado, acho que tem algo escrito aqui... – Disse Gina pegando o pergaminho surrado em suas mãos e vendo que suas suspeitas estavam certas, logo começou a ler em voz alta o que dizia nas costas do pergaminho.

“Atwood, Atwood a cidade onde o Sol nunca brilha e a noite sempre reina, pois após se tornar mal vista por todos os povos da Terra, a sombria cidade perdera-se no tempo, sendo assim guardada junto a tralhas e farrapos para toda a eternidade.”

Relera no mínimo umas quatro ou cinco vezes aquele trecho sem nexo e não conseguia encontrar serventia para o que estava escrito ali.

- Não entendo... O que é isso?! – Disse Gina confusa, agora relendo o trecho sem parar.

- Também não sei... – Disse Harry também relendo o trecho sem entender o que queria dizer.

- Se ao menos eu pudesse... Mas não, isso... Isso não... Não daria certo, não é mesmo?! – Disse Gina mais para si mesma do que para Harry que a encarava sem compreender o que se passava em sua mente.

- Do que você está falando?! – Disse Harry confuso.

- Nada, acho que não vai dar certo, mesmo. – Disse Gina meio incerta do que dizia.

- Bem não sei do que se trata, mas não custa tentar, não é mesmo?! – Disse Harry.

- Bom, eu só... Tinha, sabe... Pensado na possibilidade de eu conseguir extrair informações desses objetos, sabe, assim como eu faço com as pessoas quando quero descobrir alguma coisa. Mas é loucura, afinal objetos não tem mentes para serem vasculhadas, não é?! – Disse Gina como se o que estivesse dizendo fosse uma grande loucura.

- Bom, não me parece tanta louca assim essa sua idéia. Se desse certo seria de grande ajuda, principalmente quando estivermos refazendo os passos que Mirian e Henry fizeram com esse mapa. – Disse Harry indicando o mapa que agora se encontrava nas mãos de Gina.

- Não sei se isso vai funcionar. – Disse ela encarando o pergaminho, meio incerta.

- Por que você não tenda? – Disse Harry incentivando-a a prosseguir com sua idéia.

- Está certo! Afinal, como você mesmo já disse, não custa tentar, não é?! – Disse ela mostrando um lindo sorriso, o qual Harry achou que era o mais lindo que já vira ali naqueles lábios.

Então se concentrando ao máximo que conseguiu Gina tocou o pergaminho em suas mãos, exatamente como sempre fizera para descobrir algo que queria descobrir, mas para sua decepção nada ocorreu.

- E então?! – Questionou Harry encarando-a assim que ela reabrira seus olhos, até então fechados.

- Nada... – Disse Gina desanimada, com os ombros caídos.

- Hei, não fique assim! Esta foi só sua primeira tentativa. – Disse Harry tentando animá-la. – O que houve?!

- Não sei... – Disse Gina muito pensativa. – Nunca tinha tentado isso antes, mas foi meio estranho...

- Por quê?! – Perguntou Harry curioso.

- Não sei, quando eu vou descobrir algo com alguma pessoa eu sempre tenho algo em mente, sabe; alguma coisa que eu queira saber e... Dessa vez... De repente me vi sem saber o que buscar, ou mesmo questionar ao pergaminho... – Disse Gina parecendo muito confusa. – Isso faz algum sentido?! – Finalizou ela mais confusa ainda.

- Faz todo o sentido, Gina. É isso!! Você tem de perguntar algo para que o objeto possa lhe responder. – Disse Harry como se uma luz tivesse se acendido em sua mente.

- Será?! – Disse Gina incerta. – Vamos ver se é isso mesmo...

E dizendo isso voltou a se concentrar, mentalizando a primeira pergunta que lhe veio à mente, sentindo-se meio idiota... “Para que você já serviu?”... E no instante seguinte ela sentiu a mesma sensação que tinham quando vasculhava a mente de alguém e encontrava o que estava procurando, e então uma visão se formou em sua mente.

“ O lugar onde estavam era muito estranho e suspeito, nem mesmo a floresta proibida era tão assustadora quanto o local onde se encontravam. Altas árvores de madeira tão escura quanto o carvão, e de folhas tão mortas como jamais vira antes jaziam por todo o lugar até onde suas vistas podiam alcançar.

Cheio de estranhas vegetações e com um cheiro fortíssimo de podridão rondando por todo o ambiente. Um jovem casal de expressões aterrorizadas, encontravam-se parados um de costas para o outro com suas varinhas a postos e os olhos tão arregalados como se fossem saltar para fora.

Então numa voz tremulante a aterrorizada jovem de cabelos flamejantes balbuciou algumas breves palavras.

- Henry, você verificou o mapa?! – Disse ela virando seus olhos em todas as direções possíveis.

- Quatro vezes, querida! – Disse o rapaz tentando passar confiança em suas voz.

- Tem certeza que entramos no caminho certo?! – Disse ela incerta.

- Tenho, mas... Espere um momento... – Disse ele verificando novamente um pedaço de pergaminho já muito gasto, que anteriormente se encontrava em seus bolsos, enquanto a moça se afastava do rapaz indo a uma determinada direção.

– Mirian... – Disse o rapaz ao constatar que ela se afastara dele. - MIRIAN!!! NÃO VÁ NESSA DIREÇÃO!!! – Finalizou ele desesperado ao ver que ela ia exatamente para a direção que não deveria ir, porém já era tarde demais.

E Gina viu apenas Mirian afundar para dentro da terra sem mais nem menos, num grito de desespero, medo ou angustia, ou tudo misturado Gina não soube distinguir ao certo.

- AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!”

- E então?! – Disse Harry ao verificar que as pupilas dos olhos de Gina haviam votado ao normal, pois anteriormente encontravam-se dilatas.

- Hã?! – Disse Gina encarando-o ainda meio atordoada.

- Hei, ruivinha, você está bem?! – Disse ele preocupadamente, enquanto lhe acariciava ternamente o rosto.

- Oh, sim! – Disse voltando à realidade com o suave toque das mãos de Harry em seu rosto. – Ah... Bem, você estava certo, Harry. Dessa vez funcionou! Apesar de não ter sido tão esclarecedor assim. – Acrescentou ela meio desanimada.

- Ora essa não fique assim, pelo menos já conseguiu algum progresso, certo?! – Disse ele sorrindo encorajador.

- É, tem razão de novo! – Disse Gina expressando um leve sorriso em seus lábios, e contando a Harry tudo o que vira.

- OK, interessante! Mas já chega de problemas por hoje, não?! – Disse Harry recolhendo tudo e colocando de volta no baú, e guardando de volta na bolsa de Gina.

