Presentes nada convencionais



Presentes nada convencionais

- Harry querido, você não se machucou? – perguntava a senhora Weasley, verificando pela décima vez se Harry tinha algum machucado.

- Não, não me machuquei. – responde Harry.

- E você, Ronald, não teve nenhum arranhão, meu filho – disse a preocupada matriarca Weasley para o seu filho.

- Não mãe, eu estou bem. Eu não sofri nenhum arranhão. – responde Rony.

- Quando Arthur me avisou o que estava ocorrendo no Ministério, quase morri de preocupação! – exclamou a senhora Weasley. – Mas já que estão bem... Vou voltar a preparar o almoço. Gina! Aonde se meteu essa menina, estava aqui agora a pouco e já sumiu! Gina, desça e venha me ajudar a preparar o almoço!

Quando Harry e Rony apareceram no meio da sala da toca, as mulheres que haviam nela estavam aflitas, começando pela grande matriarca Weasley, Gina também estava muito ansiosa, como se esperasse algo ruim e junto estava Mione. As três, aflitas desde que chegara a mensagem de Arthur que o Ministério estava sendo atacado, andavam de um lado para o outro da sala. Estavam quase fazendo um buraco no chão. A senhora Weasley logo que viu os dois, foi ao encontro deles verificar se estavam feridos. Gina olhou atenta, mas logo que viu que estavam bem, subiu para o quarto. Hermione continuou na sala, divertindo-se com o inquérito aplicado pela senhora Weasley para saber se os garotos estavam bem.

Quando a senhora Weasley saiu da sala e logo Gina passou pelo trio que restara, Hermione começou o seu próprio interrogatório com os garotos. Antes, subiram até o quarto de Rony, onde também dormia Harry. Hermione isolou o quarto acusticamente para poderem conversar tranqüilamente, sem interferências ou espiões. Harry sentou-se em sua cama, Rony também sentou na cama que lhe pertencia e Hermione conjurou uma poltrona verde-musgo para ela.

- Eu não sabia que você gostava de verde-musgo, Mione. – disse Rony.

- Você não sabe de muitas coisas, Weasley, mas essa não é uma das minhas cores favoritas. Prefiro o vermelho. – Respondeu Mione.

- Imagino que estamos aqui para discutirmos coisas mais importantes do que as nossas preferências por cores, não é? – disse Harry.

- Por enquanto, sou eu que faço as perguntas por aqui. – disse a investigadora Hermione Granger. – Quero saber o que ocorreu no Ministério. Todos os detalhes.

- Por onde começarei... – disse Harry sob o olhar atento de Hermione – três comensais e mais um bando enorme de dementadores tentaram invadir o Ministério para roubar as Cartas do Destino. Este ataque estava sendo liderado por Trelawney.

- Sibila Trelawney? A charlatã de adivinhação? – disse Hermione surpresa – Ela estava sob uma maldição?

- Não, Mione, Snape a convenceu a passar para o lado de Voldemort. Ela ficou muito chateada de ter de dividir as aulas de Adivinhação com um centauro e disse que era a maior adivinha do mundo e só Voldemort reconhecia isso. E quis pegar o Livro do Destino onde estavam as Cartas do Destino. Nós chegamos, mas fomos capturados por ela! – disse Rony.

- Foram pegos pela charlatã? Não acredito – disse Mione incrédula.

- Infelizmente sim! – prosseguiu Harry – ela poderia ser uma péssima adivinha, mas aprendeu a duelar muito bem. Pegou-nos desprevenidos e nos amarrou e cercou de Dementadores. Até me colocou sobre um crucio. Porém, algo estranho ocorre. Ela foi desarmada por Luna, que apareceu do nada na porta daquela sala. Logo que Luna desarmou Sibila, o Livro do Destino se abriu, as Cartas do Destino foram todas para a mão de Luna.

- Luna recebeu as Cartas do Destino? – perguntou Mione.

- Não, ela recebeu um pastel de fígado de bacalhau! – respondeu Rony fazendo troça.

- Rony, você não entende que isso é importante? – disse uma Mione alterada.

- Rony, você não entende que isso é importante? – remedou Rony com uma voz muito engraçada.

