A borboleta de papel



Capítulo IX



A borboleta de papel


Obi-wan seguiu até o lago em frente aos dois, retirou do bolso o que parecia ser um origami, papel azul prateado dobrado na forma de uma borboleta.O mestre Jedi recolheu uma pequena porção de água com uma das mãos vinda do lago, murmurava palavras que Arken não entendia o significado enquanto pingava algumas gotas de água.A borboleta começava a se mexer e voou alguns centímetros quando Obi-wan terminou o encanto voltando repousar imóvel nas mãos do mestre.
-Este é um amuleto, Arken.Vêem de uma magia oriental antiga, é muito poderoso, a mantenha sempre perto de você e nenhum feitiço ou encanto será capaz de machucá-la.
-Magia oriental? Mas mestre, o senhor nunca demonstrou interesse em rituais mágicos.
-Dessa vez é diferente Arken, há uma extrema necessidade de adaptação se quisermos enfrentar as forças malignas aliadas a Voldemort.Além do mais, a magia que aprendi precisa de concentração e controle da mente, corpo e espírito, independente de varinhas.Isto que tenho em minhas mãos Arken, é um “Shikigami”, na mitologia japonesa são espíritos invocados para proteção em forma de aves, animais ou pessoas recortados em papel.
Assim que Arken tocou no Shikigami, sentiu uma vibração forte e poderosa envolvendo-a.Aconchegou-a no bolso de suas vestes.Já anoitecera agora no Camboja aquela altura, com algumas estrelas brilhando no imenso manto negro que cobria o céu.
-Volte a Hogwarts, Arken.E diga a Dumbledore para se preparar porque novos ataques dos Comensais estarão por vir nos próximos dias.
-Novos ataques? Mas, devo ficar aqui e ajudá-lo!
-Não, querida!A sua missão é voltar a Hogwarts e proteger a todos, em breve, Brighid não será capaz de controlar o poder dentro dela.Somente você e Harry Potter poderão controla - lá.
-Porque eu e Harry, mestre?
-Brighid confia em Harry, sente-se ligada a ele pela semelhança com que seus pais foram mortos, ele pode entendê-la melhor do que ninguém, e você...bem, sabe por que, seus poderes, evidentemente, ainda são poderosos.
-Esta bem, mestre.O senhor tem alguma noção do lugar onde serão os ataques?
-Ainda não.Samuel voltará em breve, talvez tenha respostas e possamos impedir o que está por vir.Preciso ir, querida, e lembre-se: nunca tire este origami do bolso.
-Sentirei sua falta, mestre.
-E eu a sua, em breve, nos veremos.


-Algum problema, Srta.Mellin?-perguntou Mcgonagall
-Não, professora.
Num piscar de olhos, Brighid voltara para a sua classe e se vinha diante da professora e todos outros colegas a olhando desconfiados.”E agora!Como vou explicar minha ausência e aquele Pó estranho que se transformou num menino!”,pensou ela.
-Eu sei que é sua primeira aula, mais precisa se concentrar.Se deixar de prestar atenção nas aulas se perderá completamente.Tem que recuperar cinco anos, lembre-se!
-Desculpe minha ausência, professora, eu não sei como explicar.Surgiram...
-...desatenções.Esta é a palavra, está numa classe de aula, Srta.Mellin, e tem que prestar atenção naquilo que lhe é ensinado.Ora bolas, que pensamento é mais importante que o dos feitiços!
Quanto tempo estivera fora, ela não sabia.Mas parecia que ninguém notara sua ausência, nem mesmo Gina sentada ao seu lado.Isso é possível? A não ser que nunca tivera saído e tudo tivesse sido fruto de sua imaginação.
-Eu prestei atenção!
Era visível o desapontamento de Mcgonagall por um aluno de sua própria casa, que representava como diretora, não estivesse prestando atenção em suas aulas.
-Posso realizar o feitiço se a senhora quiser!
-Ótimo modo de provar sua verdade.Se acertar eu concedo vinte pontos a Grifinória, caso erre a Srta. perderá vinte pontos.
A professora agitou a varinha e uma bola de madeira materializou-se na banca de Brighid, ela teria que levitar a bola por dois minutos agitando somente sua varinha executando o feitiço sem mencioná-lo.