- O que quer dizer com isso?! – Disse Gina encarando-o com um olhar maroto.

- Eu não sei... Tinha pensado na possibilidade de fazermos não sei... Algo mais interessante antes de chegarmos a Hogwarts... – Disse Harry aproximando-se de Gina, enquanto lhe encarava profundamente nos olhos.

- Tipo o quê? – Disse Gina fingindo-se de desentendida, no mesmo momento que já se perdia na imensidão das íris verdes de Harry e se entorpecia com seu cheiro sedutor.

- Não sei... Tipo isso... – Finalizou ele acabando com a insignificante distância existente entre eles e selando seus lábios num beijo apaixonado, o que fez com que suas alianças irradiassem um brilho extremamente forte, que invadia toda a cabine.

Harry não se lembrava de ter sido tão feliz assim desde que conhecera Gina melhor, no início desse ano, afinal a cada momento que passavam juntos o sentimento que nutria por ela aumentava mais e era como se invadisse todo o seu ser, como se ela já tivesse se tornado uma parte de si mesmo... Parte esta que já era indispensável à sua existência.

E Gina não se sentia muito diferente disso, afinal desde sempre amara Harry, mas agora que o tinha finalmente para si, era como viver um doce sonho sem fim, onde a cada toque de Harry se sentia mais envolvida e apaixonada.

E era em momentos como esses que Harry se esquecia de todo o resto do mundo, de Voldemort e seus comensais, de profecias, de seu destino incerto; enfim de todas as coisas ruins que lhe cercavam, e que ele sabia mais cedo ou mais tarde teria de enfrentar... Ele querendo ou NÃO...
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O fato de Harry Potter e Gina Weasley terem retornado das férias juntos e como namorados por incrível que pareça não surpreendera ninguém em Hogwarts, quando em menos de dois dias o boato já havia chegado a todos os ouvidos da escola. Fato que não incomodara Harry nem um pouco, afinal pela primeira vez em todos aqueles anos em Hogwarts, esse sim era um bom motivo para estar presente nas conversas dos outros alunos, apesar de que com isso estariam mais expostos e, portanto com certeza não demoraria nada para Voldemort também saber que estavam juntos. O que na opinião de Harry não seria nada bom.

As primeiras semanas de volta à Hogwarts estavam sendo muito agitadas, pois com a proximidade dos NON`s e NIEM`s, os deveres de casa se tornavam cada vez mais longos e freqüentes, formando uma montanha de papéis que o separava de sua ruivinha, reduzindo seus encontros aos treinos com Dumbledore no fim da tarde, aos de quadribol e às madrugadas que passavam juntos no salão comunal, onde em meio a tarefas de casa, trocavam beijos e carícias.

Quanto ao mundo mágico as coisas estavam se tornando cada vez piores, e eles não viam como poderiam ajudar a reverter a situação senão, encontrando logo de uma vez o talismã de Gina, porém infelizmente não conseguiam encontrar a passagem que Gina vira em seu sonho em nenhum dos corredores em que foram procurar. No entanto não perdiam a esperança de a encontrarem, ou de Gina ter outro sonho que facilitasse suas buscas. Mas o sonho não vinha e Gina já estava desesperançada de que fossem realmente conseguir algo.

A temporada de quadribol estava indo a todo vapor e logo teriam mais um jogo contra a Lufa-Lufa, onde quem ganhasse a partida iria para a grande final com Sonserina. Exatamente por isso durante os treinos Harry e todo o resto do time se esforçavam ao máximo para conseguirem garantir a vitória do próximo jogo, afinal uma partida contra Sonserina sempre era muito emocionante, ainda mais quando a vitória garantiria a taça da vitória à Grifinória.

E naquela noite não havia sido diferente o treino de quadribol fora muito cansativo, a chuva não dera trégua em nenhum momento, e todos estavam exaustos, mas davam o melhor de si, mesmo em condições tão precárias, afinal no dia da partida contra Lufa-Lufa o tempo poderia ser o mesmo que este, e era melhor que estivessem preparados para tudo, pois não pretendiam perder esta partida por nada nesse mundo.

Já estava tarde quando o treino acabou e todos foram direto para o vestiário tomarem suas duchas quentes e se trocarem. Todos já haviam ido para seus respectivos dormitórios, afinal já passava das nove e se Filch os pegasse andando pelos corredores estariam encrencados, mas ao contrário dos outros, Harry ainda esperava Gina terminar de se aprontar, sentado em um dos bancos do vestiário pensando em tudo o que deveria estar se passando do lado de fora dos altivos muros de Hogwarts, e não gostava nada do que via em sua mente.

Ele ouvia o som estrépto das gotas de chuva batendo freneticamente no chão de pedra do lado de fora do vestiário, como se fossem gotas de seu próprio sangue que caíssem nele, sentindo-se como se estivesse realmente no meio de sua última e sangrenta batalha com Voldemort. Ficou assim, pensando nas mais terríveis possibilidades para seu incerto futuro, até que finalmente as já tão conhecidas madeixas ruivas, entraram em seu campo de visão, o trazendo de volta à realidade e fazendo-o sorrir abertamente para a dona de seu coração, que respondeu prontamente com um de seus mais belos sorrisos.

- Demorei muito?! – Questionou ela meio encabulada.

- Não muito. – Disse Harry simplesmente, já se levantando e findando a distância que havia entre eles.

- Estamos tão ocupados com os deveres e treinos ultimamente... – Começou Gina, assim que sentiu as mãos de Harry em sua cintura, causando-lhe uma moleza momentânea seguida de arrepios por todo o seu corpo.

–... Que nem temos tido muito tempo para nós. – Finalizou Harry, sentindo o corpo entorpecido de Gina, em seus braços.

- É... – Disse Gina tolamente já perdida na imensidão das íris verdes de Harry, agora tão próximas que seria até capas de ver seus próprios olhos dentro dos dele.

Não era preciso dizer mais nada, eles já sabiam exatamente o que se passava na cabeça do outro e a união de seus lábios era algo inevitável e que já esperavam.

As sensações que sentiam agora eram muito diferentes das que sentiam anteriormente a seu namoro, afinal antes eram “só” amigos e sentiam uma mistura de afeto, carinho e algo que não sabiam definir; agora era diferente, além de tudo isso sentiam paixão, desejo, necessidade de estarem juntos compartilhando-se um ao outro, e o principal; havia entre eles uma cumplicidade extrema assomada ao sentimento, antes não definido, e que agora chamavam de “AMOR”.

E era nessa mistura de sentimentos em meio a um beijo doce e terno, que Harry apenas sentia Gina sem pensar em mais nenhuma das coisas terríveis que estivera pensando anteriormente e que poderiam acontecer com ele.

