Despedidas



Cap 7 – Despedidas.


 


Os dias que se seguiram na Toca foram calmos e pareciam se estender lentamente. Somente uma semana e meia depois da visita deles a Godric´s Hollow é que foi noticiado no profeta diário que Hogwarts seria realmente reaberta, com Minerva MacGonagall na Diretoria, e a volta do Professor Lupin, para ministrar as aulas de Defesa Contra A Arte das Trevas. No dia seguinte chegaram as conhecidas corujas-das-torres para entregar as quatro cartas, a Rony, Mione, Gina e Harry. A noticia foi muito bem recebida pela Sra Weasley, que parecia muito feliz que os quatro voltassem para a segurança da escola, fato que não agradou muito Harry, Rony e Hermione, que temiam a reação da matriarca.

- Vai ser bem difícil convencer minha mãe que agente não vai poder voltar a Hogwarts – falou Rony impaciente aos outros três, quando conversavam no quarto que ele dividia com Harry – ela simplesmente vai pirar quando souber.

- Eu sei – concordou Harry – mas agente não pode mais adiar nossa partida.

- O Harry tem razão – concordou Hermione – agente tem que ir logo atrás das Horcruxes.

- Mas para onde vocês vão? – perguntou Gina, que estava recostada no peito do namorado, e tinha se mantido em silencio até agora.

- Eu falei com o Remo, há poucos dias – contou Harry – e ele me falou sobre uma casa que Sirius comprou, pouco depois de se formar na academia de aurores, estive pensando que poderia ser um bom lugar. Pelo que ele me contou, a casa está abandonada desde que Sirius foi preso.

- Mas se ficarmos nessa casa, não estaremos isolados? – perguntou Rony intrigado – longe das noticias sobre a guerra?

- Foi à mesma coisa que eu pensei – respondeu Harry – mas Remo me disse que além de ter uma sala de treinamentos, e vários livros sobre Defesa Contra A Arte das Trevas, como Sirius era auror, a casa está enfeitiçada para receber noticias diárias sobre o que acontece.

- Como? – perguntou Gina curiosa.

- Não faço idéia – respondeu Harry dando de ombros e sorrindo, e se lembrando que se a casa fosse como seu dono, com certeza, descobririam logo.

- Parece um bom lugar – concordou Hermione, por fim.

- E eu… - começou Gina.

- Vai voltar para a escola… - falaram Harry e Rony ao mesmo tempo, e a garota os olhou com uma expressão triste.

- Harry, você já falou com Remo sobre o antigo orfanato onde o Voldemort morava? – perguntou Hermione mudando de assunto.

- Falei – respondeu Harry, agradecendo internamente pela ajuda da amiga – ele não sabia de nada, mas me disse que iria mandar vigias até lá para investigar e depois me avisaria…

- Certo – animou-se Hermione – parece que estamos perto de achar mais uma Horcrux.

- Tomara que você esteja certa - falou Harry rispidamente.

- E quando vocês vão? – perguntou Gina ainda um pouco emburrada.

Rony e Hermione olharam diretamente para Harry como se a ruiva tivesse lido os pensamentos dos dois.

- Eu ainda não sei - respondeu o moreno o fitando o teto – pensei em irmos no mesmo dia que a Gina voltar para a escola.

Os dois outros concordaram com a cabeça e Gina pareceu se animar um pouco, por saber que ficaria mais algum tempo com o namorado.

- Nós temos que falar com a minha mãe rápido – falou Rony novamente – cara, eu já posso até ouvir os gritos dela RONALD WEASLEY VOCÊ VAI VOLTAR PARA HOGWARTS NEM QUE SEJA ARRASTADO!

- Para de ser dramático, Rony – falou Hermione rindo.

- Vamos falar com ela hoje, na hora do jantar – falou Harry serio, sem dar atenção aos amigos que ainda riam.

Os outros três ficaram em silencio e Harry considerou isso como um sim. Os quatro não falaram mais nada, cada um querendo adiar ao maximo a hora do jantar e torcendo que pela primeira vez a matriarca esquecesse de gritar “Crianças, hora do jantar”. Mas como isso não aconteceu, os quatro desceram as escadas tão desanimados que pareciam estar caminhando em direção a forca. Todos comeram em silencio, fato que deixou o Sr e a Sra Weasley muitos curiosos, mais não perguntaram nada, e só tiveram resposta, quando todos já tinham limpado os pratos e ela se levantava para pegar a sobremesa, e Rony falou que não pretendiam voltar para a escola.

- Você o que? – gritou a Sra Weasley quando o filho terminou de falar – vocês não podem fazer isso!

- Sim, mamãe, eles podem – contrapôs Gina elevando o tom de voz, fazendo com que a mãe voltasse a se acalmar – eles já são maiores de idade!

- Ela tem razão, Molly – interveio o Sr Weasley – Tenho certeza de que eles tem um motivo muito bom para isso – acrescentou com um olhar de quem quer respostas.

- Sim, nós temos – respondeu Harry, sem conseguir encarar o sogro – mas não podemos contar, não agora – acrescentou.

