C. IV



Uma semana se passou desde que eu tive aquela conversa com o James. Eu não evitei o Remie nem nada, e até onde eu sei, nada mudou pra ele, o que significa que o James estava falando sério quando disse que não ia contar. O que me deixa bem tranqüila, pra falar a verdade.


Hoje era o dia do negócio de gente velha e chata do meu prédio, e eu fiquei bastante surpresa de saber que, fora as pessoas realmente velhas e chatas e fora minha mãe (que não é velha nem chata, ok), o Remie estava lá, sorrindo pra mim, esperando pra me fazer companhia na reunião do condomínio. Alguns outros filhos também estavam, mas eles pareciam assustados demais, ou eles simplesmente se achavam bons demais pra gente, porque nenhum deles puxou assunto ou sequer chegou perto de nós.


E tava bem chato, ponto em que tanto eu quanto o Remus concordávamos. Estávamos falando sobre clonar animais há mais de vinte minutos, o que deve te dar uma idéia sobre como estava tenso. Foi quando ele teve uma ótima idéia (pra ele, lógico), que é a idéia que eu estou pensando nesse exato momento se é válida.


- Ah vai, Dorc – ele pediu com aquela cara que o homem que você ama sempre sabe fazer pra te convencer – Não custa nada. E eu prometo que vai ser doido, muito doido.


- Tudo bem – me rendi – Você vai comigo falar com a minha mãe, tá?


- Sem problemas! – ele sorria bastante.


O plano era ir pra festa que estava tendo na casa do James. Ele me levaria e me traria em casa de carro antes das duas, segundo ele. Eu argumentei de tudo, até que duas horas não era horário pra fim de festa e que ele não podia perder a mesma só por minha causa, mas foi quando ele disse que não era um problema, porque ele podia me levar em casa e voltar pra lá depois.


Enfim, fui encurralada. E, como vocês podem ver, eu acabei aceitando o convite. Não acho que é uma idéia não, porque eu não tenho amigos lá (aliás, não tenho amigos em lugar nenhum, pra ser sincera) e a Emmy provavelmente vai. Além do mais, ela vai estar perfeita.


Maaaaaaas, em compensação, o Frank talvez esteja lá. Isso não significa que a Alice vai estar, mas significa que a) ela pode estar, b) tem alguém pra eu conversar, que no caso é ele e c) tem alguma chance de terem outras pessoas legais na festa. Vamos encarar como uma experiência, é.


- Sra. Meadowes? – o Remie chamou minha mãe, comigo do lado sendo arrastada – Eu tava pensando em ir pra uma festa que vai ter na casa de um amigo meu, nada muito perigoso não, é aniversário dele, porque aqui tá meio monótono – deu um sorrisinho – E queria levar a Dorc comigo, algum problema?


- Como vocês vão voltar? E que horas? – ela perguntou como quem realmente não se importa.


- Eu vou levar e trazer a gente de carro. Lá deve ter bebida sim, mas não vou deixar a Dorcas tocar em nada e eu muito menos vou beber. A gente volta no máximo uma e meia.


- Tudo bem então – ela sorriu pra ele de volta – Meu anjo – se virou pra mim – Leva a chave, porque eu já vou estar dormindo, tá?


- Tá – falei sem acreditar – Eu posso mesmo ir, mamãe?


- Claro que pode. O Remie é um rapaz ajuizado, aposto que ele não vai deixar nada de ruim acontecer – ela falou e depois lançou um sorrisinho muito ridículo pra ele, que ainda tava lá.


Ele me puxou, me tirando do meu devaneio, que se resumia a refletir sobre: a) minha mãe ter deixado, b) minha mãe ter deixado, c) minha mãe ter deixado e d) minha mãe ter deixado. Coisas que normalmente não acontecem na minha vida.


Vai ver isso é um sinal. É.


- Remie – eu falei de repente, o fazendo parar de ligar o carro e olhar pra mim. O que sinceramente, me tirou toda a coragem de falar que eu não queria ir – Nada, deixa pra lá.


- Tem certeza, Dorc?


- Tenho.


- Você não precisa ir se não quiser – ele disse, olhando bem nos meus olhos, fazendo aquela coisa de “eu sei o que você tá pensando”, porque ele provavelmente sabe. Eu sou previsível.


- Não, tudo bem. Eu quero mesmo ir – quero sim. Não consigo imaginar a realidade paralela em que eu não vou e ele fica triste por isso.