Após um tempo que nunca saberiam precisar, saíram do vestiário correndo até as escadas das altivas portas de carvalho da entrada do castelo, seguindo no mesmo ritmo pelos corredores, rumo ao salão comunal da Grifinória.

O restante da semana correu no mesmo ritmo, muitos deveres, treinos desgastantes, e muito pouco tempo para ficarem juntos. E a partida de quadribol contra Lufa-Lufa estava cada vez mais perto.
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Era sábado de manhã e finalmente o dia da partida de quadribol contra a Lufa-Lufa havia chegado e todos na Grifinória estavam ansiosíssimos pelo início da partida, todos estavam tomando seus cafés da manhã.

- E então garotos preparados para o jogo de hoje?! – Questionou Mione sentando-se ao lado de Rony na mesa, recebendo logo em seguida um doce beijo do namorado.

- Com certeza, sim! – Disse Rony após o beijo. – Ainda mais depois de um beijo desses. – Finalizou ele fazendo Mione corar.

- Nós treinamos muito nos últimos dias Mione, e pelo que andei observando, posso dizer que todo o time está preparado, sim. – Disse Harry com firmeza.

- Que bom que estão confiantes, ouvi dizer o time da Lufa-Lufa está melhor esse ano... – Disse ela com simplicidade enquanto pegava mais uma torrada com geléia.

- A propósito, Mione. Onde está a minha Ruivinha, que ainda não chegou?? – Disse Harry com o cenho franzido.

- Bem... Se está falando de mim, estou bem aqui. – Disse Gina abraçando-o por trás.

- Que bom ver você... Já estava com saudade, sabia? – Disse Harry em seu ouvido, assim que ela se sentou a seu lado.

- Eu também estava... – Disse ela também em seu ouvido, recebendo logo em seguida um delicioso beijo. – E então preparado para jogo de hoje senhor capitão?!?! – Finalizou ela após o beijo, enquanto se servia de um pouco de suco de abóbora.

- Mas é claro que sim! Com uma artilheira como você no meu time, o que eu poderia temer? – Disse ele em tom brincalhão.

- É verdade, o que você poderia temer não é mesmo?! – Disse Gina com ar presunçoso e brincalhão ao mesmo tempo, no que os dois logo caíram na risada, o que Rony e Mione, que estavam de fora da conversa, não entenderam nada.

- O que foi que é tão engraçado?! – Questionou Rony sem entender nada do que passava ali.

- Nada não Rony, nada não... – Disseram em uníssono parando de rir.

- Hei, vocês não acham que está um pouco tarde? - Disse Mione consultando as horas e vendo que já eram nove horas. – Que estranho já são nove horas e o correio ainda não chegou...

Harry não se pronunciou, mas sentiu uma brusca fisgada em sua cicatriz, assim que Mione pronunciou estas palavras. Ele não sabia o que isso significava, mas com certeza era coisa de Voldemort e achou melhor não dizer nada por enquanto.

- É mesmo, ele sempre vem as oito... Está uma hora atrasado. – Disse Gina concluindo o pensamento de Mione.

- Muito estranho isso, muito estranho... – Disse Mione pensativamente.

- Será que aconteceu alguma coisa? Por isso que o jornal não veio? – Disse Rony meio incerto sobre o fato de dever ou não dizer aquilo, afinal não queria preocupar os amigos.

- Bem Rony não foi só o jornal que não veio, e sim todas as correspondências. –Gina disse o óbvio.

- Mas então o que pode ter sido? – Disse Rony agora mais confuso que antes.

- Não sei Rony, mas isto está muito suspeito, é impossível que ninguém tenha recebido nenhuma correspondência hoje. – Disse Mione ainda mais pensativa.

Harry que vinha apenas observando toda a conversa, pela primeira vez se pronunciou. – Se for algo ruim que tiver acontecido logo saberemos. Não se preocupem, agora é melhor irmos andando o jogo vai começar daqui a pouco.

E sem esperar mais levantou-se para ir ao vestiário, parando só por um momento para chamar Gina para ir com ele. – Vamos Gina?! – Disse ele lhe estendendo a mão, no que Gina não pode recusar.

- Vamos!! – Disse ela aceitando a mão estendida de Harry, e levantando-se prontamente par acompanhá-lo.

- Vejo vocês depois, daqui a pouco eu também vou!!! – Disse Rony ao receber os olhares de Harry e Gina.

Eles caminharam calados por todo o cominho, muitas perguntas se formavam em suas mentes, e não sabiam nem ao menos o que dizer um ao outro naquele momento. Seguiram assim até que entraram no vestiário.

O vestiário estava silencioso e vazio, ninguém havia chegado ainda, portanto poderiam conversar à-vontade na sala do treinador, ou seja, de Harry.

- Eu não quis dizer nada na mesa, mas... Aconteceu alguma coisa, Harry?! Desculpe a pergunta; mas você nunca foi de ficar tão passivo numa situação como essa de hoje de manhã... – Disse Gina meio sem jeito.

- Bem eu também não quis dizer nada na mesa, para não assustar os outros, mas eu estou com um pressentimento de que isso é coisa de Voldemort Gina... – Disse Harry, meio aborrecido.

- Como assim Harry?! Você teve algum sonho ou sentiu alguma coisa diferente?? ... – Disse Gina preocupadamente.

- Bem, no café quando Mione falou do atraso do correio senti uma fisgada muito forte na cicatriz, e isso geralmente só acontece quando ele está aprontando algo, Gina... E algo ruim... – Disse Harry também preocupadamente. – Eu não tenho certeza do vai acontecer ou do que ele está tramando, mas de uma coisa eu tenho certeza... Ele está se mexendo, Gina... E logo, logo estará bem perto de nós... – Finalizou ele sem coragem suficiente para encará-la nos olhos.

- Hei! – Disse ela fazendo com que Harry a encarasse nos olhos. – Olha, eu não sei no que está pensando, mas agora é melhor não se preocupar com isso está bem, temos um jogo para ganhar e um time te esperando lá fora. – Gina disse aquilo tentando tirar aqueles pensamentos da mente dele.

- Você tem toda razão, mas não consigo me concentrar num jogo de quadribol quando penso no que Voldemort pode estar tramando, ou mesmo fazendo agora... – Disse Harry demonstrando à ela a agonia que sentia por dentro, naquele momento.

- Amor... – Disse Gina aproximando-se de Harry, e abraçando-o forte. – Não se preocupe com nada disso agora, está bem... Pense no jogo, nas pessoas que gostam de você, sei lá, em coisas felizes e esqueça as coisas ruins só por enquanto, ta?! Eu prometo que assim que terminar o jogo, vamos procurar mais uma vez pela passagem, está bem?