- Faça graça com isso! Rictusempra! – bradou Hermione apontando para Rony.

- Parem os dois! Finite Incantatem. – disse Harry sério. – Continuando, as Cartas foram para Luna. Luna falou como se não fosse ela. Tinha uma voz mais imponente, altiva. Seus olhos estavam brancos. Ela mostrou uma carta a Sibila, que fez a comensal ficar apavorada. Os dementadores foram atacar Luna, mas com uma outra carta, fez surgir uma fênix prateada que desintegrou os dementadores. Sibila tremeu, mas luna mostrou uma carta que acorrentou Sibila. Luna disse que era ela a nova sibila. Estranho, não.

- Interessante, por assim dizer. – disse Hermione – Se eu não me engano, as sibilas eram pessoas que faziam profecias. Dizem que existia uma na Grécia que viveu mais de setecentos anos e colocava as suas profecias em folhas na entrada de suas caverna. Lá as pessoas poderiam consultar o seu destino. Enéas, personagem principal da Eneida, consultou uma. Mas isso é mitologia. O fato é que as sibilas podem prever o futuro. Também na mitologia, falava que sempre teria uma sibila no mundo. Acho que Luna foi escolhida para ser a nova sibila. E ganhou um importante instrumento: essas Cartas da Sina.

- Sabichona... – disse Rony mal-humorado – é Cartas do Destino.

- Tanto faz. O resumo da ópera é que Luna pode prever o futuro. – concluiu Mione. O resto da história eu devo imaginar: vocês terminaram com os dementadores e comensais e vieram para cá.

- Isso mesmo. – disse Harry – Mudando de assunto, Mione, você conseguiu descobrir algo sobre esse tal de R.A.B.?

- Infelizmente não! – disse Hermione – Eu acho que essa nossa caça às Horcruxes de Você-sabe-quem vão dar trabalho.

- Voldemort. Fale o nome dele. É só um nome. Mas se quiser, pode chamar de Tom, Riddle. Ele vai amar. – disse Harry irônico.

- Harry, hoje a noite vai ter um pequeno jantar para comemorar a sua maioridade. – disse Rony.

- Acho que é melhor descermos, olha o horário. Daqui a pouco o almoço estará pronto. Vamos. – ordenou Hermione.

O trio desceu as escadas e conversava amenidades enquanto esperavam para almoçar. O almoço transcorreu bem. Gina estava com a cara mais fechada de todas. A senhora Weasley não parava de colocar mais comida para Harry.

- Você não comeu nada? Está tão pálido! Coma mais querido! – disse a mãe de Rony.

Após o almoço, Harry entrou em seu quarto e viu sobre a sua cama um pequeno bilhete. Pedia que ele fosse à janela perto do quarto de Gina antes do jantar.

A tarde passou muito rapidamente, já que o trio estava novamente reunido. Harry já estava trocado. Trajava seus jeans e tênis confortáveis com uma camisa vermelha bonita. Lembrava-se do bilhete. Era chegada a hora da verdade.

Harry logo se ajeitou no parapeito da janela. Gina apareceu rapidamente. Ela estava bela. Mesmo trajando um simples vestido.

- Gina... – disse Harry, interrompido pela garota.

- Harry, meu coração acha que eu devo lhe dar o meu presente agora. Peço que feche os olhos. – disse a garota num sorriso provocador.

Harry fechou os olhos. Esperava o que seria o presente da jovem Weasley, quando sentiu um forte tabefe em sua face. Ele olhou horrorizado para Gina. Sabia que ela estava revoltada. Mas a sua face ardia ainda pelo tapa.

- E você merece muito mais, Potter. Esperei por você esses anos todos e logo me dá o fora. Safado. – e Gina desfere mais um bofetão na cara de Harry.

- Você sabe que eu faço de tudo para você não se machucar! Eu te protejo acima de tudo e todos! – disse Harry do fundo do turbilhão de pensamentos.

- Mas quem disse que eu não posso me proteger sozinha. Você me machucou muito mais que qualquer um, Potter. Você só queria rir de mim. Brincar comigo. Nunca mais quero que você dirija uma única palavra a mim a mais que o necessário. Entendeu? – disse Gina com muita raiva, ódio e energia.