Ele sorriu e ligou o carro, dando início à minha noite de sofrimento.


 


                                                                          X



Onde eu estou? No banheiro. Fazendo o quê? Tentando não chorar. Por quê? Porque me deu vontade.


Assim que a gente chegou, a primeira coisa que eu vi foi a Emmeline, e pareceu ter sido a primeira coisa que o Remie viu também. Ela tava muito indecente com uma regata azul clara e uma saia jeans curtíssima, além dos saltos, claro. E eu comecei a me sentir mal. Então, ela veio e beijou o Remie de uma maneira que eu notei que era pra deixar bem claro pra mim que ele era o namorado dela.


Eu sei, porque ela me olhou enquanto beijava ele/assim que terminou o beijo. Ele não notou, fazer o quê. Depois, eu tentei conversar com a Lily, porque o James tinha apresentado a gente, e a Lily sabe que eu gosto do Remie, porque o James contou, porque namorados compartilham tudo, pelo visto. E eu sei que ela sabe porque ela tá batendo na porta do banheiro agora, mas a nossa conversa não tinha nada a ver com aquilo. O que interessa é que a Emmeline foi e interrompeu nossa conversa, tentando me excluir ao máximo, e eu me retirei. Depois ela veio me procurar e jogou na minha cara algumas coisas sobre o Remie.


E aqui estou eu, no banheiro do andar de cima, tentando não chorar, mas já chorando. E a Lily tá realmente batendo, é bom eu abrir.


- Dorcas – ela fechou a porta, trancou e me abraçou – Não acredito que você tá chorando por isso!


- Desculpa – eu pedi – Eu ando muito fraca ultimamente.


- É brincadeira, Dó! Você tem total direito de chorar. Se você soubesse o quanto eu chorei já, principalmente por causa da Emmy. Quando eu cheguei à cidade, ou melhor, no colégio, eu me apaixonei pelo James de cara. Só que ele era o tipo que eu nunca ia ter: popular, gostoso, gato, cheio de meninas em volta. E ele era bem cafajeste também. A Emmy sabia que eu gostava dele e além do mais, ela já era meio que da nata, o que você pode entender por vadia. Então ela fez o mesmo que tá fazendo com você, só que um pouco pior – ela deu um sorrisinho meio triste.


- E por que você demorou seis meses pra ficar com o James se gostava tanto dele?


- Seis meses? Ele exagerou um pouquinho, foram uns três. E bom, porque eu tinha muito medo dele ser cafajeste comigo como ele era com as outras. Eu ia sofrer muito, entende? Mas enfim, a diferença do Remie pro James, é que ele nunca foi um cafajeste como o Potter. Ele sempre foi come-quieto, mas ele não é o tipo que pega 50 pra se divertir, ele pega elas mais porque elas tão ali, e não custa nada pra eles deixar elas felizes. Entende?


Eu arregalei um pouco os olhos, surpresa, e a ruiva riu um pouco.


- Entendo – falei ainda com a mesma cara.


- Então. Só que quando a Emmy viu que ele era o último disponível, porque o Peter mesmo andando com os meninos, não tem a mesma fama, agarrou ele com todas as forças. O que não significa que ela não tenha tentando antes agarrar James e Sirius. Aliás, o Sirius foi o primeiro. O que interessa, é que o Remie caiu perfeitamente nas garras dela, porque ele se apaixonou. E coitado, ele não tem culpa. Ela sabe conseguir um homem.


- Não duvido.


- Mas ela não é o que o Remie merece. Ele é bom demais pra ela. E eu sei que ela o trai, a Marlene e o James também sabem, mas a gente não consegue contar. A gente tem tanto medo de machucar ele mais do que ela naturalmente já machuca, sabe? Pelo menos ela é discreta perto dele.


- Isso não é legal. Eu gosto cada vez menos dessa menina – bufei.


- Ninguém gosta dela. A gente anda com ela pelo Remie. A Marlene era a única que costumava ser amiga dela, antes dela virar uma vadia completa.


- Mas vocês parecem muito amigas – pontuei.


- A falsidade dela reina, Dó. Assim que eu comecei a namorar o James, ela ficou toda amores e flores comigo. Eu demorei a ter coragem pra contar pro James as coisas que ela fez, e foi quando ele abriu os olhos pra ela.


- O Sirius também sabe?