- Gina... Eu não quero que você se sinta pressionada, quanto a isso... – Disse Harry, abraçando-a mais forte.

- Não se preocupe, você não está fazendo isto, eu é que estou, e todos os dias. Acredite! E além disso, o que mais importa é que você estava tão ansioso por este jogo até hoje de manhã e eu não vou permitir que NADA tire esse seu entusiasmo. – Disse ela decidida.

- Eu te amo, sabia?! Você consegue me animar até quando se trata de Voldemort. – Disse Harry trazendo-a para mais perto e selando seus lábios nos dela, num beijo cheio de amor, carinho e agradecimento.

- Vamos lá treinador, seu time o espera!!! – Disse Gina sorridente.

Harry passou as coordenadas aos outros rapidamente, e logo já estavam todos no ar ouvindo o tão esperado som estridente do apito de prata de Madame Hooch, que dava início a partida da semi-final de quadribol daquele ano letivo.

Todas as casas, exceto a Sonserina, estavam torcendo para Grifinória, até mesmo a própria Lufa-Lufa, afinal uma partida entre Grifinória e Sonserina sempre era emocionante ainda mais quando se tratava de uma fina de campeonato.

Novamente era Dino Thomas quem narrava a partida:

- Jogo começou bem para a Grifinória que sai na frente com Gina Weasley levando a goles, despistando os adversários, impulsionando e... Ela MARCA!!!!! É ponto para a Grifinória.

O jogo em si seguiu num bom ritmo para a Grifinória, o time da Lufa-Lufa estava indo bem, mas seu goleiro parecia já não ficar tão seguro quando era Gina quem se aproximava dos aros e acabava não conseguindo defender direito, o que rendeu muitos pontos para Grifinória.

Quanto ao pomo de ouro, como sempre parecia que não iria dar as caras nunca mais, até que finalmente Harry o avistou do outro lado do campo perto da arquibancada da sonserina, para ser mais específica próximo a seu pior inimigo em Hogwarts, Draco Malfoy.

Em menos de segundos lá estava ele próximo da arquibancada da Sonserina, com o apanhador da Lufa-Lufa logo atrás de si comendo a poeira de sua Firebolt, e numa fração de segundos Draco Malfoy viu diante de seus olhos seu inimigo segurando a passagem para mais um confronto entre eles no próximo jogo.

- Eu vou acabar com você no próximo jogo Potter; pode esperar!! – Ameaçou Draco à plenos pulmões, no que Harry apenas gargalhou.

- É o que veremos Draco!!!! – Respondeu Harry sarcasticamente para Draco, como quem não dá a menor importância ao fato, afinal o que mais importava agora?! Ele tinha conseguido; tinha pego o pomo de ouro e dado a vitória à sua casa.

- E Harry potter pega o pomo de ouro. A partida acaba com a vitória da Grifinória com uma vantagem de 150 pontos!!!!!!

Harry sentiu a chuva de aplausos vinda de todas as casas, menos da Sonserina, é claro, sobre si, assim como os cumprimentos dos amigos do time.

Mas foi o já tão esperado abraço de Gina que lhe trouxe a maior de todas as alegrias de se ganhar uma partida de quadribol. E num segundo após este abraço, Harry ergueu novamente o pomo no ar beijando-o logo em seguida e oferecendo-o à Gina, que o acolheu em suas mãos cheia de alegria e agradecimento.

- A você que eu dedico essa vitória!! – Disse ele admirando-a. “Afinal como ela conseguia ficar tão linda com aquele uniforme de quadribol e um rabo de cavalo desmanchado?” Era o que Harry pensava naquele momento. - Você esteve perfeita hoje!

- Você também foi perfeito hoje, Harry. Estamos na FINAL!!!!! – Disse ela tão feliz, chegando a irradiar luz em seu sorriso, no que Harry não pode resistir beijando-a calorosamente em seus lábios, ali mesmo, no meio de todos os alunos e professores de Hogwarts.

Pouco se importava se todos estavam ou não vendo, se Voldemort iria ou não saber, se isso seria certo ou não, se as regras da escola permitiam ou não isso, queria mais que tudo fosse para o espaço, afinal nada importava mais que sentir o gosto de Gina e tê-la tão perto de si.

E diferente de qualquer coisa que pudesse pensar que aconteceria com eles, todos os ainda presentes no estádio, aplaudiam freneticamente o mais belo casal que Hogwarts já viu desde Thiago e Lílian.
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Assim como Gina havia prometido em vês de irem festejar com os outros na sala comunal da Grifinória, foram caminhar pelos corredores da escola. Já era tarde, mas quem se importava com isso, afinal?!

Então decidiram começar pelo andar térreo e irem subindo andar a andar. Andaram por alguns corredores e subiram alguns lances de escadas, sempre vasculhando todos os corredores de cada andar por onde passavam,mas foi quando terminaram de subir o lance de escadas do terceiro andar e caminharam alguns metros por um corredor, é que Harry sentiu a mão quente de Gina, que estava segura pela sua própria mão, gelar de repente.

E num segundo após isso, assim que se virou para questionar o que estava havendo, a face de Gina perdeu totalmente a cor, deixando o vigor que ele tanto conhecia e adquirindo um tom pálido e fúnebre, e virando os olhos, seu corpo desfaleceu suavemente nos braços de Harry. E mais uma vez um Flash invadiu a mente de Gina.

" Lá estava ela novamente, Gina Weasley, encarando sua cópia idêntica a sorrir misteriosamente para ela. Elas estavam frente a frente no mesmo corredor onde segundos atrás estava com Harry.Porém agora o ar do local parecia mais denso e sombrio que antes.

Num instante sua cópia idêntica continuava ali no mesmo lugar e no outro já saía em disparada na direção do fim do corredor, no que Gina também saiu rapidamente em seu encalço. E... Para sua surpresa, virando a esquerda, lá estava ele, o corredor, que ela e seus amigos tanto procuraram e ansiaram por encontrar.”

Havia se passado nada mais nada menos que dois minutos de puro desespero onde Harry não soube o que fazer, e apenas ficou a observar as feições que Gina expressava em seu rosto. Permaneceu assim até que finalmente Gina voltou de seu rápido Flash, e ele pode ver no brilho de seu olhar que algo muito importante havia se passado em sua mente.

- Acho que encontrei Harry! - Disse ela animada, já se levantando com o auxílio de Harry.

- Como assim?! - Disse Harry já ávido pelas novidades.

- Tive um flash igual a meu último sonho, onde eu mesma me mostrava o caminho para o corredor que estamos procurando, e que aliás... É bem neste caminho. Vamos!!! - Disse Gina já correndo pelo corredor, arrastando-o pelo braço.