Com as mãos trêmulas, Brighid segurou firmemente sua varinha.O que faria? Recusara-se a mexê-la em sua estadia na mansão Black, o medo a mantia afastada da magia.Contudo, tinha que provar sua competência diante de uma professora e toda a classe, e para ela mesma, de sua capacidade sem a mínima idéia do que fazer.
“Vamos, Brighid.Concentre-se”, pensou.Ordenou em silencio o feitiço “Vingardium Leviosa” para a bola de madeira que, para sua surpresa, começara a levitar.
-Muito bem, Srta.Mellin.Provou que falara a verdade.Viram, com esforço e dedicação é possível executar qualquer feitiço que seja, por mais complicado que pareça.Vinte pontos para Grifinória!-concluiu Mcgonagall sorrindo para Brighid.
-Que sorte!Geralmente era só a Hermione que executava os feitiços com tamanha perfeição nas aulas de Transfiguração desde o primeiro ano, segundo o Rony, mas você conseguiu em sua primeira aula!Parabéns, Brighid!-cumprimentou Gina.
-Obrigada, Gina.Eu parecia mesmo não prestar atenção?
Bom, você passou a aula inteira olhando para o teto.Eu percebi e tentei chamar sua atenção antes que Minerva visse, mas você não escutou.Ela acabou percebendo.
-E isso durou quanto tempo?
-Uns cinco minutos.Por quê?
-Ah, nada.É só para saber mesmo.
Acontecera, ela sabia que acontecera.Ilusão ou realidade?
Resolveu aproveitar o tempo para procurar a única pessoa que poderia escutá-la sem achar que estava louca: Harry.


-Achei a aula da Lyra completamente esquisita.Quer dizer, devíamos ter aprendido a nos defender, e não escutar histórias para criancinhas.O que tem a ver conosco?-resmungou Rony a Harry.
Os dois voltavam do primeiro treino de quadribol, Harry continuava com seu posto de apanhador e capitão do time, e Rony o de goleiro.Depois de um exaustivo treino nos campos de Hogwarts com os outros membros do time, Gina e Dino Thomas ocuparam os postos de batedores, conversavam a respeito da primeira aula de Defesa Contra as Artes das Trevas que tiveram com Lyra Bass.
-Hermione gostou da aula dela.Disse que foi uma história extremamente instrutiva.-comentou Harry sorrindo.
-Tudo para a Hermione é instrutivo.Mas falando sério, o que achou?
-Foi um tanto estranho, talvez ela faça algo diferente na próxima aula.
-Não fomos os únicos a pensar assim, escutei Neville, Dino e Simas criticarem também.Acredita em vidas fora do planeta Terra?
-Hum...bem, nunca pensei nisso, acho que sim, depois do que eu vi na casa de Éptmond, não duvido de mais nada.E também seria um desperdício de espaço apenas o nosso planeta ter vida.
-Concordo.Queria ter visto o que você viu naquele lugar.Deve ter sido fascinante.
Enquanto voltavam para o castelo, relembraram a ida ao Himalaia e o encontro com Éptmond, um Oráculo responsável pelo equilíbrio entre o bem e o mal.E do que Harry enfrentou ao embarcar com ele em busca do colar que carregava no pescoço que ajudou a salvar a vida de Arken.
O colar!Harry parara no meio do caminho, apalpava o peito olhando para os lados a procura de algo.
-Esqueci o meu colar, deve estar no vestiário.
-Vou indo na frente, esse treino me deixou morto de fome!
-Certo, depois nos vemos.
O coração de Kandrakar, colar dado por Arken a Harry no ano anterior e objeto que ele teve de buscar no mundo interior no sexto ano, tornara-se parte da vida dele.Além de tê-lo ajudado a impedir os planos de Voldemort, era uma lembrança de Arken fazendo-o sentir-se bem.
-Está procurando por isso?
Olhou de relance e viu Brighid perto do vestiário, o colar estava no chão perto de um arbusto.A menina o tocou, e no mesmo segundo o soltou.
-Ai!
-O que houve?-perguntou Harry correndo até onde Brighid estava para apanhar o colar.
-Esse colar está quente, por pouco eu não queimava os meus dedos.
De fato, ele realmente estava quente, contudo, voltou ao seu estado normal assim que Harry o pegou repondo em seu pescoço.
-Que estranho, isso nunca aconteceu.
-Talvez não goste de mim.
-Bobagem, é só um colar.
-Mas parece ter um significado pra você, ou estou enganada?
-Ele tem sim, foi Arken que me deu.
