E um recomeço!



O dia amanheceu tranqüilo, pelo menos pra ele que estava deitado naquela maldita ala hospitalar, estava preocupado e aflito, Thereza ainda não tinha ido visitá-lo, queria muito vê-la, falar o que estava sentindo. Ele se levantou com dificuldade e olhou pela janela do aposento. Por frações de segundos se perdeu em seus pensamentos.

- Não era para o Sr. estar na cama mocinho? – disse ela

Rony sorriu e se virou para encará-la, estava linda como sempre, mas os olhos ainda entregavam que ela havia chorado.

- Achei que você não viria – disse ele devagar

- Ah Rony! – ela se aproximou e o abraçou – Fiquei com tanto medo...

- Eu não ia deixar nada acontecer a você Thête! – disse a apertando mais forte, e sentindo uma dorzinha nas costas.

- Eu não tive medo por mim Rony – disse ela voltando a encará-lo – mas por você, medo de te perder!

Ele abriu a boca pra dizer algo, mas quando viu que a garota chorava a única coisa que conseguiu fazer foi a braça-la novamente, dessa vez sem se importar com a dor. Afastaram-se um pouco e ele pode ver cada traço do seu rosto, tocou-lhe a face enxugando algumas lágrimas e venceu a pequena distância entre seus lábios. Era um beijo diferente dos que eles já haviam dado, pelo menos pra ele. Não que antes não gostasse dela, pelo contrario, mas agora era mais forte, era o que ele poderia finalmente chamar de amor. Quando o beijo terminou Rony sorriu.

- Eu preciso te dizer uma coisa – disse ele

- Pode falar

Rony a observou novamente, ela era tão linda, tão perfeita. Ele colou novamente seus lábios dando um selinho demorado nela. Quando terminou ela o olhou feliz, mas confusa.

- O que foi mesmo que te atingiu ontem? – perguntou em tom de brincadeira – Não pode ter sido um feitiço comum, acho que vou perguntar madame Pomfrey!

Ela ia saindo quando Rony, sorrindo, a segurou pela mão. A puxou, fazendo seus corpos colarem novamente. Ele a beijou uma outra vez e quando se soltaram estavam sérios.

- Acho que o que me atingiu ontem foi amor – disse ele

Thereza tentou dizer algo, mas desistiu, abaixou a cabeça. Não podia acreditar no que ele havia dito, era irreal demais. Rony segurou seu queixo e levantou sua cabeça, ela franziu o cenho sem entender onde ele queria chegar com aquilo.

- Eu sei que nunca dissemos isso um pro outro, e sei que você vai ficar confusa, mas... – ele respirou fundo, estava realmente nervoso – Eu te amo Thereza, agora sei disso!

Agora sim ela parecia totalmente confusa, olhou dentro dos olhos dele e pode ver ternura e compreensão.

- Rony... eu não sei... – gaguejou ela

- Ei! – chamou Rony carinhoso – eu entendo, sei que você precisa pensar no que eu te disse, eu tenho todo o tempo do mundo e posso esperar o quanto você quiser ta?

Ela balançou a cabeça mais tranqüila e sorriu pra ele. Rony tocou-lhe a face, fazendo com ela fechasse os olhos, aproximou seus rostos e a beijou. Ela retribuiu na mesma intensidade e tentou não pensar em nada.

- Vim te bus... – disse Harry entrando, mas parou quando viu os dois, ele coçou a cabeça meio sem graça – to atrapalhando?

Rony revirou os olhos.

- O que você acha?

- Foi mal – disse ele andando de costas pra saída – já to indo!

- Não Harry – chamou Thereza – eu já tava de saída, certo Ron?

Rony sorriu e os dois deram mais uns beijinhos. Quando ela saiu da enfermaria, Harry se virou para o amigo com um sorriso maroto.

- Que beijo em cara, não dava nem pra saber quem era quem! – disse o moreno rindo

Rony o fuzilou com um olhar e tentou se deitar na cama, sem muito sucesso.

