3 D's...




3 D’s: desespero, descoberta e dementadores

- Mas que zona é essa? – perguntou alguém muito mal humorado.

- Está na hora de levantar, preguiçoso. – disse um ruivo dando mais uma almofadada no sonolento de olhos verdes.

- Seria mais fácil, caso a senhorita que está sentada em cima da minha perna se levantasse. – disse o mal-humorado a uma jovem de cabelos castanhos.

- Que mau humor! – retrucou a jovem com uma bela travesseirada.

- Por Merlin! Dá para parar! – disse o mal-humorado Potter.

E nessa maneira levantou Harry às 8 horas da manhã do dia 31 de julho. Era um dia meio escuro, e aniversário do jovem que acordou mal-humorado, possuidor de olhos verdes e uma cicatriz na testa.

- Foi só o nosso jeito de lhe desejar um feliz aniversário – disse Rony – desculpe-nos.

- Claro! Toma as suas desculpas! – disse Harry ao dar uma bela travesseirada nas fuças de Rony – E não posso esquecer de você, senhorita Granger! – disse também ao dar uma travesseirada em Hermione.

- Acho que o seu mal-humor já passou... – concluiu Hermione.

- Sim, mas pode voltar a qualquer momento se não deixarem eu me trocar. Tenho que comer algo antes de ir ao Ministério para o teste de aparatação. – disse Harry colocando os seus óculos.

- Então corra, são oito e cinco da manhã – disse Hermione, saindo do quarto dos garotos.

E Harry trocou-se e logo desceu para a cozinha dos Weasley. Não teve tempo de encontrar a todos, chegou muito tarde na noite anterior e logo foi dormir. Quando chegou à cozinha, viu uma cabeleira ruiva conhecida, porém, esquecera-se dela na noite anterior. Estava na casa dela. Também na cozinha estavam o Sr. Weasley e a Sra. Weasley, Hermione, Rony, Gui e Gina.

- Bom dia a todos! – disse Harry.

- Vejo que acordou bem disposto Sr. Potter. Espero que eu não esteja atrapalhando. Com licença, mamãe. – disse uma ríspida e ácida Weasley.

E Gina sai da cozinha empurrando Harry bem forte. Ouviram-se os passos duros dela subindo a escada. Harry estava surpreso com a reação da jovem Weasley. Será que tudo isso porque ele terminou com ela? Mas ela deveria entender os motivos dele, pensava Harry.

Harry sentou-se e teve um café da manhã silencioso. Acabou antes das nove horas. Iria com Rony e o Sr. Weasley para o Ministério da Magia, onde faria o teste de aparatação, marcado para as dez horas da manhã. Que belo presente de aniversário, pensou Harry.

- Não se esqueçam dos três “dês” – disse Hermione tanto a Harry quanto a Rony – e não fiquem nervosos. Tudo vai dar certo.

Harry foi o primeiro a entrar na lareira. Esperava que fosse pela última vez. Num rodopio nauseante, chegou ao grande saguão do Ministério da Magia, onde já estava restaurada a fonte dos Quatro irmãos. Fazia dois anos que não pisava ali. Olhou como estava movimentado o saguão. Logo apareceram tanto Rony quanto o Senhor Weasley.

- Meninos – disse o Senhor Weasley – vocês irão conseguir. Será neste mesmo andar. Pergunte à Margarida ali na recepção. Tenho de ir. Boa sorte!

- Obrigado, Senhor Weasley. – agradeceu Harry.

- Vamos Harry. – disse rony puxando seu amigo até a balconista.

Margarida era uma senhora loira, com óculos de aro de tartaruga bem grossos. Dava-se para ver as pelancas que ela era velha. Os olhos castanhos já estavam meio opacos devido à idade. Mas ela dirigiu-se gentilmente aos garotos:

- Em que posso ajudá-los?

- Nós viemos para o teste de aparatação. –disse Rony.

- Oh sim... Qual o seu nome? – perguntou educadamente Margarida.

- Ronald Weasley.

- O filho de Arthur? Deveria ter reconhecido pela cor dos cabelos! E o seu, meu jovem? – perguntou-se para o jovem ao lado de Rony.

- Harry Potter.

Todo o saguão silenciou-se ao ouvir tal nome. Não o tinham reconhecido até o presente momento. Todos os bruxos e bruxas voltaram seus olhares para o jovem bruxo. Harry deu um sorriso bem amarelo.

- Harry Potter. Como não percebi. Vocês dois vieram fazer o teste de aparatação? – perguntou Margarida abobada.

- Sim. Queremos saber onde o teste será realizado. – disse Rony.

- Sigam pelo segundo corredor à esquerda e entrem na terceira porta à direita. Lá será realizado o teste. Boa sorte. – disse Margarida.

Rony e Harry seguiram as instruções de Margarida e logo chegaram à sala de testes. Foram avaliados rapidamente e aprovados. Conseguiram a licença para aparatarem no mesmo instante. Quando saíam, ouviram gritos de desespero. Uma multidão corria desesperadamente. Nesse momento um frio começou a tomar conta do local. Harry e Rony já imaginavam o que seria.