Gina saiu rapidamente. Sobrou somente Harry com suas faces vermelhas pelos bofetões que levara. Era um aniversário e tanto, pensou Harry. Foi ao lavabo mais próximo e lavou o rosto com água fria. Quais seriam os próximos presentes?

Estavam na sala o senhor e a senhora Weasley, junto com Gui e Fleur, Carlinhos, Gina, Rony, Hermione, Lupin num canto isolado e a senhora Figg. Harry recebeu os cumprimentos de todos. O jantar foi muito calmo. Lupin estava calado. Gui e Fleur falavam dos preparativos para o casamento. O senhor weasley comentou sobre o ataque que ocorreu pela manhã.

Todos estavam reunidos na sala quando decidiram dar os presentes a Harry. A senhora Weasley deu mais uma blusa de lã com um grande H amarelo nas costas. Rony deu a Harry um pôster de seu time de Quadribol preferido. Hermione deu a Harry um livro de magias avançadas.

- Harry, eu espero que você goste. – disse Lupin entregando uma grande caixa quadrada.

Harry agradece o presente e vai abri-lo. A porta se escancara. Uma forte ventania adentra a sala dos Weasley. Todos puxam as suas varinhas. Entra então uma menina loira, com olhos azuis e um grande livro roxo nas mãos. Era luna Lovegood que mais uma vez aparece do nada no mesmo dia.

- Não abra, Harry. É perigoso. – disse Luna.

- Quem está dando o presente é o Lupin. Não tem perigo. – argumenta Hermione.

- Petrificus Totalis!

Rony paralisa Lupin com um feitiço. Todos olham intrigados para o Weasley.

- Hermione, veja se ele não está amaldiçoado. – pede Rony.

- Você não precisava fazer isso. – disse Hermione.

Hermione utiliza a sua varinha contra Lupin. Ela logo descobre que o professor estava sobre a maldição Imperius. Estava sendo comandado. Todos voltam o olhar para o presente. Hermione envolve o presente numa redoma de magia e pede para que os presentes reforcem a redoma. Quando abre o presente, uma forte explosão se faz, mas foi contida graças à redoma. Luna olhava serenamente para o acontecimento.

- Luna, eu devo te agradecer! É a segunda vez que você me salva hoje! – diz Harry.

- Sempre devemos proteger nossos amigos! E Harry, tenho de fazer mais uma coisa. Vou lhe prever algo para o futuro. Eu previ que tinha algo ruim ainda para acontecer com você hoje. Ainda bem que cheguei a tempo! Eu vi nas cartas que um amigo lhe daria um presente mortal. Acho que acertei.

- Luna... Você não era boa em Adivinhação. – disse Gina.

- Eu fui escolhida desde antes de nascer a possuir as Cartas do Destino e ao Livro do Destino. Com eles eu posso prever o futuro e outras coisas mais que eu não sei. Bem... Pelo menos até a parte onde li este livro, diz que eu posso prever o futuro. E eu quero prever o seu Harry.

- Pode tentar. – disse Harry.

Harry queria ver aonde Luna iria chegar. Luna abriu o livro e pegou um monte de cartas que estavam guardadas. Ela fechou os olhos, começou a se concentrar. As cartas começaram a flutuar. Não havia nenhuma figura nelas. Só havia a parte de trás, onde era toda roxa, e a parte da frente, onde deveriam estar as figuras, estava somente o cinza. As cartas rodopiavam em espiral ao redor de Luna.

- Cartas do destino. Revelem o futuro de Harry Potter. – ordenou Luna às cartas.

Então as cartas giraram mais depressa. Saíram da volta de Luna para irem à volta de Harry. Nisso, muitas voltaram para as mãos de Luna. Sobraram somente cinco flutuando perto de Harry. Ele tinha uma de cada lado e três à sua frente. Luna se aproximou e viraram as cartas que estavam ao lado de Harry. A do lado direito estava a carta Irmandade. Figurava um homem ruivo e uma mulher de cabelos castanhos à frente e atrás várias e várias pessoas. Do lado esquerdo apareceu a carta coração. Era um coração vermelho e grande.

