Chá com duas gotas de limão



Capítulo 13

Chá com duas gotas de limão

Soberba estava toda melada por causa do recheio da torta de morango. E, claro, muito bravo. Harry, Hermione, Rony, Gina e Lupin controlavam-se para não gargalharem. Os quatro jovens não entendiam como as duas descobriram que era o McCetrius, e ainda mais a raiva que tinha Soberba.

- Meu Deus! Que confusão é essa? – perguntou Molly Weasley, que acabara de chegar. – Minerva, você acordou?

- Sim, Molly querida. – respondeu a professora com sua voz fraca – Acontece que a senhorita Demetrius reencontrou o senhor McCetrius. E parece que recebeu um pequeno presente.

- Engraçado, esse senhor deve ser muito brincalhão para mandar uma torta na cara de uma antiga colega. – analisou a Senhora Weasley – Mas não tão engraçado quanto um homem todo vestido de preto, parecia um padre, descendo as escadarias do St. Mungus numa maca, depois surfando nos tapetes, provocando explosões com poções, levando vasos na cabeça e ainda não sair machucado. E por último, conjurou uma linda torta com uns inscritos que não consegui ler.

- Esse é o senhor McCetrius. – disse a furiosa Soberba.

- Bem... Parece que a discussão vai longe, mas eu vou levar esses quatro mocinhos de volta à mansão Demetrius. – disse Lupin – Eles já viram coisas demais por hoje.

- E não deixem eles saírem... – disse Soberba com resquícios da torta McCetrius escorrendo pela face – E ai daquele que aprontar. Nossa, esse recheio de morango é bom mesmo...

Ao saírem do quarto, Gina e Harry abraçados, sendo que Rony estava ao lado da irmã e Hermione ao lado de Harry. Lupin levou-os até a mansão. Todos sentaram-se no sofá azul de Soberba e começaram a conversar sobre o ocorrido.

- Remo – perguntou Harry – o que aconteceu que deixou Soberba mais maluca só de ter encontrado o Giullian.

- Como você sabe que o primeiro nome dele é Giullian? – inquiriu Lupin.

- Fui eu que o conheci. – disse Hermione – E depois apresentei-os a ele. Também contei o caso da professora MacGonagall e logo descobrimos que se tratava de possessão demoníaca.

- Estranha coincidência... – disse Lupin – Mas pelo menos trouxe Minerva de volta ao jogo.

- Mas por que Soberba ficou louca ao encontrar o McCetrius? – perguntou novamente Harry.

- Os dois estudavam no mesmo ano que eu e seus pais, e também pertenciam a Grifinória, mas ele não fazia parte dos marotos. Ele, Soberba e a Kamila eram um trio inseparável. Mas não resistiam a pregarem peças uns nos outros, como a vez que pintaram o cabelo da Soberba de verde-abacate com uma poção que durava uma semana. Ela adorou o novo penteado, soltando feitiços em quem encontrasse pela frente. Nem eu escapei. Mas os dois conseguiram escapar por uns três dias. Eles jogaram a culpa no quarteto dos marotos.

- Então ela gosta de cabelo verde... – disse Harry com um sorriso matreiro – Boa idéia...

- Não é tão boa, a não ser que goste da sua pele com cor de goiaba ou roxa com bolinhas amarelas... – Terminou Lupin – E após Hogwarts, McCetrius sumiu sem dar explicações a ninguém. Ela procurou junto com a sua amiga Kamila, mas não o encontraram. Kamila voltou ao Brasil, para viver um pouco com seu pai e Soberba foi aos Estados Unidos da América para se aperfeiçoar como aurora. E esses dois só se reencontraram hoje! Ela queria notícias dele, e não duvido que como aurora ela não tenha investigado o paradeiro dele, mas, pela raiva que ela estava, ele conseguiu enganar até os aurores da Elite dos Quatro.

- Espera aí! – disse Rony – Esse trio vivia aprontando um com o outro, mas não se desgrudavam?

- Exatamente! Pareciam irmãos! – respondeu Lupin – Eles podiam brigar entre si, mas ai daquele que se atrevesse a maldizer um deles na presença de um desses três! Ai!

- E como foi que elas descobriram que era Giullian? Ele mudou bastante dos tempos de escola, modificou um pouco a voz, e até a cor dos olhos. – perguntou Gina.