- Espero que não se metam em confusões – resmungou a Sra Weasley dando-se por vencida

– E quando pretendem ir?

- Dia 1º de setembro – respondeu Rony que parecia não acreditar na reação dos pais.

- Certo – concordou Arthur Weasley – eu ia falar pra você, que poderíamos ir até o Beco Diagonal, amanhã. Mas acho que só a Gina precisa ir.

- Eu não concordo – falou Rony sorrindo – acho que uma visitinha ao Beco seria muito bem-vinda.

- Tudo bem, iremos lá amanhã – concordou a Sra Weasley encerrando a conversa. Os quatro se entreolharam e saíram em silencio, cada um em direção ao seu próprio quarto, sem nem ao menos falar nada.

Na manhã seguinte todos acordaram cedo, e depois de um reforçado café da manhã, preparado pela Sra Weasley, foram para o Beco, usando a rede de Flú. A Sra Weasley achou que era melhor eles se separasse, para que as compras fossem mais rápidas do que normalmente eram todos os anos.

Rony, Hermione e Harry foram para o boticário, onde compraram os ingredientes para as Poções de Gina, e mais algumas que Hermione garantiu que uma hora iriam ser úteis, enquanto a Sra Weasley e Gina foram até a Floreios & Borrões, à loja de penas e a loja de vestes. Harry ainda aproveitou para passar em Gringots para retirar uma generosa quantia de ouro de seu cofre. Algum tempo depois, todos se encontraram na frente da loja de Fred e Jorge, como tinha sido combinado pela matriarca da família.

A loja dos gêmeos parecia ser a única em todo o Beco que ainda mantinha o mesmo ar feliz e acolhedor que o lugar costumava ter a algum tempo atrás. Enquanto a Sra Weasley parecia entretida com todos aqueles produtos, Rony, Harry, Hermione e Gina, foram procurar pelos donos da loja. Encontraram os dois, no fundo da loja, conversando com um homem misterioso, vestido de preto, que pegava algumas caixas da mão de Fred, enquanto Jorge verificava uma quantia de ouro em um saquinho.

- Quem era? – perguntou Rony quando o homem saiu pela porta da loja.

- Octávio Beerqwert – falou Jorge guardando o dinheiro no bolso interno das vestes.

- Do Ministério da Magia, seção de aurores – completou Fred.

- E o que eles queriam com vocês? – perguntou Gina, fazendo uma expressão que a fazia lembrar muito sua mãe.

- Fique calma, Gininha – falou Jorge, vendo a irmã ficar vermelha por ela a chamar assim – eles vieram comprar a nossa mais nova invenção – completou ele tirando uma espécie de um colete, mas que não parecia ser feito de tecido.

- Funcionam como escudos para feitiços – explicou Fred – não consegue repelir feitiços potentes, como as Maldições Imperdoáveis, mais são realmente úteis.

Os quatro continuaram andando pela loja com a Sra Weasley em seus calcanhares. Quando a matriarca decidiu que era hora de voltar, cada um carregava um pequeno pacote com algumas coisas da loja, inclusive os escudos e um Kit Mata Aula para Gina, comprado contra a vontade dos irmãos e de Hermione. Fred e Jorge, não deixaram Harry pagar nada, o que mais uma vez fez com que Rony se revoltasse. Por já ser tarde, os gêmeos também decidiram dar uma passada na casa dos pais, deixando a loja nas mãos de uma funcionaria.

Quando chegaram à Toca, o Sr Weasley ainda não estava lá, e a matriarca mandou que todos fosse fazer alguma coisa até Arthur chegar, quando seria servido o jantar. Todos eles resolveram ir até os jardins ver o pôr-do-sol. Todos pareciam entretidos em uma historia que Fred contava, menos Harry, que olhava insistentemente para o horizonte, como se esperasse achar alguma resposta ali.

- Um galeão por seus pensamentos, Harry – sussurrou Gina em seu ouvido, fazendo o moreno se arrepiar.

- Só estava pensando em como vai ser a minha vida agora – respondeu ele ainda sem desviar o olhar.

- Promete que não vai tentar se afastar de mim de novo de novo? – falou a ruiva tristemente.

- Mesmo se eu quisesse, eu não conseguiria Gina – respondeu o moreno desviando o olhar para a ruiva – você se tornou uma parte muito importante da minha vida, não posso ficar sem você.

A ruiva tentou disfarçar uma fina lágrima que caia de seus olhos, mais não foi rápida o bastante.

- Você é de mais, sabia? – falou a ruiva abraçando Harry pelo pescoço – promete que vai me escrever sempre?

- Eu não sei, Gina, não posso ficar te mandando cartas, elas podem ser interceptadas – respondeu o moreno – mas, talvez tenha outro jeito – completou ele sorrindo marotamente – e não preciso de uma coruja para isso.

- Como? – perguntou a ruiva sorrindo também.

- Monstro – respondeu Harry – ele agora é meu e pode aparatar em Hogwarts sem problemas, e ele é muito mais rápido que uma coruja.

- Você vai me escrever todo dia não vai? – perguntou a ruiva, ainda o abraçando protetoramente.

