ELES SEMPRE VOLTAM!



Eu fui o primeiro a chegar no gramado onde eles pousaram. O professor Lupin estava ajudando Harry a desmontar do hipogrifo. Lembrei dele, claro! Era o bicuço! Harry estava desmontando dele com dificuldade, porque parecia estar com um dos braços quebrados. A coisa que eu vira era uma caixa mesmo, depois me explicaram que ele havia sido encantada para voar. Dentro dela estavam Mione e um sujeito que eu nunca vira, desacordado e amarrado e, também desacordado, Draco. Mas não havia sinal de Rony ou do Professor Dumbledore.
O professor Lupin disse para Harry:
–  Você leva esses dois para dentro. Acho que Madame Pomfrey vai dar um jeito nele. Vou sair dos limites da escola e desaparatar para o Ministério, com sorte Dumbledore vai chegar logo com notícias de Rony. E vocês dois – disse para Hermione e Harry – vão precisar também ficar em observação na ala hospitalar.
 –Ainda dá tempo para salvar Rony? – perguntou Hermione, aflita.
 –Temos que torcer que sim. – disse o professor, completando: – Neville, pode nos ajudar a levar para a ala hospitalar os feridos sem gravidade?
Eu assenti e o professor Lupin rapidamente subiu no hipogrifo, que em segundos havia desaparecido no céu.
 –E o que houve com Rony? – perguntei
 –Ele salvou Hermione – disse Harry – e se machucou um bocado.
 –E eles? – eu perguntei olhando para Draco e o homem desacordo.
 –Lá dentro a gente explica. – disse Harry, ajeitando o braço quebrado para poder me ajudar a fazer um feitiço para carregar a caixa junto com Hermione.
Levamos a caixa com Draco e o sujeito levitando até a ala hospitalar. Não quis ser inconveniente com Harry, achei melhor não perguntar nada até o braço dele estar legal. Ele parecia muito preocupado com Rony e nem ligava para Draco e o sujeito amarrado, que iam batendo pelas paredes conforme os levávamos pelos corredores.
Chegamos à ala hospitalar, e Madame Pomfrey ia tentar desamarrar o sujeito, mas Harry disse:
 –Não faça isso. Só quem pode fazer alguma coisa com ele  é o professor Dumbledore. Colocaram Draco numa cama, e eu finalmente perguntei:
 –O que há com ele?
 –Nada. Foi estuporado. Daqui a pouco ele acorda. – madame Pomfrey disse:
 –Braço quebrado. Vou dar um jeito nisso logo. – disse fazendo um feitiço para soldar os ossos de Harry tão rápido que eu cheguei a ouvir o “tlec” da fratura se fechando.
– Madame Pomfrey, – disse Hermione – existe alguma forma de conseguirmos transporte rápido para o Hospital St. Mungos? Podemos sair agora e procurar uma lareira no castelo e...
– Nada disso, mocinha – disse Madame Pomfrey, enfática – antes de vocês chegarem eu recebi um recado pela fênix de Dumbledore dizendo que vocês estavam vindo, e que eu não os deixasse sair daqui!
As horas se arrastaram, mas eu contive minha curiosidade respeitosamente. Lá pelas tantas Draco acordou e perguntou:
 –Já chegamos?
Harry disse que sim e ele deitou–se pianinho e ficou quieto, a atitude dele era a de alguém que havia feito alguma grande besteira, por isso, precisava ficar bem quietinho. Hermione, que havia se controlado, de repente, mergulhou o rosto entre as mãos e começou a chorar. Olhei para Harry, e ele parecia tão petrificado quanto eu. Acho que nenhum dos dois estava realmente pronto para algo daquele tipo. Harry colocou um braço em volta do pescoço de Mione muito desajeitado e disse:
 –Tudo vai dar certo, ele vai ficar legal.
