" Reviravoltas "
O quinto ano foi muito difícil para Harry, além de todas as dificuldades – entre estas: os pesadelos freqüentes, a expulsão do time de quadribol, as perseguições constantes de Umbridge, dentre outras – ele teve a pior de todas as perdas que já teve em sua vida, a morte de seu padrinho Sírius.
Sírius era a ligação mais forte de Harry com os pais, e alguém realmente especial em sua vida, alguém em que ele via um amigo, irmão, padrinho e um segundo pai. Ver Sírius atravessando aquele véu e o deixando para sempre foi algo muito duro e difícil para Harry, que não conseguia se conformar com a grande realidade que o cercava.
Já no sexto ano as coisas não melhoraram muito, mas pelo menos Harry já havia voltado ao time de quadribol, e agora ele tornara-se capitão do time, como sempre contava com a ajuda dos seus melhores amigos para superar as dificuldades.
Quanto aos problemas mais graves. Voldemort não havia desaparecido, mas andava muito calmo, como se estivesse tramando algo muito grande, o que deixava Harry muito preocupado, e por ultimo a profecia que ainda não se cumprira e que ele por enquanto ainda não tinha contado aos amigos.
A pesar de já terem se passado um ano desde que tudo acontecera e este ser seu sétimo em hogwarts, aliás o seu ultimo ano lá. Harry ainda estava um pouco mau por tudo o que já passara até agora, e assim se tornou um garoto muito acuado, triste, já não sorria mais com tanta freqüência, além de sempre estar preocupado e alerta.
Bem sempre suas feris não estavam sendo muito divertidas, aliás nunca elas eram, estava novamente na rua dos alfeneiros número 4, ou seja, na casa de seus tios Valter e Petúnia Dursley.
E naquela manhã ensolarada de Julho, em meados de suas férias de verão Harry acordou, igual há todos os dias, com os gritos de Tia Petúnia.
- Harry! Acorde logo! Vamos; desça para o café agora, ou ficará sem comer até o almoço. – Como de costume Petúnia se irritava com qualquer coisa quando esta se tratava de Harry, portanto sempre o acordava com hostilidade e rancor.
– Já vai, Tia Petúnia! Já vai! – Dizia Harry ainda muito sonolento, mas se levantando de sua cama e vestindo no lugar de seu pijama sua jeans e camiseta.
Descendo as escadas rapidamente e entrando na cozinha, ele tomou seu café apressadamente e já começando a arrumar toda a mesa e a lavar as louças.
Enquanto Tio Valter continuava sentado à mesa lendo seu jornal, juntamente com Duda e Tia Petúnia que lia sua revista preferida: “A Senhora”, uma revista trouxa que falava sobre todas as futilidades que uma senhora moderna precisaria saber.
Depois do almoço novamente em seu quarto, livre de seus tios e de Duda, Harry resolveu começar a fazer seus deveres das férias, já que precisava ocupar seus pensamentos, para assim não pensar em Sírius, Bellatrix, e principalmente em Voldemort e a profecia; que os atormentava desde que voltara para a casa dos Dursley.
Afastando todos esses tristes pensamentos de sua cabeça, Harry foi para sua escrivaninha e retirou de sua mochila alguns pergaminhos, um tinteiro, e uma pena, além de livros e anotações do ano anterior. Ele começou a fazer uma redação pedida por McGonagall sobre transfiguração de animais, outra de Snape sobre a poção do morto - vivo, e um trabalho de Herbologia sobre flores venenosas e suas propriedades. Por fim o dia já quase terminava quando finalmente concluiu sua última tarefa das férias, já muito cansado ele avistou algo ou alguma coisa, um pontinho preto no céu daquela tarde, após alguns segundos Harry identificou ser a coruja de Rony. A coruja batia freneticamente na janela e Harry correu para abri-la.
– Pichi ! – Disse Harry feliz por ver novamente a coruja – O que você tem para mim? – Harry pegou a carta da pata de Pichi e começou a lê-la.
***
Harry,
Todos aqui estão com muitas saudades de você e queremos que venha passar o resto das férias aqui n`A Toca conosco.
Não precisa se preocupar com os seus tios meu pai já falou com eles na estação, antes das férias, e eles já aceitaram que você venha para cá. Nós vamos te buscar aí, em breve.
Desculpe por não ter te escrito antes, mas é que nós estávamos muito ocupados com a Gina, é que ela terminou o namoro com o Dino, sabe parece que ela pegou o Dino e a Padma se beijando e ficou muito brava com ele.
Bom na verdade eu não sei bem porque ela ficou mal, já que o namoro dos dois não ia muito bem, é porque você sabe que desde quando eles largaram e voltaram de novo no ano passado que o namoro deles não estava mais indo bem.
Só que o problema é que a Gina ficou tão nervosa que não falava com mais ninguém, e isso nos deixou muito preocupados, mas aí minha mãe chamou a Mione para ficar aqui e tentar falar com a Gi, e deu certo porque ela já está bem melhor e parece até muito mais feliz do que antes.