Seguiram em frente por alguns minutos até que finalmente encontraram um corredor a esquerda, e ao virarem nele deram de cara com um estranho corredor mal iluminado, exatamente o qual Gina havia visto em seu rápido flash. Caminharam pelo corredor até que Gina parou e viu o tijolo exatamente igual ao de seu sonho, o que confirmava que era ali mesmo a passagem que procuravam.

-Encontramos Harry!! Encontramos!!! - Disse Gina animadamente já pulando em seu pescoço, no que Harry perdera o controle e fora de encontro com a parede, tocando bruscamente o tijolo que acionava a passagem.

E no instante seguinte lá estavam eles caídos aos pés do tal guarda-roupa de madeira escura e espelho na porta, com que Gina sonhara dias atrás.
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Lá estavam eles o agora “Quarteto de Hogwarts”, mais uma vez sentados nas poltronas de frente a lareira do salão comunal da Grifinória, quando todos os outros alunos já estavam em suas respectivas camas.

- Eu não acredito! Então quer dizer que vocês encontraram o guarda-roupa?! – Mione dizia as palavras com tanta rapidez, que mal conseguia conter a alegria da nova notícia que seus amigos lhe traziam.

- Pois então vamos até lá logo de uma vez, oras! – Disse Rony ansiosamente.

- Calma Rony; está muito tarde agora, e Filch pode nos apanhar lembra. – Disse Gina cautelosamente.

- Ora essa Gina, esqueceu que eu e Mione somos monitores? Nós podemos andar nos corredores após o horário! E além do mais temos a capa do Harry para esconder vocês dois. E também... Desde quando deixamos de fazer algo por causa do Filch ou de qualquer outra regra idiota?! – Rony disse tudo com tanta pressa que até perdera o fôlego.

- É verdade. Você tem razão, Rony. Desde quando deixamos de fazer algo por causa do Filch?! Vamos até lá, e será agora. – Disse Harry decidido, no que todos concordaram.

E em questão de segundos os quatro amigos já estavam caminhando rapidamente pelos corredores de Hogwarts. Harry e Gina sob a capa de invisibilidade de Harry, olhando no mapa do Maroto para que desviassem de possíveis empecilhos, enquanto Rony e Mione fingiam estar fazendo a ronda noturna.

Seguiram em silêncio por todo o trajeto até que chegaram finalmente no corredor da passagem secreta, e após se certificarem de que exatamente ninguém, estava vindo ou por perto, acionaram a passagem e entraram no local.

Que por sinal era bem pequeno e abafado, além de mal iluminado. Não demorou muito para que Mione examinasse o Guarda-roupa e verificasse que ele não era comum.

- Este guarda-roupa não é um guarda-roupa qualquer... Ele tem, com certeza, uma alta concentração de magia dentro dele. Não sei ao certo o que é, mas já li sobre isso em algum lugar; só não me lembro ao certo onde. – Disse Mione com olhar analítico.

- Vocês tentaram abri-lo?! – Questionou Rony, enquanto observava o desenho da fechadura da porta espelhada do guarda-roupa.

- Não... – Disse Gina simplesmente.

- Parece que ela só se abre com a chave... – Disse Harry pensativamente ao observar, também, a fechadura e verificar que lhe faltava maçaneta. – Afinal parece que não tem maçaneta...

- Muito estranho... Só fechadura... – Disse Gina pensativamente.

- Mas... Qual será a chave que abre a porta?! – Rony perguntou o que todos se perguntavam, e que só Hermione tinha resposta.

- Com licença. – Pediu ela à Rony, para que pudesse ver a fechadura mais de perto. – Julgando pelo fato da fechadura ser feita de bronze, ser em forma de coração e ter um estado enferrujado, eu diria que talvez a chave que abra essa porta seja a que estava dentro do baú. – Finalizou Mione, brilhantemente.

- É claro!! Mirian me deixou a chave para que quando tivesse que ir abrir o guarda-roupa já tivesse a chave para abri-lo! – Disse Gina conclusivamente.

- Correto! – Concordou Mione.

- O que fazemos agora?! – Disse Rony ansiosamente.

- Acho melhor voltarmos amanhã cedo, com as coisas do baú. Agora já está muito tarde para irmos à torre da Grifinória e voltarmos aqui. – Disse Harry inteligentemente.

- É... Ainda mais com o Filch iniciando sua cassada por alunos fora da cama. – Finalizou Gina, que agora verificava no mapa que Filch estava saindo de sua sala rumo a sua ronda noturna.

Voltaram então todos para a torre da Grifinória o mais depressa que conseguiram, tomando o cuidado de sempre verificarem o mapa para terem certeza de que não seriam surpreendidos por ninguém, e logo já estavam todos em suas respectivas camas.

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A noite caía alta lá fora e seus colegas de quarto estavam em um sono profundo, até mesmo Rony já estava roncando alto. Porém por mais que seu corpo lhe pedisse para fechar os olhos e dormir um bom sono, sua mente não conseguia parar de trabalhar nem um minuto.

Seus pensamentos vagavam por lugares distantes dali, imaginando o quê de tão perverso e terrível, Voldemort poderia estar tramando neste exato momento. Sim por que seus sentidos o estavam avisando que algo horrível estava por acontecer ainda àquela noite.

E por mais que seu corpo lhe pedisse, ele não iria dormir tão cedo, pois sabia que se o fizesse, mesmo que praticasse oclumência, acabaria tento visões indesejadas, que o levaria a se precipitar assim como fizera em seu quinto ano, e não estava disposto a por em risco a vida de mais ninguém, por causa de seus “sonhos”.

E mesmo tentando não pensar mais nessas coisas, Harry continuava se sentindo muito inquieto, com algo lhe apertando forte o peito, e por mais que tentasse aliviar esse sentimento ruim mais intenso ele se tornava, até que mesmo o simples gesto de respirar se tornou muito complexo e difícil para ele.

Sem saber o porquê daquilo tudo, sentiu que seus olhos se enchiam de lágrimas e mais uma vez um determinado pensamento lhe voltou à mente. Não a primeira vez que isso acontecia, e ele sabia que a cada dia que se passava o fim estava mais próximo, o que tornava sua convivência com Gina ainda mais dolorosa.

E foi assim ao pensar nela, que se viu mais uma vez a olhar a foto que mantivera no porta-retratos que ganhara de Gina. E lá estava ela, sua ruivinha de cabelos flamejantes, esvoaçando junto ao vento. Como doía pensar que logo não estariam mais juntos.

E foi pensando nisso que uma lágrima amarga e solitária rolou por seu rosto, e a cortina do dossel de sua cama se abriu abruptamente, revelando a face rígida de Minerva McGonagall.