Logo depois disso, o professor Dumbledore chegou para nos salvar. Ele viera por sua lareira do Hospital St Mungos, e disse que, apesar de tudo, Rony ia ficar bom! E disse a Harry e Hermione que não se preocupasse que ele ia dar um jeito no homem sardento que continuava lá, desacordado e amarrado. Foi quando ele pareceu finalmente enxergar Draco e disse:
 –Creio que o senhor já aprendeu muita coisa, por esses dias. Como, por exemplo, a não confiar em falsas promessas. – Draco abaixou a cabeça. – Draco, meu filho. Você não cometeu nenhum crime. Mas foi por muito pouco. Lembre–se disso daqui para frente.
Draco levantou–se e ia saindo quando o professor disse:
 –Antes de qualquer coisa, passe na sala do professor Snape. Ele tem algo a lhe dizer.
Foi só então que me dei conta que Hermione parecia muito melhor agora. O professor disse então:
 –Vocês três, como sempre, foram muito corajosos. Agora, eu tenho que dar o meu jeito para que esse infeliz – apontou o camarada – não faça mas mal a ninguém, mas também não seja pego pelo ministério da magia. Ele é uma das poucas provas que temos para mostrar que Cornelio Fudge está errando na condução do Ministério, e que pode fazer Voldemort ganhar poder com suas atitudes desastradas.

Então, aparentemente tudo acabara bem, mas eu continuava a não saber de nada. Só então percebi o estado lastimável das roupas de Harry e Hermione. Achei melhor deixá–los descansar, tomar um banho ou o que quisessem fazer. Quando saía de fininho que Harry me parou.
 –Neville, obrigado.
 –Por quê?
 –Você lembrou do sujeito estranho carregando um embrulho grande. Acredite. Quando disse a direção em que o vira, ajudou a achar parte da pista que acabou nos salvando.
 –Harry... eu estava querendo não te perguntar isso. Mas... o que diabos aconteceu? E quem era aquele sujeito sardento?
 –Bart Crouch Jr. – disse Harry – você não chegou a conhecê–lo.
Aquele nome... será que ele não sabia?
 –Eu não, mas meus pais sim. Eu sei que ele torturou–os quando era jovem, junto com aquela Belatrix, que matou seu padrinho.
 –Não tinha certeza se você sabia disso...
 –Minha avó nunca escondeu realmente o que aconteceu. Ela queria que eu, olhe bem EU, fosse um auror, como meu pai. Eu sabia o nome de todos os culpados, embora nunca tivesse visto esse cara aí. Sei também que ele se disfarçou de Moody e todos nós o achamos legal, mas na verdade ele estava nessa para te matar.  O professor Dumbledore me disse. Ano passado, também, ele me falou sobre aquela profecia que quebramos sem querer no Ministério da Magia... e o que ela dizia. Desde que eu entrei aqui, ele tem conversas comigo quando julga necessário. Ele não faz isso só com você, Harry.
Ele ficou me olhando em silêncio e eu perguntei:
 –O que Crouch Jr te fez dessa vez?
 –Bem... Tudo começou na véspera de irmos para Hogsmeade. Draco vinha se tornando mais arrogante, dizendo que em breve eu saberia o que estava reservado para mim. Eu não estava ligando muito para as ameaças dele, não acreditava nem um pouco que Draco pudesse me bater num duelo.
 –O que eu não sabia é que o imbecil do Malfoy estivera trocando corujas com o Crouch Jr, sem saber quem ele era. O cretino acreditou que Crouch Jr tinha ciência sobre magia negra, e queria aprender com ele, uma vez que Voldemort não gosta de bruxos ainda não formados nas suas reuniões. Só que o idiota não sabia que Crouch queria matá-lo: Ele estava com raiva, querendo vingança porque seu mestre o rejeitou quando ele voltou, depois de fugir do lugar onde havia sido mantido preso em segredo, depois de ser falsamente beijado por um dementador.
 –Todos nós pensamos que ele havia sido punido dessa forma, mas
Mr. Fudge  não fez isso. Ele não andava com um dementador ao seu lado sempre, como gostava de fazer todos acreditarem, mas com um bruxo muito alto e magro, que era especialista em segurança. Ele fazia isso para que confiassem nos dementadores, coisa que nem mesmo ele conseguia mais fazer. Quando soube que Voldemort voltara, ele ficou histérico. Só que achou melhor guardar o homem que sabia tudo sobre a volta em segredo, tentando tirar algo dele, como o esconderijo de Voldemort.