Eu queria matar o Dino, mas a Mione falou que a Gina não estava nem ligando mais para ele, e que ela iria ficar mal se eu quebrasse a cara dele, porque afinal a Gina não gostava tanto assim do Dino e que na verdade ela queria muito vê-lo feliz com a Padma... Que ele foi um cara legal para ela, que a ajudou quando estava mal... e que a Gina só ficou daquele jeito estranho porque queria que ele tivesse falado para ela toda a verdade, assim como ela falou toda a verdade para ele quando eles começaram a namorar.
Ela também falou algo sobre um amor que cura outro, mas eu não entendi o que isso tinha a ver com aquilo tudo, bom deve ser coisa de garotas... neh!,então deixa pra lá.
Bom mas mudando de assunto; espero que esteja tudo bem aí na casa dos seus tios e principalmente... que você esteja usando esses tempos para pensar e... volte a ser o nosso Harry de sempre .
Minha mãe e Mione estão te mandando um beijo e um abraço.
P.S: Harry querido não se espante se chegarmos aí de surpresa está bem, é porque não mandaremos mais corujas para não irritarmos ainda mais seus tios está bem, Beijos. Molly.
Até mais Harry.
Ronald Weasley.
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As férias de verão também não estavam sendo muito agradáveis para Gina, é claro que ela gostava de estar em sua casa com sua família, mas ela estava muito confusa por causa de seus sentimentos. Ela acabado tudo com Dino, e eles tinham conversado muito sobre o assunto “Padma e Dino, juntos se beijando escondido de Gina”, e é claro que as coisas se esclareceram entre eles, e Gina o desculpou por aquilo.
Só que este não era o real motivo por ela estar daquele jeito desolado e se sentindo perdida em meio a seus pensamentos, ela sabia muito bem o porquê dela estar daquele jeito e definitivamente não era por causa de Dino e sim de... Bem isso era algo muito complicado para que Gina admitisse isso mesmo que fosse para si mesma.
Ela demorara tanto tempo para começar a tentar esquecer Harry através de outros garotos, e alias isso só ocorreu porque sua amiga Hermione tinha insistido tanto naquilo que ela resolveu tentar já que não tinha nada a perder, que agora que estava sozinha novamente e sem nenhum namorado ela voltou a se aterrorizar só com a idéia que lhe vinha a mente, e que ela sabia muito bem -” Vou voltar a pensar nele, sei que vou”- mas ela logo tentava inutilmente tirá-lo da cabeça – “ Não, eu não vou me descontrolar, vou ser apenas amiga dele e continuar tentando esquecê-lo mesmo sem um namorado” – é sim, Gina tinha se decidido a não ter mais namorados, não queria machucar ninguém e também sabia que era inútil faze-lo, bem lá no fundo ela sabia que nunca poderia sentir nada por outro garoto que não fosse Harry e muito menos esquecê-lo.
Naquela manhã, em seu quarto, assim como nas outras ela estava muito cansada e pensativa, desde que chegara a um bom tempo atrás ela estava se sentindo assim um pouco enraivecida por só pensar em Harry e em como seria dali em diante já que estava sozinha e continuaria assim, ela não voltaria a sentir aquela paixonite infantil por ele novamente,ah não, isso ela não faria jamais.Esses eram os pensamentos dela naquele momento, e tinha sido assim desde que saíra da estação King`s Cross e chegado em sua casa, na verdade ela passara quase todo o tempo em seu quarto muito pensativa e temerosa pelo o que o futuro lhe guardava. Para dizer a verdade ela ficava no quarto o tempo todo e não falava com mais ninguém.
- Gina... Eu posso entrar? – Foi como se ela estivesse ouvindo uma voz ao longe a despertando de devaneios e trazendo-a de volta à terra. Ela logo reconheceu de quem era aquela voz, mas não podia ser “O que Hermione está fazendo aqui?”.
- Pode! Mas o que você está fazendo aqui Hermione? – Gina disse com um pouco de espanto na voz.
- Bem, eu vim porque sua mãe me chamou, ela estava muito preocupada por você estar assim... Como posso dizer? – Hermione fez uma cara de pensativa como se estivesse buscando as palavras.- triste e chateada.
Gina abaixou a cabeça para não encarar o olhar curioso de Hermione, que percebeu o ato da garota e se sentou ao seu lado na cama.
- O que está havendo com você Gina? Por que está assim desse jeito? Você mesma me disse que queria terminar tudo com Dino faz tempo, que não agüentava mais ele te tocando, te beijando... - Gina que agora encarava Hermione nos olhos lhe lançando um olhar de desespero e então Hermione entendeu finalmente a situação e viu que era tudo muito mais complicado do nunca.
- Gina... Não vá me dizer que... – Mas não foi preciso terminar a frase, Gina desviou o olhar da amiga e preferiu fitar o chão.
- Sim Hermione não é por causa do Dino que eu estou assim. Eu até estou feliz por ele, afinal Padma é uma garota legal e gosta dele de verdade.
- Oh não! Então você...