A simples menção daquele nome fez o coração de Brighid tremer, um vento forte esvoaçou os cabelos dos dois e farfalhou as folhagens das árvores da Floresta Proibida.
-Harry, podíamos conversar? Eu precisava desabafar algo, é complicado entende, e não vejo ninguém capaz de me escutar como você nesse momento.
-Claro, Brighid.
Ela começou falando sobre a aula de transfiguração,o medo de Gina em ser escolhida para demonstrar o que sabia, e deu início a visão que teve: uma imensa explosão, surgimento do que lembrou ser o nosso sistema solar, e de um peculiar pó branco rosado que a levou para um mundo semelhante ao nosso a exceção das almas compartilhadas que assumiam a forma de animais, em sua transformação num menino cigano.
-Ele me disse antes que eu voltasse que eu tinha que entender, pois se usasse meus poderes para o mal tudo aquilo morreria.E havia uma voz também, narrando às coisas que aconteciam.O que foi Harry?
-Mas foi à aula da professora Lyra Bass!Ela contou essa historia pra gente hoje de manhã.Então, você foi levada a esse lugar?
-No inicio sim, mas a Gina me disse que eu não sai do lado dela, apenas fiquei olhando para o teto, inclusiva Minerva notou e eu quase perdia vinte pontos.Eu não sabia com quem conversar, alguém que realmente pudesse me escutar.
Ela segurou em na mão de Harry que ofereceu um simples sorriso.E se Rony estivesse certo?Brighid pudesse estar gostando demais de Harry, ele podia oferecer apenas a sua amizade, nada mais além disso.Soltou sua mão e mudou de assunto perguntando se Brighid conhecia o quadribol, ela ficou ligeiramente desapontada e respondeu que muito pouco.Foram ao Salão Principal para jantar.
Às sete horas Harry estava diante da sala de Snape, nas masmorras do castelo.A idéia de ter aulas extras com o professor que mais detestava era completamente aterradora.Contudo, sentiu que tinha que fazê-lo, pelo tom de voz de Dumbledore, presumiu que essa tal ligação entre ele e Voldemort tornaria perigosa caso o Lorde descobrisse.
-Sente-se.Potter.-disse Snape assim que Harry entrou na sala.
Estava escura, como de costume e apenas um flerte de luz fina e azulada da Lua penetrava na camada espessa de cortina.Harry sentou-se na cadeira em frente à escrivaninha de Snape, que parecia satisfeito em ter o garoto ali, sem a vista de Dumbledore.Na mesa, uma grande bandeja de prata cravejado com pedras preciosas que Harry reconheceu ser a Penseira.
-Dumbledore me pediu para lhe dar estas aulas extras, que no caso, são de Oclumencia.A nobre arte de fechar os pensamentos.-comentou o professor num sorriso presunçoso.-Acaso sabe o que é Oclumencia, Potter?
-Professor Dumbledore comentou um pouco.
-Ah, claro.Bem, o Lorde das Trevas tem muitas formas de saber a verdade de seus inimigos capturados, saber se falam a verdade ou mentem, através da Legilimencia.Ele tem a habilidade de ler os pensamentos, extrair da mente do inimigo o que puder sobre ele e suas verdades ou mentiras, a Oclumencia é justamente o contrário, bloquear a mente evitando assim que ninguém nela penetre.
Enquanto falava, Harry percebe que os dedos de Snape procuravam demoradamente a varinha dele.Harry segurou a sua com toda a força que pode por debaixo das vestes.
-Levante-se, Potter.Vamos duelar, tente não pensar em nada, esforce.O bloqueio vem com o tempo.
Com um simples aceno de varinha, a cadeira que Harry estava sentado desapareceu e o garoto quase caiu no chão.Antes mesmo que o garoto erguesse a varinha e prepara-se, Snape ordenou Legilimens!
Uma fumaça branca puxou sua mente para o vago, e Harry se viu revivendo, sem querer, suas lembranças.Snape assistia de camarote Harry chegando a Hogwarts, seu medo de ir para Sonserina, a Floresta Proibida.
-É igualzinho ao seu pai, Potter.A mesma idiotice em relação ao poder, teria se dado bem se tivesse ido para Sonserina.-comentou Snape, rindo.
Ele parou com o feitiço por alguns instantes, Harry caiu literalmente no chão.Suado, suas pernas tremendo, o peito ardendo, a respiração ofegante.
-Vamos, Potter!Quer demonstrar fraqueza contra o Lorde das Trevas!