 –Depois daquela história no ano passado, foi mais difícil acobertar o episódio do comensal desaparecido, ele vivia mudando o esconderijo onde o guardava até que Crouch Jr fugiu. E voltou para Voldemort, que o rejeitou. Não queria um ex-comensal que fracassara. Ele é maluco, você pode perceber só olhando para ele. E o que ele pensou? Que se pudesse fazer mal a algum comensal que tivesse sido perdoado, estaria se vingando. Mas aquele que ele mais odiava, Lúcio Malfoy, já estava preso em Azkaban.
 –Daí para pegar o imbecil do Malfoy, ele não precisou fazer esforço nenhum. Só que quando o cretino do Draco se viu pego, não hesitou um segundo em dizer para o maluco que ele podia me pegar, se quisesse.
 –Eu não acredito! E como ele pegou vocês?
 –Primeiro, ele, com uma capa de invisibilidade, começou a me seguir. Ele queria apenas a mim, mas eu estava no Três Vassouras, que era muito movimentado porque queria deixar Rony e Mione sozinhos por um tempo e...
 –Porque você deixou eles sozinhos? – eu perguntei e ele fez uma cara muito engraçada.
 –Será que você não percebeu, Neville?
 –O quê?
 –Deixa para lá. Bem, eu estava no Tres Vassouras, Rony e Mione estavam passeando... queriam ficar sozinhos. Crouch os viu e sabia que eles eram meus amigos. Ele fez uma coruja chegar até onde eles estavam, como se fosse eu, dizendo para o Rony me encontrar em um determinado lugar.  Hermione não queria ir achou que pudesse ser uma armadilha. Nesse meio tempo, Malfoy apareceu no três vassouras sob feitiço Imperius, dizendo que precisávamos falar sobre o trabalho de poções, que ele chegara a uma conclusão e precisava me contar.
–    Tem certeza que ele estava sob efeito de maldição?
– Infelizmente, tenho. Vi Crouch Junior  desfazer o feitiço depois, quando nos prendeu. Adoraria que Draco fosse expulso por isso, mas dessa vez ele é quase tão vítima quanto nós. Quando Hermione chegou ao três Vassouras e eu não estava lá, foi até onde  Rony e ela haviam estado, mas ele também havia desaparecido. Crouch Jr sabia que se nós três sumíssimos juntos, demoraria para sentirem falta de nós, que andávamos sempre juntos.
 –É verdade, Mione estava procurando vocês.  O que aconteceu então?
 –Bem... ele nos levou para a antiga residência  de verão dos Crouch nos limites Hogsmeade, que estava desabitada, a não ser por Winky, que havia recebido uma carta do seu antigo senhor para ir encontrá-lo. E foi ela que nos vigiou durante o cativeiro.
 –Winky?
 –O elfo da família Crouch.
 –E como vocês sobreviveram por tanto tempo?
 –Irônico. Voldemort queria muito me pegar, mas ele não está  forte como na época em que me fez isso.– Harry disse apontando a cicatriz – Ele adoraria ter Crouch Jr de volta agora, mas ele não abria mão de matar Draco. Por isso estavam negociando a minha entrega e a libertação de Malfoy... parece que a mãe de Draco havia recorrido ao Ministério e ao velho mestre para conseguir a liberdade do filho...  mas claro, nada pode ser provado contra ela. Enquanto isso, Crouch Jr. se divertia nos torturando. Acho que no final ele não estava mais interessado em me entregar para Voldemort, e sim simplesmente em nos fazer sofrer.