- Rony. Prepare-se, vamos enfrentar dementadores. – disse Harry temeroso.

- Se pelo menos tivéssemos com a Armada. – lamentou Rony.

- Mas não estamos e teremos de enfrentá-los. Isso sem falar de alguns Comensais da Morte. Vamos.

No saguão havia uma grande explosão de feitiços. Eram rajadas vermelhas, verdes, azuis, roxas e até verdes. Os dementadores estavam em grande número e três comensais comandavam o ataque. Harry e Rony ao chegarem ao saguão, viram que estariam em grande desvantagem.

- Expecto Patronum! – bradou Harry.

- Expelliarmus! – brandiu Rony com sua varinha.

Um enorme cervo começou a galopar saindo da varinha de Harry. Uma comensal que estava concentrada em lutar com Margarida, não percebeu o feitiço de Rony e perdeu sua varinha. O patrono de Harry afastou vários dementadores, mas tinham muitos mais. Alguns dementadores já aplicaram o beijo em alguns bruxos, dentre eles a uma sapa velha. A Comensal viu que ela largara a varinha e aproveitou a chance para ter a varinha.

- Ora! Não é que o Potter estava aqui. – disse uma voz que não era estranha nem para Harry e Rony. – Não se atrevam a me impedir, moleques.

- Eu não sabia que uma velha como a senhora era uma Comensal, professora – disse Harry com muito sarcasmo na última palavra – Trelawney.

- Não se meta aonde é chamado. Eu vejo o seu futuro, fedelhos: uma morte muito dolorida. Ataquem!

Sibila era uma Comensal da Morte e estava comandando o ataque. Como ela foi se juntar ao exercito de Voldemort? O máximo que ela conseguia ser era uma charlatã como professora de Adivinhação. Mas os feitiços dela estavam certeiros.

Alguns aurores apareceram para lutarem contra os outros dois comensais e os dementadores. Sibila dirigiu-se ao corredor esquerdo. Harry desviou de dois feitiços estuporantes, enquanto afastava uns dementadores. Ele e Rony seguiram Sibila mais alguns dementadores que foram com ela. Enveredavam por salas e mais salas. Até que a Comensal entrou numa porta azul. Harry e Rony entraram atrás. Na sala somente havia um grande livro de capa roxa. Mas não estava nem a comensal e nem os dementadores. Ao aproximarem-se do livro, cordas amarraram a dupla e suas varinhas foram logo retiradas.

- Eu disse para você não se intrometer, Potter. – disse a voz nada etérea de Sibila.

Os dementadores cercavam os dois. Suas varinhas estavam longe e Sibila estava perto do livro. Os dementadores pretendiam aplicar o terrível beijo nos dois prisioneiros, mas Sibila os impediu por enquanto.

- O mestre quer o garoto. Sabe Potter, finalmente as minhas previsões sobre você irão se cumprir. Uma morte trágica ao menino que sobreviveu... Só aquele velho babão para achar que você conseguiria derrotar ao Lord. – disse Sibila.

Harry pretendia ganhar tempo. Era o único jeito de conseguirem escapar daquele lugar. Faria a mariposa etérea contar tudo o que tinha em mente.

- O Snape eu até entendo que ele é um traidor, mas você? – disse Harry indignado falsamente – como você pode trair a confiança que Dumbledore depositou em ti todos esses anos. Ele acolheu-te em Hogwarts e assim que você agradece? Ingressando no exército de Voldemort.

- Crucio – bradou a megera para Harry.

Harry sentia como se seu corpo fosse penetrado por mil facas em brasa. A dor cegava-lhe o olhar. Mas num instante parou.

- Moleque insolente. O velho estava gagá. Onde já se viu? Eu, uma grande vidente, ter de dividir as aulas com um centauro? Eu sou a maior. E Snape me convenceu que se eu me aliasse ao Mestre, seria a maior e mais respeitada vidente de todas. Assim o Mestre me incumbiu de uma pequena tarefa, já que sou a maior vidente. Por isso vim pegar o que me pertence. Esse livro tem as Cartas do Destino. Cartas que revelam o destino de tudo. Todo vidente quer tê-las. Com elas, predirei todos os passos que tanto a Ordem da Fênix quanto o Ministério farão contra o meu mestre e assim, evitaremos perdas. E eu serei mais lembrada que a própria Cassandra!

E Sibila estava a falar quando a sua varinha foi jogada para longe. Ele olhou para quem fez o feitiço e viu uma menina com olhar distraído e cabelos loiros segurando uma varinha na mão.

- Menina insolente. Como ousas? – disse Sibila com muita raiva.

- Luna? – disseram Rony e Harry surpresos.