- Sr. Potter, venha comigo depressa, o Profº Dumbledore está lhe aguardando!

E sem pronunciar nenhuma palavra ela se virou e Harry de um salto, logo a acompanhou, constatando que realmente deveria ter acontecido algo extremamente sério assim como estava pressentindo.

Durante todo o caminho nada foi pronunciado, até que chegaram em frente as gárgulas da entrado escritório de Dumbledore, e McGonagall disse a senha para que Harry pudesse entrar.

- “Varinha de alcaçuz”! – Disse a professora e harry logo subiu pela escada circular que dava acesso ao escritório do diretor.

Quando adentrou o local, logo viu Dumbledore sentado em sua mesa apinhada de objetos estranhos, como de costume, porém dessa vez ao envéz do olhar bondoso e calmo de sempre, Dumbledore apresentava um ar cansado e desgostoso, o qual tentou amenizar assim que percebeu a presença de Harry.

- Oh, Olá Harry! – Disse ele com um sorriso meio sem jeito. – Desculpe te acordar a esta hora, mas sinto em dizer que se faz necessário...

- Sem problemas professor, estava sem sono. – Disse Harry displicente, porém num tom um tanto sério também, pois sabia que com certeza algo havia ocorrido para que o professor mandasse lhe chamar àquela hora da noite.

- Por favor, Harry... Sente-se... – Disse Dumbledore apontando uma cadeira a sua frente. – Bem... Creio que você e seus amigos já devem estar sabendo de algo a respeito da atual situação do mundo mágico, não é uma das melhores...

- Sim professor... – Disse Harry, já muito inquieto para saber o que havia acontecido para que o chamassem àquela hora no escritório de Dumbledore.

- Pois bem Harry; vou lhe dizer o que realmente está se passando do lado de fora dos muros de Hogwarts. - Disse Dumbledore novamente com as feições carregadas. – Sinto em ter de lhe dizer que as coisas estão indo muito mal, e tentem a piorar ainda mais de agora em diante. Voldemort tem reunido cada vez mais seguidores, muitos mais que da outra vez, agora ele conta também a ajuda de lobisomens, e outras criaturas das trevas, as quais estão sendo controladas por ele.

“Temos tido muitos ataques aos trouxas, com a destruição de várias de suas cidades. Está tudo uma perfeita confusão entre nós e os trouxas, Cornélio perdeu totalmente o controle e não ouve mais ninguém, só faz bobagens que deixam nosso mundo ainda mais exposto aos trouxas. Já perdemos as contas de quantas memórias tiveram de ser alteradas, Artur e os outros estão tendo muitos problemas no ministério, pois a maioria dos funcionários são aliados de Voldemort, infiltrados lá para vigiarem suas ações. Muitos já morreram Harry, e não apenas os trouxas, famílias inteiras de bruxos estão sendo mortas todos os dias, nenhum lugar é mais seguro, e não se pode mais confiar em qualquer pessoa.”

- Eu sabia que a situação estava ruim, mas não pensei que fosse tanto assim... – Disse Harry aterrorizado com o que tinha acabado de ouvir.

- E... Não é só isso... O motivo pelo qual mandei que lhe chamassem aqui... É de extremo desagrado para mim, ainda mais por ser eu quem tenha de lhe dizer isso, mas é necessário que eu diga... Esta noite, mais uma vez Voldemort atacou um bairro trouxa, mas desta vez não foi qualquer bairro trouxa e qualquer família trouxa que foi exterminada sem a menor piedade... Foi o bairro de Little Wings foi a família Dursley, Harry, foi a sua família.

Por mais desprezíveis que os Dursleys fossem para Harry, ele nunca sequer imaginara que algo como isso pudesse acontecer à eles, e por mais que, muitas vezes, os odiasse não desejara um fim como este para eles, e sentia-se mal, afinal ninguém merecia uma morte assim, nem mesmo os Dursleys. E exatamente por isso é que agora encontrava-se em um estado meio que de choque, onde não conseguia dizer sequer uma palavra.

- Eu sei que você deve estar sentindo a perda de seus tios e de seu primo, Harry, mas é preciso que você entenda que o que aconteceu, foi um aviso... Um aviso de que nem mesmo aqui em Hogwarts se está livre dos espiões de Voldemort, Harry. E é claro que você já deve ter uma idéia de quais pessoas estou me referindo. – Disse Dumbledore com um olhar significativo à Harry, no que imediatamente a imagem de Draco Malfoy e seus comparsas invadiram sua mente, e Dumbledore logo prosseguiu.- Afinal, Hogwarts está sempre de portas apertas para ajudar aqueles que a ela recorrerem, mas nem sempre estes estão dispostos a ajudá-la.

“Mas... Bem... Depois do que houve hoje, estão pensando em eleger outro ministro da Magia, já que Fudge está cada vez mais louco, mas tememos que se houver uma substituição o ministério se corrompa de vez à Voldemort, portanto achamos melhor manter Fudge no poder mesmo com suas trapalhadas. Fontes confiáveis da Ordem nos informaram que agora que Voldemort fracassou em sua missão de fazer uma cópia do talismã de Gina; está trabalhando em outro plano...”

- Na verdade é um grande ataque... Um ataque que pelos meus pressentimentos será à Hogwarts, com certeza, ele está fechando o cerco a nossa volta, Harry. Mas não podemos desanimar, ainda mais agora que vocês estão tão perdo de encontrarem o talismã de Gina, não é mesmo?! – Disse Dumbledore com olhar bondoso novamente e cheio de significação; era como se ele já soubesse que tinham encontrado a passagem para o guarda-roupas.

- Pois é... – Disse Harry em resposta, pela primeira vez desde que soube da morte de seus tios.

- Mas temo que tenha que lhe dizer uma última coisa, Harry, e não é muito boa. Sabemos que o amor é a magia mais poderosa do mundo e que sem ela não somos totalmente completos, mas creio que é necessário que pelo menos por enquanto se afaste um pouco de Gina; sei que será muito difícil e doloroso tanto para você quanto para ela, mas não podemos nos dar ao luxo de outra cena como a assistida no último jogo de quadribol que tivemos, Hogwarts está sendo vigiada também, e agora você tem a certeza disso, e temo que quanto mais próximos Voldemort souber que você e Gina estão, ainda mais próximo estará o ataque a Hogwarts.

Aquilo com certeza tirara de vez a voz de Harry, de tudo o que esperava ouvir da boca de Dumbledore nada se comparava àquilo, era demais para ele no mesmo dia em que perde sua única família recebe a notícia de que terá de se separar de seu grande amor, nada poderia ser pior do que aquilo, nem mesmo um duelo mortal com Voldemort poderia deixa-lo tão triste e abalado como estava agora.