- É que Giullian tem um pequeno problema: ele é um desastrado por natureza. – contou Lupin – Atrai desastres que só ele... Ele é o recordista em descer as escadarias de Hogwarts rolando, surfe em tapetes da escola, tombos, quedas, e outras modalidades de desastres. Nem você, Harry, conseguiria bater o número de vezes que ele visitou a enfermaria... Quando as duas ouviram o tamanho do escarcéu que Giullian atraiu, só uma pessoa no mundo poderia fazê-lo, justamente McCetrius!

- Estou começando a entender... – disse Hermione – Eu acho que McCetrius sabe muito mais do que nos contou...

- Como assim? – perguntou Rony.

- Ele quis se disfarçar – disse Hermione – para ir ao St. Mungus hoje, para não causar problemas. Então ele sabia que nós convivíamos com Soberba. Muito provavelmente ele sabe onde moramos e até com quem estamos...

- Mas agora chega de McCetrius... – disse Harry – Vamos, Gina, aproveitar a paz nesta casa para passearmos pelo jardim...

- Vou aceitar só por educação! – disse Gina com um sorriso trocista.

O casal saiu da sala, onde restaram Lupin, Mione e Rony conversando sobre outras coisas. De mãos dadas, olhavam ao sol poente, em suas tonalidades alaranjadas modificar, mesmo que por instantes, a visão das petúnias, tulipas e gardênias do jardim. Pequenas borboletas, todas amarelas, voavam entre os dois.

- Harry, você sabe que eu faço de tudo por você. – disse Gina olhando profundamente nos olhos verdes de Harry.

- E eu por você! Mesmo que eu tenha de enfrentar o mundo para isso! – responde Harry, acariciando aos cabelos da amada.

- Promete nunca me abandonar, como fez o McCetrius com a sua madrinha. – pergunta Gina.

- Eu não quero que você vire uma amargura em forma de gente, como ela. – disse Harry – Mas nunca irei te abandonar!

- Prove! – disse Gina marotamente.

Harry enlaçou Gina pela cintura e uniu seus lábios com os lábios de sua amada num belo sol poente. As borboletas voavam em torno ao casal.

- Sempre achei que os tons alaranjados eram a minha cor! – disse Harry após o beijo.

- Para de ser bobo! – respondeu a ruiva com outro beijo.

E no dia seguinte, tudo parecia mais calmo. Soberba tomava tranqüilamente seu café. Harry, Rony, Gina e Hermione resolveram praticar um pouco de feitiços e azarações.

Lupin os ajudava, ensinando a postura e treinando os garotos. Tudo estava calmo demais naquele dia. Perto das cinco horas, a Senhora Weasley chega à sala, onde todos estavam reunidos com uma novidade.

- Soberba! Um moço lindo está a sua procura! – disse a Senhora Weasley – Olhos azuis, cabelos castanhos. Um primor!

- Molly, e se for um Comensal? – repreendeu Soberba – Eles podem ser bonitos, sabia?

- Dê uma chance ao moço! Quem sabe ele não é o parceiro da sua vida? – disse a Senhora Weasley.

- Mãe – disse Rony – Deixe de ser alcoviteira!

- Não xingue sua mãe, Ronald Weasley! – reprimenda a Senhora Weasley.

Todos rumaram para a varanda, onde estava o tal moço. Hermione ao longe, já percebeu que aconteceria uma bela confusão.

- Preparem-se – disse Hermione – Vai dar uma confusão dos diabos!

- Por quê? – sussurrou Gina.

- É o McCetrius! – respondeu, em mesmo tom, Hermione.

Soberba se aproximou e o visitante estava ainda de costas. Ele trajava um longo sobretudo azul. Seus cabelos castanhos estavam bagunçados, mesmo estando bem cortado.

- O que você quer comigo? – perguntou Soberba.

- Ora! – virou-se McCetrius – Vim para o chá!

- Seu traidor, cara-de-pau, sem-vergonha! Some todos esses anos e decide aparecer para o chá? – explode Soberba.

- Claro... Conhecendo você, só a base de chá calmante nós poderíamos conversar, pelo menos tentar, civilizadamente. – responde McCetrius trocista.

- Eu vou tirar esse risinho trocista da sua cara! – disse Soberba sacando a varinha. – Some todos esses anos e ainda se faz de engraçadinho!

- Melhor que ser uma solteirona mal amada! – retorquiu McCetrius.

- O sujo falando do mal lavado! – rebateu Soberba - Você é um padre! E que eu saiba padres não se casam!

- Nossa! Estou surpreso! – ironizou McCetrius – Finalmente conseguiu terminar a catequese! Cantemos aleluia!

- Se eu fosse você, parava de provocar! – disse Soberba soberba – Eu fui o membro mais forte da Elite dos Quatro dos Estados Unidos. Isso é, se você já ouviu falar dela.