- Ah, não. O Sirius no fim das contas é mais o último a saber do que o James, pelo menos quando se trata da Emmy. Porque ele não agüentaria guardar isso, sabe? Ele contaria pro Remie, não por mal, mas contaria. E ele acabaria fazendo alguma brincadeira alguma hora, sem poder. Além do mais, ele ficaria puto e arrumaria confusão.


- Então só você, Marlene e James?


- Sim. Nenhum de nós sabe o que fazer. Foi quando o James contou que você gosta do Remie – momento que eu menos esperava.


Ela parecia cautelosa, com medo de me fazer chorar mais ou de me matar de raiva, ou sei lá.


- Ele não contou pro Remie – ela falou rápido, interpretando minha cara como se eu tivesse pensando nisso – E nem eu, nem a Marlene vamos contar, é uma promessa.


- Eu não acho que vão. Só tô pensando em como é legal vocês acharem que eu gostar do Remus é algum tipo de solução, quando nós sabemos bem que não é.


- Dorcas – ela chegou bem perto de mim, segurando minhas mãos – Por favor, tenta. Tenta por mim, pelo James, pela Marlene, pela humanidade, pelo Remie e por você mesma. Fala com ele que você gosta dele, fala com ele que a Emmy não presta, que ela vive fazendo sacanagens com ele, fala tudo.


- Não sei se eu tenho coragem o suficiente, Lily, desculpa.


- Claro que tem! Caramba, você merece ou Remie ou não?


- Não sei – soltei, olhando pro chão.


Ela simplesmente me forçou a olhar nos olhos verdes dela de novo.


- Vou mudar a pergunta: você o ama de verdade ou não?


- Amo, claro que amo! – respondi quase berrando.


- Então, por favor, tira essa bunda daqui e corre atrás dele! Amar, mas ficar parada não adianta nada, Dorc.


Suspirei e fiquei um tempo grande em silêncio, refletindo sobre tudo que ela tinha falado.


- Tudo bem, eu vou tentar.


Ela abriu um sorriso enorme e me abraçou de novo. E cá entre nós, os amigos do Remie tão saindo bem melhor que o esperado. Agora só falta eu conhecer a Marlene, que eu sempre achei a mais diva de todo o colégio.


Por quê? Porque ela é, velho. Ela anda com uma cara sem sorriso, só que você sabe que não é porque ela tá triste, é porque ela tem preguiça ideológica de tudo; mas daí ela abre um sorriso, que ainda demonstra superioridade. Aquele tipo de cena de filme, que você treina em casa pra fazer igual e nunca consegue. Ela fala, as pessoas obedecem, e isso é fato porque eu já vi. Ela tem o cara mais lindo do mundo (segundo a opinião geral, não a minha ok) nas mãos dela, e tecnicamente o cara mais impossível também. Ela simplesmente tem a aura foda.


Só que a Lily é bem fofa, acho que ela pode acabar ocupando o cargo da Marlene na minha vida (?), se a Marlene for chata ou coisa assim.


OLHA, FALANDO NA DIVA ELA TÁ BATENDO NA PORTA.


- Eu vim ver se tava tudo bem – ela deu um sorriso e entrou.


- Tá sim – Lily falou com um sorriso bem mais alegre que o dela – Até convenci a Dó a falar com ele.


- Sério? – ela olhou pra mim.


- Eu disse que ia tentar – falei rápido, antes que ela achasse que eu com certeza contaria.


- Vou mesmo precisar pedir a Marlene pra contar toda a história dela? – Lily falou severa e Marlene riu.


- Ela não vai querer ouvir isso – falou – Mas é, a moral é a mesma das outras. Você devia falar com ele.


Eu ia dizer que queria ouvir, só não queria que ela tivesse trabalho, mas deixei pra lá. Alguma outra hora, algum outro dia, em alguma outra vida, eu ia saber. Ou não. Eu posso conviver com isso.


- Tá legal. Eu vou tentar falar na primeira oportunidade que eu tiver.


- O que vai ser agora! – a ruiva começou a me puxar pra sair do banheiro.


- Agora?! Tá louca? – perguntei.


- Quem é bom faz suas próprias oportunidades, Dorc – Marlene disse, batendo com o dedo perfeito no meu nariz, bem de leve e rindo um pouco, me puxando pra fora do banheiro também.


E parece que fizeram lavagem cerebral comigo, porque eu estou considerando com seriedade a opção de contar pro Remie, e pensando bem, acho que eu devia sim. Não tenho nada a perder, tenho? Tá, tenho. Minha dignidade, minha amizade com ele e minha carona pro colégio são só três coisas da lista enorme de coisas que eu posso perder. Mas sei lá, não dizem que arriscar tudo é legal?