- Dá pra você me ajudar aqui?! – disse ele nervoso

Harry parou de rir e foi em direção à cama. Quando Rony finalmente se deitou resolveu contar a Harry o que tinha acontecido entre ele e Thereza.

- Quer saber o que eu acho? – Rony balançou a cabeça - que ela sente o mesmo por você, mas tem medo de admitir e depois sofrer. Todas elas são assim cara, acham que não existe nenhum homem que preste – eles riram e Harry pos a mão no ombro do amigo – mas no final todas percebem que a vida não é um conto de fadas, e que nós temos defeitos sim, mas também temos qualidades!

Rony concordou com a cabeça e depois de algum tempo começou a sorrir. Harry o encarou sem entender.

- Que foi?

- Onde você anda aprendendo tanto assim sobre as mulheres, todas essa filosofias? – perguntou o ruivo ainda rindo

Harry deu um sorriso nervoso e depois suspirou.

- Isso é fichinha quando se tem uma namorada como Hermione Granger! – disse, fazendo Rony rir ainda mais.

Três horas depois já estavam todos em suas cabines. Cedrico estava na cabine dos professores, e os outros em outra. Gina e Mônica conversavam animadamente sobre algo que Rony e Draco não conseguiam escutar. Harry estava abraçado a Hermione, e alisava os cabelos dela.

- Você ta tão quietinha hoje! – disse ele baixinho – Ta tudo bem? Ta sentindo alguma coisa?

Hermione sorriu e se afastou um pouco para encará-lo. Acariciou-lhe a face e o beijou de leve. Harry também sorriu.

- Só estou com um pouco de dor de cabeça meu amor – respondeu ela carinhosa – nada de importante.

- Tem certeza que é só isso? – perguntou ele desconfiado

Hermione sabia que não podia mentir pra ele, mas não queria contar sobre o avô naquele momento. Ele a encarava como se lesse seus pensamentos, ela ia acabar contando se Cedrico não tivesse entrado com uma cara péssima na cabine.

- Vocês já leram o jornal hoje? – perguntou ele

- Estamos tentando evitar isso ao máximo – respondeu Hermione se recostando no assento

Cedrico se sentou ao lado de Rony.

- É, só que eu acho que não dá mais pra adiar – ele estendeu o jornal que estava enrolado – tenho certeza que não vão gostar nada do que está escrito aí!

Hermione pegou o jornal a contra-gosto e o abriu. Uma enorme foto deles sete estava estampada na primeira página, e a manchete era bem o estilo do Profeta.

A FAMÍLIA DOS ANÉIS: HERÓIS OU BANDIDOS?

Hermione leu em voz alta a matéria, que colocava em duvida a capacidade deles de usarem os anéis e até mesmo a lealdade dos sete. Ela fechou o jornal com raiva.

- Isso é um absurdo sabia?! – disse ela nervosa – quem esse Antony Broken acha que é?

- Fica calma amor – disse Harry tocando o ombro da namorada.

Cedrico se levantou e passou as mãos na cabeça.

- Isso é loucura. Eu to cansado desses jornalistas, dessas matérias, dessas... dessas insinuações!

- Bem vindo ao mundo da fama cunhadinho! – disse Harry sorrindo

Gina riu também, mas ambos pararam com um olhar fuzilante de Mônica.

- Cedrico dá pra sentar, isso só vai piorar a situação – disse ela

Ele o fez sem pestanejar.

- E o que você sugere que nós façamos Nina? – perguntou Draco – que a gente fique aqui sentados, até que ninguém mais confie em nós e que tudo vá por água a baixo?

- Não Draco, claro que não! Só acho que devemos provar a eles o contrário. – disse simples.

- Como se isso fosse simples! – disse Rony.

- Nós vamos fazer com que seja Ron. – disse Mônica com um sorriso maroto.

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