-Você não está me dando chance de me defender!
-E acha por acaso que o Lorde lhe dará? Que ele permitirá que você respire, descanse? Não, Potter!Ele o quer morto!Legilimens!
Por uma hora, Snape praticamente torturou Harry.O fazia reviver suas lembranças, até as mais intimas como o primeiro beijo dele com Arken.Snape gritava: Feche sua mente!Feche sua mente!Como se fosse fácil fazê-lo com alguém jogando feitiços e mais feitiços, sem dar uma chance de defesa.Por um fugaz momento, Snape quase viu a última lembrança que Harry viu de Voldermot, da floresta tropical em que ele estava.Harry não estava nem um pouco a fim de compartilhar esses pensamentos com o professor.Por fim, conseguiu, segundos antes, pensar em qualquer outra coisa que não fosse aquilo.
-Semana que vem, continuaremos.Há mesma hora, e os mesmo dia.Todos as noites antes de dormir experimente fechar a sua mente.É só bloquear os pensamentos, tentar não pensar neles.Compreender, Potter?
-Sim.-respondeu Harry.
O garoto saiu sem olhar para o professor, não era preciso ver diretamente para saber o quanto Snape deve ter adorando vê-lo caindo, indefeso.Odiou amargamente aquela aula.



Eram quase nove horas da noite quando Gina saiu sorrateiramente da sala comunal da Grifinória, andava apressada, sempre olhando para os cantos a procura de um intruso que a visse por ali, principalmente se este intruso fosse Argo Filch ou madame Norra.De relance, ao olhar a janela, viu uma figura caminhando nos terrenos da escola em direção ao lago.As barbas e os cabelos longos denunciaram a imagem de Alvo Dumbledore.O que estaria fazendo o bruxo no Lago? Bom, não era a ocasião de discutir a repentina caminhada noturna do professor, concluiu Gina, ela precisa agora ir para outro lugar e fazer isso sem que fosse que pega.Chegou à porta que dava a Sala Precisa, entrou.Encontrou um jardim repleto de rosas, margaridas, violetas, begônias e lírios, um Sol brilhando iluminada a fonte adornada com dois elfos de bronze brincando na água.
-Que lindo!-exclamou Gina.
-Fiz para você.-respondeu Draco saindo de um muro repleto de flores copo-de-leite.
Ele abraçou e a trouxe para mais junto de sim, respirando seu perfume e repousando seus olhos claros nos cabelos acaju da ruiva.
-É tão bom sentir você, Gina, a melhor coisa em todo o universo pra mim.
-Que arriscado o nosso plano de nos encontrar a noite.E se alguém nos pega?
-Ninguém nos pegará, tenho certeza.
Beijaram se, ele a deitou delicadamente na grama verde do jardim, acariciava seus cabelos enquanto suas bocas tocavam-se.
-Eu sou capaz de enfrentar mil dementadores para estar aqui contigo Gina.
-Eu também Draco, eu também.Mas o que houve? Me parece estar tremendo.
E ele estava, reparando melhor, Draco tinha olheiras profundas e uma aparência mais magra da última vez que ele e Gina se encontraram.
-O que foi Draco?
-Uma coisa horrível vai acontecer, eu escutei meu pai combinando com tia Bella e os outros comensais.Isso tem me torturando desde então, eu quero que eles parem, mais eu não sei como.
-Que coisa terrível é essa?
-Mais ataques Gina, aqueles do Chile não eram os últimos, haverá muito mais e dessa vez, uma grande quantidade de pessoas irá morrer.
Tinha lágrimas nos olhos de Draco, ele mudou, pensou Gina, apresentava agora o sentimento de compaixão coisa que ela vira recentemente após o relacionamento deles começarem.
-Temos que avisar alguém, quem sabe, Dumbledore!
-Meu pai concluirá que fui eu!Eu não posso, se eles desconfiarem que eu não sou o mesmo, concerteza...meu pai, ele não perdoará.
-Quer dizer, ele pode matar você!
-Sim, ele disse sempre.Melhor um filho morto, do que traidor da própria raça.Eu tentou ser frio o tempo todo que estou lá, minha vontade é fugir...com você.
Ele a beijou desesperadamente, como um enfermo atrás da cura para o seu mal.Aninhou-se no colo de Gina que fazia carinho nas mechas loiras dele.