 


                                                                   X


 


- Vem Dorcas – ele me puxou pelo braço – É melhor eu te levar pra casa.


Tentei falar alguma coisa e não consegui. Olhei pra Marlene antes de ir, pois ela era pessoa mais próxima, e ela apenas disse algo como “você criou sua oportunidade”. E então eu estava do lado de fora, entrando no carro dele, me molhando toda, porque o mundo caia sobre nossas cabeças em forma de água.


- Remie – tentei falar assim que a gente se sentou lá dentro.


Ele me ignorou e ligou o carro. E eu comecei a chorar, chorar loucamente, porque não sabia o que fazer. Aí ele parou o carro em algum lugar e olhou pra mim.


- Me desculpa – ele pediu.


- Você não tem culpa, você é o que menos tem culpa – eu gritei olhando pra ele agora – Eu juro que não falei as coisas que ela disse que eu falei, eu falei 1% do que ela contou.


- Por que você falou?


- Porque ela falou primeiro, oras. E eu me senti mal depois.


Ele abriu bastante os olhos, surpreso: - Ela falou primeiro?


- Sim. Você nem notou a parte em que eu sumi do seu pé, né? Eu tava chorando no banheiro do segundo andar, com a Lily me acudindo.


- A Lily?


- Remie, eu vou falar de uma vez, porque eu não sei se alguma outra hora eu vou conseguir – eu sabia que estava mesmo jogando as palavras e que parte disso era efeito de algum álcool que eu tomei na festa – Ninguém gosta da Emmeline, e ninguém gosta por um motivo: ela não presta. Muito menos pra você. Ela te usa e só você não vê isso; ela nem sequer deve gostar de você, Remie. Me machuca ver você com ela, porque você merece coisa muito melhor.


Ele parecia ter ficado nervoso, e é a primeira vez que eu o vejo nervoso comigo.


- Mereço, é? – ele falou irônico – Como quem? Você?


Dava pra ver que ele tava alterado, mas isso realmente me deixou mal.


- É, Remie. Como eu. Eu que gosto de você muito mais do que ela um dia vai gostar, eu que te amo, aliás, e penso em você o tempo todo; faço tudo pra te ver feliz, mesmo que não seja comigo, e faço tudo por você sempre, até ir pra festas idiotas que eu sei que não vão ser legais pra mim! – gritei tudo na cara dele e chorei um tanto mais.


Por vários minutos tudo que eu ouvi foi a chuva caindo como uma cachoeira lá fora. E depois eu ouvi o carro sendo ligado de novo.


 


                                                                      X


 


Hoje é dia de jogo e têm dois dias que eu falei tudo aquilo com o Remie no carro. Ele não falou nada naquela noite, só me deixou na porta de casa e eu só sai do carro sem falar nada também. Depois disso ele me ignorou sutilmente, e eu estou então tentando fazer o mesmo.


Por mais complicado que seja.


Eu estou sentada na arquibancada, nesse exato momento, e Alice foi comprar alguma coisa pra beber e encontrar o Frank, que ao que tudo indica, vai se sentar com a gente.


Sim, ela sabe de tudo, e ela concorda que eu fiz muito bem em ter falado e que se ele está agindo como um idiota completo é porque não me merece. Mas é claro que ela acha isso, ela é minha melhor amiga. Mas é bem complicado. Eu não consigo nem ter raiva dele mais.


- Dorcas – Alice estava acenando na minha cara – Finalmente! Acorda aí, o jogo vai começar e você nem disse oi pro Frank – essa última parte ela disse bem baixinho, me dando uma cotovelada leve.


- Ah, oi Frank – sorri pra ele – Tudo bem? Desculpa por ter viajado um pouquinho aqui.


- Tudo bem – ele sorriu pra mim.


Que lindo, vamos ver a porcaria do jogo agora.


 


                                                                      X


VAI CARALHO, VAI, VAI, VAI! E... FOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI!
YEEEEEEEEEEEES, SUPER GOL NOSSO! QUEM FOI O ANJO QUE FEZ ESSE GOL MESMO? PORQUE É TOTALMENTE O GOL DA VITÓRIA! AH, CHAMA BRAD, BRAD, O SALVADOR DA PÁTRIA, AEAE!


PERAE. Aquela loira ali dando em cima do Brad é... Isso não vai dar certo.