 –No final, nós já estávamos desesperados quando fomos resgatados por Dumbledore. Ele havia achado a pista, dias antes em Hogsmeade. Só que não sabia quem nos tinha pego. Ele começou a cruzar fatos: o desaparecimento de Winky, dias antes, que ninguém havia notado, uma crise de pânico que Cornélio Fudge tivera alguns meses antes... tudo eles investigaram fora daqui
 –Então, quando concluiu que era ele, achou que só havia um esconderijo possível. E foi  até lá. Crouch Jr não queria nos entregar, claro, só que, enquanto ele lutava com Dumbledore, nós reagimos e pegamos Winky, que tinha a chave e as nossas varinhas. Eu ajudei a estuporar Crouch Jr, mas nesse meio tempo, aconteceu algo terrível. Winky conseguiu segurar uma das  varinhas, primeiro, ela conseguiu pôr Draco fora de combate, só que ela estava, não sei porque, com muita raiva de Hermione. Achava que Hermione era uma pessoa que lutava contra a harmonia da vida dos elfos, com todo aquele papo de querer acabar com a escravidão.
 –Eu acho que um elfo não consegue mandar um avada kedavra em ninguém. Mas elfos também não devem ter sido feitos para usar varinhas, porque quando ela apontou para Mione, saiu um grande raio da varinha. Rony conseguiu lançar um contra–feitiço, mesmo não sabendo muito bem o que Winky lançara. E acabou daquele jeito.
 –E o elfo?
 –Morreu. O resto você já sabe. Agora vamos ver o que acontece daqui para o fim do semestre.
Depois dessa conversa, fiquei bem mais aliviado, mas não em paz, ainda. Meus amigos já estavam salvos, mas ainda havia o exame de poções. Até pensei em procurar Pansy, mas achei melhor não. Afinal, se eu estivesse com ela, ia acabar contando que o seu querido Draquinho na verdade era um tremendo covardão.

***
No dia seguinte, Harry me acordou, e disse que Rony estava de volta. Corremos para a ala hospitalar e lá estava ele, quase tão branco quanto o lençol, mas bem vivo. Hermione havia chegado antes, e falava sem parar ao lado dele, acho que, para animá–lo. Foi quando me dei conta, olhando para ela, que era bem óbvio que ela gostava de Rony. Não da forma que gostava de mim, com carinho, ou da forma que gostava de Harry, cheia de admiração. Gostava por gostar e não havia motivo algum para isso.
Sabem o que é o mais engraçado? Não importava mais pra mim. Quer dizer, eu continuava gostando de Hermione, mas agora ela não era mais uma pessoa num pedestal. Era uma amiga, mais uma amiga. Como Harry e Rony. Não, um pouquinho mais que Harry e Rony, vamos ser justos.
 Estávamos lá quando Pansy apareceu. Ela cumprimentou Rony e Harry com uma educação incrível, desejando melhoras a Rony. Devo acrescentar que ela disse apenas “oi” para Hermione. Achei aquilo meio estranho e, quase involuntariamente, eu disse:
 –Ei, Pansy! Não se preocupe, Draco está bem.
 –Eu não vim aqui por causa dele – ela disse séria – mas porque eu precisava falar contigo.

Vocês lembram que eu disse que estava perdido, certo? E estava mesmo. O Professor Dumbledore havia entregue o Crouch Jr. para um gupo de aurores, do qual o Moody fazia parte,  recomendado um inquérito isento e um julgamento justo que apurasse os fatos, o que parecia ótimo. Só que ele, logo depois disso, ainda arrumara tempo para “conversar com o Snape sobre os rumos da escola”, ao qual ele havia sido normalmente reintegrado. Até aí tudo ótimo. Harry, Mione, Draco e Rony não podiam, dessa vez, escapar de exames, mas fariam a segunda chamada na última semana, e teriam toda ajuda que pudessem. Com certeza, conseguiriam passar.


De resto a escola ia quase bem. Menos pelo fato que UM professor ainda não tivera a oportunidade de aplicar seus exames, e esse professor era, “oh–que–surpresa” o Snape. E ele queria aplicá–los, mas o professor Dumbledore o convenceu que ele não poderia aplicar exames rigorosos para as turmas, uma vez que ele não tinha ministrado suas última aulas nem feito a última revisão. A nossa turma, que deveria fazer “defesas” de cada poção precisava apenas entregar um relatório sobre o que havia feito até o fim da semana.