- De hora em hora – respondeu Harry sorrindo ironicamente.

- Eu estou falando serio, Harry Potter – retrucou a ruiva emburrada

– Vai me escrever ou não?

- Sempre que der – respondeu ele, mas completou ao ver o olhar mortífero da ruiva – tudo bem, vou te escrever todas as noites, satisfeita?

- Não – respondeu a ruiva seria – eu preferia estar com você, mas se não tem jeito.

- Eu também queria estar com você - falou o moreno ternamente, beijando a ruiva delicadamente, mas pararam assim que ouviram um pigarro vindo de Fred.

- Você dois poderiam pelo menos ser mais discretos – falou Jorge emburrado, arrancando risadas de Hermione, e Rony, enquanto Harry corava terrivelmente e Gina fazia cara de incrédula.

- Por que vocês dois não vão caçar hipogrifos? – retrucou a ruiva desafiadora.

- Gina, você é nossa irmãzinha - falou Jorge severo.

- Não podemos permitir isso – completou Fred – e com ele - acrescentou apontando para Harry, que agora reprimia um riso, ao ver a cara dos gêmeos.

De longe eles puderam ouvir a mãe os chamando e todos se levantaram, Harry passou a mão pela cintura da ruiva, ainda ficando abraçado a ela, e Fred e Jorge lançaram olhares mortíferos ao moreno.

- Quando vocês dois vão crescer? – perguntou ela friamente antes de entrar na casa.


 




 


O resto do mês se estendeu monotonamente, somente com algumas visitas de Tonks ou Lupin, que ainda não tinha nenhuma informação sobre o orfanato, e antes mesmo que percebessem, sábado 1º de setembro chegou.

O céu estava escuro e sombrio, assim como o humor da Sra Weasley que parecia que ia cair no choro a qualquer momento vendo Rony, Hermione e Harry fazendo as malas, mas não para voltar para Hogwarts. Hermione com a ajuda de Gina, pegou vários mantimentos na cozinha da Toca, enquanto Rony e Harry ficaram encarregados de enfeitiçar as malas, para que elas coubessem nos bolsos das vestes.

Chegaram na estação vinte minutos antes da hora da partida do trem. Gina aproveitou para achar uma cabine vazia e deixar suas malas, para depois se despedir de todos. Os gêmeos foram os primeiros a se despedirem e logo aparataram, porque tinham que voltar para a loja. Sua mãe lhe puxou para um abraço, fazendo varias recomendações sobre se comportar e ficar longe de problemas, assim como Hermione e Rony, mas dessa vez quem fez as recomendações foi a ruiva.

Assim que se afastou dos braços do irmão procurou por Harry, que estava um pouco afastado do grupo, virado para o trem com um olhar distante e sonhador. Lentamente a ruiva andou até ele e parou ao seu lado.

- É magnífico não é? – falou ele depois de algum tempo em silêncio.

- É – concordou a ruiva – tem certeza de que não quer voltar?

- Tenho – respondeu Harry virando-se para encarar a namorada – se eu voltar não vou poder terminar o que tenho que fazer.

- Então me deixa ir com você – retrucou Gina seria.

- Gina, por favor, já disse que vai ser perigoso – respondeu Harry.

- Mas Rony e Mione vão mesmo assim – retrucou a ruiva chorosa.

- Gina, é diferente - respondeu Harry com um ar cansado – você ainda não entendeu que eu não suportaria ver você machucada ou morta? Entenda Gina, eu não faço isso por um motivo nobre e idiota, e sim, por puro egoísmo. Eu não conseguiria seguir em frente sem você, eu jamais conseguiria terminar a minha tarefa sem você.

Gina pareceu se conformar com as palavras do moreno e apenas o abraçou pela cintura, como se quisesse impedir que ele fugisse dela de novo.

- Vou sentiu sua falta – sussurrou a ruiva em seu ouvido, fazendo todos os cabelos de sua nuca se arrepiarem.

- Eu também.

Eles continuaram ali abraçados por mais algum tempo, até ouvirem o conhecido apito do expresso.

- Adeus Gina – falou o moreno se afastando dela carinhosamente.

- Nunca diga Adeus- falou ela carinhosa, beijando os lábios do moreno docemente – Até logo, Harry.

A menina se afastou calmamente, mais quando estava quase na porta do trem correu até a direção de Harry e o beijou novamente. E Harry sentiu que dessa vez o beijo tinha gosto de despedida.

Depois de se separar novamente do moreno ela rumou para o expresso e logo apareceu em uma das janelas acenando para ele, e Harry pode ver de relance a pequena corrente com o pingente em forma de lírio pendurado no pescoço da ruiva.


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N/A
Genti, sorry pela demora..! Fikei sem pc duas semana, e como começaram as aulas, estava atolada de tarefa..!

Cap 8 jah está quase pronto..! Comentem por favor..! BjO..!

Mayra Black Potter
Eu tb queria poder dar um colinho pro Harry..! Obrigada pelo comentario, e é muito bem que você esteja gostando..! Continue lendo e comentando, por favor..! Bjo

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