Um clarão cegou a todos. Os olhos de Luna estavam totalmente brancos. O grande livro roxo abriu-se e dele saíram inúmeras cartas. As cartas foram todas para Luna. Ela segurava o monte que se formava sobre as mãos.

- Sibila Trelawney – disse Luna numa voz diferente da sua – você deve saber o seu destino.

Uma carta saiu em mio ao baralho. Os dementadores foram ao encontro da menina para atacá-la, mas outra carta saiu. A primeira carta revelou-se: a queda. A carta tinha essa inscrição na parte inferior e também havia uma figura de uma mulher caindo de uma torre antiga. Sibila ficou abismada com o que foi profetizado para ela.

Para os dementadores, surgiu a carta o protetor. Um bruxo com vestes roxas, cheia de estrelas, com barbas longas e oclinhos meia-lua ilustravam a carta. Dela saiu uma grande fênix prateada que dissipou a todos os dementadores. Harry e Rony ficaram abismados com o que viam. Sibila estava impotente.

- Você ambicionou algo que não devia falso oráculo. A nova sibila já foi escolhida e a ela pertence este baralho. E a você, que se cumpra o seu destino! Eu invoco o poder das cartas do destino contra ti!

Nisso saiu uma carta do baralho. A carta revelou-se como a corrente da verdade. Figurava a carta várias correntes de aparência muito forte.

- Não se detêm uma Comensal como eu com cartas de baralho! – desdenhou Sibila.

Da carta começara a sair grossas corrente que envolvia a Comensal dos pés ao pescoço. Um grande cadeado prendeu a Comensal. Os olhos de Luna voltaram ao normal. Ela olhava abismada para a ex-professora de Hogwarts totalmente acorrentada. Anda mais com trajes de uma Comensal da Morte.

- Luna, liberte-nos! – berrou Rony.

- Claro Harry. – disse Luna.

Com um aceno da varinha, as cordas foram arrebentadas e Harry e Rony recuperaram suas varinhas. Foram ao encontro de Luna que estava abismada com a cena. Pedia uma explicação com os olhos.

- Luna – disse Harry – pelo que eu entendi, esse baralho que tem em suas mãos é muito poderoso e serve para adivinhar o futuro. Mas também para conjurar coisas, como correntes. Ela – apontou para Sibila – quis apoderar-se deste baralho e deste livro e nos prendeu para levar ao seu Lord, Voldemort. Então você apareceu e as cartas foram para você. Acho que você foi a escolhida para portar as Cartas do Destino. E assim nos salvou.

- Eu disse para o meu pai que eu deveria vir para cá. – disse Luna com o baralho em mãos.

- Mas vamos ajudar aos outros. Devem ter trabalho com os dementadores. Pegue o Livro, Luna. – disse Harry.

Harry, Rony e Luna corriam pelos corredores até chegarem novamente ao saguão. Vários feitiços cruzavam o ar. Os aurores estavam conseguindo repelir aos dementadores, mas os dois Comensais davam um pouco de trabalho.

- Ei! Comensal! Pega essa! – disse Rony – Estupefaça!

Um raio vermelho saiu da varinha de Rony em direção ao Comensal. Porém o raio foi detido por uma barreira que o infeliz conjurou.

- Tome isso! Bombarda! – bradou o Comensal.

- Protego. – disse Rony a tempo de se proteger – Bombarda!

O Comensal não esperava um contra-ataque tão rápido quanto o que Rony fez. Caiu inerte no chão. Harry estava com seu patrono a expulsar os últimos dementadores que restavam no saguão. O outro comensal, vendo que estava sozinho, desaparatou.

- Essa foi por pouco, não é, Rony? – perguntou Harry – Se não fosse por você Luna, não sei o que seria de nós.

- Harry, não foi nada! Faço de tudo por meus amigos! – respondeu Luna com um sorriso.

- Mas o que você estava fazendo aqui? – perguntou Rony.

- Como disse, eu vim com meu pai. Ele viria para cá de todo jeito. Resolver algumas pendências judiciárias. Parece que As Esquisitonas não querem admitir que tenham uma coleção de basiliscos. Eu insisti para vir, mas não sabia o porquê, mas sabia que deveria vir. Coisas do destino.

Harry, Rony e Luna conversaram um pouco mais, até que o pai dela chegou e logo os garotos desaparataram. Harry sentiu aquela sensação de ser sugado por uma mangueira, mas era bem mais fácil de agüentar dos que a náusea que o pó-de-flú causa. Quando apareceram no meio da sala dos Weasley, a senhora Weasley logo os abraçou e perguntou se tudo ocorreu bem.

X-X

AUTOR: Aqui está o Capítulo 4! Para quem pediu... Para a Lize Lupin, agradeço novamente o toque e também o novo comentário! Espero que tenham gostado das Cartas do Destino. E da Sibila comensal... Comentem... E o casamento não é em breve! Vai demorar um pouquinho... E esperam que tenham gostado da cena de ação. Agradeço os comentários desde já, os positivos e os construtivos...

Até 2007!

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