É difícil prestar atenção com todo mundo pulando a sua volta e correndo pro campo pra fazer montinho um no outro. Aliás, eu mal notei que a Alice e o Frank estão se pegando (isso é ironia, eu notei sim, mas não vou prestar atenção nisso agora). Desci um pouco as escadas pra ver direito o que tá acontecendo. Ao que parece ela tá dando em cima dele literalmente, e ele tá gostando. Cadê o Remie? Ele não pode ver isso, ele vai ter um treco!


Tarde demais, ele acabou de ver. Olha ele tirando satisfações e. NÃO, NÃO! REMUS VÉI, SAI DAÍ, VOCÊ VAI MORRER E D:


Ótimo.


- Remus? – eu cheguei perto de onde ele tinha pseudo-caído – Remus! Seu louco! Como você tá?


Ele não respondeu, só olhou pra mim e fechou os olhos depois, limpando o sangue embaixo da boca com a mão. James já estava do meu lado nesse momento, me ajudando a segurar o Remie que tinha a boca toda sangrando pelo soco que o tal de Brad tinha dado nele, quando o Remie tentou fazer o mesmo.


- Na boa, qual seu problema? – perguntei pra Emmeline – O menino te ama e você não sabe dar o menor valor pra isso. É só aparecer um cara que é a estrelinha do momento do time e você corre atrás dele? Você é bem pior do que me falaram, vadia já é até elogio pra você.


Ela foi me dar um tapa na cara e armar um barraco quando o Sirius entrou na frente e segurou a mão dela.


- Nem pensa nisso – ele falou.


- Eu acabaria com você – Marlene, que estava do lado dele (e isso eu juro que deixei passar), falou.


ESSA FOI A CENA MAIS FODA QUE EU JÁ VI, SÉRIO. Pronto, fim do momento admiração. Mas ahm, a Emmeline realmente recuou, acho que é porque ela sabe que se alguém pode acabar com ela, esse alguém é a Marlene.


- Obrigada – eu falei pra eles e voltei logo minha atenção ao meu Remie lindo que sangrava loucamente.


Tá, talvez não loucamente, mas tinha sangue saindo dali.


- A gente podia levar ele pra enfermaria, não?


- E saberem que ele brigou com alguém? Além do mais, o Brad tá por um triz, se descobrirem que foi ele, ele vai ser expulso e nós perdemos a chance de ganhar o campeonato. Vamos levar ele pro vestiário feminino e arrumar isso aqui – o James falou.


Parece cruel, mas eu não achei, não com o James falando. Parece que ele simplesmente sabe do que fala, entende? Tipo, ele tem uma aura de “eu mando aqui” mesmo.


Então, nós fomos ao vestiário com o Remie, e eu tentei cuidar dele o melhor que eu pude, porque a Lily tem nojo de sangue e a Marlene disse que não era tão boa nisso quanto eu, provavelmente; e bom, meninos, eu não podia deixar o Remie na mão de menino nenhum.


Alguns minutos depois e a boca dele já tinha parado de sangrar e o Sirius já tinha arrumado gelo pra por ali. Ele contorcia a cara de dor o tempo todo e isso me matava de dó.


De repente, enquanto eu pegava um papel que tava no chão do lado dele, ele me puxou pela nuca: - Me desculpa – e sussurrou no meu ouvido essas palavras.


Eu tive noção de ter sentido um calafrio porque ele nunca ficou tão perto de mim assim, desse jeito. Mas só sorri pra ele e me afastei.


- Tá tudo bem. Pense em melhorar agora – e sai do vestiário, deixando ele com os amigos, indo atrás da Alice e do Frank, que não se comiam mais e procuravam por mim desesperados.


Ela ficou fazendo perguntas do tipo “onde você se meteu?”, e aí eu contei a história, o Frank ficou preocupado e foi atrás do Remie e ela ficou preocupada comigo e decidiu que ia pra minha casa dormir lá.


- Assim a gente decide as coisas do baile – ela disse, piscando pro Frank que sorriu e foi finalmente atrás do Remie.


- Baile? – é mesmo, o baile é daqui menos de uma semana.


- Você vai sim.


- Não vou não.


- Veremos.


LEGAL. A Alice é boa em me obrigar a ir pros lugares quando quer, mas dessa vez eu juro que não vou me deixar levar; não quero ir nesse baile.


 


                                                                   X

MMcK
: Vou postar o último agora e daí faço uma N/A decente, ok? HIHI 

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