-Temos que fazer alguma coisa Draco, ou esses inocentes morrerão.Sei lá, enviar uma coruja com um bilhete anônimo a Dumbledore, tenho certeza que ele saberá ser cuidadoso.
-Talvez, eu preciso pensar.Antes, eu reverenciava cada atitude do meu pai, agora eu tenho nojo dele, a cada dia que se passa eu tenho nojo dele.
-Onde acontecerá os novos ataques?
-Eu não sei, eles evitam citar nomes em nossa casa, foi apenas uma reunião rápida.Voce-sabe-Quem está foragido, meu pai sabe a localização porém nunca comenta no assunto.Ás vezes, eu tenho medo Gina, tenho medo de morrer.Não quero morrer sozinho.
Draco começou a chorar, como da última vez, Gina o envolveu nos seus braços beijando sua face molhada.
-Não vai morrer sozinho, eu estou aqui meu amor, vou sempre estar aqui.


Dumbledore voltava para o castelo calmamente, tiveram uma conversa com as sereias do lago negro que repassaram o recado dado por Iara.Sua única tranqüilidade é que saber que, pelo menos, estaria sendo vigiado pelos habitantes mágicos que por lá habitam sem serem descobertos, o problema consistia em possíveis novos ataques.
“Tudo ao seu tempo.Se for do destino esta tragédia não ocorrer, então, não ocorrerá.”, pensou Dumblerore.
Olhou o céu, estava tão estrelado, uma guerra travando-se na surdinha e o céu continuava o mesmo, um manto negro estrelado.Uma estrela brilhou lá no alto, uma figura pareceu sair dela pousando delicadamente no chão:Arken.
-Boa Noite, professor Dumbledore.
-Boa Noite, minha cara Arken Éowyn.Como está Obi-wan?-perguntou Dumbledore oferecendo um largo sorriso abraçando a aprendiz padawan.
-Está bem, continua misterioso, dizendo coisas que, pra mim, continua sem sentido.
-Como permitir a aproximação de Brighid para o seu amado Harry.
Arken arregalou os olhos, como ele sabia?
-Eu tenho uma privilegiada percepção do mundo ao meu redor, minha querida.Na verdade, sempre discordei da lei que proíbe vocês Jedis de amarem, ora, se amor é maior força existente no planeta porque privá-los desta honra de amarem e serem amados.
-Não sobrou o suficiente de todas as regras que compunham o código Jedi, desde a tragédia no nosso templo.
-Arken, para que se construa um ambiente melhor, na maioria das vezes, é preciso que se destrua algo, assim é o código da vida, contudo, eu acredito que, no fim, você e Harry ficarão juntos.O importante de tudo, minha querida, é que você jamais abandone o homem que ama, tanto um quanto o outro serão mais fortes se ficarem juntos.
-Então, Voldemort encontrou mesmo um modo de penetrar nos terrenos de Hogwarts, professor?
-Eu receio que sim, e não tenho a mínima idéia de como ele conseguira essa proeza.
-O que faremos?
-Infelizmente esperar, ele sabe que se tentar algo levianamente denunciará sua posição.Agora, devemos descansar e poupar nossas energias, creio que você precisa disto, estou certo?
-Está sim senhor.
-Muito bem, eu a aconselho pegar a rota que leva ao banheiro dos monitores do quinto andar.
-Mas por quê?
-Ah...saberá quando encontrar.


Harry caminhava, escondido sob a capa de invisibilidade, pelos corredores do castelo.Semanas depois, voltara a sonhar com Voldemort,o viu agora numa floresta de clima tropical; o homem de rosto ofídico vislumbrava um amanhecer esplendido ao lado de Bella.”Estariam tendo um caso?”,pensou Harry com expressão enojada.Ele transparecia felicidade, excitação, e isso era sinônimo de preocupação a todos pois concerteza devia significar a conclusão de um novo plano malévolo.E quase Harry deixava estas informações caírem na mente nada confiável de Snape.Seu corpo estava totalmente dolorido, caíra várias vezes durante aquela interminável uma hora, o professor parecia ter-se divertido com toda aquela cena, imaginou Harry com raiva.Como poderia fechar a sua mente? Todos os acontecimentos que o cercavam.Era impossível, para Harry totalmente impossível.Decidira perambular pelo castelo, não conseguia dormir, não depois daquela tortura com Snape.Além do mais em sua mente Brighid surgiu e o que dissera em segredo sobre a visão que teve, ele nem tivera tempo de comentar com Rony e Hermione o que ficara sabendo.Ela o olhou profundamente nos olhos como se esperasse por algo, uma coisa que Harry não podia oferecer.Pensou em Rony e nos receios do amigo quanto aos poderes de Brighid, afinal, ela, sem querer, ordenou que um menino pulasse da janela, e se ela ordenasse que Harry se apaixonasse por ela? Que esquecesse Arken?