- Sei que devo ter enchido sua cabeça de caraminholas hoje, Harry, e agora você deve estar cheio de dúvidas e questionamentos internos, por isso acho melhor que vá para seu dormitório e reflita sobre tudo o que conversamos e descanse um pouco, pois dias difíceis estão se aproximando Harry. – Finalizou Dumbledore se levantando e se retirando para seus aposentos, deixando assim um Harry completamente perdido e confuso sózinho em seu gabinete.

Como Harry chegara à sua cama naquela noite ele nunca saberia dizer, mas como se sentia mal e derrotado por dentro ele sabia. Havia dias que vinha se perguntando até quando tudo aquilo continuaria, afinal uma felicidade tão grande como namorar Gina e ter seu amor, não era algo muito comum em sua vida cheia de desgraças, e para seu azar o dia em que seus medos se realizariam tinha chegado e lá estava ele, Harry Potter "o menino que sobreviveu", deitado em sua cama com lágrimas nos olhos enquanto se agarrava a um travesseiro e olhava desconsolado para a foto em sua mesinha de cabeceira, a foto da única garota que ele realmente amava e amaria para o resto de seus dias, e que para seu pesadelo não poderia mais ter para si, e tudo isso por causa de um louco como Voldemort.
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A semana continuou como estava, exceto pelo sentimento ruim que agora Harry tinha dentro de si e pelo remorso que sentia cada vez que beijava ou mesmo olhava para Gina, e por mais que tentasse disfarçar ao máximo não conseguira evitar que uma ponta de dúvida, sobre o que estaria se passando com Harry, surgisse na mente de Gina, e mesmo que esta fingisse não suspeitar de nada, sabia que algo estava acontecendo com el; mas era como se não quisesse dividir isso com ela.

Mas com a exceção disto tudo estava na mais perfeita ordem em Hogwarts, pelo menos era o pensava Hermione enquanto mais uma vez fazia sua costumeira ronda pelos corredores da escola à noite. Porém isso mudou no momento em avistou alguém caído ao chão de um corredor deserto iluminado apenas pelo raio do luar, mas o que mais lhe espantou não fora isso e sim o fato de ao se aproximar perceber que aquela pessoa era seu melhor amigo, Harry Potter, que estava largado ao chão do corredor com os olhos em um pranto de lágrimas.

- Harry! O que houve?! – Disse Mione apressadamente já se abaixando ao lado do amigo, e lhe envolvendo em um forte abraço. Porém não houve resposta à sua pergunta e ela voltou a questioná-lo. – O que houve Harry? Você e Gina brigaram... Foi isso??

- Não Mione... – Disse Harry com muita dificuldade em dizer as palavras, devido ao terrível nó que se formara em sua garganta.

- Então o que foi, Harry? Por que está chorando desse jeito? – Disse ela cada vez mais preocupada. – Sabe que pode confiar em me dizer o que for, Harry... Se quiser eu não conto nem mesmo ao Rony...

- Não é preciso esconder dele, é até melhor que vocês dois saibam de tudo logo de uma vez... Assim eu divido esse sofrimento com alguém...

Havia dias que Harry vinha tentando falar aquilo com alguém, mas não conseguia, por mais que tentasse algo dentro de si ainda queria acreditar que tudo o que estava se passando era apenas um sonho ruim e que iria acordar a qualquer momento, mas esse momento nunca chegava e nem chegaria e agora ele sabia disso, e o pior era que por mais que adiasse, teria de se separar de Gina, mais sedo ou mais tarde, e seu coração insistia em implorar para que fosse mais tarde. E era exatamente por tudo isto que se refugiara bem ali naquele corredor deserto onde ninguém o encontraria; ninguém exceto por Mione que o havia encontrado, e exatamente por isso via a ocasião perfeita para contar tudo à amiga.

- Só te peço uma coisa Hermione, por favor não me faça repetir toda a história para Rony. Já vai ser bem ruim contando só para você, por isso, diga você mesma tudo à ele, está bem? – Disse um Harry muito triste e abatido, no que sua amiga Mione apenas assentiu com a cabeça que tudo bem.

- Está semana estive falando com Dumbledore, e ele me contou tudo sobre a situação fora de Hogwarts, falou dos ataques aos trouxas e à famílias inteiras de bruxos, sobre a confusão no ministério, enfim sobre caos em que está o mundo bruxo e o mundo trouxa... Então ele me contou sobre o ataque aos meus tios e que eles tinham sido mortos pelos comensais de Voldemort... Então aí é que foi o pior... Disse que... que... – Doía muito ter que repetir aquilo em voz alta, mas era necessário. – Que tinha de me separar da Gina...

E então não se agüentou mais e chorou, chorou no ombro de Mione que agora sabia o porquê de seu amigo estar tão estranho e fechado nos últimos dias.

- E agora Harry? O que você pretende fazer? Vai mesmo se separar de Gina? – Disse Mione agora triste também, pois sabia o quanto os amigos se amavam.

- Não sabe como sinto por isso, mas... Sim... Vou me separar dela. Por mais que isso doa é o melhor a ser feito agora. – Disse Harry tristemente.

- Mas você não pode fazer isso, Harry... A Gina vai morrer de tristeza!!! – Disse Mione exasperada, sem acreditar no que o amigo lhe dizia, e em quanto Gina sofreria se ele realmente fizesse o que pretendia.

- Eu sei, mas é o que tenho que fazer; Voldemort tem planos de ataque à Hogwarts e Dumbledore acha que se nos separarmos ele demorara mais tempo para atacar a escola, e não podemos por os outros em perigo. – Disse Harry sem emoção. – E Gina assim como eu ia gostar nada, nada de ser responsável por algo assim, afinal se...

- Hogwarts for atacada muitos alunos serão mortos! – Finalizou uma Mione, que agora parecia estar num estado de horrível pavor.

- Vou precisar da sua ajuda para conseguir fazer tudo isso... – Disse Harry agora sem mais chorar e olhando fixamente para a parede como se lesse ali a saída para aquela situação.

- Como assim?! – Disse Mione sem entender como poderia ajudar em algo.

- Voldemort agora tem comensais infiltrados aqui em Hogwarts, por tanto eu e Gina não poderemos sequer ficar juntos na frente dos outros alunos, mesmo os da Grifinória... E também tem a ligação entre mim e Voldemort, sei que mesmo praticando muito bem oclumência, ele sente quando estou perto dela, por isso é melhor que não fique muito perto da Gina. – Harry dizia tudo mecanicamente como um robô faz.