- Sim estou pensando no Harry. – Naquele momento Gina encarou Hermione com profunda tristeza em seu olhar, e uma lágrima rolou por seu rosto involuntariamente, o que deu início a um choro meio que de desespero meio que de angustia. – Eu não queria tentei lutar contra isso... A - Afastá-lo de meus pensamentos mais não... não co...consegui. - Foi então que ela sentiu a amiga abraçá-la confortando-a daquela dor que sentia em seu peito.
- Oh... Gina acho que não fiz bem quando te disse aquilo sobre você tentar esquecer Harry com outros garotos, afinal o que você sente por ele é forte demais para ser esquecido. – Gina se surpreendeu ao ouvir as palavras da amiga. Hermione raramente errava e assumia isso facilmente, o que aliás tinha sido um dos problemas para que ela e Rony finalmente se acertassem e começassem um relacionamento, no entanto lá estava ela em sua frente admitindo para si mesma que errara.
- Mione você está me dizendo que errou?
Ela encarou Gina profundamente não era do seu feitio aceitar que estava errada facilmente, no entanto, naquele momento ela sabia que estava errada e que tinha de dizer isso à Gina.
- Sim, Gina... Eu confesso que errei, não pensei que fosse tão forte assim o que você sente por Harry, mas vejo que me enganei ao pensar assim. Desculpe-me. Mas agora você vai me contar como você está se sentindo, para que eu possa saber como te ajudar.
Por quanto tempo as duas tinham ficado ali só conversando? Bem Gina nunca soube ao certo, pois elas passaram ali o dia todo e dormiram por lá mesmo sem nem ao menos descer. Hermione tinha lhe ajudado bastante e lhe dado muitos conselhos, bem... na verdade ela se sentia muito melhor apenas por estar desabafando todas as suas angustias com alguém.
Já havia se passado muito tempo desde o dia em que ela e Hermione tinham conversado e isso particularmente haviam lhe ajudado muito durante todos os dias daquelas férias, ela já se sentia bem melhor do antes.
Os dias passaram rapidamente dando adeus a mais um mês daquele ano, e realmente, julho havia passado tão rápido quanto à firebolt de Harry rasgando o céu em um dia de jogo de quadribol.
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Depois de ler a carta Harry não conseguia entender o porquê de Gina ter namorado Dino por tanto tempo, afinal ela sempre reclamava muito do jeito pegajoso dele com ela e que às vezes ela se irritava com a maneira dele de não querer ver a verdade. - na verdade Harry não conseguia entender o que ela queria dizer com “ver a verdade”, e nem porque Gina ficava com Dino se não o suportava como namorado e várias vezes ele perguntou isso à ela, mas ela sempre disfarçava e mudava de assunto – “Gina é tão bonita e especial, não entendo porque namorava com o Dino ele não tem nada a ver com ela; ela é doce,gentil,carinhosa,esperta, e tantas coisas mais que não sei como o Dino teve coragem de trocá-la pela Padma”.
Após a carta que recebera de Rony, os dias passaram velozes e ele não via a hora de ir para a casa dos Weasley`s, os quais considerava como sua família de verdade, nesse meio tempo Harry aproveitou para pensar bem em tudo o que acontecera nos anos anteriores, desde seus sonhos até a aproximação dele com Gina.
É! Sim ele se aproximara mais de Gina, afinal ela não era mais uma menininha frágil como àquela que ele salvou na câmara secreta á quase 4 anos, e... sim, ela se tornara mais do que a irmãzinha de Rony, agora ela era uma amiga com quem ele conseguia falar, pois Gina já não corava tanto, quando ele a fitava, não como antes, e até conversavam sobre coisas que Harry não conseguia desabafar nem com Rony e Hermione, na verdade Gina era mais que uma amiga ela era uma confidente, alguém em quem confiava.
Finalmente toda a dor pela morte se seu padrinho já havia passado e ele era agradecido à Gina por ter lhe agudado em momentos tão difíceis e lhe dado apoio, palavras amigas, e até mesmo só o ouvido desabafar e chorar suas magoas sem medo ou receio algum, antes de vir à casa dos Dursley`s.
Certa noite Harry estava pensando em sua vida em tudo o que ocorrera há ele desde que entrara em Hogwarts e então do nada veio lhe a imagem de uma certa garota de lindas madeixas ruivas, olhos castanhos vivos, e um de corpo bem torneado.”Gina é mesmo muito bonita” – Pensava Harry em meio a devaneios – “ Mas o que eu estou pensando? Ela é a irmã do Rony como eu posso ficar aqui pensando isso da irmã do meu melhor amigo? Eu devo estar ficando louco só pode ser isso nada mais pode explicar esse meu comportamento. Mas que ela é linda isso é, com aqueles cabelos ruivos balançando em suas costas e aqueles olhos castanhos tão profundos, que me agudaram tanto quando eu precisei, sim com certeza Gina se tornou mais que a irmã de Rony para mim, é isso! Agora Gina é uma amiga assim como a Mione e o Rony !É por isso que estou com esses pensamentos tão diferentes, é só pode ser isso mesmo.”
E foi pensando nessas e em outras coisas que ele adormeceu tranqüilo e sem perturbações. Mas nosso herói sabia que era mais do que amizade o que sentia por Gina só não tinha certeza se era mesmo o que ele pensava em seu intimo.
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