Vendo a situação de um novo ângulo, seria mais fácil um relacionamento com Brighid.Ela não era uma cavaleira Jedi, não precisava viajar pelo mundo e passar dias sem dar uma única noticia e se caso tivessem um romance, este não precisaria ser em segredo.Porém, ela não tinha o sorriso de Arken, os olhos amendoados dela, e não parecia compreendê-lo como Arken compreende.Arken...que falta ela fazia na vida de Harry, ele desejou que ela estivesse ali, que sentisse seu cheiro para desanuviar suas preocupações.
-Arken?
Impossível, ele a estava vendo a poucos metros a sua frente.Seus cabelos estavam soltos e cresceram e o vento provindo da janela os esvoaça no ar.Ela parou encarando o vazio a sua frente.Harry despiu a capa, Arken com imenso sorriso correu para os seus braços e os dois beijaram-se ardentemente.
-Senti tanta saudade, Harry!
-Eu também.Por onde esteve?
-É uma longa história, não quero contá-la agora.
-Concordo plenamente.
-Parece cansado.
-Estou tendo aulas com Snape, a pedido de Dumbledore.Ele disse que tenho uma ligação com Voldemort, por isso estou lendo a mente dele.E preciso fechar essa ligação, então, vou aprender a fechá-la com Snape.
-Imagino que foi terrível.
-Snape deve estar se divertindo agora, rindo da minha cara.
-Bom, mas de Dumbledore faz questão então porque é importante.Você tem que aprender a fechar a sua mente, Harry.
-Eu sei.
-Vejo que ainda usa o colar que lhe dei.
-Sempre, nunca deixei de usá-lo.
-Bom, na verdade, ele agora é um amuleto.Vai protegê-lo que qualquer mal que ameaçá-lo.
Estavam longe da Sala Precisa, no entanto estavam perto do banheiro dos monitores.Sem pensar duas vezes, e nem sequer se alguém os via ali, Harry segurou na mão de Arken e a levou para o banheiro.Lá, mataram as saudades do tempo que ficaram separados.Ter Arken em seus braços era como conjurar o mais intenso patrono, como pode especular não te-la mais em sua vida?
-Porque foi embora sem se despedir?-perguntou Harry.
Ambos abraçaram-se na parte rasa da imensa banheira após fazerem amor, Arken o abraçou ainda mais antes de responder.
-Dumbledore me deu uma missão urgente, tinha que realizá-la o mais rápido possível.Acabei, infelizmente, chegando tarde demais.
-Em Jerusalém?
-Como sabe?
-Sonhei com Voldemort lá.
-É.Ele esteve procurando o Arca da Aliança no local que diziam ela estar repousada, mas era mentira.A verdadeira tem sido bem guardada por todo estes séculos, o problema é descobrir onde.Voltou a sonhar com Voldemort?
-Voltei.Ele está em alguma floresta tropical agora, e parece que conseguiu alguma coisa grande que o deixou bastante feliz e excitado.
-Imagino o que seja.Mestre Obi-wan me disse que, em breve, novos ataques acontecerão.Ele não sabe onde e nem quando.
-Novos ataques? Dumbledore já foi avisado?
-Sim.Não há nada fazer, somente aguardar por mais pistas.
-Encontrou Obi-wan?
-Encontrei.Conversamos, mas ela continua escondendo coisas de mim.E Brig...
Harry voltara novamente a beijá-la, não queria preocupar-se com o mundo naquela noite.Sua única vontade era esquecer-se dele naquele momento, passaram mais um longo e prazeroso tempo amando um ao outro na banheira, nadaram juntos até o dia começar a clarear.
-Precisamos voltar para os nossos quartos.Logo, os alunos e professores acordarão
-Vai embora novamente?
Ele olhou no fundo dos olhos dela, se Arken respondesse que sim, dessa vez, ele não permitiria.Precisa do seu amor, precisava dela ao seu lado.Para o seu alívio, Arken sorriu e negou com a cabeça.Amaram-se mais uma vez, antes de irem, cada um para os seus quarto.

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