- Eu sou padre, não burro! – responde McCetrius, sorrindo – E essa elite agora aceita qualquer um! Abaixou o nível...

- O quê? Você vai ver como o nível baixou! – disse a iracunda Soberba.

- Não me diga que você vai querer um duelo? – perguntou McCetrius.

- Eu vou lhe dar uma sova, como você nunca viu, padreco! – disse Soberba.

- Foi você que pediu... – disse McCetrius serenamente – Mas acredito que este não seja o local adequado. A minha sugestão é a clareira do bosque.

- Arrebentar um padre é pecado? – ironizou Soberba.

- Soberba é um dos sete pecados capitais... – respondeu McCetrius – Lembre-se.

Os dois rumaram para um amontoado de árvores que existia aos fundos da mansão. Também Rony, Harry, Hermione, Gina, Lupin e a Senhora Weasley acompanharam para pegar os feridos e ver uma batalha desses dois. O quarteto mais a mãe de Rony achavam que o padre iria levar uma surra. Lupin foi o único a achar que o padre se daria bem.

- Pronta? – perguntou McCetrius.

- Nasci pronta! – respondeu Soberba.

- Vamos tornar isso mais interessante? – pergunta McCetrius – Façamos uma aposta! Aceita?

- Se eu ganhar, o que é óbvio, você responderá ao meu interrogatório, e não poderá reclamar dos feitiços que levar! – disse a arrogante Soberba.

- Mas se eu ganhar, venho morar aqui! E você não vai poder reclamar, nem descontar em ninguém, muito menos em mim! – disse McCetrius – Topa?

- Aceito! E que vença a melhor! Ou seja: eu! – disse Soberba rindo.

O padre Giullian trajava um sobretudo azul, com um tênis preto, combinando com a calça jeans negra e a camisa negra. Sobre a camisa, existia um crucifixo prateado, muito bonito. Soberba trajava tênis azuis, uma calça jeans e uma bata azul. Por cima da bata, estava um pingente com pequenas esferas coloridas Os dois sacaram suas varinhas e logo iria começar o espetáculo.

Soberba lançou, sem pronunciar nada, um grande feitiço de bola de fogo.

- Que indelicadeza! – disse McCetrius.

McCetrius, com um acendo da varinha, transformou a bola de fogo numa grande bola de praia. Ele chutou a bola em cima de Soberba. Ela mandou um feitiço para explodir a bendita bola. McCetrius riu. Ao explodir a bola, uma enorme bola de água apareceu, e Soberba, sem tempo de ação, foi lançada para trás com a torrente, além de ficar encharcada.

- Adora pregar peças! Pegue isso então! – disse Soberba brava.

Ela lançou um torvelinho de luzes coloridas. McCetrius foi lançado para trás, meio zonzo. Soberba lançou um feitiço estuporante enquanto McCetrius se recuperava. Ele, com um aceno da varinha neutralizou o feitiço e mandou para cima de Soberba uma grande nevasca.

- Contra esse seu gelinho, só tem um remédio! – disse Soberba.

Ela conjurou um escudo de fogo, protegendo-se da nevasca. Com o vapor que saia, McCetrius criou um denso nevoeiro. Soberba não conseguia enxergar nada. Ele conjurou um escudo para evitar feitiços e azarações. McCetrius saiu do nevoeiro e começou a conjurar alguns bonecos, iguais a ele. Soberba estranhou a falta de feitiços. Andava pelo nevoeiro e viu uma sobra. Não hesitou: lançou-lhe um feitiço estuporante. Era uma das armadilhas criadas por McCetrius. O boneco explodiu, jogando-a para trás.

- Eu cansei desse nevoeiro! – exclamou Soberba.

Num sacolejo de sua varinha, varreu o nevoeiro e viu McCetrius conjurando um novo boneco. Ela não perdeu tempo e retirou a varinha de McCetrius.

- Você está perdido! Estupefaça! – gritou Soberba.

McCetrius estava sem varinha, juntou suas mãos em volta do crucifixo, e conseguiu neutralizar o feitiço. Soberba ficou pasma ao ver o que McCetrius fizera: magia sem varinha. McCetrius se aproveitou da distração de Soberba, e jogou a varinha dela longe.

- Agora é que a brincadeira irá começar! – disse Soberba colocando a mão sobre o pingente – Invoco-te Caritas!

O pingente de Soberba começou a brilhar. As esferas coloridas eras unidas por fios de prata. As esferas começaram a crescer, junto com um cabo prateado que surgia. Fios de prata ainda ligavam o cabo às esferas. Haviam cinco esferas: a branca, a azul, a vermelha, a amarela e a preta. O báculo tinha a altura de Soberba, que o segurava com destreza.