- Tah... Tudo bem, mas aonde é que eu entro nessa história toda?? – Disse Mione sem entender qual seria sua participação em tudo.

- Bem conhecendo a Gina como eu conheço sei que ela não vai aceitar bem a nossa separação se eu disser a verdade até por que não adiantaria nada, pois ainda sentiria o mesmo por mim e Voldemort saberia disso, portanto preciso que ela sinta raiva de mim, que me odeie... me despreze... E para isso tem que pensar que não a amo mais, e é aí que você entra Mione. – Disse Harry olhando significativamente para a amiga enquanto lhe mostrava a aliança brilhando em seu dedo. – Esta é a minha aliança e Gina tem uma igual a esta, elas irradiam este brilho e você sabe que a outra pessoa a ama, por isso preciso que enfeitice a aliança de Gina enquanto ela estiver adormecida em seu dormitório para que não desconfie de nada, afinal eu não poderia entrar no dormitório de uma garota.

- Sim é verdade, ela não teria como acusá-lo de enfeitiçá-las. – Disse Mione conclusivamente, enquanto processava todas as informações.

- E então... Vai me ajudar ao vai? – Disse Harry encarando-a profundamente.

- Sim Harry, vou... E não se preocupe, pois não direi nada caso ela venha me perguntar se sei de alguma coisa. E também não se preocupe com o Rony, eu vou falar com ele e contarei tudo, mas agora é melhor você esfregar este rosto, que está bem vermelho, e voltarmos para o salão comunal, afinal você deve estar precisando dormir. – Disse Mione ajudando o amigo a se levantar do chão onde estavam.
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Na manhã seguinte assim que os raios normalmente mornos, porém hoje muito quentes do Sol, vieram acariciar seu rosto como todas as manhãs, Gina levantou-se de um salto de sua cama tremendo como se o mundo estivesse por se acabar e sentindo um aperto de morte em seu peito, que descia e subia rapidamente com sua respiração acelerada.

Ela não sabia por que estava se sentindo assim, mas sabia que algo muito ruim estava para acontecer. Foi então que veio à sua mente que deveria falar com Harry sobre aquilo e foi ao se lembrar dele que teve um choque maior ainda que a fez perder as forças e cair novamente em sua cama.

Gina agora não conseguia pensar direito, sua cabeça rodava e era como se estivesse mergulhando em um mar de caos sem fim, queria sair dali descer e ver Harry, para lhe explicar o que estava havendo com ela para que assim ele a ajudasse a parar aquilo tudo.

Mas então sua mente se anuviou ainda mais e mesmo que naquele momento não fosse nada bem vinda, mais uma visão invadiu sua mente sem rodeios e sem pedir-lhe licença.

“ Ela estava lá parada diante daquele guarda-roupas de madeira escura, via-se refletida no espelho da porta dele e sem que compreendesse o que se passava olhou ao redor procurando outra pessoa que estivesse ali também presente na visão, mas para seu espanto pela primeira vez ela estava sozinha, nem mesmo seu eu estava ali consigo.

Foi então que se deu conta do que tinha em suas mãos e que até aquele momento não havia percebido a existência. Ali estava uma chave muito velha e enferrujada e um pedaço de papel ainda mais velho.

Sem pensar em como aquelas coisas tinham parada em suas mãos tomou posse da chave e abriu a porta do meio do Guarda-roupas, ou seja, exatamente a porta do espelho onde estava se mirando minutos antes.

Para seu espanto ali haviam apenas as coisas mais comuns que poderia haver em um guarda-roupas velho, um monte de roupas esfarrapadas e tralhas sem nenhuma importância, então afastou as roupas para ver o fundo dele e para um espanto ainda maior, não havia uma passagem para outro mundo ou cidade ou nada parecido, havia apenas uma madeira fina e lisa a qual alisou a esperança de ser uma ilusão de ótica, mas que era firme feito uma rocha.

Olhou então para sua mão e viu o que ainda restava ali... O papel velho... Resolveu analisá-lo, de um lado havia um mapa com um tracejado vermelho marcando um caminho a se seguir e do outro um parágrafo de palavras confusas as quais resolveu ler em voz alta para tentar clarear as idéias.

- Atwood, Atwood a cidade onde o Sol nunca brilha e a noite sempre reina, pois após se tornar mal vista por todos os povos da Terra, a sombria cidade perdera-se no tempo, sendo assim guardada junto a tralhas e farrapos para toda a eternidade.

E ao terminar de pronunciar a última palavra daquele parágrafo uma luz intensa invadiu o local sombrio em que estava e para sua maior satisfação ela pode ver que no lugar de uma madeira fina e lisa que visa e alisara anteriormente, havia um arvoredo que agora tampava o fundo do guarda-roupas.

Adiantou-se para ele tentando se embrenhar pelos galhos afim de ver o outro lado, porém tudo a sua volta começou a girar e virar fumaça assim como ela mesma. Estava voltando ao mundo real...”

- Gina! Gina!

Sua mente ainda estava meio anuviada, mas reconhecia muito bem aquela voz, era sua melhor amiga, Hermione Granger. E não se assustou quando viu seu rosto mais claramente segundos depois.

- Não se preocupe Mione já estou de volta! – Disse uma Gina meio tonta.

- É! Pois não parece! Você está pálida, sabia?! – Disse Mione preocupadamente. – O que houve com você? Parecia que estava em um transe horrível e cheio de horrores!!!

- Por quê?!?!?!? – Questionou uma Gina muito confusa.

- Você estava revirando os olhos, dizendo coisas sem nexo, tremendo e suando frio. Como queria que eu estivesse? – Disse Mione exasperada.

- Acalme-se Mione nossos problemas acabaram. Eu acabo de descobrir como chegar à Atwood! – Disse Gina agora exibindo um sorriso enorme. Afinal não se lembrava mais da aliança sem brilho.

- Como é?! – Disse Mione numa mescla de alegria e incredulidade.

- Eu sabia que era só um questão de tempo para isso acontecer e... Bem... Aconteceu! – Disse Gina simplesmente. – Agora precisamos contar a novidade a Harry e Rony. E irmos logo de uma vez para Atwood!

Gina dizia tudo muito rápido e euforicamente, enquanto já trocava seu pijama por suas vestes e pegava a chave e o mapa que estavam bem escondidos no fundo de seu malão.

- Vamos Mione!! – Disse Gina já saindo do dormitório e se dirigindo as escadas.

- “Pobre Gina. – Pensou Mione tristemente”.
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N/A: Mais uma vez tenho que me desculpar com todos vocês que acompanham minha fic pela demora para postar mais um capitulo, mas realmente não estou tendo mais muito tempo para digitar a fic. E não se preocupem eu nunca separaria o nosso casal preferido.

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