- Harry, - disse Luna interpretando as cartas - eu vejo que você tem ao seu lado grandes companheiros, irmãos por assim dizer. Vocês são como uma família, unidos. Pode haver uma desavença ou outra, mas a união prevalece. E não são poucos os irmãos que você irá ter. São muitos. Veja o tanto de pessoas que figuram atrás desses dois principais. E eles são o seu braço direito. Sua força! Do lado esquerdo, você tem ao lado o coração, o amor. Ele lhe dá mais forças para prosseguir. O coração é vermelho, vermelho da paixão. Você tem paixão pela vida, pelos amigos, pelo bem. Continuará assim Harry! Isso é um bom sinal.

Luna então foi à frente das três cartas ocultas que estavam à frente de Harry. As cartas se viraram. Surgiram três figuras. A primeira da direita era a carta Guerreira: uma mulher loira, bonita, com uma espada na mão. As bordas da carta estavam cheias de esferas de variadas cores. A figura da guerreira era altiva, forte. A segunda carta era O Sacerdote: um homem de cabelos pretos, olhos azuis; atrás de um altar, elevava um cálice com as duas mãos. Estava vestido com uma grande peça vermelha, cheia de bordados e pormenores. Atrás dele estava uma árvore verde, cujo tronco tinha a forma de cruz. E por último a carta A Alquimista. Uma mulher ruiva, trajando um longo vestido verde, misturava algo colorido em um caldeirão. Vários ingredientes existiam perto dela.

- Interessante. Em sua vida aparecerá uma grande ajuda. Na verdade, três pessoas que entrarão em seu caminho. Uma alquimista. Outra coisa interessante é que normalmente, quando aparece a carta Sacerdote, é um druida que figura nela, mas não nesse caso. Parece um sacerdote cristão. Sim... – pensou Luna analisando a carta – é um sacerdote cristão. E por último, A guerreira. Uma mulher forte e decidida, que irá lutar por você e com você, Harry. Mas já é chegado o tempo da guerreira se mostrar.

A carta guerreira começa a flutuar. Ela voa em direção à senhora Figg que estava com uma cara desconcertada, estarrecida e confusa. A carta para em frente à senhora. Nisso, a velha começa a ganhar estatura. Os olhos vão mudando de cor, sem falar os cabelos. O físico também. Aparece então uma loira muito bonita, de olhos castanhos, trajando calça e jaqueta jeans e uma camiseta azul clara. Rony estava de boca aberta, olhos vidrados na linda mulher que apareceu. Harry apontava a sua varinha para a mulher.

- Soberba? – exclamou Lupin.

Lupin não podia acreditar que ela estava em Londres novamente. Fazia quase dezessete anos que não se viam. Mas ela estava muito bonita. Ele ainda estava saindo da maldição que lhe colocaram. Mas não pode deixar de exclamar quando viu a loira.

- Sim, Lupin, sou eu mesma. Em carne e osso. – disse Soberba com um pequeno riso no canto da boca.

- Rony – disse Hermione dando uma cotovelada no amigo para que parasse de babar.

- Por que você estava me vigiando? – perguntou Harry.

Mas a questão ficou no ar. Fred e Jorge entraram apressados na sala da Toca. Eles estavam um pouco machucados. Mas estavam ainda de pé.

- O que aconteceu? – perguntou Arthur Weasley aos filhos.

- O Beco foi atacado. Uma verdadeira guerra. Comensais, dementadores e Lobisomens. Uns caras estranhos faziam encantamentos nunca vistos antes. Muitas pessoas morreram. Conseguimos escapar por pouco – disse Fred.

- Mac Gonagall soube desse ataque? – perguntou Lupin.

- Nós mesmos mandamos o aviso e ele convocou a maioria dos membros da Ordem. Não sobrou ninguém de pé. – disse Jorge – Todos foram abatidos. E Mac Gonagall foi atingida por uma estranha cabala roxa e rodeada por uma nuvem negra, antes de cair desmaiada. Ela ainda está viva, mas os medibruxos não sabem o que ela tem.

X-X

AUTOR: Gostaram? Espero que sim... Tentei esclarecer um pouco mais sobre as Cartas do Destino. Agradeço aos comentários de todos, em especial à Lize Lupin. Muito obrigado... E comentem!

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