- Essas bolinhas parecem formações de um seriado trouxa: os Power Rangers! – disse McCetrius – Mas agora é a minha vez!

- Vez de invocar a plantinha? Ela conseguiu já ter florzinha? – disse Soberba trocista.

- Veni Fidei! – disse McCetrius com o crucifixo que usava entre as mãos.
Do prateado crucifixo de 10 centímetros, começou a aumentar. O que era plano tornou-se cilíndrico. A cruz aumentava, e o crucificado também. O cabo desceu até o chão, e tinha ranhuras parecendo uma árvore. A cor prata se convertia em marrom. O crucificado entrou no tronco, que ainda formava uma cruz, mas onde o crucificado foi agregado, apareceu a forma em linha marrom mais escura do crucificado. Das três pontas superiores da cruz de madeira, começaram a surgir pequenas folhas verdes em metal, formando uma frondosa árvore.

- A plantinha transformou-se numa linda árvore! E bem fortinha! – respondeu McCetrius.

- Já que você gosta de árvores, que tal estas?

Soberba segurou firmemente seu báculo e nisso, três árvores que estavam atrás dela começaram a flutuar, com raiz e tudo, e foram arremessadas em McCetrius.

- Coisa feia! – respondeu McCetrius – A natureza te castigará!

McCetrius apontou o seu báculo para as árvores que desapareceram num flash verde e reapareceram plantadas atrás de Soberba. Uma luz roxa envolveu Soberba.

- Que feitiço mixuruca! Isso que é feitiço! – disse Soberba.

Dez bolas de fogo foram em direção à McCetrius. Um bando de animais saiu do bosque e começaram a atrapalhar Soberba. Pareciam que ela era a fêmea no cio! McCetrius colocou nela hormônios para atrair todo tipo de animal macho. Tinha cachorro na perna, aves, esquilos e muitos outros animais, inclusive um gambá. McCetrius congelou as bolas de fogo que caíram no meio do caminho.

- Hormônios de animal no cio foi golpe baixo! – disse Soberba.

E começou a se formar um grande furacão no centro da clareira. McCetrius olhou preocupado. Ele elevou o báculo e começou a diminuir o furacão. Nessa distração, várias bolinhas coloridas saíram do furacão, cada uma com um feitiço diferente. McCetrius se protegia ao mesmo tempo de rajadas de fogo, neve, água, lufadas, feitiços estuporantes, e muitos outros tipos.

- Gostou da minha loteria de feitiços? – riu-se Soberba.

- Muito interessante! – disse McCetrius aparatando.

- Essas bolinhas irão te seguir aonde for. – riu-se Soberba.

Nisso McCetrius desaparata atrás de Soberba, e cutuca-a em seus ombros. Ela se vira e vê quem está lá. Tenta enviar o báculo nas fuças de McCetrius, mas não consegue, pois ele defende com o seu báculo. Ela desfere um chute, ele se esquiva. Os feitiços da loteria voltam-se para os dois que em meio a chutes, pontapés, socos, ainda tentam se desviar dos feitiços.

- Isso já me irritou! – grita Soberba acabando com a Loteria de Feitiços.

- Volto ao meu lugar! – disse McCetrius aparatando novamente no lugar onde estava.

McCetrius aponta com o báculo para Soberba e um raio azul sai. Soberba também lança um raio azul. Os dois raios se encontram, originando uma grande explosão. McCetrius e Soberba continuam em pé. McCetrius lança várias folhas cortantes contra Soberba, que escapa de quase todas, mas uma fere-lhe de raspão o braço. Ela retribui com uma chuva de esferas cortantes, que rasgam o sobretudo de McCetrius.

- Isso não foi de bom tom! Custou caro esse sobretudo! – reclamou McCetrius.

- E você sabe que não se deve bater em uma mulher nem com uma rosa? – ironiza Soberba.

- Eu não bati numa mulher, eu bati em você! – responde McCetrius.

- Eu sou o quê? – disse Soberba indignada – Um trevesti?

Soberba ataca McCetrius com um poderoso feitiço estuporante, ele repele o feitiço que sobe aos céus. Ela convoca um dragão enorme, feito com bolinhas coloridas. McCetrius dispara uma enorme rajada elétrica que desmonta o dragão.

- Se você gosta tanto assim de bolinhas! – disse McCetrius.

Ele convocou vários pinheiros de Natal cheio de bolas de natal coloridas e diversas.