Isso seria perfeito, se eu não precisasse de uma nota máxima e o Snape não tivesse simplesmente retirado um dos pontos, que ele mesmo só havia prometido a quem apresentasse a poção publicamente, e de forma estupenda (o que eu ainda tinha dúvidas se eu e Pansy conseguiríamos fazer). Foi isso que Pansy me relatou, brevemente, bastante preocupada, o que terminou com:
-    Neville, você tem que pedir para ele reconsiderar! É a sua única chance.
-    Pansy, você está doida? Ele vai me transformar em mingau de aveia!!! Imagine, eu, o derretedor de caldeirões número um dessa escola, implorando ao professor que me dê a nota máxima. O que você acha que ele vai fazer? Me oferecer um chocolate e pedir para eu explicar novamente o problema?
-    Neville – interveio Mione – você pode apenas pedir que ele tente olhar o relatório de vocês valendo dez em vez de nove. Pelo menos vocês estarão tentando!
Pansy olhou para Mione com cara de “ei, quem pediu sua opinião?”. Mione ficou bem quieta e Rony deu uma risadinha e logo depois fez uma careta de dor. Eu respondi:
 –Mesmo isso, seria difícil. Ele me odeia. Eu acho melhor começar a me preocupar com vocês e fazer minhas malas. Ser reprovado em Hogwarts é uma vergonha tão grande que eu não poderia voltar no próximo ano.
 –Ei, não diga isso, Nev! Você ainda nem conversou com ele – disse Harry e Rony fez um sinal positivo. Ele não podia falar muito.
 –Não sei. E porque vocês estão tão confiantes? Ainda não fizeram nem um exame!
 –A gente dá um jeito, oras. A gente sempre dá um jeito, né? – disse Harry – depois do que passamos... sei lá, encaro o Snape até para relaxar.
Vamos simplificar: amigos às vezes te convencem que qualquer coisa é possível. Quando me dei conta, lá estava eu, batendo na porta do professor de poções.
 –Entre! – acreditam que quando ouvi essa palavra eu soube que aquilo não daria certo? Mas entrei assim mesmo. Snape escrevia algo num pergaminho. Levantou os olhos por um segundo e voltou a escrever:
-    Bo–bom dia, prefessor – eu disse,  odeio quando fico nervoso e falo tudo errado.
-    Veio me implorar compaixão, Senhor Longbottom? Eu sei que precisa de uma nota máxima.
Diabo. Ele sabia, claro que sabia, e iria me humilhar, lógico:
 –Eu não tenho culpa se o senhor escolheu matérias com fama de fáceis – ele olhou para mim e eu sabia que ele falava de advinhação. – Como alguém consegue ser tão incompetente a ponto de sequer conseguir mentir para a tonta da Sibila? Senhor Longbottom, eu sempre me pergunto COMO o senhor veio parar aqui, sabia?
Eu não disse nada.
 –Acha mesmo, Longbottom, que depois de CINCO ANOS vendo o senhor derreter caldeirões na MINHA aula eu vou querer vê–lo ser qualificado como bruxo apto a fazer poções apenas porque seus amiguinhos foram imprudentes e acabaram nas garras de um maluco como Crouch Jr.? Acha que eu vou ser condescendente com o senhor?
E lá estava eu, ainda calado.
 –E, claro, o senhor não deve ter sequer contribuído para o relatório, ou não estaria aqui, na minha frente, esperando que eu me comporte como... como o Lupin, por exemplo, que dizia que você efetivamente tinha qualidades, que eu realmente não consigo enxergar... – ele novamente tirou os olhos do pergaminho e disse:
 –Vai ficar aí parado? Não vai dizer nada? Se tem algo a falar, fale, logo, não tenho o dia todo.
Eu tinha passado tempo demais ali, calado, quieto. Mas não deixara de pensar por um segundo numa coisa. Eu não estava com coragem de falar sobre ela, mas quando Snape pediu... eu falei.

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