- O Natal ainda não chegou... – alfineta Soberba – é duro quando um padre não sabe quando é o Natal...

- Na verdade, as bolinhas são para você! – responde McCetrius.

As bolinhas continham variados feitiços. Soberba pula, esquiva-se, chuta, enfeitiça, quebra as milhares de bolinhas que surgiam em sua volta, até que com um chicote feito de fogo, ela destrói as benditas árvores de Natal.

- Cansei! – disse McCetrius.

- Já acabado! Foi mais fácil que eu pensei! – disse Soberba cantando vitória.

- Na verdade – disse McCetrius segurando seu báculo Fidei com as duas mãos, erguendo-o – Eu invoco toda a força do Caritas!

Uma rajada de luz sai do báculo de Soberba em direção ao báculo de McCetrius. Quando termina essa rajada de luz, o báculo de Soberba volta a ser um pingente, enquanto o báculo de McCetrius ganha em sua árvore frutinhas multicoloridas.

- O que você fez? – pergunta Soberba.

- Na verdade o que vou fazer – disse McCetrius num sorriso – Eu inventei uma nova forma de fazer feitiços: recitando...

- Recitando o quê? – pergunta Soberba – Orações?

- Quase! – disse McCetrius – Das alturas orvalhem os céus!

O tempo que estava claro, fechou-se. Soberba achou a sua varinha e estava empunhando-a. Começou a cair uma fina chuva.

- Era esse o poderoso feitiço? Uma chuva fina? – ironizou Soberba.

- E das nuvens que chovam justiça! – continuou McCetrius.

A chuva tornou-se um grosso temporal. Raios e trovões retumbavam num céu negro. Soberba utilizou sua varinha para um feitiço impermeabilizante.

- O feitiço somente deixa ensopado? Que utilidade! – disse Soberba.

- Que a terra se abra ao amor! – continuou McCetrius.

Um tremor de terra abriu uma fenda que saiu de onde estava McCetrius e foi em direção à Soberba.

- E que germine o Deus salvador! – terminou McCetrius.

E da fenda saiu um grosso tronco, onde ramas prenderam os pulsos e pernas de Soberba, deixando-a sem movimento. A chuva cessou, o sol apareceu, a fenda fechou-se, mas ainda restou Soberba amarrada a uma enorme planta, sem nenhum movimento. McCetrius secou-se magicamente, encontrou a sua varinha. Devolveu ao Caritas sua força emprestada e o seu báculo voltou a se tornar um crucifixo. Ele andou até Soberba, que estava com a cabeça de fora, as mãos e o tênis.

- Eu acho que ganhei! – disse McCetrius num sorriso – Então, ganhei a aposta...

- Como você pode ganhar de mim? Eu era a mais forte da Elite dos Quatro... – perguntou Soberba.

- Simples – respondeu McCetrius em tom professoral – Não sou um simples padre, sou um purificador. E dentre os purificadores, há alguns graus. Há o Trivium, onde estão três purificadores fortes, e o Quadrivium, onde estão os melhores e mais fortes purificadores. Eu faço parte do Quadrivium...

- Você é do Quadrivium? – perguntou Soberba espantada – Por mim se nem chegava ao Trivium...

- Acho que você está molhada. – disse McCetrius – E esse corte foi feio. Desculpe-me. – E nisso Soberba ficou seca e sem nenhum ferimento. – Desce daí.

Nisso a planta se abriu e saiu Soberba, sem nenhuma lesão, nem arranhão. Os dois se abraçam. Estavam felizes por finalmente se reencontrarem.

- Eu vou querer um chá de maracujá com duas gotas de limão. – pede McCetrius à Senhora Weasley – E ela um de morango com um torrão de açúcar! Não é isso?

- Depois de tantos anos ainda lembra! Esquece-se de mim, mas não do meu chá favorito. – disse Soberba – Estou feita com um amigo como esse!

- Posso fazer uma coisa que morro de vontade de fazer? – pergunta McCetrius.

- O que é?

- Isto! – disse McCetrius apertando as bochechas de Soberba com força.

McCetrius saiu correndo e Soberba atrás, uma vez que ela detesta que façam isso com ela. Harry, Rony, Gina, Hermione e a Senhora Weasley olhavam atônitos a cena, enquanto Lupin apenas sacudia a cabeça. E lá foram eles tomarem chá.



X-X-X


AUTOR: Demorou um pouco esse capítulo para sair... Falta de inspiração contribuiu um pouco, além da faculdade. Espero que tenham gostado desse capítulo: por enquanto o maior de todos! Até mais...

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